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Curitiba registra mais de 5 mil novos casos de Covid em uma semana

Os novos números da covid-19 alertam para a necessidade de manutenção dos cuidados com a doença em Curitiba. A média passou de 27 para 728 casos por dia em pouco mais de dois meses. Já são 5.067 casos ativos na cidade.

Na semana de 28 de fevereiro a 5 de março, segundo o último boletim da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram registrados 5.098 novos casos e três óbitos. As vítimas, entre 50 e 88 anos, tinham comorbidades e esquema vacinal incompleto.

As festas de fim de ano e o Carnaval, com grandes concentrações de pessoas, são apontadas como as causa dessa nova onda, além da sensação de fim da pandemia trazida pelas vacinas, que diminuíram as mortes. A vacinação segue como principal arma de combate ao vírus.

“As pessoas precisam se conscientizar de que vamos conviver com o vírus da covid-19 por muito tempo, o que exige atenção a essas pequenas ondas de contaminação”, adverte a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Por enquanto, a nova onda de covid-19 não está pressionando a rede de saúde. Até às 16 horas desta quarta-feira (6/3), havia um paciente internado em leito de UTI e dez em enfermaria.

A recomendação é a mesma a que todos nos acostumamos na pandemia: tomar vacina, usar máscara em ambientes fechados e com muitas pessoas, além de adotar o álcool em gel para higienizar as mãos.

Saúde Já

Ao apresentar sintomas respiratórios, a orientação é para usar máscara, iniciar o isolamento e entrar em contato com a Central Saúde Já Curitiba pelo telefone 3350-9000.

As informações são da Prefeitura de Curitiba.

Ministério da Saúde recomenda ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue

O Ministério da Saúde orienta que os estados e municípios ampliem a faixa etária para vacinação contra a dengue para pessoas de 10 a 14 anos. A recomendação foi apresentada em Nota Técnica publicada pela pasta nesta quarta-feira (6).

Antes, diante do quantitativo de doses, que é restrito, baseado na capacidade de produção e entrega do laboratório produtor, a pasta distribuiu as duas primeiras remessas aos 521 municípios inicialmente elencados para receber a vacina, e havia recomendado que a estratégia fosse iniciada em pessoas de 10 a 11 anos de idade. A ampliação, portanto, busca alavancar a proteção entre o público-alvo.

Os municípios contemplados continuam sendo aqueles previamente definidos antes da recomendação de ampliação da faixa etária. As vacinas são destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

A decisão de expandir a idade do público contemplado foi tomada em conjunto com a representação dos conselhos municipais e estaduais de saúde, respeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Comitê Técnico Assessor em Imunização (CTAI).

Confira a Nota Técnica.

Assistência financeira

Até o momento, o Ministério da Saúde destinou R$ 44 milhões para apoiar gestores locais que declararam emergência em saúde pública para o enfrentamento da dengue. Os recursos são parte do R$ 1,5 bilhão reservados pela pasta para este fim.

Do total destinado até agora, R$ 6,7 milhões foram para os estados, R$ 5,5 milhões para o Distrito Federal e R$ 31,7 milhões para os municípios. O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Essas ações estão no foco do Ministério da Saúde, uma vez que as doses de vacinas ainda são insuficientes para cobrir a maior parte da população.

Os recursos enviados para as unidades federativas foram viabilizados com o objetivo de otimizar a liberação de recursos para os gestores e gestoras que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública. Para receber a assistência financeira, o estado ou município deve enviar ao governo federal um ofício com a declaração de emergência em saúde. Os repasses serão mensais durante a vigência do decreto de emergência.

Também será necessário apresentar um plano de ação, que deve conter a apresentação da condição de saúde local, considerando a situação epidemiológica, necessidade de atendimento à população e a sobrecarga da rede assistencial. Também deve detalhar as ações de saúde a serem realizadas e os respectivos valores estimados. É possível que a solicitação de apoio ao Ministério da Saúde seja feita por mais de um ente federativo em conjunto.

