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Simepar e FMB manifestam preocupação com a suspensão das ações sobre “pejotização” pelo STF

A Federação Médica Brasileira (FMB) e os Sindicatos Médicos a ela filiados, entre eles o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), manifestaram preocupação e contrariedade com a decisão do Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal que suspendeu todas as ações trabalhistas que discutem contratos de prestação de serviços, em especial os casos de pejotização e terceirizações na área da saúde.

Segundo o Dr. Luiz Gustavo de Andrade, Assessor Jurídico do Simepar, “a decisão é preocupante, na medida em que, primeiro, não se pode confundir terceirização, que consiste na contratação de empregados por meio de interposta empresa, mas em que há celetistas contratados da empresa interposta, com “pejotização”. Esta última se constitui no extremo da precarização da relação laboral; pois contrata-se uma pessoa jurídica para prestação de serviço e as pessoas físicas que executam tais serviços inserem-se como sócios apenas “no papel”, totalmente subordinados na prática ao tomador dos serviços, em muitos casos.”

“Não se pode permitir que vínculos formalizados documentalmente se sobreponham à realidade fático-jurídico em que tais vínculos se concretizam e acontecem. E pior! Não se pode negar a uma esfera do poder Judiciário, constitucionalmente constituída (a Justiça do Trabalho) que atue reconhecendo fraudes e vícios; sob pena de se negar a própria proteção jurisdicional e a garantia de acesso à Justiça. Parece que é isso o que está por ocorrer, já que se impede que a Justiça do Trabalho analise a validade de contratos de ‘pejotizados’.”

“Por fim, é necessário cuidado extremo com terceirizações envolvendo a Administração Pública, em especial com serviços essenciais como saúde e educação, pois a Constituição possui regra própria de contratação de mão de obra, qual seja, a regra do concurso público, e muitos gestores parecem se aproveitar do debate ora travado para terceirizar serviços em unidades de saúde, escolas e na segurança pública, com o que não se pode concordar.” Afirmou o Dr. Luiz Gustavo de Andrade.

A Federação Médica Brasileira (FMB) publicou uma nota oficial sobre o tema nesta quarta-feira (23). Leia a seguir:

Suspensão de processos sobre pejotização favorece atravessadores e compromete a assistência à saúde

A Federação Médica Brasileira (FMB) e seus sindicatos de base manifestam profunda preocupação com a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu todos os processos trabalhistas em trâmite no país que discutem a licitude de contratos de prestação de serviços — especialmente nos casos de pejotização e terceirizações irregulares na área da saúde.

A medida, que paralisa ações desde o primeiro grau até a decisão definitiva do STF, prejudica milhares de profissionais que aguardam por justiça. Enquanto os processos estão congelados, o modelo de contratação precária se fortalece, aprofundando a insegurança jurídica e trabalhista no setor da saúde.

A pejotização e a terceirização indiscriminada dos serviços médicos têm aberto espaço para atravessadores, incluindo falsas Organizações Sociais (OSs), que impõem aos médicos a condição de “sócios” em empresas de fachada. Muitas dessas estruturas desaparecem sem honrar pagamentos ou compromissos com os serviços públicos contratantes, deixando médicos desamparados e gestores sem respaldo. Essa prática, já denunciada pelo Ministério Público do Trabalho e reconhecida como fraudulenta pela Justiça do Trabalho, burla direitos trabalhistas e compromete diretamente a qualidade da assistência.

A alta rotatividade de empresas e profissionais, o esgotamento dos trabalhadores e a quebra da continuidade no cuidado fragilizam a relação médico-paciente e desestruturam políticas públicas de saúde. O cenário exige uma resposta firme não apenas do Judiciário, mas também dos Tribunais de Contas, que precisam atuar diante das consequências financeiras e sociais dessa mercantilização disfarçada da saúde pública.

A FMB, junto aos sindicatos médicos, seguirá firme no enfrentamento desse modelo perverso de contratação. Atuará como amicus curiae no processo em curso no STF, reafirmando seu compromisso com o vínculo celetista, a valorização profissional e a defesa de uma assistência ética, contínua e de qualidade para a população brasileira.

