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Procura por testes de Covid-19 triplica em Curitiba

Matéria do Portal Bem Paraná.

Desde o final de março, quando o uso de máscaras deixou de ser obrigatório no Paraná, o município de Curitiba vem testemunhando um verdadeiro salto nos casos (novos e ativos) de Covid-19.

E essa alta no contágio, como não poderia deixar de ser, reflete na procura por testes nos principais laboratórios, que viram a demanda triplicar recentemente, ao mesmo tempo em que a taxa de positividade (ou seja, o número de pessoas efetivamente diagnosticadas com a doença pandêmica) cresceu.

Diretor médico da Unimed Laboratório, Mauro Scharf comenta que a procura por testes havia crescido pela última vez em janeiro. Na sequência, em fevereiro, a demanda começou a cair e registrou estabilidade em março, com baixa procura pelos exames e positividade em torno de 10%. A partir da segunda quinzena de abril, no entanto, a procura pelos testes voltou a crescer, bem como a taxa de positividade.

Nas duas últimas semanas de abril a Unimed Laboratório realizou 2.605 testes de Covid, com a taxa de positividade em 30,7%. Já nas duas primeiras semanas de maio houve 3.687 testes realizados, sendo que quase 40% dos pacientes testaram positivo para a presença do novo coronavírus.

A tendência de alta ainda se mantém nesta semana. Na segunda-feira, por exemplo, foram feitos 515 testes, com taxa de positividade em 44,08% Ontem, foram 361 testes, com positividade em 44,32%. Para se ter uma noção do que isso representa, no dia 30 de abril haviam sido realizados 160 testes. Ou seja, a comparação entre o dia derradeiro de abril e a última segunda-feira mostra que a procura por testes cresceu mais de 221%.

No Laboratório de Análises Clínicas (Lanac) o cenário é parecido. Em março o estabelecimento vinha realizando de 40 a 50 testes de Covid por dia, com positividade de 5%. Até então a demanda vinha, principalmente, de pessoas que estavam com viagem marcada e precisavam, obrigatoriamente, fazer o exame. No mês passado, essa média já subiu para 100 testes por dia e a positividade passou para 18%. Por fim, em maio, foram realizados em média 150 testes diariamente nos 10 primeiros dias do mês, com positividade de 15%.

Segundo Mauro Scharf, diretor médico da Unimed Laboratório, o cenário atual é reflexo do relaxamento dos cuiddos para evitar a transmissão, com suspensão do uso das máscaras e retomada de eventos de massa como o carnaval, shows de música e outros. “Acompanhamos com preocupação esse momento, especialmente pelas baixas temperaturas e a presença concomitante de outras viroses respiratórias, além da COVID-19”, explica.

Região Sul lidera alta na positividade, mostra rede de saúde

Um levantamento feito pela Dasa, rede de saúde integrada do Brasil do qual o laboratório curitibano Frischmann Ainsengart faz parte, identificou um aumento nos índices de positividade para Covid-19 nas mais de 900 unidades da rede. E os resultados revelam ainda que a região Sul do país apresentou a maior alta nas semanas analisadas.

A média semanal de resultados positivos em todas as unidades do país passou de 19,93% entre os dias 02 e 08 de maio para 23,93% no período de 9 a 15 de maio, um aumento de 4 pontos percentuais. Se comparada com a média da semana de 25 de abril a 1º de maio, quando a média foi de 14,56%, o aumento é de 9 pontos percentuais. A região Sul, por sua vez, apresentou a maior alta, com 37%, nas semanas analisadas.

Por fim, a média de volume de testes realizados em todas as unidades do Brasil apresentou aumento de 25%, comparando as semanas de 02 a 08 de maio a de 9 a 15 do mesmo mês.

E as restrições? O que aconteceu?

A alta recente nos casos de Covid-19 em Curitiba tem feito as pessoas mais atentas se questionarem sobre o motivo de não serem adotadas, novamente, medidas mais restritivas para garantir um maior distanciamento social e/ou uma redução na circulação de pessoas, fazendo achatar a curva de contágio no município. E na última semana o Bem Paraná converseu com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alcides Oliveira, para esclarecer justamente questões como essa.

