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Doenças inflamatórias intestinais vêm aumentando no país, alerta ABCD

O Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) é lembrado em 19 de maio. Para marcar a data, a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn prepara uma série de ações para conscientizar a população sobre os cuidados para conter a enfermidade. Cerca de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo são afetadas pela doença e a incidência vem aumentando também no Brasil.

Entre as ações programadas pela ABCD para o Maio Roxo está a live Doenças Inflamatórias Intestinais – Qual o melhor tratamento para mim, Dra? a ser transmitida no próximo dia 15, às 20h, no perfil da entidade.

No dia 21, haverá a tradicional caminhada do Maio Roxo em prol da conscientização das pessoas, com concentraçãobmarcada para as 9h, na Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, próxima à Casa das Rosas.

No dia 22, às 20h, será transmitida uma live especial sobre a importância do Maio Roxo e das evidências científicas nas doenças intestinais. A programação visa mostrar os males causados e aumentar a visibilidade para a doença.

Incidência

Em entrevista à Agência Brasil, nesta quinta-feira (11), a vice-presidente da ABCD, Andrea Vieira, alertou que as doenças intestinais têm apresentado aumento da incidência no Brasil como um todo, mas em especial nas regiões Sul e Sudeste. “Isso é mais notado nessas regiões do que nas outras, provavelmente porque somos expostos muito mais, pela nossa vida 100% urbana, aos fatores que colaboram com a doença”.

A causa do distúrbio é multifatorial. Abrange desde fatores genéticos até o sistema imunológico extremamente amplificado, microbiota (conjunto de bactérias, vírus e fungos que fazem parte do corpo humano) alterada, além de fatores externos, ou ambientais, como conservantes químicos, poluição, estresse, alimentos transgênicos, tabagismo. ”Fatores a que nós somos expostos no nosso dia a dia e que trazem um agravamento, na medida em que o país se desenvolve e se industrializa”, diz a especialista.

Andrea Vieira afirmou que a doença era mais prevalente e tinha incidência maior há 20 ou 30 anos em países mais ricos, como Estados Unidos, Canadá, países nórdicos da Europa. “Hoje, ela acomete pessoas no mundo inteiro. Com certeza, fatores ambientais estão fazendo parte da fisiopatogenia dessa doença”.

Acometimento

A DII acomete o adulto jovem, entre 15 e 40 anos de idade e, depois, em um segundo pico, entre os 60 e 70 anos. “Na verdade, pode acometer qualquer faixa etária, mas essas são as faixas que se vê mais acometidas”, explicou a vice-presidente da ABCD.

Como se trata de uma doença autoimune, Andrea Vieira afirmou que o importante é ter o diagnóstico precoce, uma vez que as doenças oscilam entre períodos de crise e de acalmia, ou calmaria. “Esse tempo é individual em cada paciente. Muitos têm a doença, os sintomas, e depois ficam bem rapidamente. Isso vai, às vezes, atrasando o diagnóstico. Muita vezes são tratados como virose porque os principais sintomas são dor abdominal, cólica, diarreia. O paciente acaba retardando o diagnóstico”.

Quando isso acontece, o desfecho pode ser desfavorável para o paciente, sinalizou a médica. “Porque deixa tempo para a doença progredir e trazer uma disfuncionalidade do órgão, que é consequência da evolução da doença. Trabalhar com diagnóstico precoce é muito importante”, assegurou.

Andrea indicou que, atualmente, o que se pode fazer para melhorar o quadro desses pacientes é ter uma vida saudável, com boa alimentação, longe de alimentos ultraprocessados, praticar exercícios, evitar o tabagismo, controlar a obesidade desde a infância.

O diagnóstico é feito com avaliação clínica detalhada do paciente, seguida de exames complementares laboratoriais (sangue e fezes, este último com o marcador de calprotectina fecal), além de exames de imagem, entre os quais a enterografia por tomografia ou por ressonância. O principal exame a ser feito, porém, é a videocolonoscopia com biópsia dos segmentos acometidos.

Maio Roxo

A mensagem principal de Andrea Vieira no Maio Roxo é que as pessoas saibam que existem essas doenças inflamatórias que, nos últimos dez anos, tiveram incidência em elevação. “Hoje nós temos ao redor de dez casos novos para cada 10 mil habitantes por ano, com prevalência de 100 casos para cada 100 mil habitantes.”

Por este motivo, a médica reafirmou a importância de as pessoas saberem que, diante de sintomas como dor abdominal, sangramento retal, diarreia, perda de peso sem explicação ou febre que não tem causa, devem procurar o serviço médico especializado.

Segundo a médica, é preciso investigar, “porque as doenças inflamatórias intestinais estão aí e não são mais consideradas doenças raras. E se não tem diagnóstico precoce, isso vai só retardando o paciente receber o tratamento correto”.

De acordo com a associação, quando não diagnosticadas corretamente, e sem tratamento adequado, as DIIs podem levar à incapacidade física, baixa qualidade de vida e hospitalizações recorrentes. O tratamento pode incluir medicamentos para controle dos sintomas e cicatrização da mucosa; casos moderados a graves ou que não responderam ao tratamento convencional podem se beneficiar com o uso de agentes biológicos. Os tratamentos sob prescrição e indicação médica são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e têm cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

As informações são da Agência Brasil.

Obras no prédio de UPA em Curitiba expõem pacientes e trabalhadores à barulho e poeira constantes

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) vem recebendo denúncias de que o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pinheirinho, em Curitiba, está passando por obras sem interrupção do atendimento à população.

Segundo trabalhadores/as do local, as obras resultam em barulho constante, além de poeira, causando desconforto nos pacientes e praticamente inviabilizando o atendimento prestado por médicas/os e profissionais da enfermagem.

Diversos vídeos e áudios foram enviados ao Simepar dando conta da situação. Há profissionais que se recusam a atender por causa do barulho excessivo. Uma médica chegou a registrar um boletim de ocorrência numa delegacia próxima.

Há queixas de que os gestores estejam ameaçando os/as trabalhadores para que mantenham os atendimentos, mesmo sob condições insalubres.

O Simepar está preparando um relatório que será enviado ao Ministério Público do Trabalho que será adicionado a investigações que já estão em curso sobre as condições de trabalho nas UPAs de Curitiba.

Para o Sindicato, é inviável a realização de obras em prédios durante o atendimento médico. A Prefeitura deve encontrar uma forma de reformar as instalações sem interferir no ambiente de trabalho e de atendimento das urgências e emergências.

Separamos alguns trechos de vídeos enviados ao Simepar:

Ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue preocupa especialistas

O ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil – que há mais de 15 anos não causa epidemias no país – fez acender o sinal de alerta quanto ao risco de uma nova epidemia da doença causada por esse sorotipo viral.

Um estudo da Fiocruz, coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apresenta a caracterização genética dos vírus referentes a quatro casos da infecção registrados este ano, em Roraima, na Região Norte, e no Paraná, no Sul do país. A circulação de um sorotipo há tanto tempo ausente preocupa os especialistas.

“Nesse estudo, fizemos a caracterização genética dos casos de infecção pelo sorotipo 3 do vírus dengue. É um indicativo de que poderemos voltar a ter, talvez não agora, mas nos próximos meses ou anos, epidemias causadas por esse sorotipo”, explica o virologista Felipe Naveca, chefe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia e pesquisador do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC/Fiocruz, que atua como referência regional para dengue, febre amarela, chikungunya, Zika e vírus do Nilo ocidental.

Com o objetivo de compartilhar rapidamente as informações, os resultados da análise foram divulgados em artigo preprint na plataforma medRxiv, sem o processo de revisão por pares. O trabalho foi submetido para publicação em periódico científico. A pesquisa contou com a parceria dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) de Roraima e do Paraná, além da participação de especialistas de diversas instituições de pesquisa.

