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Paraná é o segundo Estado com mais registros de violência contra médicos em estabelecimentos de Saúde

Imagem: Reprodução RPC TV.
Imagem: CFM.

O Conselho Federal de Medicina publicou um levantamento feito junto às Polícias Civis dos Estados com o número de casos de violência contra os profissionais de Medicina registrados com Boletins de Ocorrência. Os registros incluem situações de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal, difamação, furto, entre outros crimes, dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços semelhantes, públicos ou privados.

O Paraná figura como o segundo colocado em números absolutos no ano de 2024 com 767 registros, ficando atrás de São Paulo, que teve 832 registros, e à frente de Minas Gerais (460 casos), Santa Catarina (386 casos) e Bahia (351 casos).

A RPC TV repercutiu o levantamento em seu jornal matinal, o Bom Dia Paraná. Assista ao vídeo da matéria aqui.

Os números nacionais na série histórica preocupam, pois vêm crescendo rapidamente. Em 2013 foram 2.454; contra 4.562 no ano passado. Veja a evolução abaixo no gráfico do CFM.

Os números do Paraná também são muito preocupantes, pois o Estado é o quinto em número de profissionais da Medicina em atividade, mas ocupa o segundo lugar em registros dos casos de Violência.

Cabe lembrar que a violência no contexto dos estabelecimentos de Saúde Pública e Privada não atinge somente os médicos e médicas. Profissionais da enfermagem e os demais trabalhadores da Saúde estão muito expostos a esse fenômeno nefasto que causa sérios danos ao funcionamento dos estabelecimentos e, principalmente, atingem a saúde física e mental dos trabalhadores.

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) vêm atuando na prevenção dos casos de violência, principalmente junto às administrações municipais, reivindicando a presença constante de profissionais de Segurança nas Unidades de Saúde, em especial nas Unidades de Pronto Atendimento. O Simepar também atua no âmbito nacional, através da Federação Médica Brasileira, no combate a qualquer tipo de violência contra os profissionais.

O Conselho Regional de Saúde do Paraná também vêm trabalhando na prevenção da violência. O Conselho instituiu em 2024 uma Comissão de Prevenção à Violência Contra Médicos. Essa Comissão também vêm recebendo um número crescente de denúncias, que são analisadas para que medidas de prevenção sejam efetivadas. O CRM recebe denúncias de violência por e-mail (medicodenuncia@crmpr.org.br) e por telefone (41 3240 7800), respeitando o sigilo dos denunciantes que assim o desejarem.

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Imagem: CFM.

Para o Dr. Marlus Volney de Morais, é muito importante que os casos de violência contra médicos e médicas sejam registrados com Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e também junto ao CRM. O Simepar também possui um canal para recebimento de denúncias em seu site: https://simepar.org.br/denuncia/. “Vale lembrar que a violência pode ser física ou psicológica e que o assédio moral também é uma forma de violência que muitas vezes pode vir da própria chefia e/ou dos/as gestores das unidades e estabelecimentos de Saúde. Nesses casos, a intervenção do Simepar é imprescindível.” Completou o Dr. Marlus.

Sobre o levantamento nacional, os dados foram coletados pelo CFM junto às Polícias Civis das 27 unidades da Federação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Foram solicitadas informações atualizadas do ano de 2024 sobre a quantidade de boletins de ocorrência registrados nas Polícias Civis, com detalhes sobre o tipo de violência cometido, onde (hospital, clínica, consultório, posto de saúde, etc.), perfil da vítima (sexo e idade), entre outros itens.

Apenas os estados Amapá, Paraíba e Rondônia não encaminharam informações relativas ao ano de 2024. Já em relação ao Rio de Janeiro, por exemplo, que concentra o terceiro maior número de médicos do País, o levantamento considera apenas os registros de boletim de ocorrência em que o médico é identificado como vítima de violência em estabelecimento de saúde (foram desconsiderados milhares de casos de violência em estabelecimentos de saúde em que a profissão da vítima não foi preenchida no boletim de ocorrência). Mato Grosso informou dados referentes à violência em hospitais e clínicas médicas contra qualquer profissão – a partir daí o CFM fez uma estimativa de um caso para 10 casos envolvendo só médicos.

Com informações do CFM, CRM e RPC TV.

 

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