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No Dia Mundial do Doador de Sangue estoque no Paraná está 35% abaixo do ideal

Foto: Venilton Küchler.

Matéria do Portal G1 Paraná.

Não é possível saber quando um de nós ou alguém querido vai precisar de doação de sangue. Por isso, o dado da Secretaria de Saúde do Paraná de que os estoques de bancos de sangue no estado estão 35% abaixo do ideal é preocupante.

Nesta terça-feira (14) é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, data de incentivo que lembra a importância deste ato para salvar vidas.

Conforme a secretaria, os tipos sanguíneos que mais precisam de doação nos hemocentros no Paraná são:

  • A negativo
  • O negativo
  • O positivo.

Só quem precisou de uma transfusão de sangue sabe o quanto isso pode auxiliar nos mais diversos tratamentos. É o caso do morador de Curitiba, Lucas Camargo, de 21 anos. Ele era atleta e aos 17 anos sofreu um acidente enquanto brincava em uma cama elástica.

Na queda, quebrou uma vértebra e teve uma fratura na medula. Após 78 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e, ao menos, 10 cirurgias, ele lembra que as plaquetas baixaram muito e que graças à doação de sangue, pôde ter mais uma chance.

“A pessoa que doou o sangue talvez nem saiba que ajudou a salvar a minha vida. É como eu já ouvi: os heróis são pessoas desconhecidas, que fazem o certo, como deve ser, com amor sem nada em troca. […] Um dos maiores atos de amor na vida é doar sangue. Eu não posso doar, devido a minha atual situação, mas foi a doação que salvou minha vida,” relata ele.

Importância da doação

“Os pacientes que estão nos hospitais são pessoas que estão bem como nós, e daqui a pouco sofrem um acidente ou descobrem que tem um câncer, ou uma anemia. São pessoas como nós e daqui a pouco podemos estar do outro lado, precisando de um sangue,” afirma a coordenadora de enfermagem bloco cirúrgico do hospital Marcelino Champagnat de Curitiba, Iris Andriani.

Ela explica que nos hospitais, a necessidade de sangue é constante. Na ala de cirurgias em que ela trabalha, por exemplo, para procedimentos bem sucedidos, é imprescindível que o estoque de sangue esteja em dia.

“Então não adianta a gente fazer uma cirurgia, ela ser bem sucedida, se teve uma perda sanguínea grande, e eu não vou conseguir repor o sangue dessa pessoa. O sangue hoje, que é doado por todos os voluntários, ele salva vidas, faz parte da cura do paciente,” explica ela.

Entre os doadores, está a advogada, Amanda Steffens Perius, que conta que desde pequena acompanhava os pais, que são doadores, aos hemonúcleos. Mas a primeira doação foi feita após um desafio proposto em sala de aula, durante a graduação. Uma professora propôs aumentar a nota para quem doasse sangue.

O sentimento de poder auxiliar o próximo com um ato tão simples, fez com que a ação se tornasse rotineira. Amanda agora doa, em média três vezes ao ano.

“Eu doei e incentivei meus colegas também. […] Teve uma vez em que eu doei para uma pessoa que estava com câncer. Consegui mais seis voluntários pra doarem comigo e ajudar ela. […] É tão tranquilo e dá uma satisfação tão grande. Além de ajudar os outros, você também já consegue saber se está bem, se tem alguma doença, com os exames que são necessários par poder ser doador. Então, definitivamente, é benéfico pra todo mundo”, diz a advogada.

Critérios básicos para doação:

  • Estar em boas condições de saúde
  • Ter entre 16 e 69 anos completos (menores de idade com autorização e presença do responsável legal)
  • Pesar no mínimo 51 Kg
  • Estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
  • Apresentar documento oficial com foto ( Carteira de Identidade, Carteira do Conselho Profissional, Carteira de
  • Trabalho, Passaporte ou Carteira Nacional de Habilitação)

    A doação deve ser agendada pelo site da Secretaria de Saúde. Clique aqui e agende.

Alguns impedimentos temporários para doação:

  • Resfriados e gripes: se houve febre, aguardar 15 dias após melhora dos sintomas. Na ausência de febre, o paciente está apto após sete dias;
  • Alergias: apto sete dias após o fim do tratamento;
  • Diarreia: apto sete dias após melhora dos sintomas;
  • Gravidez: aguardar 90 dias após parto normal e 180 dias após cesária;
  • Amamentação: aguardar 12 meses após o parto;
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
  • Tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva: impedem a doação de seis a 12 meses;
  • Piercing em cavidade oral ou genital impedem a doação por 12 meses após a retirada;
  • Infecções sexualmente transmissíveis: apto 12 meses após a cura;
  • Quem esteve em regiões endêmicas de malária precisam aguardar 12 meses;
  • Aguardar seis meses após procedimentos endoscópicos.

Impedimentos definitivos para doação:

  • Hepatite viral após os 11 anos de idade
  • Diabetes insulinodependente
  • Epilepsia ou convulsão
  • Hanseníase
  • Doença renal crônica
  • Antecedentes de Neoplasias (Câncer)
  • Antecedentes de acidente vascular cerebral (Derrame)
  • Evidência Clínica ou Laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (Vírus HIV)
  • Doenças associadas ao HTLV I/II e Doença de Chagas
  • Cirurgia Bariátrica.

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