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Advogados/as trabalhistas e Sindicalistas realizam atos em defesa das competências da Justiça do Trabalho

Foi realizado nesta quarta-feira (28), na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT9) em Curitiba, um ato em defesa das competências da Justiça do Trabalho. Manifestações semelhantes foram realizadas por todo o País e em diversas cidades do Paraná.

Participaram dos atos entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação da Advocacia Trabalhista do Paraná (AATPR), Centrais Sindicais como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Força Sindical e outras, Sindicatos de Trabalhadores e servidores da Justiça do Trabalho.

As manifestações tiveram como principal objetivo garantir que os processos encaminhados a esse órgão fundamental transcorram dentro do devido processo legal, sem imprevistos que possam gerar insegurança jurídica, em contraposição às tendências recentes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o Dr. Luiz Gustavo Andrade, advogado do Simepar, a Justiça do Trabalho tem como matéria prima um dos principais direitos sociais que é o direito ao trabalho. “Enfraquecer a Justiça do Trabalho causa um forte abalo num dos pilares na nossa sociedade que é a força de trabalho. Qualquer movimento no sentido de enfraquecer a Justiça do Trabalho deve ser combatido e por isso a Assessoria Jurídica do Simepar apoia essas manifestações”. Afirmou o Dr. Luiz Gustavo.

Para a CTB, a atual conjuntura é marcada por uma série de ataques que minam a proteção social do trabalho. Desde alterações legislativas que fragilizaram a CLT e a organização sindical, até tentativas recentes de reduzir a competência da Justiça do Trabalho a mera mediadora de acordos coletivos. A luta pela preservação da integridade e competência desse importante pilar da justiça brasileira continua, guiada pela convicção de que somente através da sua robustez poderemos garantir relações laborais justas e equilibradas em nossa sociedade.

Com informações da OAB-PR e da CTB

Ministério da Saúde antecipa campanha de vacinação contra a Gripe

O Ministério da Saúde vai antecipar a vacinação contra a gripe. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano, a campanha terá início no dia 25 de março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A pasta negociou a entrega antecipada das vacinas, que estão previstas para serem distribuídas a partir do dia 20 para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Em 2023, o governo federal mudou a estratégia da campanha para a região Norte e já imunizou a população entre novembro e dezembro, atendendo às particularidades climáticas da região.

A imunização previne contra os vírus que geralmente começam a circular em maio, junho e julho, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. “Mas desde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, explicou.

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.

Podem se vacinar:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
  • Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.

Região Norte

Em 2024, a vacinação contra a influenza acontecerá no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto no Norte será no segundo semestre. A mudança inédita na estratégia, desde 2023, busca atender às particularidades climáticas da região, que inicia no período o Inverno Amazônico, período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.

A estratégia de microplanejamento, realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com os estados e municípios, é uma ferramenta de planejamento de uso contínuo das ações de vacinação tanto em campanhas quanto na rotina de vacinação. Ela visa fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, respeitando as diversidades regionais, em que a organização e a operacionalização consideram a realidade local, direcionando esforços para o alcance da cobertura vacinal.

Entre as estratégias que podem ser adotadas com o microplanejamento pelos municípios, estão a realização do Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação nas escolas, vacinação para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas, entre outros.

As informações são do Ministério da Saúde.

Entenda a diferença entre os sintomas da Dengue e da Covid-19

Em meio a uma explosão de casos de dengue e o aumento de infecções por covid-19 no Brasil, sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar passaram a assustar e gerar muitas dúvidas. No atual cenário epidemiológico, é importante saber diferenciar os sinais de cada enfermidade.

Em entrevista à Agência Brasil, o infectologista do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Albert Einstein, Moacyr Silva Junior, lembrou que, embora igualmente causadas por vírus, dengue e covid-19 são transmitidas de maneiras completamente diferentes. Enquanto a infecção por dengue acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti, a infecção por covid-19 se dá por via aérea, por contato próximo a uma pessoa doente, como tosse ou espirro.

“A transmissão da covid-19 acontece de pessoa para pessoa. É uma transmissão respiratória por tosse, expectoração, gotículas, contato de mão. Muitas vezes, a pessoa assoa o nariz, não higieniza as mãos e passa para outra pessoa. A dengue não, está relacionada ao mosquito mesmo. O mosquito pica uma pessoa infectada e, posteriormente, vai picar outra pessoa sã e transmitir o vírus de uma pessoa para outra, mas você tem o vetor.”

