Filiado à

Notícias

Secretaria de Saúde alerta para os cuidados com as síndromes gripais comuns no inverno

Com o registro de temperaturas baixas em distintos pontos do Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta sobre os principais cuidados a serem tomados durante o inverno, ciclo que se inicia nesta quarta-feira (21). Com o frio, a disseminação de vírus causadores de doenças como resfriado, gripe, otite e até mesmo Covid-19 torna-se mais frequente, o reforça o alerta sobretudo para grupos que possuam baixa imunidade, como idosos, crianças e gestantes.

“É um período propenso a doenças e é preciso estar sempre ligado para proteger sua saúde pessoal. Por isso, fazemos um apelo para que todos os paranaenses compareçam aos postos de vacinação e completem seu esquema vacinal. A imunização contra vírus como da Influenza e Covid-19 é indispensável para evitar complicações e manter o sistema imunológico em dia”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Comuns nesse período, as Síndromes Gripais (SG) são caracterizadas por sintomas como febre, tosse, dor de garganta, calafrios e dor de cabeça, além de possíveis distúrbios olfativos ou gustativos. Apenas no último ano, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), forma mais aguda dessas manifestações, acometeu mais de 56 mil paranaenses. Neste ano, o Paraná registrou 13.712 casos de SRAG, com 575 deles por Influenza e 1.883 por Covid-19. Também foram confirmados 809 óbitos por complicações advindas destas síndromes.

VACINAÇÃO – Até o momento, o Paraná já registrou, de acordo com dados do vacinômetro nacional, mais de 29 milhões de doses aplicadas contra a Covid-19. Em relação a este imunizante, o alerta principal se dá à vacina bivalente, que possui uma cobertura de apenas 13,9% do público acima de 18 anos. Já em relação à Influenza, o Estado é o 6º do país em número total de doses aplicadas, com pouco mais de 2,8 milhões, cerca de 54% do grupo prioritário.

HÁBITOS – A adoção de hábitos saudáveis pode contribuir para fortalecer as defesas do corpo. Algumas das principais práticas sugeridas para esse período incluem exercícios físicos, hidratação, alimentação equilibrada e uso de roupas apropriadas, além de manter ambientes arejados. Uma das maiores lições da pandemia, a higienização das mãos também é fundamental para a prevenção.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a lavagem correta das mãos pode reduzir em até 40% os riscos de contrair doenças como conjuntivite, gripe ou dor de garganta. O consumo de vitamina D também é recomendado, uma vez que no inverno, com dias mais curtos e frios, o contato com a exposição solar tende a diminuir.

As informações da Agência Estadual de Notícias

Advogado do Simepar participa de Encontro dos Parlamentos da Região Metropolitana de Curitiba

O Dr. Luiz Gustavo Andrade, Advogado do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), participou nesta quarta-feira (21), do 1º Encontro dos Parlamentos da Região Metropolitana de Curitiba. O evento foi promovido pela Câmara Municipal de Curitiba e teve como tema “O Legislativo Municipal e a Governança Metropolitana”. Participaram vereadores/as de vários municípios da RMC, além de servidores, acadêmicos e membros da sociedade civil.

Dr. Luiz Gustavo Andrade discutiu com os vereadores Dalton Borba e Maria Letícia, de Curitiba, a temática da Saúde Pública com a valorização dos médicos servidores.

A Assessoria Jurídica do Escritório Zornig & Andrade Advogados Associados, que atende e representa o Simepar, vem desempenhando um importante papel na defesa dos médicos e médicas que atuam na Saúde Pública por todo o Estado, em especial na Região Metropolitana da Capital.

Com informações da Câmara dos Vereadores de Curitiba.

Paraná ultrapassa 100 mil casos de dengue e com mais 10 óbitos pela doença

O 43º Informe Epidemiológico de Arboviroses, divulgado pela Secretaria estadual da Saúde nesta terça-feira (20), registra 6.771 novos casos de dengue, 10 óbitos pela doença e mais 7.818 notificações.

Com a atualização, o Estado contabiliza 100.686 confirmações de dengue, 78 óbitos e 316.031 notificações no atual período epidemiológico, iniciado em 31 de julho de 2022 e que será concluído em 40 dias. De acordo com o boletim, 362 municípios apresentam casos confirmados e 63.569 casos ainda estão em investigação.

Os 10 óbitos relatados no boletim desta semana ocorreram entre os meses de março e maio, em seis municípios do Paraná. Dentre eles, estão quatro moradores de Foz do Iguaçu (duas mulheres, de 47 e 26 anos, e dois homens, de 35 e 61 anos); três pessoas residentes no Litoral do Estado (um homem de 66 anos de Guaratuba, e outro homem e uma mulher, com 30 e 73 anos, ambos de Pontal do Paraná); um homem de 79 anos, de Cafezal do Sul; um homem de 81 anos, de Faxinal; e uma mulher de 62 anos, de Jandaia do Sul. Das dez pessoas, oito tinham comorbidades.

CHIKUNGUNYA E ZIKA – O documento também traz os números de casos de chikungunya e zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Já o panorama de chikungunya no Paraná revela 3.344 notificações, 635 casos confirmados da doença, sendo 518 autóctones, e três óbitos.

MONITORAMENTO – A Sesa publicou também o informe entomológico, o terceiro do ano, com informações sobre índice de infestação e depósitos predominantes do vetor.

No período de 15 de abril a 16 de junho, dos 399 municípios do Paraná, 30 estão classificados em situação de risco de epidemia; 163 em alerta e 114 em situação satisfatória para o IPP (Índice de Infestação Predial). Os demais não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento.

PRINCIPAIS DEPÓSITOS – O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) define depósito como todo recipiente utilizado para finalidade específica que armazene ou possa vir a armazenar água e que esteja acessível à fêmea do mosquito, onde ela pode depositar seus ovos.

Segundo o levantamento entomológico realizado durante o período, mais de 75% dos criadouros são passíveis de eliminação, como vasos de plantas, pneus e lixo, o que evidencia a necessidade de sensibilização da sociedade para o cuidado com seu domicílio e a intensificação dos serviços de limpeza urbana e destinação de resíduos.

Confira o boletim semanal da dengue e outras informações detalhadas no site de monitoramento da doença.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Juíza determina intervenção no Município de Palmeira por descumprimento de acordo judicial em ação do Sindicato dos Médicos

A Juíza Simone Galan de Figueiredo, titular da Vara do Trabalho de Ponta Grossa, determinou que o Governo do Estado intervenha no município de Palmeira por descumprimento de acordo judicial firmado pelo próprio Município para pôr fim à terceirização de médicos/as na Saúde Pública local.

O acordo firmado em 2019 resultou de uma Ação movida pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) pleiteando o fim da terceirização da mão de obra médica. Como o Município não cumpriu o acordo, a Juíza determinou multa por litigância de má-fé.

Mesmo assim, o Município decidiu questionar a competência da Justiça do Trabalho, e agora a Juíza do Trabalho está determinando que o Ministério Público represente para que o Governo do Estado faça uma intervenção no Município, com o afastamento do Prefeito.

O Simepar vem combatendo a terceirização da mão de obra médica no SUS há décadas, por entender que esse sistema de contratação resulta em precarização dos contratos e das condições de trabalho de médicas e médicos. Além disso, a terceirização diminui a qualidade do atendimento da Saúde Pública e pode causar sérios prejuízos aos cofres públicos.

FEAS abre processo seletivo simplificado para médicos/as generalistas e especialistas

A Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba (FEAS) publicou um edital de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratação de médicas/os Generalista, Anestesiologista, Pediatra, Psiquiatra e Urologista; além de outros profissionais, por prazo determinado de até 12 (doze) meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.

As inscrições terão início às 08h do dia 20/06 e seguem até às 17h do dia 03/07/2023.

O edital com todos os detalhes do processo pode ser acessado neste link.

As inscrições podem ser feitas neste link.

As informações são da FEAS.

Secretaria da Saúde monitora a febre maculosa no Paraná

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), monitora a febre maculosa no Paraná com equipes técnicas da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores. A doença, transmitida pelo carrapato-estrela, teve seu primeiro caso confirmado no território em 2006, no município de Itambaracá, situado na região Norte. Neste ano foi confirmado um caso em Foz do Iguaçu, na região Oeste, além de 43 notificações.

A febre maculosa é uma doença febril infecciosa, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A espécie é encontrada com mais facilidade em locais próximos a matas, com umidade elevada. O carrapato parasita o animal (bois, cavalos, capivaras, cães), e a depender da espécie pode vir acidentalmente parasitar o humano, sendo necessário o vínculo epidemiológico com o vetor transmissor – o carrapato infectado.

De acordo com levantamento da Sesa, desde 2018 houve o registro de 42 casos confirmados da doença. No ano passado foram 63 notificações, nove casos confirmados e dois óbitos, que ocorreram no município de Ribeirão Claro, de abrangência da 19ª Regional de Jacarezinho. Foram cinco casos em 2018; 19 confirmações em 2019; 10 em 2020; e um caso em 2021.

A Secretaria da Saúde publicou uma Nota Técnica 001/2019 com dados da vigilância epidemiológica, características da doença, sintomas, cuidados, manejo e tratamento. Todo o caso suspeito requer notificação imediata, registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), através do preenchimento da Ficha de Investigação da Febre Maculosa.

“A doença é monitorada no Paraná pela nossa vigilância ambiental. Estamos atentos, com equipes capacitadas e constantemente realizamos cursos e atualização junto ao Ministério da Saúde. Em caso de suspeita deve-se procurar imediatamente os serviços de saúde”, alerta o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

AÇÕES – Em abril deste ano foi realizada uma capacitação para aprofundar conhecimentos relacionados ao carrapato-estrela. O evento, que reuniu técnicos do Ministério da Saúde, além de médicos da Fiocruz/RJ e profissionais das 22 Regionais de Saúde do Paraná, buscou ampliar a capacidade de identificação do hospedeiro, facilitando o diagnóstico e, consequentemente, o cuidado apropriado.

Em janeiro deste ano, por conta dos dois óbitos ocorridos na 19ª RS no ano passado, foi realizada capacitação para todos os municípios de abrangência dessa regional, além da reunião com as equipes de Atenção à Saúde da 5ª Regional de Guarapuava sobre “Manejo Clínico da Febre Maculosa”, com o objetivo de preparar as equipes de Atenção à Saúde para o agravo.

Anteriormente, em novembro de 2022, aconteceu uma reunião técnica sobre a doença, na qual foram capacitados profissionais sobre a vigilância ambiental do vetor, sendo abordados o manejo da doença e práticas de captura a campo do carrapato (vigilância acarológica).

SINTOMAS – Os principais sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça e no corpo, podendo ou não estar acompanhada de aparecimento de manchas avermelhadas entre o segundo e quinto dia de evolução da doença ou manifestações hemorrágicas, são alguns dos sintomas apresentados pelas pessoas que possam ter contraído a doença.

A Sesa recomenda que pacientes que apresentem essas características procurem o atendimento médico nas Unidades de Saúde dos municípios para que o diagnóstico seja realizado, assim como o tratamento, o quanto antes, já que se trata de doença grave e de evolução rápida, mas que existe tratamento se ofertado em tempo oportuno.

É importante que a população relate para a equipe de saúde que houve a picada do carrapato ou a possibilidade de contato com o vetor a fim de direcionar a condução do caso de forma mais assertiva possível.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Saiba o que é a febre maculosa, doença que está provocando óbitos em São Paulo

Nos últimos dias, casos de óbitos por febre maculosa em São Paulo acenderam o alerta das autoridades médicas e de saúde, e despertaram o interesse da população em conhecer mais a doença, considerada pouco difundida.

Comprometido com a difusão de informações de qualidade, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, que atua como Serviço de Referência junto ao Ministério da Saúde (MS) para Rickettsioses, preparou um amplo material sobre a doença, com vídeo e perguntas e respostas.

Confira, abaixo, e compartilhe.

A doença

O primeiro caso de febre maculosa em território nacional ocorreu em 1929. Passados mais de 90 anos, a falta de informação continua sendo um dos maiores desafios no enfrentamento da doença.

Com quadro clínico marcado por febre alta, dores de cabeça, náuseas e vômitos, o diagnóstico correto depende do conhecimento dos profissionais de saúde sobre este agravo, que compartilha os mesmos sintomas com diversas doenças.

No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, nas últimas décadas, praticamente todos os casos de óbito por febre maculosa tiveram o diagnóstico inicial de dengue.

Pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Elba Lemos esclarece dúvidas e alerta para a prevenção da doença que, entre 2000 e 2022, provocou 2.636 infecções, com 920 óbitos. A maior concentração de casos é nas regiões Sudeste e Sul. Em 2023, o país já registrou 49 casos e 6 mortes, de acordo com dados do MS e de Secretarias Estaduais de Saúde.

O que é a febre maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, que pode causar desde formas assintomáticas até casos mais graves, com alta possibilidade de óbito. No Brasil, os casos graves estão associados à infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida principalmente pelo carrapato da espécie Amblyomma sculptum, popularmente conhecido como carrapato-estrela. No entanto, existem no mundo mais de 20 espécies de rickettsias que podem causar febre maculosa.

Por que a doença recebe esse nome?

Por dois motivos: o primeiro, por causar um quadro de febre no paciente, e em segundo, por poder provocar o aparecimento de manchas avermelhadas na pele, conhecidas como máculas.

Quais são os sintomas?

O quadro clínico é marcado por início brusco, com febre alta e dores de cabeça, podendo haver dores musculares intensas e prostração. Na evolução da doença, podem ocorrer hemorragias, náuseas e vômitos. As manifestações clínicas surgem após um período de incubação que leva em média 7 dias, podendo variar de 2 a 15 dias. O surgimento de lesões na pele, no 3º ao 5º dia de doença, aumenta o grau de suspeição, muito embora existam casos nos quais este sinal pode não ser detectado – no caso de pacientes idosos, submetidos a tratamento específico precocemente, ou mesmo em pacientes negros, pela dificuldade de se observar as manchas negras, por exemplo.

Manchas avermelhadas na pele, também conhecidas como máculas, deram origem ao nome da doença. Foto: Arquivo LHR/IOC.

Como ocorre a transmissão?

A doença é transmitida ao homem basicamente pelo carrapato infectado, não havendo risco de transmissão pessoa a pessoa. Para que a infecção ocorra, o carrapato precisa ficar aderido à pele. Se houver lesões na pele, o contágio pode ocorrer no momento do esmagamento do inseto. Uma vez infectados, os carrapatos permanecem assim durante toda a vida.

Há tratamento para a doença?

Por ser causado por uma bactéria, o tratamento tem como base o uso de antimicrobiano específico e de baixo custo, ministrado por via oral quando o paciente tem condições de ingerir a medicação. No entanto, em pacientes graves, com edema (inchaço) e vômitos, por exemplo, o antibiótico deve ser ministrado por via endovenosa, além do tratamento de suporte, dependendo da gravidade do caso. Como a bactéria pode destruir a parede do vaso sanguíneo, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível. A partir do 7º dia de doença, a lesão torna-se, geralmente, irreversível e o óbito, inevitável.

Embora exista vacina para a febre maculosa, a sua utilização não é indicada considerando a sua proteção parcial e a falta de indicação de vacinação para o controle de uma doença que responde muito bem ao tratamento antimicrobiano.

O grau de letalidade é alto?

Sim. Apesar de ser considerada uma doença de baixa frequência, a taxa de mortalidade é elevada devido à agressividade da Rickettsia rickettsii para o organismo humano, falta de diagnóstico adequado e de tratamento precoce. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, nas últimas décadas praticamente todos os casos de óbito por febre maculosa tiveram o diagnóstico inicial de dengue. Diante de um caso suspeito, deve-se coletar o sangue para a análise laboratorial e iniciar o tratamento imediatamente, mesmo sem a confirmação laboratorial.

Quais as formas de prevenção da doença?

A melhor forma de se prevenir é evitando áreas infestadas por carrapato, principalmente durante o período de maio a outubro. Vale mencionar a importância de animais como o cachorro, o cavalo e a capivara no ciclo de transmissão da doença, que, além de fonte de alimentação para os carrapatos, podem auxiliar no deslocamento de vetores infectados e estão próximos ao homem. Por isso, é preciso ficar atento à presença do vetor nos animais e no ambiente.

É essencial que toda a população e os profissionais de saúde tenham conhecimento sobre os riscos do contato com carrapa­tos, direta ou indiretamente, pois esses artrópodes são o segundo maior transmissor de doença para o homem, depois dos mosquitos vetores. Ao ser observado algum carrapato aderido à pele, é importante removê-lo com cuidado e rapidez.

Outro ponto importante: o controle de carrapatos em animais, assim como o uso de carrapaticidas devem ser realizados somente sob orientação de médicos veterinários, profissionais de saúde pública, agricul­tura e meio ambiente, considerando a concentra­ção do produto, o melhor período do ano para o seu uso, e acima de tudo, os efeitos prejudiciais e a presença de resistência.

No Brasil, a transmissão ocorre por meio do carrapato da espécie ‘Amblyomma sculptum’, popularmente conhecido como carrapato-estrela.

Assim como ocorre com outras doenças, também é possível que haja surtos de febre maculosa?

Diferentemente da dengue, da malária e da leishmaniose, por exemplo, na maioria das vezes a febre maculosa apresenta-se como casos isolados ou como pequenos surtos, geralmente entre membros de uma mesma família ou grupos de indivíduos com atividades em comum. Surtos com dezenas ou centenas de casos não ocorrem na febre maculosa e, assim, outras doenças precisam ser consideradas.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico da febre maculosa é geralmente realizado a partir do teste sorológico, mais espe­cificamente pela reação de imunofluorescência indireta. O diagnóstico sorológico permite identificar a presença de anticorpos anti-Rickettsia no sangue do paciente. É importante destacar que durante a doença, principalmente até o 10º dia, o indivíduo pode não ter anticorpos para a febre maculosa e que o resultado da análise de sangue coletado no início da doença pode ser negativo. Assim, a coleta de uma segunda amostra de sangue passa ser necessária. O Ministério da Saúde recomenda que isso aconteça do 14º ao 21º dia após a primeira coleta de sangue.

Outro teste disponível para o diagnóstico, porém menos utilizado, é a análise molecular a partir da Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) que permite detectar a presença do material genético da bactéria. Recomendado especialmente em casos graves e óbitos, este teste deve ser realizado na fase inicial da doença, quando anticorpos anti-Rickettsias ainda não são detectados. Existem outras técnicas diagnosticas como a histopatologia asso­ciada à imunohistoquímica e isola­mento, mas raramente são realizadas.

Qual o papel do Laboratório enquanto serviço de referência para o Ministério da Saúde?

Além de colaborar com a vigilância da febre maculosa no território nacional, a presença do Serviço de Referência para Rickettsioses no Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC possibilita a integração das atividades voltadas para o desenvolvimento tecnológico de técnicas de diagnóstico, pesquisa e ensino, com o objetivo de contribuir para a promoção da saúde da população brasileira por meio da vigilância epidemiológica desta zoonose e da geração e difusão de conhecimentos na área.

As informações são do Instituto Oswaldo Cruz

Programa de redução das filas de cirurgias no SUS chega a todos os estados do Brasil

O Programa Nacional de Redução das Filas chegou a todos os estados brasileiros. Na última semana, o Ministério da Saúde liberou recursos para reduzir a fila de espera por cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS) nos três estados que aguardavam análise técnica: São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. A previsão é que cinco estados reduzam em cem por cento a fila de espera: Tocantins, Sergipe, Piauí, Paraíba e Mato Grosso do Sul. Em 2023, o programa vai somar R$600 milhões em investimento. Desse total, R$ 200 milhões já foram destinados para apoiar os estados em ações para redução das filas.

A fila de cirurgias eletivas do sistema público de saúde chega a um milhão de procedimentos, segundo dados dos planos aprovados e enviados ao Ministério da Saúde. Com os recursos liberados, as secretarias de saúde estaduais e municipais poderão realizar mais de 487 mil cirurgias, o que representa 45% de redução da fila.

Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local. Entre os procedimentos mais listados, estão cirurgia de catarata, retirada da vesícula biliar, cirurgia de hérnia, remoção das hemorroidas e retirada do útero.

O programa foi anunciado em fevereiro, no início da atual gestão, e também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil. Este é um esforço do governo federal para o fortalecimento do SUS e para as ações prioritárias de atendimento à população brasileira.

Confira a lista das filas e cirurgias a serem realizadas:

As informações são do Ministério da Saúde

Dia Mundial do Doador de Sangue ressalta a importância da solidariedade que salva vidas

Nesta quarta-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, criado para homenagear todas as pessoas que tiveram ou têm a atitude e iniciativa de fazer a doação. A data também tem o objetivo de conscientizar os não doadores sobre a importância deste ato, responsável por salvar tantas vidas.