Segundo Oliveira, o principal fator que tem permitido a Curitiba esboçar um retorno à normalidade, mesmo em meio à alta nas contaminações, é que a taxa de internações permanece em nível baixo na cidade. Ou seja, mesmo com um número considerável de pessoas contaminadas, poucas estão tendo complicações e precisando ficar internadas em enfermarias ou Unidades de Terapia Intenstiva (UTIs).

“No início tínhamos mais internações do que atualmente, mas a transmissão da doença continua ocorrendo e ainda temos um fator sazonal, que é o final de outono e início de inverno”, comenta o especialista, destacando o poder de proteção das vacinas, que mais uma vez se comprova.

UFPR: Pesquisa compara métodos de testagem da Covid-19

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Paraná (UFPR) comparou três métodos de coleta para detecção do vírus Sars-CoV-2: swab nasofaríngeo, saliva e bochecho. Os resultados indicam que os dois primeiros possuem precisão semelhante, o que credenciou a utilização de saliva como o método aplicado nas testagens na UFPR desde 2020.

Até o momento, cerca de 40 mil amostras já foram analisadas pelos laboratórios do Departamento de Genética da UFPR, em uma ação coordenada pelo Setor de Ciências Biológicas, em parceria com o Centro de Atenção à Saúde (Casa 3) e do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Saúde (Nepes).

Paraná tem mais nove óbitos por dengue e Saúde alerta para cuidados e combate à doença

Eliminar o mosquito da dengue é fundamental, assim como informações sobre a doença – como ela é adquirida e a forma de transmissão – para conter novos casos. Mesmo com ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em inúmeras frentes, a participação da população é essencial para a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, já que a maioria está localizada em terrenos e residências.

De acordo com o boletim semanal divulgado nesta terça-feira (17) pela Sesa, são mais nove óbitos no Estado e 12.440 novos casos, um aumento de 28,43% em relação aos números do informe anterior. O Paraná contabiliza 21 mortes e 150.752 casos notificados, com 56.191 confirmações, desde o início do atual período sazonal da doença, em agosto de 2021.

Dos 380 municípios que registraram notificações de dengue, 328 confirmaram a doença, sendo que em 286 deles há casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes.

Com o objetivo de orientar e engajar a população nesse combate, a Sesa esclarece as principais dúvidas sobre a doença:

Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?

Ele apresenta corpo escuro, com listras brancas no tronco, cabeça e pernas, e tem o hábito de picar, principalmente durante o dia.

Como a população pode ajudar?

Evitando a presença de criadouros, tanto em casa como no local de trabalho e estudo, dando destinação adequada ao lixo, inservíveis e recicláveis. Eliminar qualquer recipiente que possa acumular água, por menor que seja, é a chave para evitar a proliferação do mosquito.

Quais os criadouros mais comuns do mosquito da dengue?

Pneus, calhas, vasos, pratos de vasos, garrafas, caixas d’água sem tampa ou com a tampa quebrada, latas, lonas ou plásticos, ralos, bromélias, piscinas sem tratamento, banheiros em desuso, cisternas sem vedação adequada e recipientes que possam acumular água.

Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra?

Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento ou uso de objetos pessoais do doente de dengue. A transmissão ocorre apenas através da picada do mosquito infectado.

Quais são os principais sintomas da dengue?

Febre alta (acima de 38,5ºC), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Outros sintomas mais graves como dor abdominal intensa, vômito persistente, tontura (hipotensão), diminuição do volume urinário e muito cansaço também podem ocorrer.

Em quanto tempo os sintomas aparecem?

De 3 a 15 dias após a picada do mosquito infectado.

Como distinguir a dengue de outras doenças febris como a gripe?

As duas condições são parecidas porque ambas têm entre os possíveis sintomas febre, dores de cabeça e no resto do corpo, cansaço e mal-estar. Entretanto, a dengue não apresenta sintomas respiratórios como coriza (nariz escorrendo), obstrução nasal (nariz entupido) ou tosse. O paciente deve evitar a banalização de casos febris e logo que iniciem os sintomas, procurar o serviço médico.

A partir de que momento deve-se procurar um médico?

É necessário buscar atendimento médico sempre que houver qualquer manifestação de algum tipo de sinal ou sintomas.

Por que alguns medicamentos são contra indicados em caso de dengue?

Medicamentos derivados de ácido acetilsalicílico (AAS) são totalmente contraindicados em todos os casos de dengue ou suspeita porque interferem na função plaquetária e, assim, aumentam o risco de sangramentos e hemorragias. Os anti-inflamatórios podem produzir sangramento digestivo em pacientes predispostos. Pessoas que fazem uso crônico de medicamentos devem informar esta situação na consulta médica para readequação conforme o caso (AAS infantil, anticoagulantes, entre outros). É essencial evitar a automedicação.

Por que algumas pessoas desenvolvem a forma grave da dengue e outras não?

A dengue não é uma doença banal e incapacita o paciente por vários dias. A maioria dos casos evolui para a cura, mas em algumas pessoas pode evoluir para as formas graves. Isso pode ocorrer pela predisposição individual, principalmente nos portadores de outras comorbidades, crianças, idosos e gestantes. E, ainda, se a pessoa contrair ou infectar-se por outro sorotipo.

Podem ocorrer casos de dengue nos meses de inverno?

Sim, desde que sejam mantidas as condições que propiciam a proliferação do vetor. Mesmo com baixas temperaturas, os ovos do mosquito se mantêm viáveis nos criadouros por aproximadamente um ano, vindo a eclodir assim que as condições ambientais estejam favoráveis. Por isso, é importante fazer um trabalho de remoção de todo e qualquer recipiente que possa acumular água, mesmo durante o inverno.

Colocar água sanitária na água ajuda a evitar as larvas?

Não. A única maneira de evitar a proliferação do mosquito é a eliminação e remoção de depósitos de água.

Como é feito o diagnóstico de dengue?

O diagnóstico é através da avaliação médica, baseada em exame clínico do paciente e vínculo epidemiológico. Poderão ser feitos exames complementares, como hemograma, para identificar a gravidade da doença e realizar o estadiamento da dengue. Os testes são indicados para monitorar a situação epidemiológica no Paraná e realizados em pacientes classificados com sinais de alarme e dengue grave. Enviados pelo Ministério da Saúde, também estão disponíveis para gestantes e para os óbitos suspeitos por dengue – nestes casos, 100% dos exames são garantidos para critério de Vigilância da doença no Estado.

Em que casos é feito o chamado “fumacê”?

A utilização do fumacê ocorre como último recurso para o combate ao vetor e possui caráter complementar às demais ações de controle, em virtude do alcance limitado e do grande impacto ambiental. Deve ser utilizado apenas em operações emergenciais na tentativa de contenção de surtos ou epidemias.

Matéria da Agência Estadual de Notícias.

Butantan identifica nova variante recombinante do Coronavírus em São Paulo

Mais um caso de variante recombinante do vírus SARS-Cov-2, que causa a covid-19, foi identificada em São Paulo pelo Instituto Butantan. Dessa vez, a variante XG foi encontrada em amostras coletadas de uma mulher de 59 anos, moradora do bairro da Penha, na capital paulista. Não há informações sobre os sintomas, nem se a paciente estava vacinada ou se ela tem histórico de viagem.

A XG é uma variante recombinante das linhagens BA.1 e BA.2 da cepa Ômicron. Ela tem a mesma combinação da variante XE, mas as mutações são diferentes. A maior parte dos casos de infecção pela XG foi registrada na Dinamarca e, por enquanto, não há motivos de preocupação sobre a sua disseminação.

“Todas as variantes recombinantes ainda necessitam de mais atenção nesta questão de disseminação. Há no mundo apenas 205 sequências da XG e isso é pouco em relação à população mundial e ao número de variantes que estão circulando”, disse Gabriela Ribeiro, que trabalha com bioinformática na Rede de Alerta de Variantes do Instituto Butantan, em nota divulgada pelo instituto.

Este foi o terceiro caso de uma variante recombinante identificada em São Paulo. O primeiro caso foi identificado em março, em um homem de 39 anos, também de São Paulo e que estava com o esquema vacinal completo contra a covid-19. As amostras identificaram que ele tinha a variante XE. Como ele não tinha histórico de viagem ao exterior e nem contato com pessoas que estiveram em outros países, isso indicou que a variante já circula de forma comunitária na cidade de São Paulo. Ele apresentou sintomas leves da doença.

Em abril foi registrado mais um caso, dessa vez da variante recombinante XQ, que surgiu a partir de uma mistura da sublinhagem BA.1.1 e linhagem BA.2. Ela foi identificada em um casal de São Paulo que ainda não tinha tomado a terceira dose da vacina. O casal relatou sintomas comuns da covid-19 como febre, dores de cabeça, no corpo e na garganta. Eles também não tinham histórico de viagem.

Recombinantes

O vírus original da covid-19 é o SARS-CoV-2, que foi identificado inicialmente na China. Dele surgiram diversas linhagens, sublinhagens e variantes recombinantes. Isso ocorre porque os vírus são partículas constituídas de material genético, que pode ser DNA ou RNA, envolvidas em uma cápsula de proteína. Quanto mais o vírus se espalha, mais ele tende a sofrer mutações, ou seja mudar sua estrutura inicial. Essa mutação é chamada de variante.

Quando a variante começa a se propagar, infectando pessoas em diferentes regiões ou países, ela se torna uma linhagem. Esse é o caso das variantes Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), Gama (P.1), Delta (B.1.617.2) e Ômicron (B.1.1.529). Mas quando a mutação não altera muito o material genético, surgem as sublinhagens, ou seja, variantes muito semelhantes às quais pertencem. Segundo o Instituto Butantan, uma forma fácil de detectar sublinhagens é perceber que a nomenclatura sofreu ramificações, como as da ômicron, das quais surgiram as sublinhagens BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3.

Já uma variante recombinante é uma cepa que surge quando há uma mistura ou recombinação de material genético de duas ou mais linhagens ou sublinhagens do vírus. Para que isso ocorra, é preciso que uma pessoa contraia pelo menos duas linhagens do vírus ao mesmo tempo.

Até o momento, múltiplas variantes recombinantes foram detectadas em circulação no mundo, podendo ser reconhecidas pela letra X em seu nome. As linhagens recombinantes mais recentes vão de XD, mais popularmente conhecida como deltacron, seguindo em ordem alfabética até XW.

Matéria da Agência Brasil.

Estudo da Fiocruz contabilizou 23 sintomas característicos da “covid longa”

Matéria do Estadão Conteúdo publicada no Portal Bem Paraná.

Metade das pessoas diagnosticadas com covid-19 apresenta sequelas que podem perdurar por mais de um ano, constatou um estudo da Fiocruz Minas, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo.

Dos 646 pacientes que tiveram o novo coronavírus e foram acompanhados durante 14 meses pelos pesquisadores , 324 (50,2%) tiveram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como covid longa.

A pesquisa contabilizou 23 sintomas após o término da infecção aguda. Fadiga, que se caracteriza por cansaço extremo e dificuldade em realizar atividades rotineiras, é a principal queixa, relatada por 35,6% dos pacientes.

Também entre as sequelas mais mencionadas estão tosse persistente ( 34%), dificuldade para respirar ( 26,5%), perda do olfato ou paladar ( 20,1%) e dores de cabeça frequentes (17,3%).

A Fiocruz destaca também sequelas mentais, como insônia (8%), ansiedade (7,1%) e tontura (5,6%). Sequelas mais graves foram diagnosticadas em uma minoria, como a trombose, que afetou 6,2% da população monitorada.