Secretaria da Saúde alerta para o aumento da circulação de vírus respiratórios no Paraná

Os vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza A tiveram tiveram aumento na circulação no Paraná nas últimas três semanas. A positividade nos testes para detectar a presença do vírus subiu 133,55% para o VSR, passando de 6,43% em março para 15,02% em abril (até 22/04). Já o vírus da gripe aumentou 497,78% – no mês de março a positividade estava em 0,90% e nesta semana chegou a 5,38%. Os dados foram consolidados nesta quarta-feira (23) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

Para chegar a este resultado foram analisadas nesses dois meses 3.013 amostras (em março 1.881 e em abril 1.132), que servem de base de dados para os relatórios epidemiológicos e o sistema nacional GAL – Gerenciador de Ambiente Laboratorial. Além dos dois vírus mencionados, também foram realizadas a testagem na frequência para os vírus SARS-CoV-2, Influenza B, rinovírus, metapneumovírus e adenovírus, que apresentaram um cenário de pouco aumento ou até queda nos percentuais.

Diante do aumento considerável das amostras positivas para alguns vírus respiratórios, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destaca a importância da vacinação e alguns cuidados básicos, como a higienização das mãos e manutenção de ambientes arejados.

“A vacina é a principal proteção para evitar contrair a gripe e as complicações da doença, principalmente em crianças e idosos. Estamos sentindo a mudança de temperatura, com dias mais frios. A prevenção é essencial para que os serviços de saúde não sobrecarreguem”, explicou o secretário.

O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma das maiores causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, sobretudo bebês. É um dos principais vírus associados à bronquiolite, quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos — pequenas e finas ramificações dos brônquios, que transportam o oxigênio até o tecido pulmonar.

Já o Influenza A é um tipo do vírus da gripe e pode ser classificado em subtipos principais, como H1N1pdm09 e H3 Sazonal. Costumam circular de maneira sazonal, sendo mais comum nas estações de outono e inverno.

IMUNIZAÇÃO – Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), desde o início da campanha de vacinação contra a gripe no Estado, em 1º de abril, e até esta terça-feira (22) foram aplicadas 322.008 doses do imunizante.

A vacinação contra a Influenza deve ser feita em crianças a partir de seis meses até menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais e gestantes, trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança e de salvamento e integrantes das Forças Armadas.

Além desses, também poderão receber a vacina indivíduos com doenças crônicas não transmissíveis ou condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário coletivo urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema de privação de liberdade e a população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas entre 12 e 21 anos.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Boletim semanal da Dengue confirma 5.767 novos casos e mais dois óbitos no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (23) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 5.767 casos da doença e dois óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 147.531 notificações, 42.802 diagnósticos confirmados e 33 óbitos em decorrência da dengue no Estado.

Ao todo, 395 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 352 possuem casos confirmados. Os dois novos óbitos são de Apucarana (uma mulher de 65 anos sem comorbidades) e de Toledo (um homem de 75 anos com comorbidades). As mortes ocorreram em março e abril, respectivamente.

As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (9.974); 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (9.127); 15ª RS Maringá (5.188); 12ª RS de Umuarama (2.997) e 19ª RS Jacarezinho (2.773).

OUTRAS ARBOVIROSES – A publicação inclui ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 2.139 casos de Chikungunya, com um total de 5.229 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 43 notificações sem nenhum caso foi confirmado.

Confira o Informe Semanal completo AQUI.

Mais informações sobre os dados da dengue estão neste LINK.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Anvisa aprova medicamento para retardar avanço do Alzheimer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Kisunla (donanemabe), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo leve e demência leve associados à doença de Alzheimer. Segundo a entidade, trata-se de um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide.

“Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro. O donanemabe atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença”, explica a Anvisa.

Ainda de acordo com a agência, o donanemabe foi avaliado em estudo envolvendo 1.736 pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicial, que apresentavam comprometimento cognitivo leve, demência leve e evidências de patologia amiloide.

O estudo analisou alterações na cognição e na função cerebral dos pacientes. Eles receberam 700 miligramas (mg) de donanemabe a cada quatro semanas nas três primeiras doses e, em seguida, 1.400 mg a cada quatro semanas (para 860 pacientes) ou placebo (uma infusão simulada para 876 pacientes), por até 72 semanas.

