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Boletim estadual da Dengue registra 34,2 mil novos casos e mais 37 óbitos

O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (16) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirma mais 37 mortes no Estado. Agora, o Paraná totaliza 140 mortes pela doença no atual período epidemiológico, que iniciou em julho de 2023. Os dados do 32º Informe Epidemiológico apresentam também 219.045 casos confirmados, 34.226 a mais em relação ao informe anterior, além de 451.280 notificações e 97.083 casos em investigação.

Os óbitos ocorreram entre os dias 4 de fevereiro e 2 de abril de 2024. São 23 homens e 14 mulheres com idades entre 14 e 94 anos, residentes em 23 diferentes municípios, sendo que 27 tinham comorbidades.

Os municípios onde ocorreram as mortes são de abrangência das Regionais de Saúde de Francisco Beltrão (8ª RS), Cascavel (10ª RS), Umuarama (12ª RS), Paranavaí (14ª RS), Maringá (15ª RS), Apucarana (16ª RS), Londrina (17ª RS) e Toledo (20ª RS): Marmeleiro (1), Pranchita (1), Cascavel (3), Formosa do Oeste (1), Nova Aurora (1), Alto Piquiri (1), Cruzeiro do Oeste (1), Francisco Alves (2), Ivaté (1), Mariluz (1), Umuarama (2), Planaltina do Paraná (1), Mandaguaçu (1), Maringá (2), Arapongas (3), Londrina (4), Bela Vista do Paraíso (1), Miraselva (1), Rolândia (4), Marechal Cândido do Rondon (1), Santa Helena (1), Terra Roxa (1), Toledo (2).

A Regional com mais casos confirmados é a 10ª RS de Cascavel, com 30.106. Na sequência estão a 16ª RS de Apucarana (27.331), 8ª RS de Francisco Beltrão (27.292), 17ª RS de Londrina (21.709), 15ª RS de Maringá (18.576), e 11ª RS de Campo Mourão (16.873). As cidades com mais casos são Apucarana (15.756), Londrina (15.225), Cascavel (14.197), Maringá (10.549) e Francisco Beltrão (6.613) – são 394 com casos confirmados.

ZIKA E CHIKUNGUNYA – Informações sobre as arboviroses chikungunya e zika, igualmente transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, também estão contidas no documento. Houve o registro de três novos casos de chikungunya, somando 104 confirmações e 1.171 notificações da doença no Estado. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 102 notificações.

AÇÕES – Desde o início do ano a Sesa, por meio da Vigilância Ambiental, tem organizado várias ações buscando reforçar o combate à dengue. De janeiro até agora já foram realizadas diversas capacitações aos profissionais de saúde para o manejo clínico, assistência aos pacientes e informações técnicas no enfrentamento ao mosquito. Cerca de 500 pessoas estiveram envolvidas nas iniciativas, que ocorreram em várias regiões do Estado.

Em janeiro, mais de 300 profissionais trabalharam na conscientização contra a dengue no Litoral, na temporada de verão, a fim de alertar a população sobre a prevenção da doença. Ainda durante o mês, a Sesa, em parceria com a Casa Civil, realizou uma reunião entre gestores municipais e técnicos de vigilância epidemiológica para alinhar ações e atualizar o panorama da doença no Estado.

A Sesa promoveu o Dia D, mobilização estadual, com o objetivo de fortalecer o combate à dengue e reduzir os casos da doença e o número de óbitos. Para que as informações cheguem diretamente à população, o Governo do Estado também lançou duas campanhas publicitárias sobre os cuidados e de alerta à população.

O Paraná ainda participou do Dia D nacional, do Ministério da Saúde, que uniu governo federal, estados, municípios, agentes comunitários e de combate às endemias, profissionais da saúde e a população brasileira para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença.

Em março, o Governo do Estado liberou um aporte adicional de R$ 93 milhões para auxiliar os municípios. O valor foi distribuído entre diversas áreas e teve como finalidade aprimorar o atendimento hospitalar, garantir a disponibilidade de insumos, instrumentalizar as equipes de agentes comunitários de saúde e intensificar a vigilância em saúde.

Confira o informe semanal AQUI e mais informações sobre a dengue estão neste link.