“Quero deixar o nosso agradecimento aos doadores e aproveitar para dizer que precisamos renovar nossos estoques e por isso contamos com o apoio de todos, principalmente nesse Junho Vermelho, que é o mês dessa mobilização”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Solidariedade não tem hora e nem lugar. Sempre temos espaço para mais um doador”.

Nos últimos cinco anos, mais de 1 milhão de paranaenses compareceram no Centro de Hematologia do Paraná (Hemepar) como candidatos à doação, um gesto que pode salvar até quatro vidas. O Hemepar é a unidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná.

De janeiro até agora, o Hemepar recebeu 96.213 candidatos à doação de sangue, fechando uma estimativa de 16.035 doadores por mês. Em Curitiba o número ficou em 23.054. Em 2022 foram 207.487 voluntários; em 2021, 211.793; e em 2020, 199.351. Antes da pandemia o número era maior, cerca de 221.134 pessoas/ano.

São 22 centros para atender a demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários. Em uma doação são coletados 470 ml de sangue, de acordo com o peso e altura do voluntário e mais quatro tubos para os exames necessários. A quantidade retirada não afeta a saúde do doador porque a recuperação é imediata logo após a doação.

Desde 2019, o Governo do Estado já investiu mais de R$ 176 milhões em equipamentos e insumos com tecnologia avançada e moderna voltada para área do ciclo do sangue (hemoterapia), tornando a hemorrede estadual paranaense referência para os demais hemocentros da rede nacional.

Os investimentos são destinados às 23 unidades. O Paraná tem o Hemocentro Coordenador, quatro Hemocentros Regionais, uma Agência Transfusional, nove Hemonúcleos e oito unidades de coleta e transfusão.

VOLUNTÁRIOS – Ana Cláudia Pereira, de 33 anos, doou sangue pela primeira vez há pouco tempo. Na unidade de Curitiba, passou pela triagem para avaliar sua condição de saúde, e durante cerca de 15 minutos ficou à disposição para a coleta. “A experiência foi muito tranquila e recomendo a todos que pratiquem esse ato de amor. É muito importante salvar vidas, sempre tem alguém precisando. Você vai se sentir bem”, disse.

Durante 18 anos, a técnica de enfermagem Eni Silveira atende os doadores na unidade do Hemepar, em Curitiba. Ela conta que não faz nem ideia de quantos litros de sangue já coletou e que muitas pessoas ficam nervosas, mas garante que é simples e rápido. “Todo mundo me pergunta quanto de sangue já coletei e não tem como saber. É tudo muito seguro e tranquilo e estou aqui para isso mesmo, para esclarecer algumas dúvidas e assim mais gente vem até aqui”, afirmou.

PARA DOAR – Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Menores de idade podem doar com autorização e presença do responsável legal. O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Após questionamento do Simepar, Curitiba altera protocolo de Saúde infantil, mas segue repassando consultas para enfermeiras/os

Após questionamento do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba fez alterações no protocolo de acompanhamento da saúde dos recém-nascidos (Puericultura).

Mas as alterações foram restritas à primeira consulta e à consulta de um mês de vida, que constavam como facultadas a médica/o ou enfermeira/o e agora aparecem como uma atividade conjunta de médico/a e enfermeiro/a.

No restante do protocolo, as consultas continuam como facultadas à médicos/as OU profissionais da enfermagem, enfermeira/o e até técnico/a em enfermagem. As exceções são as consultas de crianças classificadas como “RISCO” no 3º, 6º, 9º, 12º, 18º e 24º mês de vida, que são privativas dos/as pediatras.

Confira a tabela atual da Puericultura que consta no Protocolo publicado em 29 de maio de 2023:

Segundo esse roteiro estabelecido pela própria Prefeitura, é possível que uma criança não tenha nenhuma consulta com médico ou médica depois do segundo mês, caso ela tenho sido classificada como “NÃO RISCO”

Para o Simepar, os recém-nascidos, classificados como de risco ou não, têm direito a se consultarem com médicas ou médicos pediatras ou especialistas em saúde da família e comunidade. Os médicos e médicas generalistas que não sentirem-se seguros para realizar consultas em recém-nascidos e crianças em geral não devem ser coagidos a desempenhar essa função e não podem ser obrigados a fazê-lo, salvo em situações de urgência ou emergência.