Os 23 sintomas reconhecidos pelo estudo são:

  • dor de garganta
  • perda de apetite
  • taquicardia
  • nariz escorrendo
  • presença de muco na garganta ou nariz
  • manchas vermelhas na pele
  • baixa mobilidade
  • vertigem, tontura
  • dor no peito
  • trombose
  • dores nas articulações
  • diarreia
  • ansiedade
  • mudança na pressão sanguínea
  • insônia
  • olhos vermelhos
  • dor no corpo
  • mialgia
  • dor de cabeça
  • perda de olfato ou paladar
  • dispneia
  • tosse
  • fadiga

 

As sequelas relatadas tiveram início após a infecção aguda e muitas delas persistiram durante os 14 meses, com algumas exceções, como trombose que, por ter sido devidamente tratada, teve recuperação mais rápida.

Além disso, o estudo constatou que sete comorbidades – hipertensão arterial crônica, diabete, cardiopatias, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e tabagismo ou alcoolismo – tornaram a infecção aguda mais grave e aumentaram a chance de ocorrência de sequelas.

Mas não foi apenas na forma grave da doença que as sequelas se manifestaram. Entre os pacientes com a forma leve, 59,3% tiveram sintomas persistentes após o término da infecção, e entre aqueles com a forma moderada, 75,4% apresentaram sequelas. Já entre os pacientes com a forma grave, os sintomas foram relatados por 33,1%.

Todos os participantes da pesquisa foram testados por RT-qPCR e tiveram diagnóstico positivo para a covid-19. O grupo de cientisas acompanhou pacientes que procuraram atendimento entre abril de 2020 e março de 2021.

Isso significa que esses voluntários foram infectados antes da vacinação em massa contra o novo coronavírus no Brasil, que começou apenas em 17 de janeiro de 2021. Estudos têm mostrado que as vacinas em uso também conseguem reduzir os efeitos da covid longa nos pacientes.

Conforme mostrou o Estadão em janeiro, centros médicos privados e hospitais públicos têm se mobilizado para montar redes de recuperação e tratamento para esses pacientes. Pelas estimativas da OMS, pelo menos um em cada cinco doentes terá sequelas da covid longa.

Simepar fecha acordo com FEAS Curitiba para pagamento das diferenças do reajuste de 2021

Médicos e médicas da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) de Curitiba receberão as diferenças salariais decorrentes da aplicação do reajuste de 7% sobre os salários de maio de 2021 a abril de 2022.

A Fundação fará o pagamento até 20 de maio de 2022. Essa conquista decorre de acordo em ação judicial movida pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR). A partir de maio de 2022 o salário dos médicos também será reajustado em 7%.

Já o reajuste da data base de maio de 2022 segue em negociação. A FEAS se comprometeu ainda a não prosseguir com a terceirização de médicos e médicas.

 

Covid-19 volta a crescer em Curitiba e Secretaria de Saúde reforça a necessidade de vacinação

Matéria do Portal da Rádio CBN Curitiba.

Em duas semanas, o número de casos ativos da Covid-19 em Curitiba aumentou quase 300%, segundo dados do Painel Covid, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Nesta segunda-feira (9) eram 3.559 pessoas infectadas e com potencial de transmissão do vírus. O número é o maior em quase dois meses, ficando atrás apenas do dia 11 de março, quando eram 3.570 casos ativos na cidade.

A taxa de reprodução da doença (Rt), segundo o painel, é de 1.68, ou seja, a cada 10 pessoas outras 16 podem ser infectadas, o que significa a aceleração da pandemia na cidade.

A secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella Nadas, afirma que muitas pessoas com sintomas não realizam o teste e também não respeitam o período de isolamento.

Beatriz Battistella Nadas ressalta, no entanto, que as infecções não refletem nos internamentos em leitos de enfermaria e em UTIs, por isso, não há previsão para que sejam adotadas medidas mais restritivas.

A secretária alerta para a necessidade de vacinação, a única maneira de combater o vírus efetivamente.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, a cobertura vacinal contra a Covid-19 passa de 80% da população com a primeira e segunda dose, mas cai bastante na terceira dose que é de cerca de 50%.

Nesta semana, mais de 13 mil pessoas são esperadas nos postos de vacinação da cidade para receberem as doses contra a Covid-19.

O chamamento contempla a segunda dose de crianças de 5 a 11 anos e doses de reforço para pessoas imunossuprimidas com 12 anos ou mais e para pessoas com 18 anos ou mais.

O cronograma também oferece repescagens de primeira dose, segunda dose e doses adicionais de reforço para pessoas anteriormente convocadas e que não compareceram.

A vacinação acontece das 8h às 17h e os locais podem ser consultados no site Imuniza Já Curitiba.

Para ouvir a entrevista acesse o Portal da Rádio CBN Curitiba.

Curitiba convoca doentes crônicos para vacinação gratuita contra a gripe

A Campanha de Vacinação contra a Gripe está sendo ampliada com a convocação de um novo público: os doentes crônicos. Fazem parte deste grupo prioritário, segundo definição do Ministério da Saúde, aqueles com doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas, além de pessoas com diabetes, obesas, imunossuprimidas, transplantadas ou que têm alguma trissomia.

O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, Alcides Oliveira, orienta sobre a importância da vacina contra a gripe para esses públicos, considerados vulneráveis.

“A campanha acontece anualmente devido as variantes do vírus da gripe, já vimos esse ano um surto de um uma nova cepa, a H3N2 Darwin. A nova vacina vem com essa proteção, por isso os grupos prioritários, que são os mais vulneráveis para complicações causadas pela gripe, devem se vacinar”, disse.

Onde ir e o que levar

As vacinas estarão disponíveis de segunda a sexta-feira, em 98 unidades de saúde, das 8h às 17h. A lista dos pontos pode ser verificada no site Imuniza Já, a partir de segunda-feira (9/5).

Para a vacinação, basta ir a um dos locais de atendimento e levar um documento com foto e CPF, além de comprovante de residência de Curitiba, caso ainda não seja cadastrado na unidade de saúde.

Pacientes da rede particular devem levar um comprovante que demonstre fazer parte do grupo de doentes crônicos. Pacientes com doenças crônicas que já são acompanhados pelo SUS Curitibano não precisam desta documentação extra.

No caso da vacinação infantil, é preciso apresentar também documento com foto e CPF do pai ou responsável, além do documento de identificação da criança.

A SMS lembra que em Curitiba continua obrigatório o uso máscaras em serviços de saúde. Portanto, para a vacinação, é obrigatório usá-la.

Outros públicos

Além das pessoas com doenças crônicas, as unidades vacinam também outros públicos já convocados: gestantes, puérperas (mães que tiveram filhos há até 45 dias), crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) e idosos com 60 anos completos ou mais.

Esses públicos fazem parte dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, que considera maior a vulnerabilidade dessas pessoas para complicações causadas pela gripe.

Crianças e idosos

No caso dos idosos, além da vacina da gripe, é oferecida também a quarta dose (segundo reforço) da vacina contra a covid. E no caso das crianças é oferecida a vacinação simultânea da Vacina Tríplice Viral (VTV), que protege contra caxumba, rubéola e sarampo.

A VTV será aplicada mesmo nas crianças que estiverem com a situação vacinal em dia, por orientação do Ministério da Saúde, depois de se verificar que o sarampo voltou a ter aumento de casos no país. Em Curitiba, não há registro da doença esse ano, mas com a circulação das pessoas para outras cidades, a doença pode chegar e se espalhar se não houver um grande movimento de vacinação.

No caso das crianças que já receberam ao menos uma dose da vacina influenza em anos anteriores, o esquema vacinal será com apenas uma dose contra a gripe. Já para as crianças que serão vacinadas pela primeira vez, a orientação é que a segunda dose seja aplicada 30 dias após a primeira.

Oliveira orienta sobre a importância de que pais ou responsáveis mantenham a situação vacinal das crianças em dia. “Estamos vendo, nos últimos dias, aumento de busca por atendimento a crianças com sintomas respiratórios, viroses e outras infecções bacterianas. Algumas dessas doenças podem ser prevenidas pelas vacinas, por isso é muito importante aderir à campanha”, disse.

População indígena e população em situação de rua

A SMS também está vacinando contra a gripe a população indígena e a população em situação de rua. No caso da população indígena, a vacinação acontece diretamente na aldeia. E no caso da população de rua, a vacinação é realizada de maneira volante pelas equipes de Consultório na Rua.

Trabalhadores da Saúde

Os trabalhadores da saúde estão sendo vacinados desde o início da campanha nos próprios locais de trabalho, no caso dos hospitais e das unidades de saúde do município.

Para os trabalhadores de saúde autônomos, a vacinação está disponível, até 3 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Rua Professor João Argemiro Loyola, 74, Seminário).

Pela campanha nacional de vacinação contra influenza, enquadram-se neste grupo os trabalhadores de espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde: médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares.

Também podem ser vacinados, aqueles profissionais que atuam em casas, como os cuidadores de idosos e doulas (parteiras). Os trabalhadores de apoio (recepcionistas, administrativos, seguranças, limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias) dos serviços de saúde também podem receber o imunizante, desde que comprovem vínculo profissional com um estabelecimento da área de saúde.

Para se vacinar, precisa apresentar documento de identificação que comprove a vinculação com o serviço de saúde na capital ou carteira do conselho profissional e comprovante de residência em Curitiba.

A Campanha de 2022

A SMS iniciou a campanha contra a gripe deste ano em 30 de março e já imunizou mais de 163 mil pessoas na cidade. A convocação dos demais grupos prioritários depende da chegada de nova remessa de vacinas.

Faltam ser convocados: professores; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte; forças de segurança; forças armadas.

Grupos já convocados
– Idosos
– Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
– Gestantes e puérperas
– Doentes crônicos (inclui aqueles com doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas; além de pessoas com diabetes, obesas, imunossuprimidas, transplantadas ou que têm alguma trissomia).
– Trabalhadores da Saúde (vacinação no Coren)
– População Indígena (vacinação na Aldeia)
– População em Situação de Rua (vacinação volante)

As informações são da Prefeitura de Curitiba.

Estudo da USP identifica substância que pode conter avanço de Parkinson

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram substância capaz de barrar o avanço da doença de Parkinson. A AG-490, constituída à base da molécula tirfostina, foi testada em camundongos e impediu 60% da morte celular. Ela inibiu um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro, um dos mecanismos pelos quais a doença causa a morte de neurônios. Não há cura para o Parkinson, apenas controle dos sintomas.

“Estamos sugerindo que é esse composto que pode um dia, depois de muita pesquisa, que inclusive estamos continuando, ser usado na medicina humana”, explica o professor Luiz Roberto Britto, que coordena o projeto em conjunto com pesquisadores do Instituto de Química da USP e da Universidade de Toronto, no Canadá. Os resultados foram publicados na revista Molecular Neurobiology.

A doença de Parkinson é caracterizada pela morte precoce ou degeneração das células da região responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor. A ausência ou diminuição da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A doença pode provocar também alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas.

“A doença é progressiva, os neurônios continuam morrendo, esse é o grande problema. Morrem no começo 10%, depois 20%, mais um pouco, aliás o diagnóstico só é feito praticamente quando morrem mais de 60% naquela região específica do cérebro”, explica Britto. A identificação dessa substância pode estabilizar a doença em certo nível. “Não seria ainda a cura, mas seria, pelo menos, impedir que ela avance ao longo dos anos e fique cada vez mais complicado. O indivíduo acaba morrendo depois por complicações desses quadros.”

Substância

Britto explica que a AG-490 é uma substância sintética já conhecida da bioquímica. A inspiração para o trabalho veio de um modelo aplicado no Canadá, que mostrou que a substância teve efeito protetor em AVC, também em estudos com animais. Ele acrescenta que não são conhecidos ao certo os mecanismos que causam a doença, mas há alguns que favorecem a morte de neurônios. “Acúmulo de radicais livres, inflamação no sistema nervoso, erros em algumas proteínas e excesso de entrada de cálcio nas células”, cita.

O estudo, portanto, começou a investigar esse canal de entrada de cálcio que se chama TRPM2. Pode-se concluir, com a pesquisa, que quando o canal é bloqueado, a degeneração de neurônios, especificamente nas regiões onde eles são mortos pela doença, diminuiu bastante. “A ideia é que, talvez, se bloquearmos esses canais com a substância, ou outras que apareçam, poderemos conseguir, pelo menos, evitar a progressão da doença depois que ela se instala”, diz o pesquisador.

As análises seguem e agora um dos primeiros passos é saber como a substância se comporta com uma aplicação posterior à toxina que induz à doença. Britto explica que no modelo utilizado, a toxina e o composto foram aplicados quase simultaneamente. Os pesquisadores querem saber ainda se o composto administrado dias depois da toxina levará à proteção dos neurônios.

“Outra coisa que a gente precisa fazer, e já conseguiu os animais para isso, é usar um modelo de camundongo geneticamente modificado, que não tem esse canal TRTM2. Esperamos que os animais que não têm, geneticamente, esses canais para cálcio, sejam teoricamente mais resistentes a esse modelo de doença de Parkinson”, acrescenta.

Também será necessário avaliar possíveis efeitos colaterais. “Esses canais de cálcio estão em muitos lugares do sistema nervoso e fora do sistema nervoso também. Bloqueando os canais, pode ser que se tenha alguma repercussão em outros lugares. Precisamos avaliar isso”. As análises seguem com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Matéria da Agência Brasil.

FEAS Curitiba abre Processo Seletivo Simplificado com vagas para médicos/as

A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), da Prefeitura de Curitiba, está com inscrições abertas para Processo Seletivo Simplificado (PSS) 02/2022.

Há vagas para médico clínico geral, médico neurologista, médico gastroenterologista, médico pneumologista, médico pediatra e médico cirurgião vascular (com ecografia vascular com doppler).

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site da Feas até às 17h do dia 12 de maio.

A contratação será temporária, por 6 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Os aprovados vão trabalhar nas unidades em que a Feas atua. O edital está disponível neste link.

A primeira fase do PSS consiste em análise de currículo e prova de títulos. A segunda etapa prevê exame médico admissional, em caráter eliminatório, para avaliar as condições de saúde dos candidatos em relação às atividades de cada cargo.

Inscrições de 6/5 a 12/5 (até às 17h). As inscrições são gratuitas.

Acesse a página do PSS, clique aqui.

As informações são da FEAS.

Simepar e FASP Paranaguá firmam acordo com reajuste de 10,96% no salário de médicos/as

A Prefeitura de Paranaguá publicou nesta sexta-feira (6) uma resolução fixando o reajuste anual dos funcionários da Fundação de Atenção à Saúde de Paranaguá (FASP) em 10,96%. O índice é resultado de acordo negociado pelo Simepar junto à administração municipal e ao Conselho Curador da Fundação.

Diante disso a remuneração mensal dos profissionais médicos será fixada em R$ 15.516,97, a contar do próximo pagamento, tendo como data base o dia 1º de maio de 2022. A remuneração é para carga horária de 24 horas semanais, ou 120 horas mensais.

É uma das melhores remunerações de médicos e médicas que atuam no Sistema Único de Saúde no Paraná, e serve de baliza e exemplo para outros municípios. Mais uma vitória do Simepar juntamente com sua Assessoria Jurídica.

Leia aqui a íntegra da resolução da Prefeitura de Paranaguá.