Segundo Naveca, as análises indicam que a linhagem detectada foi introduzida nas Américas a partir da Ásia, no período entre 2018 e 2020, provavelmente no Caribe. “A linhagem que detectamos do sorotipo 3 não é a mesma que já circulou nas Américas e causou epidemias no Brasil no começo dos anos 2000. Nossos resultados mostraram que houve uma nova introdução do genótipo III do sorotipo 3 do vírus da dengue nas Américas, proveniente da Ásia. Essa linhagem está circulando na América Central e recentemente também infectou pessoas nos Estados Unidos. Agora, identificamos que chegou ao Brasil”, relata Naveca.

Dos quatro casos analisados, três são referentes a casos autóctones de Roraima, ou seja, correspondem a pacientes que se infectaram no estado e não tinham histórico de viagem. Já o caso no Paraná foi importado, diagnosticado em uma pessoa vinda do Suriname.

Os casos foram inicialmente identificados pelos Lacens de Roraima e Paraná, respectivamente. “Como se trata do sorotipo 3, foi importante fazermos essa análise junto aos Lacens e várias outras instituições de pesquisa que assinam esse resultado, entre as quais o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), porque eles haviam identificado casos vindos de Cuba e nos EUA. Esse é um alerta válido não só para o Brasil, mas para toda a região das Américas. Tendo em vista estarmos vivendo um grande número de casos de arboviroses esse ano no Brasil, a detecção de um novo sorotipo do vírus da dengue não é uma boa notícia”, alertou.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos. A infecção por um deles gera imunidade contra o mesmo sorotipo, mas é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente. O risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000. Existe ainda o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por outro sorotipo.

A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Rede Genômica de Vigilância em Saúde; Inova Fiocruz/Fundação Oswaldo Cruz (Inovação Amazônia); Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde do Brasil; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

As informações são do Instituto Oswaldo Cruz.

Estudo da Fiocruz aborda uso crescente de fentanil ilícito no Brasil

A primeira apreensão de fentanil ilícito no Brasil, ocorrida em março, no Espírito Santo, acendeu o alerta sobre as estratégias de controle e prevenção da circulação e do uso da droga no país. Os riscos e desafios do Brasil, porém, devem ser interpretados no contexto de importantes fatores diferenciadores do cenário dos Estados Unidos, país que enfrenta uma grave crise de opioides.

As análises e recomendações fazem parte do comentário Reports of rising use of Fentanyl in contemporary Brazil is of concern, but a US-like crisis may still be averted (tradução livre: Relatos de uso crescente de fentanil no Brasil contemporâneo são preocupantes, mas uma crise semelhante à dos Estados Unidos ainda pode ser evitada), de autoria de Francisco Inácio Bastos, pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), e Noa Krawczyk, professora assistente do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides da NYU Grossman School of Medicine. O artigo foi publicado nesta terça-feira (9/5), em versão online da revista The Lancet Regional Health – Americas.

A publicação do comentário sobre o crescente uso da droga coincide com o Dia Nacional de Conscientização sobre o Fentanil. A data é promovida anualmente em 9 de maio, nos Estados Unidos, onde a substância já lidera as mortes causadas por overdose. Estima-se que no país morram, anualmente, cerca de 70 mil pessoas por uso indevido da droga, o que vem despertando a atenção das autoridades das áreas Saúde e de Segurança Pública, uma vez que o produto causa rápida dependência química.

O artigo do pesquisador da Fiocruz e da professora da NYU destaca importantes medidas que o Brasil pode adotar, por meio de autoridades e órgãos de regulação, para controlar a utilização da substância. Para isso, as experiências já ocorridas nos EUA trazem lições fundamentais. Segundo Inácio Bastos, o sistema de alerta brasileiro vem agindo corretamente. Ele ressalta, porém, a importância do foco nas ações ligadas ao controle da demanda.

Investimento em vigilância e pesquisa contínuas para entender os padrões de mudança de uso e abuso de substâncias na população brasileira e também integração das apreensões com análises toxicológicas criteriosas são algumas das ações e medidas recomendadas pelos especialistas. Segundo eles, é fundamental melhorar a vigilância do fentanil médico e de outros opioides, evitando potencial desvio e uso indevido, especialmente em ambientes ambulatoriais. O pesquisador da Fiocruz ressalta ainda a importância da adoção de protocolos de tratamento e conscientização dos profissionais de saúde que atendem na porta de entrada – emergências – dos setores público e privado.

