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Novo inseticida contra o Aedes aegypti deve chegar ao Paraná ainda em maio

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria estadual da Saúde, deve receber ainda neste mês de maio o novo inseticida para controle de Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. O Fludora Co-Max será enviado pelo Ministério da Saúde para ser utilizado na nebulização espacial – conhecida popularmente como fumacê. O novo princípio ativo foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A informação foi repassada à Secretaria estadual da Saúde pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, por meio do Ofício Circular nº 57/2023/SVSA/MS.

O novo inseticida é composto por Flupiradifurone e Transflutrina (Fludora Co-Max). É para uso em Ultra Baixo Volume (UBV), como é o caso do fumacê, também em equipamento costal motorizado (UBV costal). O produto, assim como o inseticida Cielo, utilizado atualmente, é recomendado em situações de emergência, como surtos e epidemias, pois tem como alvo apenas os mosquitos adultos.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, embora a estratégia de nebulização seja importante, ela só resolve uma parte do problema. “O restante são medidas de conscientização da população para combate aos depósitos do mosquito”, afirma.

De acordo com o informativo, os dois produtos (Fludora Co-Max e o Ciele) são adquiridos por meio de compra internacional. A previsão da chegada de ambos ao Brasil é até a primeira quinzena de maio de 2023. A partir da chegada e da tramitação legal, o governo federal iniciará a distribuição para os estados.

DADOS – O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta terça-feira (2), confirmou 6.889 novos casos e seis óbitos por dengue em relação ao informe da semana anterior. Agora o Paraná registra, ao todo, 35.433 casos confirmados e 21 óbitos contabilizados no atual ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2022.

CHIKUNGUNYA – Em relação à chikungunya, o Estado possui 283 casos confirmados. São 52 a mais (22,5%) que no último informe. Sem o registro de novos óbitos, o Paraná permanece com duas mortes pela doença, sendo um caso importado do Paraguai e um de residente em Cascavel. A maioria das confirmações (64%) são autóctones e, destas, 175 (96%) de pacientes residentes na macrorregião Oeste, sendo que 131 (74,8%) do município de Foz do Iguaçu.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Paraná tem seis mortes e 6.889 novos casos de Dengue em uma semana

O novo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta terça-feira (2), confirma 6.889 novos casos e seis óbitos por dengue em relação ao informe da semana anterior. Agora o Paraná registra ao todo 35.433 casos confirmados e 21 óbitos.

Das seis mortes registradas, cinco ocorreram na 17ª Regional de Saúde de Londrina e uma na 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu. Eram três pacientes de Londrina (dois homens com 59 e 69 anos e uma mulher de 62 anos), um de Ibiporã (masculino, 68 anos), um de Prado Ferreira (masculino, 87 anos) e um de Foz do Iguaçu (masculino, 72 anos). Todos possuíam comorbidades.

No total, são 191.819 notificações, uma diferença de 22.841 (13,5%) a mais do que na semana anterior. Das 22 Regionais de Saúde, somente a de União da Vitória não possui casos autóctones (quando a doença é contraída na cidade de residência).

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressalta que toda a população deve estar envolvida no combate à dengue. “Cerca de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti se formam nos quintais e dentro das residências, por este motivo, a participação da população na remoção destes criadouros é tão importante”, alertou.

CHIKUNGUNYA – Em relação à chikungunya, o Estado possui 283 casos confirmados. São 52 a mais (22,5%) que no último informe. Sem o registro de novos óbitos, o Paraná permanece com duas mortes pelo agravo, sendo um caso importado do Paraguai e um residente de Cascavel. A maioria das confirmações (64%) são autóctones e, destas, 175 (96%) são de pacientes residentes na Macro Oeste, sendo que 131 (74,8%) do município de Foz do Iguaçu.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil

A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves.

Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida.

O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.

Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”

A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.

Cobertura vacinal

Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.

No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.

“É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.

As informações são da Agência Brasil.

1° de Maio: Homenagem do Simepar às Médicas e Médicos no dia dos Trabalhadores

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) presta homenagem aos Médicos e Médicas e a todos os trabalhadores, em especial os da Saúde.

Assista ao vídeo com as mensagens do Presidente do Simepar: Dr. Marlus Volney de Morais e dos advogados Drs. Luiz Gustavo Andrade e Miriam Cipriani Gomes, falando sobre os direitos trabalhistas dos médicos:

Paraná recomenda vacina bivalente contra a Covid-19 para todos acima de 18 anos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recomenda a aplicação da dose de reforço com a vacina bivalente contra a Covid-19 para todas as pessoas acima de 18 anos. A orientação segue a nova normativa do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oficializada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (24) por meio da Nota Técnica nº 30/2023 da Coordenação-Geral de Incorporação Científica e Imunização (CGICI).

