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Nova lei garante a troca de implante mamário para paciente de câncer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que garante o direito à troca de implante mamário para mulheres que passaram por tratamento oncológico sempre que houver complicações ou algum tipo de efeito adverso.

A regra vale tanto para o setor privado quanto para a rede pública. No caso do Sistema Único de Saúde (SUS), a publicação prevê que a troca do implante mamário ocorra em até 30 dias após indicação médica.

O texto também assegura, desde o diagnóstico, acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado para mulheres que sofreram mutilação total ou parcial da mama decorrente de tratamento de câncer.

A lei entra em vigor em 90 dias.

As informações são da Agência Brasil.

[VÍDEO] Diretor do Simepar concede entrevista sobre a UPA de Paranaguá

O Dr. Alceu Fontana Pacheco Neto, Diretor do Simepar, concedeu uma entrevista ao telejornal Voz do Litoral da TVCI de Paranaguá. O assunto foi a Unidade de Pronto Atendimento de Paranaguá em seu modelo atual de funcionamento, administrada pela Fundação de Assistência à Saúde de Paranaguá (FASP), em que a contratação terceirizada de médicas e médicos foi encerrada.

Assista ao vídeo a seguir:

LEIA TAMBÉM: Prefeitura de Paranaguá conscientiza população sobre uso da UPA e das UBSs

Simepar e FEAS Curitiba firmam acordo encerrando a contratação terceirizada de médicos/as

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) e a Fundação Estatal de Atenção em Saúde de Curitiba (FEAS) chegaram a um novo acordo para pôr fim à contratação terceirizada de médicos e médicas pela Fundação.

O acordo foi firmado no âmbito de uma ação judicial movida pelo Simepar, visto que a FEAS vinha descumprindo o acordo anterior com o Sindicato. Para que este novo acordo não volte a ser descumprido, foi fixada multa de R$ 20 mil a ser paga pela Fundação para cada descumprimento que eventualmente possa ocorrer.

Os termos foram redigidos através de uma negociação mediada e a contratação terceirizada deverá ser substituída pela realização de processo seletivo público; e, quando se ainda persistir a falta de profissionais, deverão ser realizados processos seletivos simplificados.

O acordo prevê ainda a realização de processo seletivo interno, com base em critérios objetivos de preferência entre os interessados (tempo de concurso, idade, maior tempo de disponibilidade) para vagas e plantões não preenchidos.

A contratação terceirizada só será tolerada se forem esgotadas todas as formas diretas de contratação; e ela não poderá ser usada para suprir demandas de horas extras dos/as médicos/as do quadro permanente ou de PSS.

Como solução para os furos de escala e aumento sazonal de demanda, será criado um regime de sobreaviso, remunerado na base de 1/3 do valor da hora médica. Em tal modalidade, médicos/as da Fundação serão chamados fora de sua jornada contratual para permanecerem à disposição do empregador aguardando eventual convocação.

O Simepar seguirá trabalhando para melhorar as condições de trabalho de médicas e médicos da FEAS, especialmente dos profissionais que atendem na linha de frente das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba, buscando reduzir a rotatividade dos profissionais.

O Sindicato entende que a dificuldade de fixação das médicas e médicos no serviço resulta do excesso de pressões, pela natureza do serviço e também pelos constantes assédios relatados pelos profissionais. A valorização dos profissionais e ambientes de trabalho saudáveis são essenciais para o bom exercício da medicina.

O fim das terceirizações é um importante passo para que os profissionais do quadro da FEAS sintam-se valorizados, contribuindo para a qualidade do serviço prestado à população.

LEIA TAMBÉM: Inspeções do Simepar em UPAs de Curitiba encontram condições precárias de trabalho e de atendimento à população

Ministra da Saúde chama de “ação criminosa” a disseminação de ‘fake news’ contra vacina bivalente

“Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a vacina bivalente. Isso é extremamente sério e eu tenho destacado que não se trata de desinformação, se trata de ação criminosa”, declarou a ministra Nísia Trindade, nesta quinta-feira (30), durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF). A titular da Pasta da Saúde acrescentou que a prática tem gerado terror na população e o efeito disso é a baixa cobertura vacinal.

