A Vereadora de Curitiba Maria Leticia Fagundes (PV), que também é médica, enviou uma “notícia de fato” ao Ministério Público do Trabalho do Paraná apontando as condições de trabalho “extremamente precárias” nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba.
No documento, a parlamentar cita o Estado de Emergência em Saúde Pública vigente na Capital por decreto municipal desde março de 2020, por causa da pandemia de Covid-19. Maria Letícia também cita os recentes agravantes da variante Ômicron o Coronavírus e a da Influenza H3N2.
Nesse contexto entram as denúncias feitas por médicas e médicos das condições de trabalho precárias, sem a estrutura mínima necessária para a realização de consultas médicas. No ofício enviado pela Vereadora ao MPT constam fotos e cópias de mensagens de médicos e médicas mostrando mobiliário não adequado e quebrado, além dos boxes para consultas instalados nas UPAs do Boqueirão e do Pinheirinho.
A denúncia encaminhada pela Vereadora reforça a notícia de fato feita pelo Sindicado dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) de teor semelhante. Ela também denuncia a pressão e o assédio contra os profissionais da medicina para que atendam cada vez mais pacientes em menos tempo. Os gestores estariam pressionando os médicos para atenderem um paciente a cada 15 minutos. Em algumas unidades, esse tempo seria de somente 10 minutos.
Médicos/as denunciam sobrecarga de trabalho e assédio moral nas UPAs de Curitiba
Para o presidente do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, a iniciativa da Vereadora reforça a luta dos médicos/as por melhores condições de trabalho. “Médicos e profissionais de Saúde trabalhando em condições inadequadas não produzem assistência com a qualidade necessária para o momento. Sabemos que o volume atual de demandas por assistência é grande, mas não há motivos para que se percam as condições mínimas de trabalho com respeito aos pacientes.” Completou.
Confira a íntegra da denúncia abaixo: