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Ministério da Saúde oferta cursos para profissionais que atuam na área da saúde da mulher

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (08), o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) destaca as capacitações gratuitas voltadas para profissionais que atuam na área da saúde da mulher.

Acesse:

Mamografia na Avaliação Tríplice da Mama

A capacitação aborda os aspectos gerais sobre a anatomia da mama, os elementos de correlação anatomopatológicos e os aspectos técnicos referentes ao mamógrafo. Os elementos técnicos, a solicitação e a interpretação da mamografia também são apresentados. O curso está disponível por tempo indeterminado na plataforma AVASUS.

Atenção à Saúde das Mulheres com Deficiência

O curso objetiva a compreensão sobre as principais orientações para atendimento da mulher com deficiência e mobilidade reduzida, com foco na promoção da saúde, na reabilitação, na saúde sexual e reprodutiva, na saúde mental e no manejo clínico dos problemas mais comuns enfrentados por essas mulheres. As matrículas podem ser realizadas até 30 de março de 2023 na plataforma UNA-SUS.

As informações são do Ministério da Saúde.

Saúde da mulher: atividades físicas previnem doenças e melhoram a qualidade de vida

A atividade física, quando praticada de maneira regular e apropriada, é uma importante aliada para a prevenção de inúmeras doenças, como obesidade e o câncer de mama. Esse é um dos programas informativos que a Secretaria de Estado da Saúde trabalha com as mulheres nas unidades de saúde e hospitais de todo o Paraná.

Os dados mais recentes da pasta, de 2022, revelam que 70,2% das mulheres adultas que tiveram peso e altura aferidos nas Unidades de Saúde da Atenção Primária (APS) no Paraná no ano passado apresentaram excesso de peso. Destas, 37,3% apresentavam obesidade, o que pode elevar índices de doenças cardiovasculares e diabete.

“A prática de exercícios físicos traz melhorias não somente na saúde, mas na qualidade de vida como um todo. Desde a diminuição de fatores como ansiedade, até melhoras nas condições de sono, autoestima e prevenção de doenças. A atividade física é indispensável para preservar o corpo humano”, destacou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Ao incluir na rotina um programa de exercícios, a mulher, além da perda de gordura corporal, apresenta redução na pressão arterial e diminuição do colesterol total. Esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças. Exercícios também auxiliam na produção de endorfina, melhorando a autoestima e diminuindo cólicas menstruais.

ALIMENTAÇÃO – Outro fator essencial para a qualidade de vida é o consumo de alimentos saudáveis, como aqueles in natura ou minimamente processados, incluindo frutas e legumes, de preferência com variedade. São práticas muitas vezes difíceis de encaixar no dia a dia, mas que têm inúmeros benefícios para a saúde da mulher.

Segundo a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira, uma boa alimentação é fruto de hábito e conscientização. “Uma dieta balanceada passa, necessariamente, por uma boa educação alimentar. Por isso, a Sesa tem investido na produção de materiais digitais e impressos, capacitações, cursos e webinários, além de ferramentas como publicações midiáticas, para elevar a qualidade do atendimento e incentivar a população, promovendo a saúde coletiva”, ressaltou.

Um bom hábito alimentar também pode auxiliar a mulher a consumir alimentos adequados para alguns períodos da vida, principalmente para repor a perda de colágeno, a partir dos 30 anos, ou a produção menor de estrogênio a partir dos 40 anos, o que pode levar à perda de massa muscular. No período fértil também há indicação de consumo de alimentos ricos em ferro.

CONTROLE DE DOENÇAS – Esse combo (exercícios e alimentação saudável) é um grande aliado contra o câncer de mama, por exemplo. A enfermidade pode ter seu risco diminuído em até 40% com atividades físicas regulares e práticas saudáveis, além do controle médico precoce. O Estado realizou, nos últimos quatro anos, 1.067.702 exames de mamografia em mulheres paranaenses, permitindo melhores condições de tratamento da doença.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, explica a importância de combinar um estilo de vida saudável com o cuidado perene dos sinais. “Cuidar da saúde é um elemento fundamental da vida humana e que deve ser reforçado neste Mês da Mulher. E um dos recados é a necessidade de estabelecer uma rotina mais saudável. São práticas que produzem resultados imediatos e também a longo prazo. Uma atividade simples, desde que regular, já surte efeitos. Caminhadas de 30 minutos, três ou quatro vezes por semana, já são suficientes”, salientou.

A Sesa disponibiliza todos os meios necessários para os profissionais realizarem o acompanhamento médico de mulheres nessas duas áreas, da obesidade ao câncer de mama, mas também de todas as outras enfermidades, como o câncer de colo de útero, ou condições de saúde que requerem mais atenção, como distúrbios alimentares que induzem a busca por uma magreza excessiva.

De 2019 a 2022, por exemplo, foram adquiridos 2,5 milhões de kits de citopatológicos do colo de útero, num investimento de R$ 4,7 milhões, além de 4.700 agulhas de biópsia de mama, no valor de R$ 175 mil.

O governo estadual também promove campanhas regulares para a conscientização sobre a necessidade do controle do câncer e de visitas regulares a uma unidade de saúde para acompanhamento do calendário vacinal, dos exames ginecológicos, do pré-natal (em caso de gravidez), de avaliações do risco de doenças cardiovasculares e de acompanhamento psicológico.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Baixa cobertura vacinal contra HPV favorece casos preveníveis de câncer

Sete em cada dez casos de câncer de colo de útero são causados por um vírus contra o qual existe vacina disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Esse vírus é o papilomavírus humano (HPV), que também causa nove em cada dez casos de câncer de ânus e está relacionado a neoplasias malignas no pênis, vagina, vulva, boca e garganta.

Mesmo com tantas evidências do perigo que representa estar desprotegido contra essa infecção sexualmente transmissível (IST), o Programa Nacional de Imunizações (PNI) constatou queda na proteção do público-alvo dessa vacina no ano passado.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 21 de fevereiro, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina em 2019, e em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55%, em 2019, para 52,16%, em 2022.

Procurado nesta segunda-feira (6) pela Agência Brasil para atualizar os dados, o ministério informou que, entre as meninas, a cobertura da vacina contra o HPV, em 2022, alcançou 77,37% na primeira dose, e 58,29%, na segunda dose. Entre os meninos, 56,76% receberam a primeira dose, e apenas 38,39%, a segunda.

Infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto I’Dor, José Cerbino Neto explica que poucos dos mais de 100 tipos de HPV são relacionados ao câncer, e os tipos 16 e 18 são os mais perigosos.

Indicada no Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 11 a 14 anos e pessoas com situações específicas da saúde, a vacina contra o HPV protege contra esses dois tipos e também contra duas cepas responsáveis por verrugas genitais. Além do público-alvo do PNI, pessoas de até 45 anos podem obter a vacina em clínicas privadas de imunização, segundo autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Se entende que a vacinação nessa população de 11 a 14 anos vai ter um maior impacto, porque essas pessoas estarão vacinadas desde antes de iniciar sua vida sexual. Mas para qualquer pessoa não vacinada até 45 anos, há um benefício com a vacinação”, destaca o pesquisador.

“A vacina tem a capacidade de proteger as pessoas da infecção sexualmente transmissível, e, em última análise, protegê-las de um câncer que elas poderiam vir a desenvolver”.

Pessoas que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos também podem ser vacinados gratuitamente no SUS, em algum centro de referência de imunobiológicos especiais, com o esquema de três doses.

As estimativas do Ministério da Saúde dão conta de que cerca de metade de todas as mulheres diagnosticadas com câncer do colo de útero têm entre 35 e 55 anos de idade e muitas, provavelmente, foram expostas ao HPV na adolescência ou na faixa dos 20 anos de idade.

Incidência

Apesar de ser associado a casos de câncer, a grande maioria dos casos de infecção pelo HPV não evolui dessa forma. Em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico se encarrega de combater o vírus antes do surgimento de sintomas.

Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sintomas podem aparecer de dois a oito meses após a infecção pelo HPV, mas continuam a existir chances mesmo duas décadas após o contato. As manifestações sintomáticas são mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. O vírus pode causar lesões visíveis e invisíveis a olho nu, e a manifestação mais frequentes são verrugas na região genital ou anal. Essas verrugas, em geral, estão associadas aos tipos não cancerígenos de HPV.

Cerbino destaca que a maioria da população adulta vai ser infectada pelo HPV em algum momento da vida. Como os tipos do vírus associados ao câncer são os que provocam lesões mais graves, eles são os mais frequentemente diagnosticados e testados laboratorialmente, o que não significa que sejam os que mais circulam.

“Eles são os mais identificados por serem os que causam mais doenças”, destaca. “Como existe mais de um subtipo, há benefícios em tomar a vacina para quem já teve o HPV, porque você estaria aumentando sua proteção contra uma eventual nova infecção, embora isso não seja comum”.

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) citam estudos internacionais que apontam que chega a 80% o percentual de mulheres sexualmente ativas que terão contato com um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. Pesquisadores que se debruçam sobre o tema estimam que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada por HPV.

Para o infectologista da Fiocruz, campanhas antivacina e boatos se somam à dificuldade de mobilizar a faixa etária alvo da vacinação como alguns dos obstáculos a uma cobertura maior para a imunização contra o HPV.

“O nosso calendário vacinal tem vacinas recomendadas para todas as faixas etárias, mas a nossa cultura é vacinar as crianças. Então, o fato de a vacina ser aplicada dos 11 aos 14 anos pode ter contribuído para a cobertura ter sido mais baixa”, avalia ele, que destaca que a vacina é segura e eficaz, além de ser aplicada em mais de 100 países.

Vacina nova

O imunizante contra o HPV disponível no PNI e nas clínicas privadas até este ano é o quadrivalente, que protege contra quatro tipos do vírus, entre eles o 16 e 18, considerados mais perigosos. As clínicas privadas devem começar a aplicar nas próximas semanas uma nova versão da vacina, contra nove cepas, também incluindo o 16 e o 18 e mais cinco tipos de HPV de alto risco.

Responsável pelo setor de Imunização Humana do Richet Medicina & Diagnóstico, Patrícia Rosa Vanderborght explica que essa nova vacina vai aumentar a proteção contra o câncer de colo de útero e de outros tipos. A pesquisadora também destaca que a comunicação sobre a prevenção do HPV vem sendo muito restrita aos adolescentes, por causa das campanhas oficiais de vacinação, e às mulheres, por conta da prevenção do câncer de colo de útero.

“A incidência é muita alta, e homens não têm a cultura de ir ao médico e fazer exames como a mulher, que vai ao ginecologista. A gente observa muita falta de informação entre os homens, que acham que a vacina só é importante para mulheres”, alerta. “Outra população importante é a população LGBT. A gente tem conversado com os infectologistas sobre a necessidade de essa população ter ciência da prevenção e da incidência de câncer”.

Patrícia acrescenta que a vacinação contra o HPV na adolescência tem a vantagem de ser em esquema de apenas duas doses. Nas clínicas privadas, que vacinam o público adulto, a vacina passa a precisar de três doses.

As informações são da Agência Brasil

Curitiba divulga calendário para aplicação da vacina anticovid bivalente em imunossuprimidos

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) começará a aplicar na quarta-feira (8/3), de forma escalonada por idade, a vacina anticovid bivalente para pessoas imunossuprimidas que tenham tomado pelo menos duas doses da vacina monovalente e com intervalo de 120 dias ou mais desde a última aplicação.

O atendimento para esse público será feito em todas as 107 unidades de saúde da capital, das 8h às 17h (endereços no site Imuniza Já Curitiba).

A aplicação será escalonada por data de nascimento:

  • Quarta-feira (8/3) – imunossuprimidos – 60 anos ou mais
  • Quinta-feira (9/3) – imunossuprimidos – 55 a 59 anos
  • Sexta-feira (10/3) – imunossuprimidos – 50 a 54 anos
  • Segunda-feira (13/3) – imunossuprimidos – 45 a 49 anos
  • Terça-feira (14/3) – imunossuprimidos – 40 a 44 anos
  • Quarta-feira (15/3) – imunossuprimidos – 30 a 39 anos
  • Quinta-feira (16/3) – imunossuprimidos – 20 a 29 anos
  • Sexta-feira (17/03) – imunossuprimidos – 12 a 19 anos

São cerca de 24 mil pessoas que se enquadram como imunossuprimidos dentro da faixa etária convocada. O Ministério da Saúde recomendou a vacina bivalente para pessoas com imunossupressão a partir dos 12 anos de idade.

“A redução de casos e mortes pela covid-19 mostra a importância da vacinação, portanto, fiquem atentos às convocações para esse reforço com a bivalente. Assim como aconteceu na primeira fase de vacinação anticovid, vamos ampliar o público-alvo da bivalente de acordo com a chegada de novos lotes do imunizante, enviados pelo Ministério da Saúde”, diz a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

O público convocado para o reforço com a vacina bivalente recebe uma mensagem pelo Aplicativo Saúde Já Curitiba. Para aqueles que não puderem comparecer nas datas estipuladas, a Secretaria Municipal da Saúde oferece repescagem contínua nas unidades de saúde.

A vacina anticovid bivalente é uma versão atualizada dos imunizantes já existentes contra a covid-19 e oferece uma proteção ainda maior contra as novas variantes da Ômicron.

Para receber essa dose, a pessoa precisa ter concluído, pelo menos, o esquema primário da vacinação contra covid-19, composto pelas duas primeiras doses. Também é necessário respeitar o intervalo de 120 dias ou mais depois da última vacina anticovid aplicada.

A vacinação bivalente de idosos nascidos até 1938 começou no sábado (4/3), com 1.383 pessoas vacinadas, e continua nas 107 unidades de saúde da capital (veja os endereços no Imuniza Já Curitiba). Também está mantida a imunização dos acamados de 70 anos ou mais, moradores de Instituições de Longa Permanência e indígenas, grupo que recebe a dose nas residências e instituições, sem a necessidade de se deslocar até os pontos de aplicação.

A Secretaria Municipal da Saúde mantém a aplicação da vacina anticovid em todas as unidades de saúde da capital. Quem não se vacinou na época da convocação para seu grupo etário, pode receber a dose a que tem direito de segunda a sexta, das 8h às 17h.

Recomendações

Pessoas que tiveram covid-19 devem aguardar pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas, para se vacinar. No caso de pessoas que tiveram outras doenças, a orientação é que aguardem a ausência de sintomas.

Condições de imunossupressão

Pessoas já acompanhados pelo SUS Curitibano ou vacinados anteriormente como parte do grupo de imunossuprimidos não precisam apresentar comprovação da condição.

Pacientes que ainda não tenham sido vacinados como imunossuprimidos, devem apresentar alguma documentação que comprove a sua condição, como atestado médico ou documento compatível.

São considerados imunossuprimidos, de acordo com o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, as seguintes condições:

  • Imunodeficiência primária grave
  • Quimioterapia para câncer
  • Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) uso de drogas imunossupressoras
  • Pessoas com HIV/Aids
  • Uso de corticoides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias
  • Uso de drogas modificadoras da resposta imune
  • Auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias
  • Pacientes em hemodiálise
  • Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.

As informações são da Prefeitura de Curitiba

Estudo aponta que jovens tiveram a saúde mental mais afetada na pandemia

Os jovens são a parcela da população mais afetada pela crise de saúde causada pela pandemia de covid-19, segundo relatório anual do Estado Mental do Mundo, divulgado nesta semana pela organização de pesquisa sem fins lucrativos Sapien Labs. No Brasil, o estudo mostrou que existem 39% mais pessoas de 18 a 24 anos relatando queixas de saúde mental quando comparadas à faixa etária de 55 a 64 anos.

A população jovem, especialmente na faixa entre 18 e 24 anos, tem uma probabilidade cinco vezes maior de relatar queixas de saúde mental em comparação com a geração de seus avós. “Não há uma única região, grupo linguístico ou país onde o declínio do bem-estar mental em gerações sucessivamente mais jovens não é aparente. Isso se traduz em um aumento dramático na porcentagem de cada geração mais jovem que está mentalmente angustiada ou lutando em um nível qualificável como de natureza clínica ou requerendo ajuda profissional”, aponta o estudo internacional.

Na clínica da psicóloga Mariana Azevedo, especialista em saúde mental e dependência química, houve um aumento expressivo no atendimento a crianças e adolescentes, por isso foi necessário fazer uma capacitação para atender esse público. “A pandemia do novo coronavírus aumentou o número de atendimentos de jovens com transtornos mentais, incluindo depressão e ansiedade. Além disso, a falta de contato social, o isolamento e a incerteza do futuro estão entre os fatores que mais contribuem para o agravamento desse quadro”, aponta Mariana Azevedo.

Nessa busca de alivio para o desconforto e as angústias existenciais, a psicóloga identificou um fenômeno curioso entre os jovens que é a necessidade de simbolizar essas dores e frustrações no corpo por meio de tatuagens. “A gente percebe esse aumento da tentativa de alivio do desconforto, da angústia, do mal-estar, pelo corpo, por meio das tatuagens”, exemplifica.

A pandemia também trouxe mudanças significativas na forma como os jovens se relacionam e interagem socialmente, especialmente após a privação do ambiente escolar por conta do isolamento social. “Uma das coisas que marca a adolescência é essa separação do núcleo familiar para uma constituição do sujeito. E nesse contexto, o convívio entre jovens que acontecia na escola deixou de existir por conta das restrições e do isolamento social”, explica.

A necessidade de manter o distanciamento físico e a redução de atividades presenciais afetaram negativamente a saúde mental dos jovens, que muitas vezes dependem do contato social para se sentirem conectados e pertencentes a um grupo.

O declínio do bem-estar mental das gerações mais novas também pode estar associado ao aumento do abuso de drogas e álcool. Segundo a psicóloga Mariana Azevedo, isso se traduz em um aumento dramático na porcentagem de cada geração mais jovem que está mentalmente angustiada. “Com esse novo cenário, alguns pacientes passaram a ter acesso a medicações psiquiátricas e a fazer abuso dessas substâncias. Por exemplo, houve um aumento expressivo do uso de Ritalina”, afirma a psicóloga.

O excesso de liberdade e de acesso à informação criou um contraponto entre famílias liberais e outras mais fechadas e dogmáticas. “O que eu observo que aconteceu na pandemia é que a convivência desses nesses núcleos familiares muito dogmáticos foi assim enlouquecedor, literalmente”, afirma Mariana Azevedo.

Nesse contexto, ela ressalta que muitos jovens que já lidavam com transtornos mentais antes da pandemia tiveram sua condição agravada pela falta de acesso a tratamentos adequados de saúde mental.

Apesar do quadro preocupante, a psicóloga ressalta um aspecto positivo dessa pandemia, que foi a diminuição do preconceito contra a terapia e de outros processos de autoconhecimento. “Muitas pessoas passaram a buscar a terapia para ter qualidade de vida. E agora podem falar sobre o que sentem, das suas vivências, sem que isso precise estar sendo ‘confessado’. Acabam se amparando nisso para se permitir falar de algo que causou um mal-estar, por exemplo”, completa.

Relatório do Estado Mental do Mundo

O estudo mostra como o mundo está se recuperando da pandemia e como as relações familiares e amizades estão se deteriorando, com consequências significativas para o bem-estar mental.

A cada ano, o relatório apresenta o estado mental das populações, as tendências em relação aos anos anteriores – e pela primeira vez o estudo inclui o Brasil. O levantamento coletou 407.959 respostas pela internet de países de todos os continentes, em nove idiomas diferentes.

Na região da América Latina e do Caribe, por exemplo, enquanto menos de 15% das pessoas entre 55 e 64 anos tiveram pontuações negativas no índice, entre 18 e 24 anos esse percentual foi acima de 50%. Isso quer dizer que mais da metade dos jovens desses locais relataram sintomas clínicos de transtornos de saúde mental.

Serviço

A Rede SARAH contribui com o Ministério da Saúde no que se refere às ações voltadas ao enfrentamento da pandemia e suas graves consequências. O hospital oferece tratamento gratuito para reabilitação de pacientes pós-covid-19. Entre as principais alterações neurológicas tratadas estão: perda de força ou de sensibilidade nos membros superiores e inferiores, alterações do equilíbrio e da coordenação motora, além de alterações da memória.

Os programas de reabilitação incluem estimulação neuropsicológica e da capacidade cognitiva e ocorrem com um agendamento prévio pelo site sarah.br.

As informações são da Agência Brasil

Anvisa aprova uma nova vacina contra a dengue

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, em intervalo de três meses entre as aplicações.

Segundo a Anvisa, a nova vacina é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, o que garante uma ampla proteção contra ela. No ano passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país.

No mês passado, a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) aprovou a segurança da vacina Qdenga, que aguardava agora o aval da Anvisa.

Uma outra vacina contra a dengue já aprovada no país, a Dengvaxia, só pode ser aplicada por quem já teve a doença.

A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (EMA), de quem também recebeu aprovação. A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, no entanto, seguirá sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da própria empresa.

As informações são da Agência Brasil

Exames de pré-natal, acompanhamento nutricional e vacinação infantil serão contrapartidas do novo Bolsa Família

Com o retorno do programa Bolsa Família, oficializado nesta quinta-feira (02) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, alguns critérios importantes para as famílias beneficiárias também estão de volta. Entre elas, estão o acompanhamento pré-natal para gestantes e nutricional para crianças, além da atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

Esses conceitos e instrumentos para redução da pobreza e do cuidado com as famílias fazem parte da história do Bolsa Família, considerado o maior programa de transferência de renda e combate à fome da história do Brasil. Todas as famílias beneficiárias receberão um valor mínimo de R$ 600 e serão criados dois benefícios complementares, pensados para atender de forma mais adequada o tamanho e as características de cada família. Um valor adicional de R$ 150 será pago para cada criança de até seis anos e outros R$ 50 para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

O cuidado com a saúde é prioritário para adesão das famílias ao programa. No Sistema Único de Saúde (SUS), o acompanhamento do bebê e da mãe começa a partir do momento em que a gravidez é confirmada, através do teste rápido e gratuito. A partir daí, a mulher passa a ter acesso a consultas de pré-natal, onde recebe todas as orientações e apoio necessários ao acompanhamento da gestação, incluindo a realização de exames, vacinas e ecografias. Para receber o acompanhamento do pré-natal gratuitamente pelo SUS, é só procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima.

O acompanhamento da primeira infância também pode ser feito pelo SUS, na Unidade Básica de Saúde mais próxima. Todas as crianças menores de 7 anos devem passar por acompanhamento nutricional para que as famílias recebam os benefícios.

Da mesma forma, nos postos de vacinação, a população encontra vacinas para diversas doenças e de graça. O Programa Nacional de Imunizações está presente em todos os postos de saúde, em todos os municípios do Brasil. Todas as pessoas podem procurar uma Unidade Básica de Saúde para atualizar a caderneta de vacinação e tirar dúvidas. Manter o esquema vacinal atualizado também é critério para participação no Bolsa Família.

Confira a lista completa de vacinas disponíveis no SUS:

  • Covid-19
  • BCG
  • Hepatite A
  • Hepatite B
  • Penta (DTP/Hib/Hep. B)
  • Pneumocócica 10 valente
  • Vacina Inativada Poliomielite (VIP)
  • Vacina Oral Poliomielite (VOP)
  • Vacina Rotavírus Humano (VRH)
  • Meningocócica C (conjugada)
  • Febre amarela
  • Tríplice viral
  • Tetraviral
  • DTP (tríplice bacteriana)
  • Varicela
  • HPV quadrivalente
  • dT (dupla adulto)
  • dTpa (DTP adulto)
  • Menigocócica ACWY

Quem pode receber

O Bolsa Família é voltado para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza, ter os dados atualizados no Cadastro Único e não ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e em outras bases de dados federais.

A seleção considera a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário. Com a nova legislação, terão acesso ao programa todas as famílias que têm renda de até R$ 218 por pessoa.

As informações são do Ministério da Saúde.

Dia D da Vacinação no Paraná será em 15 de abril

Com objetivo de retomar e ampliar as altas coberturas vacinais no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com o Conselho dos Secretários Municipais da Saúde do Paraná (Cosems), definiu a data para o primeiro Dia D Estadual de Vacinação de 2023, que ocorrerá em 15 de abril.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, César Neves, o Dia D de vacinação é um importante movimento para incentivar a atualização da carteirinha com todos os imunizantes disponíveis pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A ação irá abranger a campanha já vigente da Covid-19 e da Influenza, que tem início previsto para a segunda quinzena de abril, além das vacinas de rotina.

“Essa é uma grande mobilização para alertar a todos sobre a importância de manter a vacinação em dia. A ideia é que os pais e responsáveis, além de levar as crianças para vacinar, aproveitem a data para colocar em dia a própria carteirinha de vacinação”, explicou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal considerada ideal para a BCG, Covid-19 e Rotavírus é de no mínimo 90%, e para os outros imunizantes do calendário vacinal a meta é de 95%.

No Paraná, dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) revelam que a vacina BCG, que é aplicada logo após o nascimento e protege contra a tuberculose, fechou 2022 com 87% de cobertura; Rotavírus, por sua vez, teve no ano passado 84% de adesão da população. Em 2021, o índice era de 82% para ambos imunizantes.

Uma das menores coberturas registradas no ano passado foi da Hepatite B (78%). A Tríplice Viral, responsável pela proteção contra o sarampo, caxumba e rubéola, que é aplicada aos 12 e 15 meses de idade, fechou com 89%. Em 2021, os números eram de 61% e 86%, respectivamente.

RESULTADO – Em junho de 2022 o Governo do Estado promoveu o dia D da Vacinação Estadual, quando em parceria com os municípios foram aplicadas 371.092 doses em um único dia.

“Isso comprova que os nossos esforços para ampliar a imunização estão sendo atendidos pela população. Quando comparamos os dados de 2021 e 2022 percebemos uma melhora nos números, mas ainda sim precisamos aumentar essa taxa. A vacina salva vidas e quanto mais pessoas vacinadas menor é o risco de surtos e epidemias de doenças”, alertou o secretário.

COVID-19 – No último dia 27, a Sesa deu início à Campanha de Vacinação 2023, que inclui a aplicação da dose bivalente da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19. O Paraná já recebeu 291,6 mil imunizantes bivalentes e está prevista, ainda para esta sexta-feira (3), a chegada de mais 97,2 mil doses no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar). Já foram distribuídas 205,2 mil doses para as 22 Regionais de Saúde, e na próxima semana mais 183,6 mil serão entregues aos municípios.

Para receber a dose bivalente, as pessoas que se encaixam nos grupos prioritários devem ter finalizado o esquema primário completo de duas doses com vacinas monovalentes, respeitando o intervalo mínimo de quatro meses da última dose de vacina monovalente aplicada.

“Reforçamos que as doses monovalentes continuam conferindo proteção contra o coronavírus, portanto, faço aqui um apelo para que as pessoas procurem as unidades de saúde e permaneçam em dia com a vacinação de todos os imunizantes disponibilizados no Sistema Único de Saúde”, disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

Na primeira fase da campanha, idosos acima de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência (ILP), pacientes imunocomprometidos e comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas fazem parte do grupo prioritário. A segunda etapa, que está prevista para iniciar na próxima segunda-feira (6), engloba pessoas de 60 a 69 anos. A terceira abrange gestantes e puérperas, enquanto a quarta será direcionada a trabalhadores de saúde. Já a quinta fase será voltada para a vacinação de pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade e funcionários do sistema prisional.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Saiba como vai funcionar a nova campanha de vacinação contra a Covid-19 no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciou nesta segunda-feira (27) as novas estratégias de vacinação contra a Covid-19 no Paraná. A programação da Campanha de Vacinação 2023 inclui a aplicação dos imunizantes bivalentes da Pfizer/BioNTech, conforme as orientações que foram divulgadas pelo Ministério da Saúde por meio de Informe Técnico Operacional.

A vacina bivalente da farmacêutica norte-americana foi autorizada de forma temporária e emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, para uso como dose de reforço com intervalo igual ou maior a quatro meses após a conclusão da série primária ou da vacinação de reforço monovalente em pessoas com 12 anos ou mais de idade.

O Paraná já recebeu 291.600 imunizantes bivalentes e já distribuiu 205,2 mil para as 22 Regionais de Saúde do Estado. Agora a Sesa esclarece as principais dúvidas sobre a aplicação das vacinas monovalentes e bivalentes contra a Covid-19 no Paraná. As orientações foram formalizadas pelo Ministério da Saúde. A meta é alcançar 90% do público-alvo.

Qual é o público-alvo da vacinação contra a Covid-19?

Início ou continuidade dos esquemas vacinas primários e reforços com as vacinas monovalentes:

  • Crianças entre seis meses e 11 anos
  • Adolescentes e adultos de 12 a 59 anos

 

Vacinação de reforço com a vacina bivalente:

  • Idosos de 60 anos ou mais
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e os trabalhadores destes locais
  • Imunocomprometidos a partir de 12 anos
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas a partir de 12 anos
  • Gestantes e puérperas
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos
  • População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
  • Funcionários do sistema prisional
  • Pessoas desses grupos que tiverem apenas uma dose ou nenhuma deverão ser vacinadas com a vacina monovalente completando as duas primeiras doses iniciais.

Qual é a diferença entre as vacinas monovalentes e bivalentes?

A vacina monovalente possui uma cepa ou componente do vírus, já os imunizantes bivalentes protegem contra duas versões do vírus de uma só vez.

A monovalente contra a Covid-19 foi criada com a cepa original do vírus Sars-CoV-2, causador da doença. As bivalentes também foram produzidas com o vírus original, bem como com as cepas mais recentes da doença, da variante Ômicron – BA.1, BA.4 e BA.5, predominante no mundo.

As vacinas bivalentes são mais eficazes?

Observou-se que após a primeira onda de vacinação houve uma redução da proteção imunológica ao longo do tempo, principalmente nas faixas etárias com 60 anos e mais, sendo que essa redução se mostra mais proeminente com a Ômicron. As vacinas bivalentes elevam a efetividade da proteção para prevenção da doença sintomática e formas graves da Covid-19 inclusive para a Ômicron.

Me encaixo em um público-alvo, e agora?

As pessoas que se enquadram em um ou mais grupos elencados como público-alvo para vacinação contra a Covid-19 devem procurar a unidade de saúde do seu município de residência e se informar sobre possíveis agendamentos e disponibilidade das vacinas.

Como ainda não há doses para atender todos os públicos simultaneamente, o Ministério da Saúde recomenda o escalonamento de prioridades dentro dos grupos, considerando os de maior risco, até que todos possam ser contemplados. Nestes casos, cada município deverá definir sua própria estratégia de vacinação, de acordo com o número de doses disponíveis e a procura por cada uma delas.

Ao todo deverão ser cinco fases para essa imunização. A primeira engloba pessoas acima de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência, pacientes imunocomprometidos e comunidades ribeirinhas e quilombolas. A segunda etapa está prevista abrange pessoas de 60 a 69 anos, a terceira gestantes e puérperas, enquanto a quarta será direcionada a trabalhadores de saúde. Já a quinta fase será voltada para a vacinação de pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Qual é o intervalo necessário para entre monovalente e bivalente?

O esquema vacinal define que pessoas a partir de 12 anos que se encaixam nos grupos prioritários para aplicação da vacina bivalente devem ter finalizado o esquema primário completo de duas doses com vacinas monovalentes, respeitando o intervalo mínimo de quatro meses da última dose de vacina monovalente recebida.

Pessoas não vacinadas ou que receberam apenas uma dose da vacina monovalente devem iniciar ou completar o esquema primário (básico) com duas doses de vacina monovalentes. Após completar este esquema, a dose bivalente poderá ser aplicada com intervalo mínimo de quatro meses da última dose recomendada.

Por que se vacinar?

Considerando que a efetividade das vacinas diminui com o passar do tempo, faz-se necessário essa renovação da proteção para prevenção da doença. Os imunizantes protegem contra as formais mais graves da Covid-19, evitando o agravamento do quadro clínico em casos de infecção pelo vírus.

Tomei duas doses no esquema primário e agora tomei a bivalente, preciso de mais doses?

Não. As pessoas que receberem a dose de reforço da vacina bivalente terão o seu esquema de vacinação encerrado. Isso significa que só deverão receber novas doses caso seja recomendado em outras campanhas.

As informações são da Agência Estadual de Notícias