O Ministério da Saúde tem alertado sobre a circulação de notícias falsas que prejudicam as iniciativas para ampliar as coberturas vacinais no país, além de ser um desserviço para o irrefutável benefício das vacinas no controle e redução de casos graves da Covid-19. A pasta orienta que a população busque informações nos canais oficiais do Ministério da Saúde para evitar desinformações relacionadas à vacinação.

“Na saúde, é muito importante não reproduzirmos esses vídeos e áudios para outras pessoas. Muitos ainda tem esse costume. A orientação é: olhem as fontes oficiais, como portal do Ministério da Saúde, das Secretarias de Saúde do Estado, do Conass, do Conasems, da Opas/OMS. Essa divulgação afirmativa de onde as pessoas encontram informações confiáveis é fundamental. Isso, claro, junto aos meios de comunicação”, acrescentou Nísia, reforçando que o Movimento Nacional pela Vacinação já ultrapassou 6 milhões de doses de reforço de bivalentes no público prioritário.

Exemplo desse tipo de informação falsa são questionamentos quanto à eficácia e segurança das vacinas contra a Covid-19. As afirmações mentirosas constantemente relacionam a imunização contra a doença com casos graves de miocardite, uma inflamação no músculo do coração, e até a morte. Outros áudios ainda relatam que um grupo de idosos teriam perdido os movimentos das pernas após reação grave ao imunizante contra a Covid-19. Não se engane, essas informações são falsas. As vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.

Segundo a ministra da Saúde, não adianta fazer campanha se não houver forte combate a esse tipo de prática. “O governo como um todo está trabalhando nessa questão”, concluiu ela, lembrando, ainda, o lançamento da campanha Brasil contra Fake, por parte do governo federal, com o objetivo de combater a desinformação disseminada nas redes sociais. Com o tema “Quem espalha fake news espalha destruição”, a campanha aborda o impacto do problema no dia a dia da população.

Na página gov.br/brasilcontrafake será possível checar se um conteúdo recebido é fake news, antes de repassar adiante. No site também está disponível para consulta um passo a passo para denunciar, nas próprias redes sociais, os conteúdos de desinformação.

As informações são do Ministério da Saúde.

Transtorno bipolar requer ajuda especializada, recomenda psicoterapeuta

No Dia Mundial do Transtorno Bipolar, comemorado nesta quinta-feira (30), o psicólogo, psicoterapeuta e professor do Instituto de Educação Médica (Idomed), Denis Coelho, recomenda que a pessoa com suspeita do distúrbio procure ajuda profissional especializada em saúde mental, com psiquiatras, psicólogos ou mesmo um atendimento multiprofissional.

“Os profissionais habilitados vão saber se realmente a pessoa está com transtorno bipolar. Digo isso porque muitas pessoas procuram diagnóstico informal, em fontes como o Google, e isso pode ser perigoso, fazendo com que ela fique cada vez mais ansiosa e alerta em relação ao seu problema”, disse ele.

A data coincide com o aniversário do pintor holandês Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado, postumamente, como provável portador desse distúrbio. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno afetivo bipolar atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo.

Essa condição causa mudanças extremas de humor, que podem variar de períodos de euforia e hiperatividade a outros de depressão profunda. Pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos verificou que pessoas diagnosticadas com transtorno bipolar têm expectativa de vida reduzida em até nove anos, comparadas com a população em geral. Segundo revelou também o estudo, a taxa de suicídio entre indivíduos com transtorno bipolar é cerca de 20 vezes maior do que na população em geral.

Tratamento

Denis Coelho informou que o tratamento para pacientes com o transtorno envolve psicoterapia, medicamentos ou os dois combinados. Explicou que dentro do espectro do transtorno bipolar existem depressões ciclotímicas que dificultam o diagnóstico. Daí não se ter a noção precisa de quantos pacientes existem com essa condição no Brasil, embora o país esteja entre os que apresentam maiores índices de ansiedade e de esgotamento físico e mental no trabalho.

