Com o mote “Doe sangue regularmente. Você doa, a vida agradece”, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (14) uma campanha para sensibilizar a população brasileira sobre a importância da doação de sangue. A campanha quer aumentar os estoques disponíveis nos hemocentros do país, que sofreram baixa durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Botelho, disse que a manutenção dos estoques é essencial em momentos graves e citou o exemplo das fortes chuvas que ocorreram há pouco mais de duas semanas em Pernambuco e Alagoas, vitimando centenas de pessoas.
“Devido às enchentes causadas pelas chuvas nos últimos dias, o estado de Pernambuco teve que ativar o Plano Nacional de Contingência de Sangue e seis estados enviaram, com o apoio do Ministério da Saúde, 767 bolsas de sangue para lá”, disse.
Ela pondera que, nesses momentos, os estoques acabam pressionados e é fundamental que a população seja solidária. Ela lembra que, apesar dos avanços na medicina, o sangue permanece insubstituível.
“Por mais que a medicina tenha avançado com vários paliativos sintéticos, não existe um substituto para o sangue. Não há risco de pegar doenças durante a doação”, observou. “Com uma doação você pode salvar a vida de até quatro pessoas que estão em risco”, acrescentou.
Maíra lembrou ainda que o número de doadores de sangue apresentou uma melhora, no ano passado, em relação ao início da pandemia de covid-19, quando os estoques sofreram redução de 10%.
Em 2019, foram realizadas 3.271.824 coletas de sangue no país. Em 2020, o número caiu para 2.958.665. Já em 2021, o número subiu para 3.035.533 bolsas de sangue coletadas.
Durante o lançamento, o ministro da Saúde substituto Arnaldo Correia de Medeiros disse que, mesmo com o desafio adicional para a manutenção dos estoques de sangue do país, não houve falta de bolsas de sangue para a população nos dois últimos anos.
“Passamos dois anos extremamente difíceis por causa da pandemia e não faltou sangue. Isso mostra uma vigilância e atenção muito especial, pois só quem precisa sabe qual a relevância de não faltar sangue ou hemoderivados para que você possa garantir a vida”, disse.
Até marco de 2022, de acordo com a secretaria, foram coletadas aproximadamente 732 mil bolsas de sangue. Ela lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de doadores de sangue na população seja de 1% a 3%. A taxa de doação no Brasil foi de 1,4%, em 2021.
Para doar sangue, basta ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal); pesar no mínimo 50 kg; estar alimentado. Não ingerir alimentos gordurosos antes da doação; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; e apresentar documento oficial de identificação com foto.
Uma única doação de sangue, de 450 ml, é suficiente para salvar a vida de até 4 pessoas. Além disso, essa quantidade é reposta no organismo em 24 horas.
A doação de sangue também é tema do Boletim Temático da Biblioteca do Ministério da Saúde, publicado nesta terça (14), com orientações importantes para os doadores. Para saber mais, acesse aqui.
As informações são da Agência Brasil.