Segundo o documento, a recomendação se aplica a todas as pessoas acima de 18 anos que tenham recebido pelo menos duas doses do esquema primário e considera a disponibilidade de vacinas bivalentes e a necessidade de atualização de resposta imunológica da população para as novas variantes da doença.

Agora, cada município deverá organizar o chamamento do novo público, de acordo com a demanda e quantidade de doses disponíveis. Inicialmente, as equipes municipais poderão utilizar as vacinas que possuem em estoque até que novas remessas sejam enviadas pelo governo federal.

“Já aguardávamos essa orientação visto que a adesão do imunizante está abaixo do esperado em todo o Brasil e temos doses disponíveis. Não queremos vacinas estocadas, queremos vacina no braço. O Paraná está preparado para essa ampliação e continuará atuando em parceria com os municípios para vacinar o maior número de pessoas possíveis”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A vacinação contra a Covid-19 no Paraná com as doses bivalentes completa dois meses nesta quinta-feira (27) e registra até esta terça-feira (25) 666 mil doses aplicadas. O número corresponde a 45% das 1,5 milhão das doses enviadas aos municípios.

O Estado está preparando, ainda para essa semana, um novo envio de 156 mil doses que estão armazenadas no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) em Curitiba, para as 22 Regionais de Saúde. A Sesa deve receber nos próximos dias um novo lote do Ministério da Saúde que será destinado também para a ampliação do novo público.

No Brasil, 10,5 milhões de pessoas receberam a dose de reforço com a bivalente. O Estado é o 5º no ranking nacional com o maior número de doses aplicadas, em números absolutos, atrás de São Paulo (3,3 milhões de doses), Minas Gerais (1,1 milhão), Rio de Janeiro (1 milhão) e Rio Grande do Sul (712 mil).

Anteriormente a vacinação com a bivalente era recomendada apenas para idosos acima de 60 anos, pessoas com comorbidades, pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e trabalhadores dessas instituições, imunocomprometidos (também a partir de 12 anos), indígenas, ribeirinhos e quilombolas (acima de 12 anos), gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos), população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários dessas unidades.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Estudo revela que células podem ser reprogramadas para combater câncer de mama

Tratamentos que estimulam o sistema imunológico a combater o câncer vêm sendo o foco de estudos científicos no mundo inteiro.

Na Fiocruz Minas, uma equipe de pesquisadores mostrou que é possível impedir o crescimento de tumores malignos de mama, por meio da alteração do perfil de um dos tipos de célula de defesa do organismo, os macrófagos, usando nanopartículas de óxido de ferro. O estudo foi publicado recentemente no International Journal of Pharmaceutics.

Segundo os pesquisadores, cerca de 50% da massa tumoral é composta por macrófagos e, por isso, as atividades dessas células influenciam diretamente no prognóstico do câncer. Há dois tipos principais de macrófagos: M2, com características mais anti-inflamatórias, geralmente relacionados com maior permissividade tumoral; e M1, que são pró-inflamatórios e mais eficazes em limitar a progressão do tumor. Assim, a proposta dos pesquisadores foi reprogramar o perfil dos macrófagos M2 no ambiente tumoral, transformando-os em M1, de forma a inibir o desenvolvimento do tumor.

“Por meio de uma ampla revisão da literatura sobre o tema, vimos que as nanopartículas de óxido de ferro tinham potencial para atuar na reprogramação do fenótipo de macrófagos. Então, a ideia foi transformar M2 em M1, por meio de tratamento local, realizado diretamente no tumor, o que permitiu um controle maior em relação a intervenções sistêmicas”, explica a pós-doutoranda do grupo de Imunologia Celular e Molecular Camila Sales Nascimento, que esteve à frente do projeto.

As nanopartículas de óxido de ferro usadas no estudo foram produzidas nos laboratórios da Fiocruz Minas, por meio de uma parceria com o Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco, que desenvolveu, originalmente, o composto magnético. As nanopartículas são biocompatíveis, ou seja, têm baixa toxidade para as células saudáveis, além de baixo custo e síntese rápida, o que facilita a produção em escala.

Metodologia

Para chegar aos resultados, os pesquisadores fizeram três experimentos: in vitro em duas dimensões (2D); in vivo, usando camundongos de laboratório; e in vitro em três dimensões (3D). No primeiro experimento, os cientistas usaram um sistema artificial especial para colocar células tumorais de mama em contato com os macrófagos. Ao incubar as duas células, verificou-se que as tumorais se multiplicavam. Posteriormente, a equipe introduziu as nanopartículas e constatou que as células tumorais morriam.