Secretaria de Saúde divulga cartilha sobre prevenção e tratamento da Doença de Chagas

14 de abril é o Dia Mundial da Doença de Chagas. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destaca a data desde que foi incluída no calendário mundial em 2019 para alertar sobre a importância da conscientização sobre esta doença, prevenção e tratamento precoce. Em alusão à data, a Sesa disponibiliza um material informativo e lúdico com detalhes sobre a Doença de Chagas (DC).

Ela está no grupo das chamadas doenças negligenciadas. Conforme publicação da Fiocruz, são moléstias infecciosas, muitas delas parasitárias, que afetam principalmente as populações mais pobres, que vivem em áreas rurais remotas e em favelas, e aquelas com acesso limitado aos serviços de saúde.

A DC apresenta duas fases distintas: aguda e crônica. Na fase aguda, embora a maioria dos casos (70%) seja assintomática, a pessoa infectada pode apresentar febre prolongada (mais de sete dias), dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas. Já em fases mais avançadas, pode comprometer o coração, esôfago ou intestino.

Para a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzatto, a conscientização é essencial para melhorar as taxas de diagnóstico precoce e tratamento. “Dada a circulação contínua do vetor e a natureza silenciosa da doença, é crucial apostar nas medidas de notificação e investigação para ampliar a vigilância clínica e epidemiológica”, afirma.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Chagas atinge pelo menos 1 milhão de pessoas no Brasil e resulta em mais de 4 mil mortes a cada ano. Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas vivem em áreas de exposição e correm o risco de contrair a doença.

TRANSMISSÃO – A transmissão pode ocorrer a partir do contato das fezes do inseto “barbeiro”, também conhecido como “chupão ou chupança”, com a pele ferida ou com a mucosa do olho. Pode ocorrer, também, pela ingestão de alimentos contaminados e por meio da transfusão de sangue ou transplante de pessoas com a doença. Recém-nascidos de mulheres portadoras também estão suscetíveis.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO – O tratamento da Doença de Chagas deve ser indicado e acompanhado por um médico, após a confirmação do diagnóstico. Os medicamentos são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Já a prevenção está intimamente relacionada ao modo de transmissão. Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da aplicação de inseticidas residuais, feita por equipe técnica habilitada. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas.

Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas) durante a realização de atividades noturnas em áreas de mata.

Para prevenir a transmissão oral, devem ser intensificadas as ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação.

Quem encontrar um barbeiro, não deve matar o inseto. A captura permite que se possa verificar se ele está infectado. É importante proteger as mãos com um plástico para não entrar em contato direto com o inseto. O passo seguinte é colocá-lo em um pote de plástico ou vidro e levá-lo para vigilância sanitária mais próxima de casa. Também pode ser entregue a um agente de saúde.

Mais informações estão AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Dia D de vacinação contra a Gripe será neste sábado no Paraná

O Dia D de mobilização nacional para a Campanha de Vacinação Contra a Gripe será neste sábado (13). As pessoas do grupo prioritário que têm dificuldade de acesso a uma sala de vacinação ou de comparecer durante a semana poderão se proteger e atualizar a carteirinha. Para isso, 1.351 salas de vacinação estarão abertas e 10,9 mil profissionais de prontidão em todo o Paraná.

A ação é promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR) e Ministério da Saúde. A imunização ocorrerá das 8h às 17h, a depender da programação de cada município.

A expectativa da Sesa é aplicar cerca de 200 mil vacinas em todo o Paraná. Além do imunizante da gripe, estarão disponíveis as demais vacinas de rotina do Calendário Nacional de Imunização, de acordo com o estoque disponível nas secretarias municipais.

As vacinas de rotina são: Hepatite B, Pentavalente, Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Vacina Oral de Poliomielite (VOP), Pneumocócica 10 Valente, Meningocócica C, Meningocócica ACWY, Tríplice Viral (SCR), Varicela, Hepatite A, Febre Amarela, Rotavírus, HPV, DTP e DTPa.

Também estão vigentes as campanhas de imunização contra a dengue, nos 47 municípios contemplados das Regiões de Apucarana, Foz do Iguaçu e Londrina, e contra a Covid-19.

“Queremos convocar os paranaenses para mais um Dia D de vacinação, especialmente para a imunização contra a gripe, e reforçar a importância de manter a imunização em dia. Com o apoio dos municípios e a colaboração da população do Estado, ampliaremos nossa cobertura vacinal e aumentaremos a proteção contra doenças que podem ser prevenidas”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

INFLUENZA – A 26ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe acontece neste ano inicialmente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com início em 25 de março. Desde então, segundo dados do Vacinômetro do Ministério da Saúde, 357.892 vacinas foram aplicadas no Paraná, perfazendo 9,20% de cobertura dentre 4.574.841 pessoas elencadas como público-alvo.