Entenda como será realizado o cálculo dos recursos.

Combate ao mosquito

Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico da dengue no Brasil, coordenando uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses em todo o território nacional.

A pasta adquiriu todo o estoque disponível de vacinas da dengue do laboratório fabricante – 5,2 milhões de doses que serão entregues entre fevereiro e novembro de 2024. Além dessas, também serão distribuídas 1,32 milhão de doses fornecidas sem custo ao governo federal. Para 2025, 9 milhões de doses que estavam disponíveis também foram compradas. É importante reforçar que outras aquisições podem ser feitas se houver nova disponibilidade de doses à pasta.

Foi instalado ainda o Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue). A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, visa acelerar a organização de estratégias de vigilância frente ao aumento de casos no Brasil, permitindo mais agilidade no monitoramento e análise do cenário para definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento da doença no país.

Conheça outras ações e saiba como se proteger contra a doença.

As informações são do Ministério da Saúde.

Com 82 casos em 2024 no Paraná, Estado reforça medidas de prevenção da meningite

Febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náusea, confusão mental. Esses são alguns dos sintomas da meningite que demandam atendimento médico imediato. A doença é um processo inflamatório das meninges, ocasionada por vários agentes etiológicos como vírus, bactérias e fungos – pode deixar sequelas e levar à morte em até 24 horas, caso o diagnóstico não seja oportuno. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta a importância dos cuidados para prevenir a doença.

Dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) registraram 82 casos da doença e quatro óbitos no Paraná desde o início do ano. De 2019 até 2023 houve 6.402 casos e 429 óbitos pela doença no Paraná. Foram confirmados 1.852 casos e 100 óbitos em 2019; 851 casos e 54 mortes em 2020; 904 e 86 em 2021; 1.190 e 101 em 2022 e 1.605 e 88 em 2023, respectivamente.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. Casos de meningites bacterianas são mais comuns no outono-inverno e das virais na primavera-verão. A doença atinge as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pode afetar pessoas de todas as idades, principalmente as crianças.

A meningite é de notificação compulsória, sendo necessárias a busca ativa e investigação de casos e surtos para o seu monitoramento. Alguns agentes bacterianos possuem um grande potencial epidêmico, como, por exemplo, o meningococo.

VACINAS – Dentre as medidas de prevenção, a mais eficaz são as vacinas. O Calendário Nacional de Vacinação dispõe 19 imunizantes para crianças até 2 anos, que podem ser encontradas nos postos de vacinação e Unidades de Saúde de todo o Estado. Destas, cinco servem de escudo para a doença e agem em várias frentes, já que a meningite pode ser causada por diferentes agentes infecciosos.

A primeira vacina contra meningite que deve ser aplicada é a BCG, no recém-nascido. Já as vacinas meningocócicas são administradas em crianças, aos 3 e 5 meses de idade, e na adolescência, dos 11 aos 14 anos. No Estado, a cobertura vacinal das crianças menores de 2 anos da vacina meningo C é de 81,32% no ano de 2023. A meta é de 90% e 95% para as demais.

Como medidas de prevenção, é importante também a manutenção dos ambientes ventilados; medidas de higiene e lavagem das mãos; cuidados com a preparação dos alimentos; evitar aglomerações em locais com ventilação restrita; usar etiqueta respiratória, isto é, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; não compartilhar copos, talheres, alimentos e outros objetos.

“A meningite é uma doença grave, pode deixar sequelas e até mesmo levar à morte, por isso, reforçamos manter o calendário vacinal em dia em conjunto com as demais medidas de prevenção e, ao perceber qualquer sintoma da doença, procurar imediatamente um serviço de saúde mais próximos”, afirma Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância da Sesa.

SINTOMAS E TRATAMENTOS – Em geral, a transmissão da doença é de pessoa para pessoa pelo contato direto com secreções da boca, nariz ou faringe, mais frequentemente por meio de espirro, tosse, fala e beijo. É preciso ter cuidado porque alguns indícios podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças aparentemente inofensivas, como gripes, otites, bronquites e infecções de garganta.