Com esses resultados, os pesquisadores passaram para o segundo experimento, realizado em camundongos. Foram injetados nos animais células tumorais e as nanopartículas, deixando-os em observação por 21 dias. No final desse período, a equipe constatou uma redução de quase 50% na massa tumoral dos camundongos expostos à nanopartícula em comparação aos animais que não receberam o tratamento.

O terceiro experimento, o modelo tridimensional multicelular, simulou o microambiente tumoral, por possibilitar colocar em contato, além das células tumorais e os macrófagos, outras células do organismo humano. Mais uma vez, os resultados foram confirmados, ocorrendo a transformação de M2 em M1, por meio das nanopartículas. Para a realização dessa fase, a pós-doutoranda passou um período na Universidade do Porto, em Portugal, que já fazia esse tipo de teste. Agora, a técnica está sendo implementada na Fiocruz Minas.

Para o líder do grupo de Imunologia Celular e Molecular e coordenador do projeto, Carlos Eduardo Calzavara, os resultados abrem possibilidades para novas pesquisas que, futuramente, poderão permitir o surgimento de estratégias complementares ao tratamento do câncer de mama. “O estudo é um ponto de partida. Ainda são necessárias novas pesquisas voltadas para farmacodinâmica e farmacocinética para avaliar uma série de questões relevantes, como os efeitos fisiológicos, os mecanismos de ação, os efeitos colaterais, o tempo de absorção do fármaco, a biodistribuição no organismo, entre outros aspectos. Mas a prova de conceito nós já temos, o que é muito importante”, destaca o coordenador.

Calzavara ressalta ainda que o sucesso do projeto é fruto do esforço da pós-doutoranda, que, durante quatro anos, se debruçou sobre o tema, mas também se deve a um trabalho coletivo, que contou com a colaboração de muitas pessoas da Fiocruz e também de outras instituições. “Tivemos a parceria do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco, por meio do professor Celso Melo, do Dr. Bruno Sarmento; do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, e de várias pessoas do nosso grupo de pesquisa e de outras áreas da instituição, em especial a Dra. Érica Alves e a Dra. Anna Lage. É esse trabalho em equipe que permitiu um estudo tão bem-sucedido, que esperamos possa ter novos desdobramentos”, afirma.

As informações são da Agência Fiocruz de Notícias.

Mais de 10 milhões de brasileiros já receberam a vacina bivalente contra a Covid-19

No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas já estão com a proteção reforçada contra a Covid-19, por meio da vacina bivalente. Até esta quinta-feira (20), das doses aplicadas, 8,1 milhões foram destinadas a idosos com 60 anos ou mais. Os dados estão disponíveis na plataforma LocalizaSUS.

No Paraná, já foram aplicadas 639.699 doses da vacina bivalente.

A imunização com a vacina bivalente é voltada a quem já completou o esquema básico contra o vírus ou para quem recebeu uma ou duas doses de reforço. O intervalo entre a dose mais recente deve ser de quatro meses.

O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada e são igualmente eficazes na proteção contra o coronavírus.

“A vacina tem que passar a ser a rotina de toda a nossa sociedade. Temos que confiar nas vacinas e na ciência para aumentar a cobertura vacinal”, reforça a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

São esses os grupos prioritários que podem ser imunizados com as vacinas bivalentes:

  • Idosos de 60 anos ou mais de idade;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade);
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade);
  • População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas; e
  • Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade.

As ações do Movimento Nacional pela Vacinação seguem em andamento em todo o Brasil. O Ministério da Saúde reitera a necessidade de que todos os brasileiros e brasileiras contemplados no público-alvo busquem a unidade de saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação contra a Covid-19 e outras doenças.

As informações são do Ministério da Saúde

Unicef alerta para o maior retrocesso na vacinação infantil em 30 anos no mundo

Uma em cada cinco crianças em todo o mundo não recebeu nenhuma vacina ou não completou o esquema de doses necessário para ficar completamente imunizada contra doenças passiveis de prevenção. Uma em cada cinco crianças no planeta, por exemplo, não foi vacinada contra o sarampo, enquanto sete em cada oito meninas elegíveis para a vacinação contra o HPV não receberam a dose, que protege contra o câncer do colo do útero.

Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que alerta que o planeta vive o maior retrocesso contínuo na imunização infantil em 30 anos, alimentado pela pandemia de covid-19, e cobra urgência na retomada das coberturas vacinais globais. De acordo com a entidade, as vacinas salvam cerca de 4,4 milhões de vidas todos os anos, montante que pode chegar a 5,8 milhões até 2030 se as metas de imunização forem alcançadas.

O relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada criança, vacinação, divulgado pelo Unicef, aponta que 67 milhões de crianças perderam por completo ou parcialmente a chamada imunização de rotina no período entre 2019 a 2021. O documento destaca ainda sistemas de saúde sobrecarregados, falta de recursos e mudanças na percepção sobre a importância das vacinas. A estimativa é que as coberturas vacinais tenham caído em 112 países.

“A pandemia também exacerbou as desigualdades existentes. As crianças que não estão recebendo vacinas vivem nas comunidades mais pobres, remotas e vulneráveis. Nos domicílios mais pobres, uma em cada cinco crianças não receberam nenhuma vacina, enquanto nos mais ricos, apenas uma em 20. O relatório identificou ainda que crianças não vacinadas vivem frequentemente em comunidades de difícil acesso, tais como zonas rurais ou favelas urbanas.”

Para ser considerada imunizada, a criança precisa tomar todas as doses recomendadas do imunizante, incluindo os reforços, quando houver necessidade. Para retomar as coberturas vacinais, o Unicef classifica como vital fortalecer a atenção primária e fornecer recursos e apoio aos trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente.

“O relatório global constata que as mulheres estão na linha de frente da distribuição de vacinas, mas recebem baixos salários; têm empregos informais; e enfrentam falta de treinamento formal, oportunidades de carreira, além de ameaças à sua segurança”, destacou a entidade, ao cobrar que os países identifiquem e alcancem urgentemente todas as crianças, sobretudo as que perderam a vacinação durante a pandemia de covid-19.

O Unicef pede ainda que governos do mundo todo fortaleçam a demanda por vacinas, construindo confiança entre a população; priorizem o financiamento de serviços de imunização e atenção primária à saúde; e reforcem seus sistemas de saúde, incluindo investimento e valorização de profissionais de saúde.

As informações são da Agência Brasil.

LEIA TAMBÉM: Unicef aponta queda de cobertura vacinal no Brasil e em Angola

Escolas podem ajudar a aumentar a cobertura vacinal infantil, aponta pesquisa

Matéria do Portal Saúde Debate.

Um levantamento do Instituto Locomotiva, realizado em parceria com a Pfizer e divulgado nesta quarta-feira (19), indicou como o ambiente escolar pode ser uma alternativa para aumentar a cobertura vacinal no Brasil. A pesquisa ouviu duas mil mães de todo o Brasil e elas apontaram que concentrar na escola as informações sobre vacina e a aplicação das doses pode influenciar neste contexto, ajudando-as a lembrar datas e facilitando o dia a dia.

Os dados reunidos pelo Instituto Locomotiva mostram que 66% as mães ouvidas já atrasaram a aplicação da vacina nos filhos ou deixaram de vacinar as crianças. Como motivo para isso, 50% indicaram esquecimento da data da vacina; 38%, falta de tempo; 35%, distância até o local de vacinação; 25%, perda da carteirinha de vacinação.

O levantamento ainda demonstrou que as demandas da rotina familiar e profissional fazem com que 56% das mães entrevistadas esqueçam das datas de vacinação dos filhos. Além disso, influenciam diretamente os fatores distância e possibilidade de perder dia de trabalho para levar as crianças até o posto de saúde.

“Essas informações mostram que há uma oportunidade interessante para aumentar a cobertura vacinal no Brasil, por meio de um maior número de pontos de vacinação que sejam próximos dessas famílias. São 170 mil escolas de ensino básico em todo o país, que poderiam ser usadas como locais de vacinação. As escolas são fisicamente mais próximas do que as unidades d saúde para muitas famílias”, destacou Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva.

Escola como facilitadora

Quando perguntadas se a escola poderia facilitar o acesso à vacinação infantil, houve concordância de 88% das mães entrevistadas. O levantamento ainda revelou que 82% acreditam ser prático se a vacinação pudesse ocorrer na escola, o que facilitaria a rotina, diminuiria o deslocamento e reduziria custos. “Qualquer ação que melhore o processo para a mãe levar as crianças para vacinação tem grande potencial de aumentar a cobertura vacinal no Brasil”, afirmou Meirelles. As dificuldades encontradas por essas mães no dia a dia ainda variam conforme região e classe social.

De acordo com ele, a escola ainda apresenta vantagens por ser considerado um ambiente seguro pelas famílias e que ajuda na lembrança de uma série de dados e datas importantes do calendário tradicional, como os feriados. Essas datas não são esquecidas, conforme as mães ouvidas no levantamento, porque são sempre lembradas pela escola.