“Na semana 76 do estudo, os pacientes tratados com donanemabe apresentaram progressão clínica menor e estatisticamente significativa na doença de Alzheimer em comparação aos pacientes tratados com placebo”, destacou a Anvisa.

Contraindicação

O uso de donanemabe é contraindicado em pacientes que estejam tomando anticoagulantes, incluindo varfarina, ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) em ressonância magnética antes de iniciar o tratamento. Os riscos nesses pacientes, segundo a agência, são considerados maiores que os benefícios.

Reações

As reações adversas mais comuns listadas pela Anvisa são relacionadas à infusão, que pode causar febre e sintomas semelhantes aos da gripe, além de dores de cabeça.

“Como acontece com qualquer medicamento, a Anvisa irá monitorar a segurança e a efetividade do donanemabe sob rigorosa análise. Serão implementadas atividades de minimização de risco para o donanemabe em conformidade com Plano de Minimização de Riscos aprovado.”

Alzheimer

O Ministério da Saúde define a doença de Alzheimer como um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

A doença se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em regiões do cérebro como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

“A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população”, detalha o ministério.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.

“Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.”

As informações são da Agência Brasil.

Paraná tem a menor taxa de recusa familiar para doação de órgãos do Brasil

A decisão de doar órgãos no Brasil, ainda que seja manifestada em vida pelo paciente, depende da autorização da família. Esse é um momento delicado, exigindo sensibilidade dos profissionais que realizam a entrevista familiar. No Paraná, essa abordagem tem se mostrado mais eficaz quando comparado aos outros estados brasileiros, o que garante ao Paraná a menor taxa de recusa familiar do País – apenas 28%, comparada à média nacional de 46%.

“Esse índice é um reflexo do processo bem estruturado, com políticas públicas eficientes, treinamento especializado, e, acima de tudo, o espírito solidário da população paranaense, que continua a transformar vidas por meio da doação de órgãos”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Os profissionais especializados do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR) atuam com abordagem cuidadosa e esclarecedora, ajudando as famílias na tomada de decisão. Como resultado desse esforço, o Paraná se mantém, pelo segundo ano consecutivo, como o Estado líder em doações de órgãos, atingindo 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024 – mais que o dobro da média nacional de 19,2 pmp.

Além disso, o Estado lidera a efetivação dos transplantes, com 36 pmp, contra 17,5 pmp da média brasileira. Em números absolutos, foram contabilizados 500 doadores efetivos, possibilitando 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas. Esses números reforçam o destaque do Paraná no cenário nacional de doação e transplantes, consolidando seu papel como referência na área.

O Estado também se destaca no ranking nacional de transplantes por milhão de população com 76,4 pmp ficando atrás apenas do Distrito Federal.

POR DENTRO DO PROCESSO – O processo de doação e transplante de órgãos inicia com o diagnóstico da morte encefálica do paciente, seguido pela entrevista com os familiares realizada pelos profissionais ligados ao SET/PR. Após o aceite dos familiares, a Central Estadual de Transplantes é notificada, os profissionais conferem a documentação e cadastram as informações em um sistema nacional (o mesmo sistema onde são inseridos os pacientes que aguardam por um transplante).

Esse sistema informatizado faz um cruzamento de dados para verificar se há compatibilidade entre os órgãos doados e os pacientes cadastrados na fila de espera por um transplante. Essa pesquisa é realizada primeiramente dentro do Estado, e quando não há nenhuma compatibilidade, é expandida para outras regiões. No ano passado, 150 órgãos de doadores do Paraná foram transplantados em receptores de outros estados.

Após a confirmação de compatibilidade, há uma conversa entre a Central, o hospital onde o doador está e o hospital onde o paciente que aguarda um transplante faz acompanhamento. Esse processo inclui a confirmação das compatibilidades (tipo sanguíneo, tamanho e tipo do órgão, entre outros) e o início do processo de retirada e envio dos órgãos até o futuro receptor.

Marcela Battilani, psicóloga da OPO de Maringá, atua há oito anos no processo de doação e transplante de órgãos no Paraná. Além de conduzir entrevistas familiares, ela também treina novas equipes para garantir que o protocolo seja altamente qualificado. “Nosso papel é acompanhar a construção, formação e qualificação dessas equipes por meio de treinamentos, para que tenhamos um protocolo altamente qualificado e profissionalizado com essas famílias”, diz.

