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Dirigente do Simepar alerta para riscos da terceirização na Saúde Pública

Imagem de Freepik.com.

Relato do Dr. Luiz Henrique Madalosso, Diretor Adjunto do Simepar, sobre sua experiência trabalhando como terceirizado, tendo sido forçado a participar da sociedade da empresa terceirizadora.

A terceirização da mão de obra de médicos e médicas, e dos serviços de saúde pública em geral, é prejudicial para a população, para os profissionais da saúde e da medicina, além de trazer sérios prejuízos para os cofres públicos.

Muitos gestores públicos lançam mão da terceirização sob a alegação de que a contratação de servidores públicos é cara e cheia de burocracia, entre outros argumentos. Mas a verdade é que a terceirização abre as portas para a corrupção, além de submeter os profissionais a relações de trabalho precarizadas.

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) vem combatendo a terceirização da mão de obra de médicos/as há décadas e tem alcançado importantes vitórias nesse campo.

Além de combater a terceirização e a sonegação dos direitos dos profissionais, o Simepar vem debatendo alternativas seguras e viáveis com os municípios que encontram dificuldades para a contratação de médicos/as pelo Regime Jurídico Único dos Servidores.

O Simepar já se deparou em diversas situações em que os médicos e médicas têm seus salários atrasados, como aconteceu recentemente com os médicos/as da Unidade de Pronto Atendimento do CIC, em Curitiba. Somam-se a isso as contratações precarizadas, sem respeito aos direitos trabalhistas, deixando os profissionais sem receber as verbas rescisórias ao final dos contratos.

Nesse contexto de precarização das relações de trabalho encontramos a “pejotização”, que é quando os médicos constituem uma empresa e passam a “prestar serviços” como Pessoa Jurídica. Mesmo parecendo vantajosa financeiramente, essa forma de contratação deixa os trabalhadores desamparados de seus direitos, sem qualquer segurança para o caso de doença ou qualquer motivo que os afaste do trabalho.

Essa forma de contratação está presente não só na saúde pública terceirizada, mas também em muitos hospitais privados e traz muitos riscos para os profissionais da medicina. Vale citar o risco de ser enquadrado na legislação tributária, tendo que responder por sonegação de impostos e contribuições.

Mas, uma das piores situações já vivenciadas por médicos/as é quando a contratante exige que o/a profissional se torne sócio para efetivar a sua contratação. Foi o que aconteceu na terceirização no caso da UPA CIC em Curitiba. Essa “arapuca” faz com que o/a trabalhador/a responda juridicamente em conjunto com seus empregadores. Qualquer irregularidade ou ilegalidade cometida pela empresa ou Organização Social (OS) terceirizada será de responsabilidade do profissional médico, impedindo-o inclusive de acionar seus “patrões” na Justiça.

Por tudo isso, o Simepar alerta os médicos e médicos para que prefiram sempre os contratos de trabalho legais, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho ou pelo Regime Jurídico Único.

Em caso de dúvida, recomenda-se que os médicos procurem o Departamento Jurídico do Simepar pelo E-mail juridico@simepar.com.br.

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