E ainda existe uma comunicação frequente entre profissionais da educação e famílias por meio de cadernos de recados, por exemplo. “A escola é vista como um ponto de encontro da informação. Isso, mais a conveniência, a economia e a confiança, pode aumentar a cobertura vacinal. A confiança pode ser muito favorecida com a união dos profissionais da saúde com os profissionais da educação”, avaliou Meirelles.

Desafios para aumentar a cobertura vacinal

No evento de apresentação destes dados, Renato Kfouri, pediatra e presidente do departamento de imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), comentou sobre a importância de buscar múltiplas alternativas para aumentar a cobertura vacinal no Brasil. Esses índices vêm apresentando redução significativa nos últimos cinco anos, o que está possibilitando a reintrodução de doenças anteriormente radicadas. O exemplo mais claro, no país, é o do sarampo. E ainda há a ameaça do retorno da pólio, com um caso confirmado no Peru.

“O sucesso da vacinação na eliminação de determinadas doenças também faz com que parte da população se questione sobre a importância da vacina. Quando existe um aumento de casos de alguma doença também existe um aumento na procura pela vacinação”, contou.

Para o especialista, neste momento também é necessário buscar uma cobertura homogênea, o que não é realidade no Brasil. O fato de uma região ter maior adesão à vacina do que outras pode criar bolsões que favoreçam a reintrodução de doenças. “Outro aspecto importante a ser analisado é a taxa de abandono. Isso é tão ruim quanto não se vacinar”, opinou.

Kfouri ainda disse que este é um bom momento para avaliar a eficácia das campanhas de vacinação, que têm como objetivo de oferecer doses de reforço e permitir a “recuperação” de quem está atrasado com as datas. Anteriormente, existia um conceito de que, por si só, a campanha seria um chamariz. Mas, hoje, a realidade mostra a tendência de queda da cobertura vacinal em todos os grupos prioritários. “Precisamos de múltiplas estratégias, focadas em diferentes realidades. Os motivos de falta de adesão à vacinação são diversos conforme a região e a oportunidade das famílias”, considera.

Questionado pela equipe do Saúde Debate se poderiam ser benéficas campanhas nas quais são apresentadas imagens relacionadas a doenças erradicadas – algo similar com o que existe atualmente sobre combate do tabagismo com imagens fortes nas carteiras de cigarro -, Kfouri afirmou que as estratégias de comunicação sempre têm lados positivos e negativos, assim como já foram realizadas campanhas para aumentar a cobertura vacinal com um apelo mais emocional.

“Particularmente, eu gosto deste apelo. Por que não fazer isso com a vacinação, se existem outras iniciativas similares na área da saúde? A comunicação de impacto pode ajudar aqueles que perderam a percepção do risco pelo sucesso da vacinação no país nas últimas décadas”, avaliou.

Paralelamente, existem iniciativas que tentam incrementar a informação de qualidade sobre as vacinas, com participação de todos os agentes desta cadeia, como entidades médicas e empresas. Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil, reforçou – durante a apresentação dos dados – que a empresa realizou recentemente campanhas sobre vacinação em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e a UNICEF.

Paraná registra mais 3.714 casos de Dengue em uma semana, aponta boletim

O boletim epidemiológico da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (18), confirma mais 3.714 casos da doença registrados na última semana no Paraná. O informe revela que 310 municípios tiveram casos confirmados e 253 registraram autoctonia, quando a doença é contraída na cidade de residência.

De acordo com o Informe de Arboviroses, que corresponde ao período sazonal da doença iniciado em 31 de julho de 2022, o Estado soma 12 óbitos, com 21.406 casos confirmados e 140.570 notificações. Mais de 56 mil casos já foram descartados.

O mosquito Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pela transmissão da zika e chikungunya. Durante este período não houve registro de casos confirmados de zika.

Já o panorama de chikungunya no Paraná contabiliza 1.395 notificações e 187 casos confirmados da doença, sendo 49 importados e 116 autóctones.

A Sesa tem realizado várias ações e investimentos para o enfrentamento destas doenças, além de manter o acompanhamento de toda a evolução do período epidemiológico e a promoção da conscientização no Estado.

“Reforçamos que os cuidados devem continuar, com a contribuição da população para evitar a proliferação do mosquito. Nossas equipes não medem esforços para o controle dessas doenças”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Desde o início do ano, a pasta promoveu pelo menos cinco capacitações voltadas ao manejo clínico de dengue e chikungunya, com a participação de mais de 1,5 mil profissionais de saúde, abrangendo as 22 Regionais de Saúde do Paraná.

Confira o informe AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias