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Fiocruz alerta para ‘estagnação’ da vacinação contra a Covid-19

Foto: José Fernando Ogura.

Matéria do Portal Bem Paraná.

A estagnação do crescimento da cobertura vacinal contra a Covid-19 na população adulta, além da desaceleração da curva de cobertura de terceira dose, é motivo de preocupação, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O alerta faz parte da nova edição do Boletim do Observatório Covid-19, divulgado ontem.

De acordo com os dados da Fiocruz, na população acima de 25 anos, a cobertura no território nacional para o esquema vacinal completo é de 80%. No entanto, a terceira dose nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória.

“A análise aponta cobertura de 63,9% na faixa etária de 55 a 59 anos, 57,9% na de 50 a 54 anos, 52,8% de 45 a 49 anos. O percentual diminui gradualmente: a partir de 40 a 44 anos é de 49,8%, de 35 a 39 anos é de 44,7%, de 30 a 34 anos é de 40,3%, de 25 a 29 anos é de 35,5%, de 20 a 24 anos é de 30,4% e de 18 a 19 anos é de 25,2%”, destacou a Fiocruz.

“O cenário atual ainda é motivo de preocupação. A ocorrência de internações tem sido consistentemente maior entre idosos, quando comparados aos adultos. Além disso, o surgimento de novas variantes, que podem escapar da imunidade produzida pelas vacinas existentes, constitui uma preocupação permanente”, explicam os pesquisadores da Fiocruz.

No período de 24 de abril a 14 de maio, o boletim sinaliza que, em relação à quarta dose, na faixa etária de maiores de 80 anos é de 17,7%, de 75 a 79 anos é de 12,4%, 70 a 74 anos é de 12%, de 65 a 69 anos é de 6,4% e de 60 a 64 anos é de 3,4%. Em relação à terceira dose, nas faixas etárias acima de 65 anos, a cobertura está acima de 80%.

Paraná

O problema também foi identificado no Paraná que, nesta semana, reuniu gestores da saúde para debater formas de chamar a população que ainda não tomou o reforço.

O Paraná tem pelo menos 4,3 milhões de pessoas com a dose de reforço contra a Covid-19 em atraso, de acordo com informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Para o público infantil, a previsão era de que 1,07 milhão de crianças entre 5 e 11 anos fossem vacinadas no Estado. Desse total, 721.073 receberam a primeira dose e 422.305 a segunda, os dados são do Vacinômetro Nacional.

“Queremos que os números percentuais de aplicações se elevem, que as doses de reforço e para crianças sejam administradas e não fiquem em nos estoques. As primeiras e segundas doses tiveram grande adesão da população, porém, as de reforço e das crianças ainda não alcançaram o esperado. E é nesse público que vamos focar”, defendeu o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Balanço

Pouco mais de duas semanas após o início da mobilização do Ministério da Saúde em ampliar a cobertura vacinal contra o sarampo no Brasil, 22,26% das crianças entre 6 meses e menores de 5 anos foram imunizadas contra a doença. O número corresponde a 2,8 milhões desse público. Os dados foram enviados pelas secretarias municipais e estaduais ao Ministério da Saúde até ontem e estão disponíveis no LocalizaSUS.

A pasta reforça que a vacina é a forma mais eficaz de prevenção contra o sarampo. Por isso, a orientação é para que o público busque um dos quase 50 mil pontos de vacinação espalhados pelo país para que o Brasil tenha alta cobertura vacinal. Crianças e trabalhadores de saúde são o público-alvo dessa mobilização, que vai até o dia 3 de junho. O objetivo é interromper a circulação do vírus e reduzir complicações e o número de óbitos pela doença.

Casos ativos passam de 10 mil; há uma semana, eram 5.694

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou, ontem, 1.707 novos casos de Covid-19 e a morte de uma moradora da cidade, de 60 anos, infectada pelo novo coronavírus. O óbito foi há mais de 48 horas e a causa foi confirmada ontem.

Nas o número que mais chamou a atenção foi o crescimento dos casos ativos, que passara dos 10 mil. Ontem, eram 10.356 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

Os casos ativos chegaram a ter queda acentuada até o começo de abril, ficando na casa pouco acima de 300. Mas depois do dia 8 de abril voltou a subir, de início de forma lenta, mas nas últimas semanas disparou. Há uma semana eram 5.694.

Ontem, a taxa de ocupação dos 15 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 47%. Restavam oito leitos livres.

A taxa de ocupação dos 25 leitos de enfermarias SUS Covid-19 estava em 52%. Haviam 12 leitos vagos. Até o momento foram contabilizadas 8.262 mortes na cidade provocadas pela doença neste período de pandemia.

A SMS esclarece que os dados da ocupação de leitos em Curitiba são dinâmicos, com alterações ao longo do dia.

Com os novos casos confirmados, 442.319 moradores de Curitiba testaram positivo para a Covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 423.701 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou ontem mais 3.655 casos e 14 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. O Paraná soma 2.492.451 casos e 42.994 óbitos pela doença.

Boletins Covid-19

Dia 19/05

Curitiba
Novos casos 1.707
Mortes 1
Total
Casos 442.319
Mortes 8.262

Paraná
Novos casos 3.655
Mortes 14
Total
Casos 2.492.451
Mortes 42.994

Brasil (Conass)
Novos casos 10.415
Mortes 114
Total
Casos 30.752.226
Mortes 665.433

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