Os autores ressaltam que, apesar dos alertas e ações necessários, não há motivos para pânico. “Até agora, a ameaça emergente de uma potencial crise de saúde pública impulsionada pela disseminação do fentanil foi basicamente tratada por uma mídia proativa, poucos grupos de pesquisa e as respostas imediatas da Anvisa. Um compromisso da sociedade civil, da comunidade científica e do governo em todos os níveis é extremamente necessário”, afirmam Francisco Inácio Bastos e Noa Krawczyk.

Francisco Inácio Bastos é graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mestre em Saúde Coletiva pela Uerj e doutor em Saúde Pública pela Fiocruz, com estágios de pós-doutorado/pesquisador visitante em países como Alemanha, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos. É pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Icict/Fiocruz.

As informações são da Agência Fiocruz de Notícias

Boletim semanal da Dengue aponta oito óbitos e 10,3 mil novos casos no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (9) o boletim semanal da dengue, com 10.351 novos casos da doença no Paraná e o registro de mais oito óbitos. Ao todo, no período sazonal da doença que iniciou em 31 de julho de 2022 e segue até julho de 2023, são 45.784 confirmações e 29 mortes: 10 mulheres e 19 homens. Os casos confirmados estão presentes em 328 municípios.

De acordo com o informe epidemiológico, quatro óbitos ocorreram em Londrina (Norte), sendo dois homens, de 90 e 65 anos, ambos com comorbidades, e duas mulheres, de 30 e 54 anos, uma delas sem comorbidades. Duas mortes foram registradas em Foz do Iguaçu (Oeste), uma mulher de 54 anos e uma criança de 2 anos e 11 meses, ambas sem comorbidades. As outras duas são referentes a dois homens, de 65 e 62 anos, sem comorbidades e residentes em Matinhos, no Litoral.

“O Governo do Paraná não está medindo esforços no enfrentamento à dengue. Na semana passada nossa equipe da Vigilância Ambiental esteve em Londrina para ações na 17ª Regional de Saúde, pedimos ao Ministério da Saúde medicamentos e insumos para auxiliar no tratamento, dentre outras ações emergenciais”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Um levantamento da equipe de Vigilância Ambiental da Sesa mostra que os números de casos registrados até agora (45.784) são próximos aos confirmados em todo o período sazonal anterior (2021/2022), que contabilizou 43.751. Em 2020/2021, foram confirmados 14.843 casos e, em 2019/2020, 157.418, com 122 óbitos.

CHIKUNGUNYA E ZIKA – O mosquito Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pelo zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika.

Já o panorama de chikungunya no Paraná revela 2.239 notificações, 395 casos confirmados da doença, sendo 274 autóctones, e três óbitos.

A Sesa tem realizado várias ações e investimentos para o enfrentamento das doenças, além de manter acompanhamento de toda a evolução do período epidemiológico.

Confira o boletim da dengue AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

 

Boletim Infogripe aponta recuo da Covid-19 e aumento de infecções respiratórias em crianças

O boletim semanal Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela uma tendência de queda dos casos de covid-19 entre os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De outro lado, o levantamento chama a atenção para as infecções pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) entre crianças. Além disso, aponta aumento das ocorrências de influenza A e B em diversos estados.

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

Os dados atualizados apontam que – nas últimas quatro semanas epidemiológicas – a covid-19 estava relacionada a 29,5% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. Já o VSR representou 48,6%. Quando se observa apenas os quadros de SRAG que evoluíram a óbito, 65,8% estão associados à covid-19.

O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos. Ele é responsável por aproximadamente 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças até 2 anos de idade. Nessa faixa etária, cerca de 10% a 15% dos casos demandam internação hospitalar. Em adultos cardiopatas ou com problemas crônicos no pulmão, o VSR também pode gerar quadros que necessitam mais cuidados.