O momento de comunicar a morte encefálica é delicado e exige sensibilidade, pois muitas dessas famílias foram surpreendidas por eventos inesperados e traumáticos. “A maioria dos pacientes que têm a suspeita de morte encefálica não evoluíram de um quadro de adoecimento, mas sim foram acometidos por eventos súbitos, como acidentes, AVC, disparos de arma de fogo, quedas ou afogamentos. Essas famílias estão extremamente fragilizadas e, por isso, têm medo e receios”, explica.

Além da dificuldade emocional, existe também o desafio de compreensão sobre o conceito de morte encefálica, que foge da representação social mais comum. “Normalmente, a ideia de morte está ligada ao coração parar de bater e à ausência de respiração, mas, nesses casos, embora o cérebro não tenha mais atividade, o corpo do paciente ainda apresenta batimentos cardíacos e movimento respiratório devido ao uso de medicamentos e ventilação mecânica. As famílias precisam assimilar tudo isso e confiar no trabalho das equipes”, afirma.

Por isso, o trabalho dos profissionais é essencial para conduzir os familiares nesse processo com respeito e segurança. “Os profissionais precisam ser preparados para esclarecer dúvidas, promover o acesso à informação e garantir um atendimento digno e respeitoso, construindo uma relação de confiança com as famílias”, explica.

Apesar das dificuldades, o impacto positivo da doação de órgãos é evidente. Para Marcela, os momentos mais marcantes no processo são aqueles em que vê a transformação na vivência do luto das famílias.

“Eu realmente acredito que a doação pode ser boa para essas famílias e que pela doação elas podem ressignificar a partida do seu ente querido. Isso para a gente é muito evidente como essas famílias se despedem agradecidas pelo carinho e cuidado que elas tiveram no momento de profunda dor e o quanto isso é importante para que elas possam seguir num luto que traga um significado diferente neste momento de dor”, finaliza.

CAPACITAÇÕES – O SET/PR é composto por diversas unidades e equipes que atuam de forma coordenada para garantir a efetividade dos transplantes no Estado. São cerca de 700 profissionais envolvidos, incluindo os servidores da Central Estadual de Transplantes em Curitiba e das quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), as quais estão estrategicamente localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.

Além disso, integram o sistema 70 Hospitais Notificantes, 34 equipes transplantadoras de órgãos, 72 equipes transplantadoras de tecidos (córneas, valvas cardíacas, musculoesqueléticos, pele e medula óssea), cinco laboratórios de histocompatibilidade, três laboratórios de sorologia e três bancos de tecidos, sendo dois de tecidos oculares e um de multitecidos (córneas, valvas cardíacas, musculoesquelético e pele).

Para garantir a excelência no serviço, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por meio do SET/PR investe em capacitação e sensibilização. Durante todo o ano passado foram promovidos 28 cursos sobre determinação de morte encefálica para médicos, 19 cursos sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, oito cursos de acolhimento e entrevista familiar para doação, três cursos de formação de coordenadores hospitalares e dois cursos específicos sobre atuação no centro cirúrgico.

Também houve 75 palestras e ações de sensibilização que reforçaram a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, capacitando mais de 1.100 profissionais de saúde.

Este ano já foram três cursos sobre determinação de morte encefálica para médicos, oito cursos sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, cinco cursos de acolhimento e entrevista familiar para doação, seis cursos específicos sobre atuação no centro cirúrgico, um curso de planejamento e resultados e uma oficina entre os servidores da Central Estadual de Transplantes e das Organizações de Procura de Órgãos, totalizando cerca de 565 profissionais capacitados.

“Investimos em capacitações para reforçar o comprometimento e qualificação dos profissionais que realizam o acolhimento e a entrevista familiar para doação de órgãos. Buscamos oferecer um atendimento humanizado, acolhedor e esclarecedor para as famílias que passam por esse momento da perda de um ente querido, e decidem pela doação num gesto de solidariedade e amor que vai salvar a vida daqueles que aguardam por um transplante”, diz a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Apesar de evitáveis, as mortes maternas por hipertensão persistem no país

As mortes maternas por hipertensão persistem no Brasil, apesar de serem totalmente preveníveis. É o que mostra estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que analisou dados de 2012 a 2023 e reforçou que o problema tem grande relação com a desigualdade.