O infectologista explica a diferença básica nos sintomas das duas doenças:

“Quando a gente pensa em covid-19, o quadro é muito relacionado a um quadro respiratório ou de resfriado comum e dor no corpo. Já na dengue, geralmente, é um quadro mais seco. Esse quadro respiratório geralmente está ausente. Não vai haver infecção das vias aéreas superiores. É mais dor atrás dos olhos, dor no corpo, mal-estar. Não vai estar associado à coriza, tosse e expectoração.”

Dengue

O Ministério da Saúde define a dengue como uma doença febril aguda, sistêmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos pacientes se recupera, mas parte deles pode progredir para formas graves da doença.

A quase totalidade dos óbitos por dengue é classificada pela pasta como evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

“Os sinais clássicos da dengue são febre, geralmente junto com dor no corpo, dor atrás dos olhos, mal-estar e prostração. É uma febre que chega a 38° ou 39°. Tudo bem associado”, explicou o infectologista.

Após o período febril, entretanto, é preciso manter a atenção. Com o declínio da febre após os primeiros dias, alguns sinais classificados como de alarme podem estar presentes e marcam o início da piora do paciente.

“O agravamento da dengue acontece em torno do terceiro ao quinto dia, quando a febre desaparece. É interessante porque, geralmente, quando a febre desaparece, a gente acha que está melhorando. Mas, no caso da dengue, pode se um sinal de que a coisa pode piorar.”

“Nessa piora, os sinais de alerta são vômitos recorrentes, a pessoa não consegue se alimentar, fica bem desidratada, dor de barriga, surgem manchas pelo corpo. São sinais de gravidade. Então, no terceiro dia, caso a febre suma e a pessoa se sinta pior, vale procurar o posto de saúde para ser avaliada e verificar a gravidade.”

Covid-19

Já a covid-19 se caracteriza por uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e é classificada pelo Ministério da Saúde como potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global.

A doença pode apresentar manifestações clínicas leves, quadros moderados, graves e até críticos.

A maioria dos casos são marcados pela presença de sintomas como tosse, dor de garganta ou coriza, seguidos ou não de febre, calafrios, dores musculares, fadiga e dor de cabeça.

“A covid pode não ter febre. O paciente vai apresentar um quadro de tosse, expectoração, dor de garganta, obstrução nasal associada à dor no corpo. Acompanhado ou não de febre”, explicou Moacyr Silva Júnior.

“Felizmente, com a vacinação, a gente não está tendo mais casos graves de covid-19, com internação. A pessoa pode ficar em casa e tratar coma analgésicos e antitérmicos. Os sinais de gravidade são falta de ar que persiste, cansaço importante, frequência respiratória mais aumentada e uma febre que pode persistir, diferentemente da dengue. Nesses casos, o paciente deve procurar assistência médica.”

Em casos graves, classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave, há desconforto respiratório, pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente, além de coloração azulada de lábios ou rosto. Nos casos críticos, há necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva (UTI).

Automedicação

Com os sistemas de saúde públicos e particulares sobrecarregados, o paciente, muitas vezes, opta por tomar medicamentos por conta própria. O infectologista alerta, entretanto, que a automedicação, apesar de ser vista como uma solução para o alívio imediato dos sintomas, deve ser feita com cautela para que não haja consequências mais graves – sobretudo em casos de dengue.

“Em relação à covid, particularmente, a dipirona e a lavagem nasal com soro fisiológico já ajudam e diminuem os sintomas até passar a fase. Já em relação à dengue, além do analgésico, que seria a dipirona, precisamos de uma hidratação bastante importante, algo em torno de três litros por dia de hidratação oral. Pode ser suco, água de coco e água. Associados à dipirona, para diminuir os sintomas de dor muscular. O que é contraindicado é o ácido acetilsalicílico, o AAS, que pode piorar os sinais de hemorragia caso o paciente evolua para dengue hemorrágica”, concluiu.