Quanto aos sintomas, nas crianças os pais precisam ficar atentos ao choro intenso, irritabilidade, recusa alimentar, febre alta, vômitos e convulsões. Em adultos, os mais comuns são febre alta, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náuseas e vômitos, intolerância à luz, confusão mental e convulsões. Aqueles que apresentarem os sintomas relativos à doença devem procurar imediatamente atendimento na unidade de saúde mais próxima de sua casa. Após a avaliação médica, se houver suspeita, será feito exame para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

ÓBITOS – Os quatro óbitos registrados em 2024 ocorreram entre 8 de fevereiro e 3 de março, em quatro municípios pertencentes às 2ª, 10ª e 15ª Regionais de Saúde. Morreram um homem de 42 anos, residente em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba; uma criança de 3 anos, de Maringá (Noroeste); uma mulher de 54 anos, moradora de Catanduvas (Oeste); e uma criança de sete anos residente em Cascavel (Oeste).

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Brasil tem mais de 1,2 milhão de casos de dengue e quase trezentas mortes em 2024

O Ministério da Saúde atualizou, nesta terça-feira (05/02), os dados da dengue no País que registra 1.253.919 casos prováveis da doença e 299 óbitos confirmados. Há ainda 765 óbitos em investigação. O índice atual de incidência é de 617,5 casos por 100 mil habitantes.

“É um momento que temos que esclarecer a população sobre cuidados, proteção e também preparar o SUS [Sistema Único de Saúde] que tem tanta potência para atender adequadamente as pessoas e, nos casos de agravamento, impedir que percamos vidas”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Do total de casos de dengue em 2024, 9.996 são de ocorrências graves que se concentram nas pessoas entre 20 e 49 anos.

“Nosso panorama não mudou muito, temos epidemias em tempos diferentes no Brasil. A gente começa a ver alguma desaceleração nos estados que começaram primeiro, especificamente o Distrito Federal e Minas Gerais. Alguns estados entrando em aceleração, outros em desaceleração”, disse a secretaria de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

Aumentou de 7 para 9 o número de estados que decretaram emergência em razão da dengue. São eles: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Já são 201 os decretos municipais.

“Estamos atendendo todos os decretos, não fazemos avaliação de critérios epidemiológicos. Acatamos os decretos que chegam e estamos trabalhando com estados e municipais para seus planos de contingência e o que precisa ser feito”, disse Ethel Maciel.

Os recursos federais para apoiar estados e municípios já somam R$ 1,5 bilhão. Na semana passada, o Ministério da Saúde iniciou a liberação de R$ 44 milhões, por meio de portarias, para Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e mais 79 municípios.

As informações são da Agência Gov.

Boletim semanal da dengue aponta 15,3 mil novos casos e mais 14 óbitos no Paraná

O Informe Semanal da Dengue divulgado nesta terça-feira (5) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra o maior número de casos em um boletim do atual período epidemiológico: 15.361 novos casos. Ele também traz 14 novos óbitos pela doença. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 73.928 casos confirmados e 37 óbitos.

Este é o 26º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa, que registrou também 187.594 notificações, 46.122 casos em investigação e 61.130 descartados. Dos 399 municípios, 319 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e 397 tiveram notificações.

As Regionais de Saúde com mais casos confirmados são a 16ª RS de Apucarana (15.541), 10ª Cascavel (8.340), 8ª RS Francisco Beltrão (6.502), 17ª RS de Londrina (6.463) e 15ª RS de Maringá (6.388). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (10.402), Londrina (5.128), Maringá (3.560), Paranavaí (3.015), Cascavel (2.898), Ivaiporã (2.240), Quedas do Iguaçu (1.875), Dois Vizinhos (1.616), Jandaia do Sul (1.608) e Antonina (1.470).

ÓBITOS – As 14 mortes que constam neste último informe são de pessoas entre 31 e 92 anos, cinco delas sem comorbidades. Do total de registros, dois óbitos ocorreram nos municípios de Ampére e Salto do Lontra (8ª RS); um em Mariluz (12ª RS); um em Paranavaí (14ª RS); um em Sarandi (15ª RS); dois em Apucarana (16ª RS); dois em Terra Roxa e Toledo (20ª RS) e um em Ivaiporã (22ªRS). Na 17ª Regional de Londrina houve quatro óbitos, o maior número deste boletim. Dois deles eram residentes do município de Londrina, um de Cambé e um de Rolândia.

Os óbitos do período epidemiológico foram em Antonina, Ampére, Dois Vizinhos, Salto do Lontra, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Quedas do Iguaçu, Mariluz, Marilena, Paranavaí, Sarandi, Apucarana, Arapongas, Cambira, Cambé, Londrina, Rolândia, Terra Roxa, Toledo e Ivaiporã.

CHIKUNGUNYA – O novo boletim confirmou ainda 11 novos casos de chikungunya, somando 79 confirmações da doença. Do total de casos, 51 são autóctones (quando a doença é contraída no município de residência). Há, ainda, 262 casos em investigação e 719 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 75 notificações.

INFESTAÇÃO PREDIAL – A Sesa publicou, também, o primeiro informe entomológico deste ano, monitoramento que permite identificar regiões com aumento na proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.

De acordo com o documento, no período de 1º de janeiro a 29 de fevereiro, dos 334 municípios que encaminharam as informações entomológicas para a Sesa, 37 estão dentro da situação de risco de epidemia, 198 em alerta e 96 em situação satisfatória para o IIP (Índice de Infestação Predial). Os demais não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento.

Os principais depósitos de criadouros encontrados foram em lixos, 30,4% (recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros velhos, entulhos de construção); vasos e frascos com água, pratos, degelo da água de geladeiras e materiais de construção, com 37%; e depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico de água, com 16,4%.

REFORÇO – A Sesa monitora de maneira constante o quadro epidemiológico no Estado. Nos últimos sete dias vários eventos e ações foram realizadas para combate ao mosquito e com foco na prevenção. Equipes da secretaria e do Ministério da Saúde realizaram uma agenda em Apucarana, no Vale do Ivaí, cidade com mais casos no Estado, para orientar profissionais e identificar possíveis fragilidades no atendimento a pacientes.

Também foi realizada a terceira reunião do Comitê Gestor Intersetorial para o Controle da Dengue para discutir ações de mobilização e vigilância permanente com a participação de representantes das instituições que compõem o grupo. No último sábado, dia 02 de março, aconteceram diversas atividades no Dia D de enfrentamento à dengue, envolvendo os municípios do Paraná.

O Governo do Estado anunciou também um aporte adicional de recursos de R$ 93 milhões para auxiliar os municípios. O valor será distribuído entre diversas áreas e tem como finalidade aprimorar o atendimento hospitalar, garantir a disponibilidade de insumos, instrumentalizar as equipes de agentes comunitários de saúde e intensificar a vigilância em saúde.

Confira o informe semanal da dengue AQUI e mais informações neste link.

Confira o informe Infestação Predial AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Entenda a importância de se vacinar contra a Gripe dentro do prazo estipulado

Todos os anos, entre os meses de abril e maio, cerca de 80 milhões de brasileiros possuem um compromisso inadiável: comparecer ao posto de saúde mais próximo de sua residência para receber a dose atualizada da vacina da gripe e se proteger contra possíveis complicações desencadeadas pelo vírus influenza. Porém, em 2023, cerca de 40% da população-alvo – como idosos, crianças entre 6 meses e 6 anos e gestantes – deixou esse dever para depois.

“No caso da vacina Influenza, realizar a vacinação dentro do prazo estipulado pela campanha é de enorme importância. Como o vírus tem circulação sazonal, aumentando no início do outono e alcançando seu pico entre junho e julho, tudo é pensado para que a população mais vulnerável à doença seja imunizada e esteja de fato protegida antes do início desse período”, explica a gestora médica de desenvolvimento clínico do Butantan Carolina Barbieri.

