“Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a vacina bivalente. Isso é extremamente sério e eu tenho destacado que não se trata de desinformação, se trata de ação criminosa”, declarou a ministra Nísia Trindade, nesta quinta-feira (30), durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF). A titular da Pasta da Saúde acrescentou que a prática tem gerado terror na população e o efeito disso é a baixa cobertura vacinal.
O Ministério da Saúde tem alertado sobre a circulação de notícias falsas que prejudicam as iniciativas para ampliar as coberturas vacinais no país, além de ser um desserviço para o irrefutável benefício das vacinas no controle e redução de casos graves da Covid-19. A pasta orienta que a população busque informações nos canais oficiais do Ministério da Saúde para evitar desinformações relacionadas à vacinação.
“Na saúde, é muito importante não reproduzirmos esses vídeos e áudios para outras pessoas. Muitos ainda tem esse costume. A orientação é: olhem as fontes oficiais, como portal do Ministério da Saúde, das Secretarias de Saúde do Estado, do Conass, do Conasems, da Opas/OMS. Essa divulgação afirmativa de onde as pessoas encontram informações confiáveis é fundamental. Isso, claro, junto aos meios de comunicação”, acrescentou Nísia, reforçando que o Movimento Nacional pela Vacinação já ultrapassou 6 milhões de doses de reforço de bivalentes no público prioritário.
Exemplo desse tipo de informação falsa são questionamentos quanto à eficácia e segurança das vacinas contra a Covid-19. As afirmações mentirosas constantemente relacionam a imunização contra a doença com casos graves de miocardite, uma inflamação no músculo do coração, e até a morte. Outros áudios ainda relatam que um grupo de idosos teriam perdido os movimentos das pernas após reação grave ao imunizante contra a Covid-19. Não se engane, essas informações são falsas. As vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.
Segundo a ministra da Saúde, não adianta fazer campanha se não houver forte combate a esse tipo de prática. “O governo como um todo está trabalhando nessa questão”, concluiu ela, lembrando, ainda, o lançamento da campanha Brasil contra Fake, por parte do governo federal, com o objetivo de combater a desinformação disseminada nas redes sociais. Com o tema “Quem espalha fake news espalha destruição”, a campanha aborda o impacto do problema no dia a dia da população.
Na página gov.br/brasilcontrafake será possível checar se um conteúdo recebido é fake news, antes de repassar adiante. No site também está disponível para consulta um passo a passo para denunciar, nas próprias redes sociais, os conteúdos de desinformação.
As informações são do Ministério da Saúde.