As informações são da Agência Brasil

Anvisa esclarece sobre uso de smartwatch para medição de glicemia

A Anvisa publicou uma nota técnica com o seu posicionamento sobre o uso de smartwatch (também conhecido como relógio inteligente) para a medição de parâmetros como glicemia (concentração de açúcar no sangue) e oximetria (saturação de oxigênio no sangue).

A Nota Técnica 12/2024/SEI/GQUIP/GGTPS/DIRE3/ANVISA esclarece que qualquer aparelho que realize medições reconhecidas como de uso tipicamente médico deve ser regularizado na Agência. Como exemplos, temos: medições de glicemia, oximetria, pressão arterial, eletrocardiograma e notificação de ritmo cardíaco irregular.

Atualmente, estão aprovados na Anvisa cinco softwares para smartwatch. Eles são destinados para medir pressão arterial, eletrocardiograma e notificação de ritmo cardíaco irregular. Portanto, não existe, até o momento, nenhum dispositivo desse tipo regularizado para medição não invasiva de glicose ou oximetria.

Isso porque ainda não há estudos com evidências robustas sobre a segurança e o desempenho para esta indicação de uso. Os produtos regularizados junto à Agência podem ser consultados no endereço eletrônico https://consultas.anvisa.gov.br/#/saude/

Já os aparelhos que medem apenas frequência cardíaca e respiratória, que não são considerados de uso estritamente médico, não estão sujeitos à regulamentação da Anvisa.

Denúncias

Caso seja identificada a veiculação de anúncios de relógios e acessórios do tipo smartwatch que aleguem a capacidade de realizar medições não invasivas de glicemia, sugerindo ou não seu uso para controle glicêmico, solicita-se que seja feita uma denúncia à Anvisa.

Confira os canais de atendimento da Agência.

A venda de dispositivos médicos sem a devida regularização é uma infração sanitária, com penalidades previstas pela Lei 6.437/1977.

Saiba mais

O processo regulatório sanitário de um dispositivo médico tem como objetivo garantir que o fabricante apresente as evidências que atestem a segurança e o desempenho satisfatório do produto para atender às suas indicações de uso.

Essa comprovação requer a condução de estudos com metodologia científica rigorosa, que demonstrem que o dispositivo alcança de maneira consistente os objetivos propostos em sua indicação de uso. As empresas responsáveis pelos softwares regularizados conduziram extensos estudos e testes de desempenho.

Já a medição não invasiva de glicemia por relógios e acessórios do tipo smartwatch representa uma tecnologia em desenvolvimento, que não passou pelo processo regulatório sanitário. A precisão dos dispositivos médicos avaliados pela Anvisa é crucial, pois erros podem resultar em doses inadequadas de insulina, com sérias consequências imediatas, como choque glicêmico, ou de longo prazo, contribuindo para o agravamento das condições de saúde relacionadas ao controle inadequado da diabetes.

As informações são da Anvisa.

Hemorragia não é o principal sintoma da dengue grave, saiba por quê

Popularmente conhecido como dengue hemorrágica, o agravamento da dengue se caracteriza por uma queda acentuada de plaquetas – fragmentos celulares produzidos pela medula óssea que circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular – e que geralmente leva ao extravasamento grave de plasma. O termo dengue hemorrágica, na verdade, deixou de ser usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009, uma vez que a hemorragia, nesses casos, nem sempre está presente.

De acordo com as diretrizes publicadas pela OMS, as autoridades sanitárias atualmente distinguem as infecções basicamente entre dengue e dengue grave. Enquanto os casos de dengue não grave são subdivididos entre pacientes com ou sem sinais de alerta, a dengue grave é definida quando há vazamento de plasma ou de acúmulo de líquidos, levando a choque ou dificuldade respiratória. Pode haver ainda sangramento grave e comprometimento de órgãos como fígado e até mesmo o coração.

A OMS diz que, de 2009 em diante, a magnitude do problema da dengue no mundo aumentou de forma dramática, além de se estender, geograficamente, a muitas áreas anteriormente não afetadas pela doença. A avaliação da entidade é que a dengue foi e permanece sendo, ainda hoje, a mais importante doença viral humana transmitida por artrópodes – grupo de animais invertebrados que inclui o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Atualmente, a classificação de gravidade clínica para a dengue definida pela OMS e seguida pelo Ministério da Saúde no Brasil é a seguinte:

Dengue sem sinais de alarme

Nesses casos, o paciente apresenta febre geralmente por um período de 2 a 7 dias acompanhada de duas ou mais das seguintes manifestações clínicas: náusea ou vômitos; exantema (erupção cutânea); dor de cabeça ou dor atrás dos olhos; dor no corpo ou nas articulações; petéquias (manchas avermelhadas de tamanho pequeno); e baixos níveis de glóbulos brancos no sangue.