Afinal, com a chegada dos dias mais frios, é normal que as pessoas passem mais tempo em locais fechados. Esses ambientes são ideais para a transmissão de doenças do trato respiratório, caracterizadas pelo contato com pequenas gotículas de saliva ou partículas aerossóis de uma pessoa já contaminada.

Idealmente, a campanha contra a gripe se concentra entre os meses de abril e maio – por mais que, nos últimos anos, esse período tenha sido postergado. Como o organismo precisa de sete a 14 dias para iniciar a produção de anticorpos, alcançando seu máximo cerca de um mês depois da aplicação da vacina, o período estabelecido é ideal para que esse pico de imunidade coincida com o auge da circulação da influenza, freando assim sua transmissibilidade e aumentando sua efetividade.

“É por isso que o produto não é aplicado mais cedo. Já se a pessoa deixar para se vacinar tardiamente, em agosto, por exemplo, ela ficará desprotegida durante os momentos mais intensos de circulação do vírus, correndo o risco de se infectar e até desenvolver quadros severos de gripe”, alerta Carolina Barbieri.

Outra questão importante sobre a Influenza é o público-alvo. A determinação dos grupos que devem ser vacinados leva em conta não apenas aqueles que podem ter mais complicações, como os idosos, as pessoas com comorbidade, as gestantes, as crianças e os imunossuprimidos, mas também os grupos que mais contribuem para a transmissão do vírus – caso dos pequenos, importantes vetores dentro dos núcleos familiares, principalmente para os avós; e dos profissionais mais expostos a infecções por microrganismos, como os trabalhadores da saúde e da educação.

“A estratégia de imunização contra a gripe no Brasil é de excelência, pois segue à risca todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde, levando em consideração a valiosa tríade de pessoa-tempo-espaço”, avalia a gestora médica do Butantan.

Além de controlar a doença sintomática, evitando a evolução para quadros mais graves, a vacina Influenza desempenha uma importante função para a saúde pública, reduzindo a sobrecarga dos serviços de saúde e a mortalidade. Para atingir esse objetivo, é essencial atingir uma alta cobertura vacinal, chegando então à tão falada “imunidade coletiva”.

Em 2023, o Ministério da Saúde tinha como meta vacinar 90% do seu público-alvo, mas nenhum dos grupos chegou próximo ao índice. Dentre os 5.629 óbitos notificados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país até dezembro do ano passado, com resultado laboratorial positivo para algum vírus, quase 14% foram casos confirmados de Influenza, segundo o Boletim INFOGripe.

Uma vacina diferenciada

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza gratuitamente 32 vacinas à população brasileira. Aplicadas nos diferentes ciclos de vida, geralmente elas se dividem em duas principais estratégias: as de rotina, que são recomendadas de acordo com a idade e têm como objetivo proteger contra as doenças imunopreveníveis que mais afetam uma certa faixa etária; e as de campanha, caracterizadas por um esforço que acontece em um determinado intervalo de tempo para reduzir ou até mesmo controlar ou eliminar uma doença.

Implementada em 1999, a campanha nacional de vacinação contra a gripe tem suas particularidades. “É um caso que fica entre a imunização de rotina, pois está prevista no nosso calendário anual a partir dos 6 meses de vida, com público-alvo específico, mas em modelo de campanha, uma vez que tem prazo para começar e terminar”, esclarece Carolina Barbieri.

Tamanha especificidade está relacionada às próprias características do vírus, que tem enorme capacidade de mutação. É por isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém em todo o mundo uma vigilância ativa para entender quais os tipos de vírus influenza que estão circulando nos dois hemisférios – as regiões apresentam padrões de circulação bem diferentes entre si.