De acordo com o boletim, 17 das 27 unidades da federação registram sinal de crescimento de ocorrências de SRAG na tendência de longo prazo. Em sete delas, o avanço dos casos se relaciona fundamentalmente com a infecção de VSR entre o público infantil: Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.

Pesquisadores da Fiocruz explicam que, embora não exista imunizante para esse vírus, infecções podem ser evitadas levando as crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a covid-19. Isso porque, elas terão menos risco de desenvolverem problemas respiratórios, evitando a ida aos hospitais, onde ficariam mais expostas ao VSR.

Entre a população adulta, o levantamento da Fiocruz aponta que a covid-19 se mantém predominante nos registros de SRAG associados à alguma infeção viral. No entanto, seu impacto vem se reduzindo, ao mesmo tempo em que surgem casos de influenza A e influenza B.

O Boletim Infogripe leva em conta as notificações de SRAG registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados referentes à semana entre 16 e 22 de abril.

Ao todo, o Brasil já registrou em 2023 um total de 19.250 casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Destes, 4,2% são referentes à influenza A; 4% à influenza B; 37% ao VSR; e 44% à covid-19. Outros 4.926 ocorrências estão em fase de análise.

As informações são da Agência Brasil.

Oportunidade para Médico/a do Trabalho em Foz do Iguaçu

O Sistema FIEP está com oportunidade para Médico/a do Trabalho para atuar em Foz do Iguaçu/PR.

Requisitos necessários:

  • Graduação completa em Medicina;
  • Especialização em Medicina do Trabalho completa em nível de pós-graduação lato senso, que atenda a resolução do MEC; ou certificado de residência médica em Medicina do Trabalho, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do MEC; ou Especialidade Médica em Medicina do Trabalho reconhecida pela Associação Médica Brasileira.
  • CRM – PR ativo e regular (sem débitos);
  • Experiência profissional comprovada em prestar serviços de Medicina do Trabalho para empresa de grau de risco 3 ou 4, conforme classificação da CNAE;
  •  CNH B (não pode estar vencida).

Local de trabalho: ITAIPU (Avenida Tancredo Neves)

Horário: Segunda à Segunda à Sexta das 07:30 – 12:00 e 14:00 – 17:00 (40 semanais)

Tipo de contrato: CLT por tempo indeterminado.

Cadastrar para participar do processo seletivo ou entrar em contato com o número (41) 98760-0530

Inscreva-se até 09/05 pelo neste link.

Ministério da Saúde lança campanha de combate à Dengue, Zika e Chikungunya

Diante do aumento de casos de dengue, chikungunya e Zika, o Ministério da Saúde lançou campanha nacional para o combate das arboviroses. Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya”, a mobilização alerta sobre os sinais e os sintomas das doenças, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti. A campanha será veiculada a partir desta quinta-feira (4), na TV aberta e segmentada, rádio, internet, carros de som e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do país.

O alerta por meio da campanha é complementar às medidas de reforço que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenção e controle das doenças, bem como para garantia da assistência à população. “A ideia da campanha de comunicação é alertar que, quanto mais rápido você identificar os sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido teremos o diagnóstico e vamos conseguir ter um desfecho adequado de redução dos óbitos”, reforçou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

A secretária do Ministério da Saúde explicou que estudos científicos estão sendo usados para entender que os problemas não são os mesmos, portanto, as soluções precisam ser diferentes, com novas tecnologias. “Esse tema parece esquecido, algo que ninguém está falando, principalmente depois de uma pandemia, onde as pessoas estão cansadas de se preocupar com tantos riscos à saúde, mas a gente precisa lembrar que, infelizmente, temos essas três doenças que estão levando ao óbito no Brasil. Nossas ações estão sendo pensadas e direcionadas”, acrescentou.

Foi instalado, em março deste ano, o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para maior monitoramento do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado. Desde então, oito estados já receberam visitas de campo da equipe do COE – Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Bahia – para auxiliar na estratégia local. O Ministério da Saúde atuou, ainda, na distribuição de larvicidas e envio de mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico da doença.

