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Médicos/as devem estar atentos e podem denunciar casos de assédio eleitoral

Imagem: TRE-PR.

As eleições municipais estão se aproximando e é necessário estar atento para que não haja assédio eleitoral nos ambientes de trabalho, públicos ou privados.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) anunciou medidas para combate e prevenção do assédio eleitoral. Entre as iniciativas, estão o lançamento de um canal exclusivo para denúncias e a assinatura de um acordo de cooperação para prevenir e reprimir esses casos no ambiente de trabalho.

Para debater o assunto, o TRE-PR realizou no fim de julho um seminário em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT-PR), Tribunal Regional do Trabalho no Paraná (TRT-PR), Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-PR), Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR), Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

As autoridades que participaram do seminário interinstitucional assinaram um acordo de cooperação técnica com o propósito de prevenir o assédio eleitoral. O assédio eleitoral é entendido como qualquer ato que represente uma conduta imoderada por parte dos empregadores e dos empregados, com a finalidade de obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral, caracterizando ilegítima interferência nas suas orientações pessoais, políticas, filosóficas ou eleitorais.

Liberdade para votar

Para o presidente do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, em se tratando de assédio eleitoral, há duas situações que chamam a atenção; a primeira é quando o empregador assedia os funcionários para que escolham determinado candidato, e a outra é quando a pressão ocorre nas esferas públicas sobre os médicos e médicas que atendem pelo SUS. Neste caso, a pressão pode chegar ao ponto em que o profissional é coagido a fazer campanha para candidatos/as apoiados/as pelos gestores.

O presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, destacou que: “O assédio eleitoral é aquela atitude do empregador de querer influenciar politicamente, de alguma maneira, o empregado nas eleições. O eleitor deve ter a plena liberdade do voto, de pensamento e de escolha”, reforçou.

O presidente do TRT-PR, desembargador Célio Horst Waldraff, explicou que o trabalhador deve procurar os seus direitos. “É necessária uma conscientização de que o voto é sagrado, constitucionalmente falando, e nada pode constrangê-lo indevidamente”. Ele afirmou ainda que, como consequência aos empregadores, o assédio eleitoral pode acabar se convertendo em ações trabalhistas, com indenizações pagas às vítimas.

Segundo o procurador-chefe do MPT-PR, doutor Alberto Emiliano de Oliveira Neto, o enfrentamento do assédio eleitoral é tema de absoluta importância, uma vez que em 2022, no Paraná, foram recebidas mais de 200 denúncias sobre essa temática. “Nesses últimos dois pleitos nós temos consolidado a nossa atuação para, dentre outras coisas, garantir que no âmbito de um contrato de trabalho não haja assédio, discriminação ou qualquer conduta que possa ser classificada como abusiva”.

Novo canal

O procurador-geral de Justiça do MPPR, doutor Francisco Zanicotti, explica que no site do Ministério Público do Paraná foi lançado um novo canal exclusivo para denúncias relacionadas ao contexto eleitoral. “Qualquer coisa que envolva as eleições ou a irregularidade do pleito, pode ser informado ali, em um formulário eletrônico de simples preenchimento”, disse. O mesmo canal também será disponibilizado nos sites das instituições parceiras.

O seminário foi transmitido pelo YouTube e pode ser visto na íntegra, no vídeo abaixo.

Com informações do TRE-PR.

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