Com base nesses dados, a entidade realiza dois anúncios anuais sobre as três principais cepas que devem compor o imunizante da campanha seguinte: um em fevereiro, direcionado às farmacêuticas que produzirão vacinas para o Hemisfério Norte; e outro em setembro, para os produtores de imunobiológicos para uso no Hemisfério Sul – caso do Instituto Butantan, responsável por fabricar as mais de 80 milhões de doses de vacinas contra a gripe disponibilizadas na rede pública de saúde. “Daí a importância de se vacinar contra a gripe todos os anos, mesmo que você já tenha recebido as doses que foram aplicadas nos anos anteriores”, diz.

Depois das orientações da OMS, começa uma corrida contra o tempo para a produção do produto. “É um período bastante curto para a produção, visto que em março os primeiros lotes já precisam ser disponibilizados ao Ministério da Saúde”, completa Carolina Barbieri.

As informações são do Instituto Butantan.

Diagnóstico de dengue e imunização exigem cautelas para doação de sangue

Pessoas que tiveram dengue ou que tomaram a vacina contra a doença devem aguardar prazos específicos para poder doar sangue. As orientações sobre triagem de candidatos voltadas a serviços de hemoterapia constam em nota técnica publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde.

Em nota, a Anvisa informou que evidências científicas demonstram que há risco de transmissão da dengue por transfusão sanguínea. Quando uma pessoa recebe sangue contaminado com o vírus, há uma probabilidade de 38% de que ela seja infectada e desenvolva a doença após a transfusão.

A agência destaca que, por esse motivo e “por precaução”, pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina recentemente não podem doar sangue por um período determinado de tempo, conforme os seguintes critérios:

– pessoas que tiveram dengue comum devem aguardar 30 dias após a recuperação completa;

– pessoas que tiveram dengue grave devem aguardar 180 dias após a recuperação completa;

– pessoas que tiveram contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias deverão aguardar 30 dias após o último contato sexual;

– pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação.

Pós-doação

A Anvisa pede ainda que os serviços de hemoterapia orientem os doadores caso confirmem diagnóstico por dengue logo após a doação de sangue. “O doador deve informar ao serviço caso tenha resultado confirmado de dengue ou apresente sintomas como febre ou diarréia até 14 dias após a doação”.

“A informação é necessária para que os serviços possam resgatar eventuais hemocomponentes em estoque e/ou acompanhar os pacientes, receptores do material’, explicou a agência.

Imunoglobulinas x vacinas

A nota destaca ainda que, conforme instruções dos fabricantes das vacinas contra dengue disponíveis no Brasil, pacientes que estão recebendo tratamento com imunoglobulinas ou hemocomponentes contendo imunoglobulinas, como sangue ou plasma, devem esperar pelo menos 6 semanas e, preferencialmente, 3 meses após o término do tratamento para tomar a vacina.

“O objetivo dessa recomendação é não comprometer a eficácia das vacinas nesses pacientes. A Anvisa incentiva a doação de sangue e recomenda que todos os brasileiros visitem os serviços de hemoterapia, conhecidos como bancos de sangue, para verificar se estão aptos a doar sangue com segurança. Dessa forma, podem ajudar a salvar vidas e praticar uma boa ação.”

As informações são da Agência Brasil.

Câncer de pênis: nota técnica traz orientações para profissionais de saúde e gestores

No Brasil, o câncer de pênis acomete 1,3 a cada 100 mil habitantes. Embora não seja tão incidente, a doença é agressiva: entre 2007 e 2022, foram realizadas 7.790 amputações do órgão genital decorrentes de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – cerca de 486 por ano. Com o objetivo de estimular a prevenção e aprimorar a oferta do cuidado integral, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com orientações para gestores e profissionais da rede.

O documento traz uma série de recomendações que podem ser utilizadas nos atendimentos, para conscientizar e informar a população. A primeira delas aborda a higiene do pênis: é necessário orientar a lavagem regular com água e sabão neutro, puxando o prepúcio totalmente para trás para a higiene adequada da glande e de todo o órgão, além de secar bem a área genital após o banho. Essa prática deve ser adotada em todas as idades, desde a infância. A limpeza também é importante após relações sexuais e masturbações.

No caso de fimose patológica (persistente após a infância) que dificulte a completa exposição da glande, um profissional da saúde deve ser consultado.

Entre as outras orientações apresentadas na nota técnica, estão:

  • Informar a importância do autoexame e, ao notar quaisquer alterações no pênis, como feridas, inchaços ou mudanças na cor e textura da pele, buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS);
  • Incentivar o uso de preservativos durante as relações sexuais para prevenir IST;
  • Incentivar a vacinação contra o HPV para a população de 9 a 14 anos;
  • Garantir o atendimento desacompanhado de adolescentes, como estímulo positivo à autonomia e cidadania;
  • Estimular uma dieta saudável e equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e cessar o tabagismo;
  • Orientar sobre a higienização adequada para usuários de fraldas.

Medidas para os gestores

O documento também traz recomendações para organizar a rede de atenção à saúde em prol da prevenção ao câncer de pênis. Para gestores estaduais e municipais de saúde, as seguintes medidas são recomendadas:

  • Estabelecer a atenção primária à saúde (APS) como porta de entrada e lócus de seguimento prioritários, permitindo a investigação célere de queixas na região genital;
  • Implementar, em larga escala, estratégias de disseminação de informações para a população sobre a importância de homens procurarem a unidade de saúde para cuidados, independentemente da idade;
  • Qualificar os profissionais de saúde da APS sobre o câncer de pênis, em parceria com serviços de saúde e instituições de ensino, aperfeiçoando a atenção dada aos homens e seus familiares;
  • Fortalecer as ações educativas e de comunicação em saúde direcionadas à população masculina sobre higiene correta dos genitais, uso de preservativos, autocuidado em saúde e prevenção dos cânceres mais prevalentes e outras doenças crônicas não transmissíveis;
  • Instrumentalizar o trabalho das equipes e orientar a população em geral, por meio de publicações institucionais.

 

As informações são do Ministério da Saúde.

Dengue: Somente 14,7% das vacinas distribuídas aos municípios foram aplicadas

Das 1.235.119 vacinas contra a dengue distribuídas a municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, apenas 182.204 foram aplicadas em crianças e adolescentes que fazem parte do público-alvo definido pela pasta. A quantidade de doses aplicadas equivale a 14,75% do total distribuído.

Os dados foram coletados desde o início da vacinação, em 9 de fevereiro, até o último sábado (2). Ao todo, 521 municípios foram selecionados pelo governo federal para receber as vacinas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo o ministério, são consideradas endêmicas para dengue.

Pioneiro na vacinação contra a dengue, o Distrito Federal (DF) informou, na semana passada, que, quase 20 dias após o início da distribuição das doses, apenas 32% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido imunizadas. Das 71.708 doses recebidas do ministério, ainda havia cerca de 48 mil disponíveis para aplicação em todos os 67 pontos de vacinação do DF.

“Como todo imunobiológico, a vacina da dengue também tem prazo de validade. Os imunizantes estão válidos até o dia 30 de abril”, destacou o governo do Distrito Federal em nota. O comunicado ressalta que “tratativas estão sendo feitas para uma possível ampliação no público-alvo, a fim de garantir que todas as doses sejam efetivamente aplicadas na população”.

O Distrito Federal é uma das unidades federativas mais afetadas pela doença. Dados do painel de monitoramento de arboviroses indicam que o DF já contabiliza 117.588 casos prováveis de dengue, além de 78 mortes pela doença. Há ainda 73 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 3.647 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Já na cidade do Rio de Janeiro, até a última sexta-feira (1º), apenas 18% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido levadas por seus responsáveis às unidades de saúde para receber a vacina contra a dengue. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde, na primeira semana de vacinação contra a doença, somente 25.317 doses foram aplicadas.

