Dirigentes do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) e do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) foram barrados no Hospital do Idoso Zilda Arns (HIZA), que é administrado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS) da Prefeitura de Curitiba.
A Dra. Cláudia Paola Carrasco Aguilar, secretária geral do Simepar, e Antonio Marcos Duma Adriano, que é Presidente da Associação dos empregados da FEAS e representante do Sindesc na FEAS, foram impedidos de transitar no HIZA na sexta-feira (18), quando estava distribuindo material informativo sobre prevenção e combate ao assédio moral no trabalho.
Eles estavam acompanhados de um fotógrafo e todos estavam usando máscaras N95, adequadas para evitar a disseminação do Coronavírus, higienizaram as mãos com álcool gel, não visitaram áreas sensíveis como a ala covid, UTI, centro cirúrgico e outras. Além disso, a presenças dos sindicalistas seria breve, menos de 15 minutos, somente para distribuição do material informativo.
Uma funcionária do Hospital, identificada como Maria Rosa, que trabalha como secretária do gestor, disse que os sindicalistas não poderiam entrar no estabelecimento sem “marcar horário”. Ela chamou a segurança do HIZA obrigando os dirigentes sindicais a deixarem o local.
Porém, o livre exercício da atividade sindical permite que os dirigentes sindicais tenham acesso aos locais de trabalho dos seus representados. Qualquer determinação contrária configura atitude antissindical e cerceamento à livre organização dos trabalhadores.
Após o incidente, houve contatos da direção do HIZA alegando motivação sanitária para barrar os sindicalistas; mas essa alegação não se sustenta, e configurou claramente o cerceamento do livre exercício da atividade sindical.
Segundo a Dra. Claudia Paola “é inadmissível que os sindicalistas sejam impedidos de entrar nos locais de trabalho, é preocupante que discutir um assunto como o assédio no trabalho cause essa reação nos gestores”.
Uma resposta
Os reflexos das atitudes e médias de um governo central autoritário se reflete em todas as áreas das relações humanas. Todo gestor antidemocrático procura imitar o presidente.