No período investigado, a taxa média de óbitos entre mulheres indígenas superou em mais de duas vezes a de mulheres brancas. Já a das mulheres pretas foi quase três vezes maior que a das brancas.

“Não há predisposição biológica para uma maior mortalidade por distúrbios hipertensivos da gestação nesses grupos. Essas mulheres têm maior probabilidade de viver em situação de pobreza, ter menos acesso à educação e enfrentar barreiras no acesso a cuidados de saúde de qualidade”.

O estudo acrescenta que “o viés racial sistêmico no sistema de saúde pode levar a um tratamento preconceituoso e a cuidados desiguais. Além disso, mulheres negras, pardas e indígenas podem vivenciar interações negativas com profissionais de saúde, o que contribui para a desconfiança nos serviços de saúde e resulta em piores desfechos maternos e perinatais” .

Durante o período de 11 anos, quase 21 mil mulheres morreram durante a gravidez, parto ou puerpério. Em cerca de 18% dos casos ─ 3.721 mortes ─ as causas foram complicações da hipertensão.

Isso significa que a taxa de mortes maternas geral do Brasil foi de 61,8 a cada 100 mil nascimentos, abaixo do limite de 70 preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas bastante acima dos índices de países desenvolvidos, que costumam variar de 2 a 5 mortes para cada 100 mil nascimentos.

Efeito pandemia

Considerando apenas as mortes comprovadamente decorrentes de hipertensão, a taxa média foi 11,01 a cada 100 mil nascimentos, e manteve um padrão de estabilidade ao longo dos anos, à exceção de 2023, quando baixou para 8.73. Apesar da redução, por enquanto, o dado é tratado com cautela e considerado um ponto estatisticamente fora da curva.

Além disso, em 2022, foi registrado o maior número de casos proporcionais: 11,94 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os pesquisadores acreditam que esse pico tenha sido uma consequência indireta da pandemia, que desorganizou os serviços de saúde em 2020 e 2021, impactando a assistência obstétrica neste período e nos meses seguintes.

De acordo com o professor do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas, José Paulo Guida, um dos autores do estudo, isso já demonstra a importância do pré-natal de qualidade:

“Uma mulher não morre de uma hora para outra. Houve diversos momentos em que ela poderia ter sido tratada para não morrer. Então, logo que a mulher descobre que está gestante, ela deve iniciar o pré-natal. Talvez isso não seja a realidade para mulheres que moram em regiões mais distantes dos centros urbanos, o que já é uma barreira de acesso. Aqui no Brasil, a média de início do pré-natal é na 16ª semana, ou seja, por volta do quarto mês”, ele complementa.

Prevenção

Esse é um marco crucial no manejo da hipertensão já que dois medicamentos bastante acessíveis e baratos podem reduzir em 40% a possibilidade de complicações, desde que comecem a ser administrados antes que a gestação complete 16 semanas: o carbonato de cálcio e o ácido acetilsalicílico (AAS). Em fevereiro, o Ministério da Saúde determinou a prescrição do cálcio para todas as gestantes e o AAS deve ser utilizado como medida complementar por aquelas que tem maior risco.

Mas José Paulo Guida reforça que os medicamentos não podem faltar nas unidades de saúde, e os profissionais de todo o Brasil devem ser capacitados para identificar corretamente os fatores de risco e prescrever adequadamente as medicações.

“É fundamental que na primeira consulta, o profissional obtenha as informações sobre os antecedentes dela: como foi a gravidez anterior? Ela é muito nova? Já tem uma idade avançada? Tem obesidade ou alguma doença? Tudo isso são fatores de risco para ela desenvolver a hipertensão durante a gravidez”.

As gestantes também devem ser orientadas a buscar um serviço de emergência imediatamente caso apresentam sintomas como:

  • Dor de cabeça constante;
  • Inchaço significativo, principalmente no rosto e nos braços;
  • Dor de estômago e náuseas, com a gestação mais avançada;
  • Surgimento de pontinhos brilhantes na vista.

 

“Aí, entra uma outra intervenção, que é a principal para evitar a morte: o sulfato de magnésio. Ele reduz muito a chance de uma convulsão por causa pressão alta. E quando a mulher tem a convulsão, ela tem quase 50% risco de morrer”, alerta o professor da Unicamp.

O estudo também identificou que a proporção de mortes aumenta significativamente após os 40 anos, e a taxa média se aproximou de 31 mortes a cada cem mil nascimentos. De acordo com Guida, mulheres nessa faixa etária têm mais chance de engravidarem já com problemas de saúde, como a própria hipertensão, ou o diabetes, o que aumenta o risco de apresentar alguma gravidade.

Além disso, há a possibilidade de que as mortes por hipertensão sejam ainda mais numerosas, já que 2,4 mil mulheres morreram no período analisado por hemorragia e, conforme o professor da Unicamp explica, a hipertensão provoca a destruição das plaquetas, dificultando a coagulação sanguínea, o que também pode levar a esse desfecho.

As informações são da Agência Brasil.

Anvisa determina retenção de receita para venda de canetas emagrecedoras como Ozempic

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira (16) tornar obrigatória a retenção de receita médica na venda das chamadas canetas emagrecedoras como Ozempic, Saxenda e Wegovy. Os medicamentos são prescritos para pacientes com diabetes tipo 2 e também são usados por quem deseja perder peso.

A partir de agora, as farmácias deverão reter o receituário no ato da compra pelo consumidor. Antes da decisão, a venda era feita somente com a apresentação da receita.

A medida foi tomada pela Anvisa durante reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a agência entendeu que a retenção é necessária para aumentar o controle do uso desses medicamentos e proteger a saúde coletiva do “consumo irracional” dos emagrecedores.

Para serem aceitas nas drogarias, as receitas deverão ter validade de 90 dias e possuírem duas vias. Os estabelecimentos deverão registrar o receituário no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).

Eventos adversos

A decisão da Anvisa entrará em vigor 60 dias após a publicação da medida, que deve ocorrer nos próximos dias.

De acordo com a agência, a restrição foi aprovada após a constatação de um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso indiscriminado dos emagrecedores.

Os efeitos ocorrem principalmente em pessoas que decidiram usar as canetas apenas com finalidade estética, sem acompanhamento médico.

Uso indiscriminado

A retenção do receituário médico é defendida por entidades da área da saúde. No fim do ano passado, as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes divulgaram uma carta aberta defendendo a retenção de receita para a venda dos agonistas de GLP-1, nome técnico das canetas emagrecedoras.

Para as entidades, o uso indiscriminado gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso dos pacientes que realmente necessitam do tratamento.

De acordo com especialistas, o uso de emagrecedores sem acompanhamento médico e com a dosagem inadequada pode provocar náuseas, distensão abdominal, constipação ou diarreia.

O uso incorreto também pode agravar transtornos psicológicos e alimentares.

As informações são da Agência Brasil.

Boletim semanal aponta 6.400 novos casos de Dengue e mais quatro óbitos no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou nesta terça-feira (15) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 6.400 casos da doença e quatro óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 131.888 notificações, 37.035 diagnósticos confirmados e 31 óbitos em decorrência da dengue.

No total, 394 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 344 possuem casos confirmados.

Os novos óbitos registrados nesta publicação ocorreram em março, sendo três mulheres e um homem, com idades entre 73 e 90 anos. Os pacientes residiam nos municípios de São Jorge do Patrocínio, na 12ª Regional de Saúde de Umuarama; Iguaraçu e São Jorge do Ivaí, na 15ª RS de Maringá; e Andirá, na 18ª RS Cornélio Procópio.

As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (8.499); 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (8.361); 15ª RS Maringá (4.469); 12ª RS de Umuarama (2.599) e 19ª RS Jacarezinho (2.367).

OUTRAS ARBOVIROSES – O boletim inclui ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 1.772 casos de Chikungunya, num total de 4.519 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 41 notificações sem nenhum caso confirmado.

Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Hemorrede no Paraná faz apelo por doações de sangue para manter estoque no feriado

Com a aproximação do feriado da Páscoa, seguido do Dia de Tiradentes, as unidades da Hemorrede no Paraná intensificam o apelo para a doação de sangue, buscando garantir a manutenção dos estoques durante o período prolongado – que abrange de sexta a segunda-feira (18 a 21 de abril), sendo que em alguns setores a quinta-feira (17) será ponto facultativo.

Este momento do ano, caracterizado pelo aumento de deslocamentos e atividades em família, historicamente registra uma maior demanda por sangue devido ao número elevado de acidentes e emergências hospitalares.

Para evitar a superlotação das unidades e organizar de forma eficiente o atendimento, as doações devem ser feitas mediante agendamento prévio, que pode ser realizado no site ou por telefone. Além disso, o agendamento permite um planejamento mais eficaz, assegurando que todos os tipos sanguíneos essenciais estejam disponíveis quando necessário.

“Pedimos às pessoas que têm a possibilidade de colaborar que se dirijam aos pontos de coleta”, diz o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “A Páscoa é um momento de celebração para as famílias, e como muitas pessoas estarão trafegando pelas rodovias, nossos estoques de sangue precisam estar à disposição para os atendimentos. Por isso, contamos com a colaboração de todos na doação de sangue”.

PARA DOAR – As unidades do Hemepar, presentes em todo o Paraná, estão preparadas para receber doadores de acordo com suas respectivas demandas regionais. Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Menores de idade necessitam de autorização e presença do responsável legal. Os homens podem doar a cada dois meses, no máximo quatro vezes ao ano. As mulheres, a cada três meses, num total de três doações ao ano.

O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).

Confira a programação das unidades do Hemepar para coleta no feriado:

1ª Regional de Saúde (RS) – Paranaguá: Aberto quinta-feira, dia 17 de abril, das 8h às 14h. Fechado sexta, sábado, domingo e segunda-feira (18, 19, 20 e 21)

2ª RS – Curitiba: Aberto dias 17 e 19, das 7:30 às 18h. Fechado dias 18 e 21

2ª RS – Biobanco: Aberto dia 17 das 7:30 às 17:30h, e dia 19 das 7:30 às 12:30h. Fechado dias 18 e 21

3ª RS – Ponta Grossa: Aberto dia 17 das 8h às 11h, e dia 21 das 8h às 13h. Fechado dias 18 e 19

4ª RS – Irati: Aberto dia 21, das 13h às 17h. Fechado dias 17, 18 e 19

5ª RS – Guarapuava: Aberto dia 17 das 8h às 14h e dia 19 das 8h às 12h. Fechado dias 18 e 21

6ª RS – União da Vitória: Aberto dia 17 das 8h às 12h. Fechado dias 18, 19 e 21

7ª RS – Pato Branco: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

8ª RS – Francisco Beltrão: Aberto dia 17 das 8h às 12h, e das 13h às 17h. No dia 21 o atendimento é das 12h às 16h. Fechado dias 18 e 19

9ª RS – Foz do Iguaçu: Aberto dia 17/04 das 8h às 12h e das 13h às 17h e dia 19/04 das 7:30 às 12h. Fechado dias 18 e 21

10ª RS – Cascavel: Aberto dias 17 e 19 das 7:30 às 17:30h. Fechado dias 18 e 21

11ª RS – Campo Mourão: Aberto dia 17 das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

12ª RS – Umuarama: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

13ª RS – Cianorte: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

14ª RS – Paranavaí: Aberto dia 17 das 8h às 11h e dia 21 das 8h às 11h. Fechado dias 18 e 19

15ª RS – Maringá: Aberto dia 17 das 7h às 18:30h e dia 19 das 7h às 12:30h. Fechado dias 18 e 21

16ª RS – Apucarana: Aberto dia 17 das 8h às 11h. Fechado dias 18, 19 e 21

17ª RS – Londrina: Aberto dia 17 das 8h às 018h e dia 19 das 8h às 17:30h. Fechado dias 18 e 21

18ª RS – Cornélio Procópio: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17 h. Fechado dias 18, 19 e 21

19ª RS – Jacarezinho: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

20ª RS – Toledo: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

21ª RS – Telêmaco Borba: Aberto dia 17 das 8h às 12h e das 13h às 17h. Fechado dias 18, 19 e 21

22ª RS – Ivaiporã: Não realiza coletas.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Paraná inicia vacinação nas escolas para imunizar 2,4 milhões de alunos

O Governo do Paraná iniciou, nesta segunda-feira (14), a Campanha de Vacinação nas Escolas, uma iniciativa coordenada pelas Secretarias de Estado da Educação (Seed) e da Saúde (Sesa). A solenidade ocorreu no Colégio Estadual Guido Arzua, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, e marcou o início de uma força-tarefa que envolve mais de 7 mil escolas públicas e 500 instituições privadas nos 399 municípios.

A campanha segue até 31 de maio e tem como meta reforçar a imunização de aproximadamente 2,4 milhões de estudantes da rede pública de educação básica, além de alunos da rede privada, em uma ação inédita. A ação contempla a aplicação de vacinas contra Influenza, Febre Amarela, Covid-19 e HPV, além da atualização de imunizantes como pentavalente, DTP (tríplice bacteriana), poliomielite e pneumocócica 10.

A vacinação será realizada dentro das próprias instituições de ensino, mediante autorização dos pais ou responsáveis. As carteiras de vacinação serão avaliadas pelas equipes de saúde para identificar quais imunizantes devem ser aplicados em cada aluno. As Unidades Básicas de Saúde serão responsáveis por organizar, junto às escolas, um cronograma específico, conforme a realidade de cada localidade.

Segundo o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, a campanha representa uma importante ação do Governo do Paraná para ampliar o acesso à vacinação dos estudantes. “Muitos pais têm rotinas de trabalho que dificultam a ida a uma unidade de saúde. Com a autorização, a aplicação nas escolas facilita esse cuidado essencial. Nossos professores atuam na conscientização sobre os benefícios das vacinas, e as equipes pedagógicas reforçam essas informações junto às famílias. O mais importante é garantir que todos os alunos estejam protegidos”, afirmou.

O termo de consentimento e a apresentação da caderneta de vacinação são obrigatórios para a aplicação das vacinas nas escolas. Os pais ou responsáveis que não autorizarem a imunização deverão apresentar, no prazo de até 30 dias, a declaração de atualização vacinal emitida por uma unidade de saúde.

“Essa campanha é fruto de uma grande união de esforços entre as secretarias estaduais e municipais de Saúde e Educação, alcançando mais de 7 mil escolas públicas e privadas em todo o Paraná. Nosso foco está nas vacinas de rotina, com ênfase especial em imunizantes como Influenza, Febre Amarela, Covid-19 e HPV”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Tudo será feito com a devida autorização dos pais. No Paraná, a vacina é tratada com base na ciência, dentro de um ambiente de aprendizado. Aqui, ciência é ensinada e também praticada. Estamos engajando a sociedade — escolas, famílias, igrejas e associações — para fortalecer essa mobilização pela saúde das nossas crianças e adolescentes”, complementou.

A campanha já teve edições anteriores com resultados expressivos. Em 2024, uma mobilização semelhante verificou 495 mil carteirinhas de vacinação e aplicou quase 293 mil doses em escolas estaduais e municipais do Paraná. A expectativa é de que os números aumentem neste ano com o fortalecimento da parceria entre Estado e municípios e a ampliação da adesão das famílias.

“O povo paranaense é receptivo às vacinas e nossos adolescentes já estão bem informados sobre os benefícios dela”, afirmou o coordenador do Programa Saúde na Escola, Lourival de Araújo Filho.

Além de proteger os estudantes contra doenças imunopreveníveis, a ação fortalece o vínculo entre escola, família e comunidade, promovendo o cuidado integral com crianças e adolescentes.

ADESÃO – Levar a vacinação até as escolas torna o processo mais acessível, já que os estudantes não precisam sair do ambiente escolar para atualizar a caderneta. A estudante Nicolly Victoria de Oliveira Neves aproveitou a oportunidade para regularizar suas doses já nesta segunda. “É muito bom para todo mundo. Eles verificam a carteirinha e veem já todas as vacinas que você precisa tomar”, disse.

Para o aluno Eloeder Joaquim, a iniciativa tem um papel fundamental na prevenção de doenças entre os jovens. “É um movimento que está relacionado à nossa saúde. Quando a gente toma uma vacina, a gente está se prevenindo de pegar várias doenças, e ninguém gosta de ficar doente”, afirmou.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.