Atualmente a Pasta disponibiliza quatro tipos de insumos para o controle vetorial do Aedes. Em 2023, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra desses produtos. Popularmente conhecido como fumacê – um dos inseticidas usado no controle do mosquito na forma adulta – será distribuído nas próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada. A expectativa é que o Ministério da Saúde receba cerca de 275 mil litros do produto neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

O COE é composto por técnicos de secretarias do Ministério da Saúde, além da Anvisa, Fiocruz, IEC, Organização Pan-Americana de Saúde, CONASS e Conasems. A medida permitiu análise minuciosa dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o apoio aos estados e municípios para o enfrentamento dos casos.

Situação epidemiológica

Em 2023, até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022 em todo Brasil. As ocorrências passaram de 690,8 mil casos, no ano passado, para 899,5 mil neste ano, com 333 óbitos confirmados. Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento. Os estados com maior incidência de dengue são: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Já em relação à chikungunya, no mesmo período, foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes no país. Quando comparado com o mesmo período de 2022, ocorreu um aumento de 40%. Neste ano, foram 19 óbitos confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Em relação aos dados de Zika, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de 3 casos por 100 mil habitantes no país. Houve um aumento de 289% quando comparado ao mesmo período de 2022, quando 1,6 mil ocorrências da doença foram notificadas. Até o momento, não houve óbito por Zika.

Sintomas e prevenção

Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde, são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos.

Painel com cenário atualizado

A partir desta quinta (4), o Ministério da Saúde disponibiliza um painel atualizado regularmente com os principais dados das arboviroses e a situação epidemiológica do país. Na ferramenta, é possível filtrar as informações por estado e por tipo de doença, além de recomendações sobre sintomas e formas de prevenção. O painel está disponível no portal do Ministério da Saúde, no endereço gov.br/saude.

Clique para acessar a apresentação de Power Point com dados detalhados.

As informações são do Ministério da Saúde.

LEIA TAMBÉM: Paraná tem seis mortes e 6.889 novos casos de Dengue em uma semana

Anvisa autoriza realização de exames de análise clínica em farmácias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou norma que permite a realização de exames de análise clínica em farmácias e consultórios. Os exames devem ser realizados nesses espaços somente em caráter de triagem e não substituem o diagnóstico laboratorial convencional.

A resolução entra em vigor em 1º de agosto e define uma nova categorização de serviços de saúde que realizam atividades relacionadas a exames de análise clínica: serviço tipo I (farmácias e consultórios isolados); serviço tipo II (postos de coleta); e serviço tipo III (laboratórios clínicos, laboratórios de apoio e laboratórios de anatomia patológica).

Os serviços tipo I e II são habilitados a realizar coletas e exames de análises clínicas em caráter de triagem a partir de material biológico primário (tecido ou fluído constituinte do organismo humano ou isolado a partir destes que não sofreu alterações no seu estado natural ou que não foi submetido a atividades que visam a preparação para a análise), desde que todas as etapas do exame sejam realizadas após a coleta no próprio estabelecimento.

“Assim, a norma aprovada possibilita a realização de testes de triagem nos serviços tipo I e tipo II, os quais não ultrapassam o diagnóstico laboratorial convencional e nem o substituem, pois a sua atuação é complementar, com finalidades distintas no atendimento à população”, destacou a Anvisa.

“Os resultados dos testes executados nos serviços tipo I não devem ser usados de forma isolada para a tomada de decisões clínicas. Esses testes devem ser usados como triagem, com vistas a oferecer um ponto de partida objetivo, em conjunto com a rotina de avaliação dos profissionais de saúde, para oferecer o suporte adequado aos pacientes. Portanto, o resultado de um teste rápido necessita da interpretação de profissionais de saúde, que devem associá-lo aos dados clínicos do indivíduo e à realização de outros exames laboratoriais confirmatórios”, reforça a Anvisa.

Em nota, a agência avalia que a nova norma representa um avanço importante em relação à ampliação da lista de serviços executados em farmácias e consultórios, a fim de permitir o melhor acesso da população à assistência à saúde, bem como garantir a qualidade dos exames de análises clínicas no país.

As informações são da Agência Brasil