Além de medicamentos e psicoterapia, a pessoa deve incluir no tratamento mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos, ter dieta equilibrada e evitar o consumo de álcool e drogas. “Eu sempre digo para os meus pacientes que o tratamento tem aspectos biológico, mental, social e espiritual. Biológico, porque envolve cuidar do seu corpo de forma integral, com exercícios físicos e boa alimentação; mental, sempre com bons pensamentos e tentando ter bons sentimentos; social, buscando manter bons relacionamentos, que não sejam abusivos ou tóxicos; e espiritual, no sentido de a pessoa acreditar em algo que possa, realmente, levá-la a sair de uma situação ‘xis’ para uma condição melhor”. Destacou que esses elementos vão interferir positivamente no tratamento, na medida em que diminuem a sensação de estresse e ansiedade e alterações de humor, aumentando a sensação de prazer.

Diagnóstico

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de transtorno bipolar costuma ser difícil e pode demorar, em média, dez anos para ser estabelecido devido a “tratamentos equivocados, ausência de comunicação entre os profissionais envolvidos, desconhecimento sobre como a doença se manifesta, tanto por ser pouco conhecida quanto pela confusão dos seus sintomas com os de outros tipos de depressão, além de preconceito e autoestigmatização”.

O ministério indica que o histórico do indivíduo pode contribuir para o diagnóstico conclusivo, já que alterações de humor anteriores, episódios atuais ou passados de depressão, histórico familiar de perturbação do humor ou suicídio e ausência de resposta ao tratamento com antidepressivos sinalizam transtorno bipolar.

Comportamentos repetitivos e exagerados acendem o alerta para o transtorno bipolar. “Quando o indivíduo começa a perceber que a sua vida não está ocorrendo da forma mais saudável como ele gostaria de estar. Ou seja, quando está tendo prejuízo na funcionalidade da vida, na forma de produzir, de se relacionar com os amigos, com a família. Quando o próprio sujeito é a primeira pessoa a sentir que algo não está funcionando bem”, afirmou o psicólogo.

Coelho esclareceu que as variações extremas, como manias, exaltação, comportamentos de compulsão, estão entre os sintomas desse tipo de transtorno: “a pessoa ficar horas, ou mesmo dias, acordado; fazer compras compulsivas; ter compulsão por alimentação ou por prática sexual. Qualquer hábito ou comportamento que venha caracterizar exagero ou compulsão”.

Outro polo é a depressão, quando a pessoa tem queda de humor, de produtividade. “Quando esses estados estão em desequilíbrio e mostram momentos de pico exagerados, sejam de euforia ou depressão, constituem forte sinal de que a pessoa deve buscar ajuda, ou seja, quando esses polos são muito díspares, as diferenças são muito claras e ocorrem em períodos sucessivos. Geralmente é assim. O paciente vive experiência de euforia muito forte e depois vem a queda, com depressão”.

Sem cura

O Ministério da Saúde destaca que transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. A adesão ao tratamento pode trazer importantes resultados, entre os quais redução das chances de recorrência de crises; controle da evolução do transtorno; diminuição das chances de suicídio; redução da intensidade de eventuais episódios; e promoção de uma vida mais saudável.

Denis Coelho chamou a atenção também para a necessidade de a sociedade entender que o transtorno bipolar é uma condição médica real, que requer tratamento para ajudar no controle dos sintomas e melhorar a qualidade de vida.

As informações são da Agência Brasil

Boletim estadual aponta mais 2,3 mil casos e três óbitos por dengue, além do avanço da chikungunya

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta terça-feira (28) mais 2.379 casos e três óbitos por dengue no Paraná. Somente esta semana foram registradas mais de 12 mil notificações de novos casos suspeitos pela doença. Ao todo, desde o início deste período epidemiológico, foram computadas 85.204 notificações, 44.212 casos descartados, 11.102 casos confirmados e 11 mortes.

Os novos óbitos são de dois homens (70 e 93 anos) e uma mulher (82 anos) que residiam em Lupionópolis, Londrina e Foz do Iguaçu, respectivamente. Destes, apenas a paciente do sexo feminino possuía comorbidades. As mortes ocorreram entre 26 de fevereiro e 6 de março deste ano.

As regionais com mais casos são Londrina (2.881), Maringá (1.934), Foz do Iguaçu (1.725) e Paranavaí (1.135). A regional com mais óbitos é Londrina: 4.

“O Estado tem realizado diversas ações para ampliar o combate ao mosquito Aedes Aegypti nos municípios, que vão desde o envio de medicamentos, abertura de leitos, até a capacitação continuada nos municípios pela equipe técnica”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Segundo ele, a principal estratégia para combater a doença é a conscientização da população. “Precisamos da ajuda dos paranaenses em não deixar água parada para impedir a proliferação dos focos do mosquito. Essas ações precisam ser replicadas para que haja uma conscientização coletiva de que os maiores focos da doença estão dentro da casa das pessoas”, afirmou.

CHIKUNGUNYA – O novo boletim também confirmou mais 34 casos de chikungunya, somando 77 confirmações da doença no Estado – um aumento de quase 80% comparado à última semana. Do total de casos, 43 são autóctones (quando a doença é contraída no município de residência) e 30 são considerados importados, além de 4 em Local Provável de Infecção (LPI) no Paraguai. Ao todo a doença já atingiu 23 municípios paranaenses. Há 438 casos em investigação.

A Sesa confirmou uma morte por chikungunya em uma paciente de 72 anos que residia em Itaipulândia, com LPI no Paraguai. Nestes casos, a notificação é considerada como um caso importado.

Confira o boletim da dengue AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Brasil chega à marca de 700 mil mortos pela covid-19

O Brasil alcançou nesta terça-feira (28) a marca de 700 mil mortes causadas pela covid-19, informou o Ministério da Saúde. No último dia 11 de março, a pandemia completou três anos e deixou muitos impactos na vida dos sobreviventes e daqueles que perderam alguém para a doença.

Em comunicado, o Ministério da Saúde destacou que a vacinação é a principal forma de combater a crise sanitária e proteger contra casos graves e óbitos causados pela doença.

“Aumentar as coberturas vacinais contra a Covid-19 é prioridade do Ministério da Saúde, que lançou o Movimento Nacional pela Vacinação no fim de fevereiro. Até agora, mais de 6 milhões de doses de reforço bivalentes já foram aplicadas. No entanto, é importante ressaltar que os grupos prioritários devem procurar uma unidade de saúde”, destacou a pasta.

Todas os integrantes dos grupos prioritários podem receber o reforço com a vacina bivalente contra a covid-19. A dose oferece proteção contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente, incluindo a Ômicron, variante de preocupação no momento.

Podem se vacinar contra a covid-19 com a dose bivalente os idosos de 60 anos ou mais de idade, população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade, gestantes e puérperas e trabalhadores da saúde.

A vacina também está disponível para adolescentes e adultos a partir dos 12 anos dentro dos grupos prioritários: pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; imunocomprometidos; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; e pessoas com deficiência permanente.

Para receber o imunizante, é preciso ter completado o esquema primário com as vacinas monovalentes e respeitar um prazo mínimo de quatro meses desde a última dose recebida. O Ministério da Saúde reforça que tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes têm segurança comprovada e são igualmente eficazes na proteção contra o coronavírus.

“Quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário. Para todas as estratégias de vacinação propostas, o comprometimento e união da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito”, destacou o ministério.

As informações são da Agência Brasil

MP abre inquérito para investigar contrato de R$ 10 milhões sem licitação em Araucária

O Sindicato dos Servidores de Araucária (SIFAR) encaminhou, na última semana, ofícios para o Ministério Público (PR) e para a Câmara dos Vereadores de Araucária, informando as discrepâncias e suspeitas no processo de contratação da Fundação Instituto de Administração (FIA) que, para “modernizar” a folha de pagamentos dos servidores públicos e o funcionamento previdenciário do município, vendeu um serviço de quase 10 milhões de reais, sem passar pelo processo de licitação.

Tudo isso para aprovar um novo projeto de lei que altera as diretrizes de pagamento dos servidores públicos e dos aposentados, prejudicando a progressão de carreira e diminuindo o teto de aposentadoria na qual incide o imposto. É preciso lembrar que o município de Araucária é saudável financeiramente, com Receita Corrente Líquida de 2022 de R$ 1,2 bilhões, sendo que a despesa com pessoal está muito abaixo (45,85%) do limite prudencial de 51,30% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na prática, isso significa que os servidores públicos da saúde, educação, segurança e administração do município perdem vários direitos ao longo dos anos, como quinquênio, triênio, bonificações especiais, e se aposentam no mínimo cinco anos mais tarde. Já os aposentados que contribuem apenas se passarem do teto atual de aposentadoria de R$ 7.507,49, serão taxados a partir de dois salários mínimos, menos da metade do teto atual.

LEIA TAMBÉM: Prefeitura de Araucária prepara desmonte das carreiras de Médicos/as e demais categorias de servidores

MP abre inquérito civil contra a dispensa de licitação da FIA

O SIFAR obteve acesso às informações do parecer técnico do MP da consulta realizada pelo órgão. Segundo o documento, existem alguns problemas com a contratação e o uso do dispositivo de dispensa de licitação para esse caso.

A conclusão do parecerista aponta para 4 problemas principais no uso da dispensa. O primeiro deles é a falta de justificativa para a contratação de uma empresa que seria responsável por incumbências dos próprios servidores públicos da administração do município. Também existe um artigo, como apontado pelo documento, da Constituição do Estado do Paraná que limita a atuação de empresas em questões de análise, avaliação e gestão do quadro de trabalhadores do município.

A justificativa da dispensa de licitação também exige o caráter de pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional no objeto social da FIA, no que consta “realização de estudos, pesquisa, e prestação de serviços técnicos aos setores público e privado”, não podendo enquadrar na dispensa. Segundo o próprio TCU, o dispositivo de dispensa de licitação trata de pesquisa exploratória, formada em tese, que busca o novo, sendo bastante diferente do serviço de consultoria organizacional ofertado pela FIA.

Além dos anteriores, há ainda a falta de justificativa para um valor de contrato tão elevado sendo que a mesma empresa, e empresas do mesmo ramo, já executaram serviços de mesma ou mais elevada proporção, para municípios e órgãos, com valores discrepantes dos praticados na relação com o Município de Araucária.

E por último, a conclusão explicita a falta evidente de pesquisas prévias de mercado e comprobatórias, que estabelecessem métricas para a cobrança do serviço como quantidade de horas necessárias, quadro de profissionais e especializações e comparações de preço com outras empresas. Essas exigências do processo de dispensa licitatória, foram, segundo parecer, negligenciadas pela administração do município que aprovou o orçamento da FIA de maneira acrítica.

Justificativas exigidas pelo inquérito

Para investigar se a dispensa de licitação causou lesão ao erário, o promotor do inquérito civil aberto pelo MP requisita o seguinte por parte da Secretaria de Finanças do Município de Araucária:

  1. Que se justifique a razão pela qual o serviço contratado da FIA não pôde ser realizado pelos próprios servidores municipais da administração;
  2. Saber como e quando ocorreu o contato entre a gestão e a FIA e quais os documentos apresentados nesse momento sobre a elaboração do projeto;
  3. Informar se houve alguma diligência prévia ao estabelecimento do contrato de prestação de serviço para apurar as necessidades do contrato como quantidade de horas necessárias, profissionais envolvidos e comparativos de preço e de mercado com outras empresas e instituições.

A Prefeitura, sob a gestão Hissam, agora tem 15 dias para entrar com as informações solicitadas, esclarecendo como se deu a contratação da FIA e porque foi utilizada a dispensa de licitação, sob suspeita principalmente por se tratar de um processo de desmonte sem justificativa orçamentária ou administrativa, já que a “modernização” não passa de um ataque à carreira dos servidores e sua aposentadoria.

O SIFAR, SIMEPAR (Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná) e SISMMAR (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária) seguem mobilizados e unidos para barrar quaisquer retrocessos aos trabalhadores de sua base, principalmente quando se trata da contratação, com valores exorbitantes, sem processo de licitação e com proposta de corte de direitos, de uma empresa que já tem histórico de atuação prejudicial no âmbito do funcionarismo público.

As informações são do SIFAR

Paraná inicia vacinação contra a gripe; objetivo é imunizar 4,6 milhões de pessoas

Adriano Baggio, de 52 anos, recebeu na manhã desta terça-feira (28), em Curitiba, a vacina contra a Influenza. A aplicação da dose marcou o início da 25ª Campanha de Vacinação 2023 no Estado. Com o objetivo de vacinar 4,6 milhões de paranaenses, a campanha pretende atingir os 399 municípios. O propósito é prevenir o surgimento de complicações decorrentes das doenças respiratórias, evitando novos óbitos e sobrecarga do sistema de saúde. A campanha nacional começa em 10 de abril.

Adriano faz parte do grupo de pessoas com comorbidades. A proteção com a dose já garantiu vários anos sem gripes ou resfriados. “Sempre tomei a vacina e não me lembro, desde então, de pegar uma gripe forte. É importante, muito importante não deixar de tomar a vacina”, enfatizou.

Durante a cerimônia, no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), o secretário de Estado da Saúde, César Neves, destacou a efetividade da vacina. “A campanha é nacional e está prevista para começar em 10 de abril, mas antecipamos o início no Paraná. Já estamos vacinando alguns grupos com a dose bivalente contra a Covid-19 e assim aproveitaremos a ocasião para dobrar a proteção. Além disso, o clima começa a mudar no outono e não queremos que as doenças respiratórias se desenvolvam para formas graves”, disse.

Diferente dos anos anteriores, a campanha será em uma só etapa, com todos os 18 diferentes grupos elencados, simultaneamente, pelo critério do Programa Nacional de Imunizações.

Jonas Eduardo Novaes é enfermeiro e recebeu a dose contra a Influenza e também o reforço contra a Covid-19. Em um dos braços, no esquerdo, a vacina da gripe, no outro, a bivalente da Pfizer. Como é profissional de saúde, faz parte dos dois grupos prioritários. “Recomendo as duas doses, assim estaremos mais protegidos. Quem está nesses grupos deve tomar o imunizante . A proteção é fundamental e evita que as doenças se desenvolvam para formas mais graves”, recomendou o profissional de saúde.

GRUPOS – Crianças, adolescentes, adultos e idosos já podem procurar as salas de vacinação para a aplicação da dose. Para este começo da campanha, o Ministério da Saúde enviou 388 mil doses, já distribuídas aos municípios, e sinalizou o envio de novas doses, nos próximos dias, ainda sem confirmação do quantitativo.

“Todas as pessoas elencadas nesses grupos podem procurar a vacina. Receberemos mais um quantitativo em breve. Estamos esperançosos de que a campanha seja um sucesso, com a adesão de todos os paranaenses”, acrescentou o secretário.

Fazem parte da campanha crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas e pessoas com mais de 60 anos. Além destes, também serão vacinados os povos indígenas, professores, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, com deficiência permanente, integrantes das forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e a população privada de liberdade.

Todos os que pertencem aos grupos podem receber a dose gratuitamente nas salas de vacinação de todo o Estado. A vacina é trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, sendo composta pelo vírus H1N1 (Sydney), H3N2 (Darwin) e a cepa B (Victoria). Ela é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em dose única, exceto para as crianças menores de nove anos que nunca receberam a vacina da gripe. Para elas serão ofertadas duas doses com intervalo mínimo de 30 dias.

VÍRUS – A Influenza é uma infecção viral considerada uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. O período de incubação é geralmente de dois dias, variando entre um e quatro dias.

Os casos podem variar de quadros leves a graves e levar ao óbito, ocorrendo com maior frequência em indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, idosos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

DIA D – Durante o evento o secretário antecipou que haverá uma nova ação estadual a favor da vacinação: o “Dia D”, que ocorrerá em todo Estado, em 15 de abril, com a colaboração e apoio de todos os municípios.

“Já pactuamos com os municípios a vacinação, agora com a da Influenza e posteriormente essa nova ação, com as demais. É importante que todos estejam engajados em uma mesma meta, em um mesmo objetivo”, disse o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-PR), Ivoliciano Leonarchik.

As informações são da Agência Estadual de Notícias