Dengue com sinais de alarme

Qualquer caso de dengue que apresente um ou mais dos seguintes sinais durante ou preferencialmente após a queda da febre: dor abdominal intensa e sustentada ou sensibilidade no abdômen; vômito persistente; acúmulo de líquidos; sangramento de mucosas; letargia ou inquietação; hipotensão postural (pressão arterial baixa ao levantar-se da posição sentada ou deitada); aumento do fígado; e aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de hemácias no sangue), com queda na contagem de plaquetas.

Dengue grave

Qualquer caso de dengue que apresente uma ou mais das seguintes manifestações clínicas: choque ou dificuldade respiratória devido a extravasamento grave de plasma dos vasos sanguíneos; sangramento intenso; e comprometimento grave de órgãos (lesão hepática, miocardite e outros).

As informações são da Agência Estadual de Notícias

 

Contrair dengue não traz imunidade contra reinfecção, que pode ser ainda pior

Contrair dengue uma vez não significa que você vai ficar livre da doença depois. “Uma segunda, uma terceira ou mesmo uma quarta dengue têm o potencial de serem mais graves que as anteriores”, alerta a infectologista Marion Burger, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba.

Em uma nova dengue, o sistema imunológico pode entender inicialmente que é uma infecção igual à anterior, mas, na verdade, ela é provocada por um sorotipo diferente do vírus (existem quatro tipos). O organismo produz anticorpos contra o invasor, mas a resposta imune, ineficiente, não neutraliza o novo vírus.

A cada reinfecção, o paciente poderá desenvolver uma doença mais grave, com a possibilidade de complicações que necessitam uma hidratação ainda maior – em alguns casos, levando à necessidade de internamento.

Segundo Marion, a imunidade para a dengue é relativa. “Só protege para o vírus da dengue que causou esta infecção”, explica a infectologista. E é aí que está o problema: no Paraná, atualmente, circulam três tipos de vírus: dengue 1, dengue 2 e dengue 3.

“Mas nem o quadro clínico ou os testes laboratoriais mais comuns como os testes de antígeno NS1 ou anticorpo IgM conseguem diferenciar o tipo de vírus que causou a infecção”, adverte Marion, do Centro de Epidemiologia da SMS. Ou seja: o melhor mesmo é não pegar dengue.

Prevenção

Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, é preciso que cada cidadão se empenhe, como já disse secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella: “A população não precisa esperar que um agente de saúde bata à sua porta para tomar providências.”

Os cuidados passam por manter calhas sempre limpas, caixas d’água bem vedadas, verificar se não há água acumulada nas lajes, limpar bordas de vasilhas de água e comida de animais, além de descartar lixos, entulhos e pneus nos locais adequados.

Em caso de sintomas de dengue, como febre, dores pelo corpo ou atrás dos olhos, náuseas, a orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo.

Repelentes

Uma recomendação para quem for para regiões onde há epidemia de dengue, ou mesmo quem morar ou visitar áreas de grande infestação de mosquitos, é se prevenir com o uso de substâncias repelentes.

A proteção contra picadas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti tem hábitos diurnos e geralmente se esconde embaixo de mesas e camas.

O repelente deve ser reaplicado periodicamente, tendo em vista que ele pode perder o efeito com o suor.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconhece três substâncias ativas sintéticas registradas como eficazes no combate ao mosquito:

  • DEET (N-dimetil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida),
  • Icaridina (Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate ou Picaridin)
  • IR3535 (Ethyl butylacetylaminopropionate ou EBAAP)

Há produtos que têm como substância ativa o extrato vegetal ou o óleo de citronela, mas nem todos são altamente eficazes na prevenção da picada do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Segundo os especialistas, os dois compostos com eficácia comprovada são DEET e icaridina.

Vacina

De acordo com os critérios do Ministério da Saúde, Curitiba não faz parte dos municípios que irão receber a vacina contra a dengue. A cidade está em alerta, mas ainda distante da emergência em outras regiões, como o Distrito Federal.

Ainda disponível em poucos lotes na rede privada, a vacina da dengue é mais uma ferramenta de prevenção, mas ainda é uma proteção individual e não deve fazer que todas as outras ações de combate ao mosquito sejam postas de lado.

As informações são da Prefeitura de Curitiba

Paraná recebe primeiro lote de vacinas contra a dengue

O Paraná recebeu nesta quinta-feira (22) o primeiro lote de vacinas contra a dengue, enviado pelo Ministério da Saúde. A remessa com 35.025 doses do imunizante Qdenga, produzido pela farmacêutica Takeda, teve seu envio antecipado após diálogos das secretaria estaduais com a pasta federal. Ao todo serão encaminhadas 523.005 vacinas para os estados. A entrega também vai contemplar Bahia, Tocantins, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul, Roraima, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina.

A descentralização das vacinas começam nesta quinta e será concluída na sexta-feira (23) para 21 municípios da 17ª Regional de Saúde de Londrina e nove da 9ª RS de Foz do Iguaçu, de acordo com a orientação da União, por meio da Nota Técnica 14/2024 .

Os contemplados são Londrina, Cambé, Rolândia, Jaguapitã, Ibiporã, Florestópolis, Bela Vista do Paraíso, Jataizinho, Primeiro de Maio, Sertanópolis, Tamarana, Porecatu, Assaí, Miraselva, Lupionópolis, Guaraci, Centenário do Sul, Alvorada do Sul, Pitangueiras, Prado Ferreira, Cafeara, Foz do Iguaçu, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Missal, Itaipulândia, Matelândia, Serranópolis do Iguaçu e Ramilândia.

A faixa etária definida como prioritária para a imunização é de crianças de 10 a 14 anos, e o Ministério da Saúde recomenda que a aplicação seja iniciada para as idades de 10 a 11 anos. O protocolo de vacinação requer duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas. As vacinas destinadas para aplicação da segunda dose serão enviadas posteriormente.

A vacina possui vírus vivos da dengue que foram enfraquecidos de maneira controlada. Essa abordagem possibilita o desencadeamento de uma resposta imunológica, o que facilita uma reação mais rápida do organismo em situações de exposição real ao vírus.

“A chegada da vacina é um ponto importante em nosso combate pela redução do número de casos confirmados e mortes pela dengue. Vínhamos dialogando com o ministério para conseguir o envio dessas doses o quanto antes, e agradecemos essa sensibilização pelo pedido. Mas seguimos ressaltando a necessidade de uma ampliação no processo de distribuição de doses ao Paraná e também dos cuidados que são comuns a todos, principalmente com água parada”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

CENÁRIO – De acordo com o último informe epidemiológico publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Paraná soma 45.930 casos confirmados, 130.107 notificações e 16 morte, além de 31.421 casos em investigação e 47.232 descartados.

Confira a quantidade de doses por município:

  • Londrina – 13.204
  • Cambé – 2.676
  • Rolândia – 1.854
  • Jaguapitã – 400
  • Ibiporã – 1.330
  • Florestópolis – 306
  • Bela Vista do Paraíso – 376
  • Jataizinho – 315
  • Primeiro de Maio – 224
  • Sertanópolis – 389
  • Tamarana – 344
  • Porecatu – 255
  • Assaí – 379
  • Miraselva – 52
  • Lupionópolis – 132
  • Guaraci – 100
  • Centenário do Sul – 275
  • Alvorada do Sul – 218
  • Pitangueiras – 80
  • Prado Ferreira – 91
  • Cafeara – 64
  • Foz do Iguaçu – 7.909
  • Medianeira – 1.328
  • São Miguel do Iguaçu – 722
  • Santa Terezinha de Itaipu – 647
  • Missal – 283
  • Itaipulândia – 339
  • Matelândia – 494
  • Serranópolis do Iguaçu – 136
  • Ramilândia – 103

 

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Paraná registra 8,4 mil novos casos de dengue e mais um óbito em boletim semanal

O informe semanal da dengue, divulgado nesta terça-feira (20) pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), registrou 8.414 novos casos, 18.960 notificações e confirmou mais um óbito pela doença neste período epidemiológico, que começou a ser monitorado em 30 de julho. O Paraná soma agora 45.930 casos confirmados, 130.107 notificações e 16 mortes.

O novo óbito é de uma mulher de 64 anos, com comorbidades, residente no município de Londrina, no Norte do Estado, sede da 17ª Regional de Saúde de Londrina.

O 24º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa registrou também 31.421 casos em investigação e 47.323 descartados. Dos 399 municípios, 292 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e 389 registraram notificações.

As regionais com mais casos confirmados de dengue até ao momento são as de Apucarana (11.518), Cascavel (4.130), Londrina (4.049), Paranavaí (3.964), Ivaiporã (3.678) e Maringá (3.544). Já os municípios com o maior número de casos são Apucarana (8.179), Londrina (3.252) e Maringá (2.066).

CHIKUNGUNYA – O mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão, além da dengue, de zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Em relação à chikungunya, o documento confirma 567 notificações, 63 casos confirmados e nenhum óbito desde o início do período sazonal.

O boletim completo pode ser consultado AQUI. Mais informações estão AQUI.

As informações são da Agência Brasil

Estudo aponta que taxas de suicídios e autolesões aumentam no Brasil

A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, neste mesmo período. Esses resultados foram encontrados na análise de um conjunto de quase 1 milhão de dados, divulgados em um estudo recém-publicado na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de Harvard.

“As taxas de notificação por autolesões aumentaram de forma consistente em todas as regiões do Brasil no período que analisamos. Isso também aconteceu com o registro geral de suicídios, que teve um crescimento médio de 3,7% ao ano”, explica Flávia Jôse Alves, pesquisadora do Cidacs/Fiocruz e líder da investigação. Para chegar às conclusões, a equipe analisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Redução global, mas aumento nas Américas

Apesar da redução de 36% no número de suicídios em escala global, as Américas fizeram o caminho inverso. No período entre os anos 2000 e 2019, a região teve aumento de 17% nos casos. Nesse período, o número de casos no Brasil subiu 43%.

Em relação aos casos de autolesões no Brasil, a pesquisa do Cidacs/Fiocruz constatou que, em 2022, houve aumento das taxas de notificação em grupos de todas as faixas etárias, desde os 10 aos mais de 60 anos de idade.

A pesquisa também avaliou dentro desse período os números de suicídios e autolesões em relação a raça e etnia no país. Enquanto há um aumento anual das taxas de notificação por essas lesões autoprovocadas em todas as categorias analisadas – indígenas, pardos, descendentes de asiáticos, negros e brancos – o número de notificações é maior entre a população indígena, com mais de 100 casos a cada 100 mil pessoas.

“Mesmo com maior número de notificações, a população indígena apresentou as menores taxas de hospitalização. Esse é um indício forte de que existem barreiras no acesso que essa população tem aos serviços de urgência e emergência. Existem diferenças entre a demanda de leitos nos hospitais e quem realmente consegue acessá-los, e isso pode resultar em atrasos nas intervenções”, afirma a pesquisadora.

Estabilidade na pandemia de Covid-19

Com a mudança da dinâmica nas relações sociais durante a pandemia de Covid-19, aumentaram as discussões sobre transtornos mentais como ansiedade e depressão. No entanto, de acordo com Flávia Jôse, o registro de suicídios permaneceu com uma tendência crescente ao longo do tempo, não tendo apresentado uma mudança no período da pandemia. “Apesar de ter sido um dos países mais afetados pela pandemia, outras pesquisas já relataram que as taxas de suicídio no período se mantiveram estáveis. O principal aqui é que, independentemente da pandemia, o aumento das taxas foi persistente ao longo do tempo”, explica.

Riscos multifatoriais e políticas necessárias

Segundo as pesquisadoras, ter dados de qualidade disponíveis é uma estratégia importante de prevenção e monitoramento do suicídio. O acesso a estes dados ainda é um problema grande no mundo todo, seja por estigma ou questões legais: “O Brasil sai na frente nesse sentido, porque tem três diferentes bases de dados com essas informações, e elas podem ser usadas para revelar evidências que a gente pode não ver ao analisar um banco único”, afirma Flávia.

