Matéria do Portal Bem Paraná.
Maio chegou ao fim deixando alguns dados de alerta no que diz respeito ao avanço da pandemia de Covid-19. É que ao longo do último mês o Paraná registrou aumento tanto no número de casos como no de óbitos causados pela doença pandêmica, mostra levantamento feito pelo Bem Paraná com base nos Informes Epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa-PR).
Ao longo de maio, 73.752 casos novos de Covid-19 foram confirmados no estado, com o registro ainda de 231 óbitos. Na comparação com abril, quando haviam sido registrados 39.886 diagnósticos e 168 falecimentos, verifica-se um aumento de 79% e 33% nos registros, respectivamente. A média de casos novos, por exemplo, saltou de 1.330 registros por dia para 2.379. A de óbitos, de 5,6 para 7,5.
Ainda assim, o mês de maio registra o segundo menor número de casos novos e de óbitos no ano. Em janeiro, por exemplo, o Paraná teve 371.896 diagnósticos e 352 mortes. Em fevereiro, 356.669 casos novos e 1.060 falecimentos. Já em março foram 84.218 casos e 623 mortes.
Desde o início da crise sanitária em território paranaense, em março de 2020, o mês com mais casos confirmados no estado foi justamente janeiro deste ano (371.896). Já o mês com mais mortes foi abril do ano passado, com 5.654 registros.
Casos crescem 37% e óbitos caem 87% no ano no Estado
Comparando o período entre janeiro e maio de 2022 e o mesmo intervalo de 2021, é possível verificar que neste ano houve um aumento significativo nos diagnósticos. Ainda assim, o número de mortes causadas pela doença pandêmica despencou, em mais uma evidência do poder de proteção das vacinas contra o novo coronavírus.
Em 2022, desde o começo do ano até ontem, o Paraná já confirmou 926.421 casos de Covid-19, com o registro de 2.434 mortes causadas pela doença pandêmica. Em 2021, no mesmo período, haviam sido divulgados 674.184 diagnósticos, com 18.360 mortes devido às complicações provocadas pela infecção. Ou seja, nos cinco primeiros meses deste ano o Paraná viu o número de casos da doença pandêmica crescer 37,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, o número de mortes provocadas pela Covid-19 teve redução de 86,7%.
Carga do vírus no esgoto é a maior desde janeiro
A Rede de Monitoramento Covid Esgotos publicou recentemente uma nova Nota de Alerta sobre o aumento expressivo da carga viral de Sars-CoV-2 nos esgotos de Curitiba, que atingiu recentemente o maior nível desde janeiro deste ano
O monitoramento dos esgotos já havia identificado um forte aumento nas cargas de Sars-CoV-2 no esgoto de Curitiba nas semanas epidemiológicas 16 (19/04) e 20 (17/05), mas na semana epidemiológica 21 (24/05) a soma das cargas do novo coronavírus no esgoto atingiram valores ainda mais elevados, alcançando 880 bilhões de cópias genômicas por dia por 10 mil habitantes, um aumento de 157% em relação ao valor registrado na semana anterior.
Os dados são obtidos pela soma das cargas virais das cinco Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) monitoradas, que juntas atendem toda população de Curitiba e uma fração da população da região metropolitana. Embora o vírus Sars-CoV-2 possa ser detectado no esgoto, ele não está na forma ativa e infecciosa. Não há evidências sobre a possibilidade de transmissão do coronavírus por meio do esgoto. As partículas virais detectadas são apenas indicadores da infecção de pessoas pela Covid-19, com vistas à vigilância epidemiológica.
Bebê de um ano está entre as novas vítimas da pandemia no Estado
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR) divulgou ontem mais 5.554 casos e 17 mortes causadas pela Covid-19. Entre as vítimas, sete são mulheres e dez homens, com idades entre 01 e 95 anos. Os óbitos ocorreram entre 14 de fevereiro a 30 de maio de 2022.
Desde o início da pandemia, os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.518.268 casos confirmados e 43.099 mortos pela doença.
Já em Curitiba, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou ontem 1.644 novos casos de covid-19 e quatro óbitos de moradores da cidade. As vítimas são dois homens e duas mulheres, com idades entre 58 e 91 anos.
Desde que a crise sanitária teve início, mais de 460.038 moradores da capital paranaense testaram positivo para a Covid. Além disso, até o momento, foram contabilizadas 8.295 mortes na cidade provocadas pela doença.
Taxa de ocupação de leitos gerais pelo SUS chega a 89% na Grande Curitiba
A taxa de ocupação de leitos gerais em hospitais que atendem a população da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) atingiu um nível elevadíssimo ontem. Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), 89% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) disponíveis na rede pública de saúde (o SUS) estavam ocupadas no dia de hoje.
Ao todo, há 21 hospitais da Grande Curitiba que possuem leitos de UTI adulto e/ou pediátrica para atender os pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS). Nesses locais há 719 leitos de cuidados intensivos disponíveis, dos quais 639 (88,87%) estavam ocupados no dia de hoje.
Dos 17 hospitais com leitos de UTI adulto disponíveis pelo SUS, 12 estavam completamente lotados. Entre as UTIs pediátricas, quatro dos oito hospitais com leitos desse tipo não têm mais vagas.
A situação hospitalar tem se agravado desde o final de abril na Grande Curitiba. De acordo com a Sesa-PR, a alta demanda por hospitalização é um reflexo do aumento nas ocorrências de traumas, que sempre ocuparam grande parte dos leitos em todo o Estado, além da retomada das cirurgias eletivas, que estiveram suspensas durante boa parte da pandemia para que fossem priorizados os atendimentos aos pacientes contaminados pelo novo coronavírus.