O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) protocolou junto ao Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) um relatório redigido por uma Médica Pediatra sobre a situação precária de trabalho e de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pinheirinho, em Curitiba.
No relatório, a Dra. Alessandra Pedruzzi, que também é diretora do Simepar, aponta diversos problemas que dificultam o bom exercício da Medicina, conforme listamos a seguir:
- atendimentos em boxes abertos, um ao lado do outro, com cortinas e sem paredes que permitam manter a privacidade e o sigilo da consulta;
- sistema “fast” com a finalidade de aumentar a produtividade prejudicando a qualidade dos atendimentos;
- controladores de fluxo, localizados estrategicamente no acesso ao corredor da UPA, com a função colocar pacientes pra dentro do setor de atendimento, fiscalizando e assediando os/as Médicos/as;
- somente um pediatra, e por vezes nenhum, nos plantões;
- obras no prédio da UPA, com ruídos e poeira que prejudicam o atendimento, estressam trabalhadores e paciente e podem agravar casos respiratórios entre outros.
O relatório, disponibilizado em anexo, apresenta detalhes e desdobramentos desses problemas que se refletem em adoecimentos dos profissionais, pedidos de demissão, baixa qualidade no atendimento e insatisfação da população usuária da Unidade.
As denúncias sobre as condições de trabalho e atendimento na UPA Pinheirinho contêm particularidades da Unidade, mas, grosso modo, são uma constante nas demais Unidades de Pronto Atendimento de Curitiba.