Estudos anteriores do Cidacs/Fiocruz já associaram o aumento do número de suicídios com o aumento das desigualdades sociais e da pobreza e com o crescimento da prevalência de transtornos mentais, que causam um impacto direto nos serviços de saúde, além de relatar as variações nas taxas em relação a cada região. Segundo Flávia, o estudo atual enfatizou a importância de mais políticas e intervenções: “Estamos reforçando a necessidade de mais estratégias de prevenção ao suicídio ao trazermos estes resultados”, conclui.

As informações são da Agência Fiocruz de Notícias

Paraná e mais três estados se unem em ações de combate à dengue nas divisas

Os estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais promovem, nesta terça-feira (20), o “Dia D Todos Contra a Dengue”, com ações conjuntas de prevenção à doença e combate ao mosquito Aedes aegypti. A iniciativa é promovida pelas respectivas Coordenadorias Estaduais de Proteção e Defesa Civil e é focada, principalmente, nos municípios que fazem limite geográfico entre esses estados.

O Dia D marca o início das ações que serão desenvolvidas ao longo de toda a semana, com o objetivo de unir esforços para impedir o avanço da doença, em especial nas cidades de divisa. No Paraná, as atividades envolvem municípios das regiões Noroeste, Norte e Norte Pioneiro com medidas de prevenção e orientação à população. Isso inclui a intensificação das ações operacionais, como vistorias em residências e espaços públicos.

Os agentes do Sistema de Proteção e Defesa Civil, juntamente às secretarias municipais da Saúde e outros órgãos competentes, também realizarão simultaneamente, a partir das 8h, mutirões de limpeza, eliminação de criadouros, campanha de conscientização, em escolas, igrejas, associações e órgãos públicos.

Outra medida diz respeito à parte documental. As Defesas Civis também vão auxiliar os municípios na confecção de decretos de situação de emergência, para a possibilidade de obtenção recursos federais, além de fazer o levantamento de dados para relatórios de acompanhamento, tanto sobre a situação atual, quanto nas semanas seguintes à ação.

No Paraná, a ação será realizada nos municípios de Andirá, Cambará, Carlópolis, Centenário do Sul, Centenário do Sul, Centenário do Sul, Doutor Ulysses, Guaíra, Guaraqueçaba, Icaraíma, Jacarezinho, Leópolis, Nova Londrina, Primeiro de Maio, Querência do Norte, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santa Inês, Santana do Itararé, Santo Antônio do Caiuá, São José da Boa Vista, São Pedro do Paraná, Sengés e Terra Rica.

INTEGRAÇÃO – Para o coordenador estadual da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schünig, a iniciativa integrada mostra o compromisso de ação conjunta e a preocupação compartilhada entre os estados para frear a doença. “Este é o momento de unirmos esforços para apoiar as secretarias de Saúde no combate à dengue, mostrando a força e capacidade técnica e operativa das nossas Defesa Civis”, destacou.

“É um momento muito importante de unirmos forças para combater o Aedes aegypti. Os casos da doença aumentam a cada dia, em várias regiões do País, e isso nos mostra que o mosquito não respeita os limites das fronteiras”, ressaltou o coordenador de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo, coronel Henguel Ricardo Pereira. “Por isso, precisamos integrar nossas ações com os demais estados para que, juntos, possamos conscientizar o maior número de pessoas. Essa luta contra a dengue é de todos nós”.

Em Minas Gerais, a operação vai ocorrer em todo Estado, através da atuação regionalizada dos agentes. “Investir na autoproteção e na formação de uma cultura de resiliência é o melhor caminho para a defesa da vida e para cumprir a missão da Defesa Civil de proteger as pessoas. Nosso objetivo é unir esforços para impedir o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti”, completou o coordenador Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais, coronel Frederico Otoni Garcia.

CAMPANHA – No último dia 9 de fevereiro, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lançou uma nova campanha de combate à dengue. O objetivo é alertar a população sobre prevenção da doença, com os cuidados para evitar a reprodução do mosquito transmissor do vírus.

A campanha está sendo vinculada na televisão, jornais, portais de internet e redes sociais. Com o mote “Olha a dengue aí!”, ela vai reforçar a importância de a população limpar seus quintais e outras áreas que possam acumular água – ambiente ideal para a procriação do mosquito – ressaltando que é fundamental a participação de toda sociedade.

As informações são da Agência Estadual de Notícias