Dados do painel de monitoramento de arboviroses mostram que, em todo o estado do Rio de Janeiro, foram registrados 91.445 casos prováveis de dengue, além de 13 mortes pela doença. Há ainda 73 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 575 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Alerta aos pais

Há mais de 15 anos, a pediatra Natália Bastos atende desde pacientes recém-nascidos a adolescentes na capital federal. Em entrevista à Agência Brasil, ela destacou que há uma explosão de casos de dengue e que os pais precisam ter cautela.

“Gostaria de emitir esse alerta pedindo aos pais que não vacinaram que procurem a sala de vacina para fazerem a Qdenga [vacina contra a dengue]. É uma vacina feita com o vírus atenuado, uma vacina muito segura. Está sendo desenvolvida pelo laboratório Takeda desde antes da covid-19, antes da pandemia. Então, não é uma vacina nova, não é uma vacina que foi desenvolvida às pressas. Já existem vários estudos e ela passou por todas as etapas.”

Natália destacou que o esquema vacinal completo da Qdenga, com duas doses, garante cerca de 80% de eficácia e que os efeitos colaterais, inclusive em crianças, são pequenos – sobretudo quando comparados aos que uma infecção por dengue pode causar.

“Com uma dose, você tem, geralmente, efeitos colaterais imediatos muito leves e, com 10 dias, algumas manchas no corpo ou alguma dor no corpo. Mesmo assim, são poucos sintomas tendo em vista o que um quadro de dengue pode causar numa criança ou num adulto.”

“Enquanto estava na sala da rede privada, era uma vacina que estava custando, em média, de R$ 400 a R$ 500. Hoje, a vacina está disponível na sala do centro de saúde gratuitamente. Então convido todos os pais a procurarem a vacina com os filhos de 10 a 11 anos com urgência”, concluiu.

As informações são da Agência Brasil

Cuidados com a Dengue devem ser maiores na gestação

O odor e o aumento do gás carbônico exalado pela pele das gestantes, aliados ao aumento da sua temperatura corporal, são fatores importantes para a atração do mosquito Aedes aegypti. Além disso, as grávidas e puérperas estão entre os grupos populacionais mais suscetíveis a complicações e evolução para as formas mais graves da dengue.

O número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (1º).

Diante desse cenário, a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febasgo) lançou o Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério, em colaboração com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O guia foi elaborado pelo Grupo de Trabalho dedicado ao manejo da doença em gestantes e puérperas, composto por 16 especialistas em ginecologia obstetrícia e traz dicas para evitar o contágio e prevenir complicações relacionadas à dengue.

“Uma vez infectadas, as gestantes têm maiores chances de apresentar desfechos desfavoráveis em comparação com não gestantes. Portanto, esse grupo é de especial interesse e cuidado”, explica o médico Antônio Braga, membro do Grupo de Trabalho sobre Dengue na Gestação da Febrasgo

Prevenção

O controle dos criadouros de Aedes aegypti, as barreiras mecânicas para evitar que o mosquito entre nas residências, como telas em portas e janelas, o uso de inseticidas, de roupas apropriadas e de repelentes estão entre as recomendações para evitar a contaminação. O uso de inseticidas por vaporização ambiental, também chamada de nebulização espacial ou fumacê, ou domiciliar, também está entre as medidas recomendadas.

Segundo a Febrasgo, as gestantes devem priorizar o uso de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como picaridina, icaridina, N,N-dietil-meta-toluamida (DEET), IR 3535 ou EBAAP.

Outra variável importante é a preferência de cor para a qual o mosquito é atraído. A Febrasgo recomenda evitar o uso de roupas de cor vermelha, azul, alaranjada ou preta. Por sua vez, a cor branca não atrai o mosquito.

Recomendações

Em casos de infecção com menor gravidade, a orientação é repouso e aumento da ingestão de líquidos. Gestantes com dengue requerem avaliação diária, incluindo repetição do hemograma até 48 horas após a febre desaparecer.

Se o estado for grave, com sinais de alarme, a internação é indicada. Em situações de choque, sangramento ou disfunção grave de órgãos, a paciente deve receber tratamento em uma unidade de terapia intensiva.

As informações são da Agência Brasil