Na terça-feira (28), o Centro de Controle de Doenças (CDC) voltou a orientar o uso de máscaras para impedir a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 em ambientes internos, mesmo para quem está completamente imunizado. A nova orientação contra a COVID-19 vale para todos os Estados Unidos, mas é aplicada dependendo da situação epidemiológica de cada região.
A nova medida foi implementada após novos surtos da COVID-19 aparecerem no país, estimulados pela maior circulação da variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus. Esta variante foi identificada primeiro na Índia e, atualmente, predomina nas novas infecções registradas no país. Israel também retomou o uso de máscaras por causa da variante.
Dessa forma, o CDC volta a recomendar que as pessoas em áreas com transmissão “alta” ou “substancial” da COVID-19 voltem a usar máscaras em ambientes fechados, explicou a diretora da agência federal norte-americana, Rochelle Walensky. Nos EUA, 46% dos condados registram alta transmissão do coronavírus e 17% têm transmissão substancial
“Nos últimos dias, tenho visto novos dados científicos de investigações recentes de surtos, mostrando que essa variante Delta se comporta de forma única e diferente das cepas anteriores do vírus que causa a COVID-19”, afirmou Walensky a repórteres.
Além disso, o CDC também recomendou que todos os alunos e professores, da pré-escola ao ensino médio, usem máscaras para que a edução seja retomada de maneira segura.
Vacinação contra COVID-19 nos EUA
De acordo com a plataforma Our World In Data, 48,8% da população norte-americana recebeu as duas doses de vacina ou um imunizante de dose única. Essa porcentagem equivale a 163,3 milhões de pessoas No entanto, essa cobertura vacinal ainda é considerada baixa para os especialistas. O estudo do Instituto Butantan, em Serrana (SP), apontou para a necessidade de se imunizar pelo menos 75% da população para cortar a transmissão do coronavírus.
Na época em que foi orientado o fim das máscaras, a situação sanitária dos Estados Unidos não era alvo de consenso e especialistas debatiam se não seria o momento errado, já que a cobertura vacinal contra a COVID-19 não era a esperada.
Fonte: CNN via Canaltech.