Nesta quinta-feira (11), o Paraná recebeu mais 308 mil vacinas da Influenza. Ao todo o Estado já recebeu 2 milhões de doses para a campanha de 2024.

Fazem parte do público-alvo crianças de seis meses a menores de seis anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; pessoas com mais de 60 anos; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das forças armadas.

Também compõem grupos prioritários pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; quilombolas; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Para o Simepar, falta de Médicos/as e estruturas precárias prejudicam a Saúde Pública em Curitiba

A chegada do outono e as temperaturas mais baixas levam a maior incidência de doenças respiratórias, em especial as viroses respiratórias. Neste ano, a epidemia de Dengue também vem atingindo parte considerável da população, aumentando a demanda por atendimentos no Sistema Único de Saúde.

Neste cenário, Curitiba vem sofrendo nas últimas semanas uma intensa sobrecarga na sua rede de Saúde, em especial nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Prefeitura. Porém, a atual situação não se pode atribuir exclusivamente ao clima visto que tal situação vem se repetindo todos os anos e é possível reduzi-la.

As UPAs de Curitiba estão sobrecarregadas há anos por dois motivos principais: há poucos médicos/as para realizar os atendimentos e as Unidades Básicas de Saúde não conseguem absorver a demanda de casos menos urgentes, que não seriam caracterizados como de urgência ou emergência.

O número de médicas e médicos nas escalas dos plantões das UPAs está cada vez mais reduzido e atualmente é bem menor de que há dez, doze anos. Além disso, há cada vez menos pediatras nas UPAs, com a maioria dos plantões ficando sem essa especialidade tão importante para atender casos urgentes em crianças. Mas a demanda não diminui, ao contrário, só aumenta.

A Prefeitura argumenta que as UPAs não deveriam receber pacientes com casos leves, que não são urgência ou emergência; mas esses pacientes procuram a UPA, pois não conseguiram atendimento na UBS, ou só podem procurar atendimento nos horários em que a UBS está fechada.

Outro agravante é a constante pressão para que as consultas sejam cada vez mais curtas, o que diminui a resolubilidade dos casos. Isso acontece nas UBSs e nas UPAs com controladores de fluxo que pressionam para que as consultas não sejam “demoradas”, sabendo-se que a necessidade de duração da consulta é decisão do médico e não uma decisão administrativa. Não é preciso ser especialista para concluir que um paciente mal atendido, com pressa, tem boa chance de não receber um diagnóstico completo, podendo deixar em aberto outras condições que deveriam também ser atendidas.

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) recebe, diariamente, queixas de médicos e médicas. A maioria das queixas se refere a assédio para que os profissionais atendam mais pacientes em menos tempo. Mas essa não é a única motivação para reclamações. Cadeiras quebradas ou desconfortáveis para uma longa jornada de trabalho, salas apertadas e mal ventiladas também prejudicam os profissionais e os próprios pacientes (vide fotos abaixo).

Fotos enviadas por médicos/as. Cadeiras quebradas e janela que não abre.

As UPAs utilizam trabalhadores com a função de “controlador de fluxo”, que são encarregados de levar pacientes para os consultórios. O Sindicato recebe repetidas queixas de que esses “controladores” na verdade pressionam e assediam os médicos para que o atendimento seja apressado. Também há relatos de que os controladores interferem na ordem de prioridade estabelecida na triagem em desfavor de pacientes mais graves ou vulneráveis, como os idosos, por exemplo.

Médicas e médicos também relatam a sensação de insegurança quando a demanda por atendimento aumenta, lotando a Unidade e elevando o tempo de espera. Os pacientes e acompanhantes ficam nervosos, exaltados, e os profissionais ficam expostos a agressões verbais e até físicas.

Outra reclamação recorrente é que, quando adoecem, os/as profissionais têm muitas vezes a recusa de seus atestados, como se não fosse permitido adoecer, mesmo trabalhando numa função muito estressante e com exposição constante a agentes infectantes.

Para melhorar o sistema de Saúde Pública de Curitiba, o Simepar defende que sejam contratados mais médicos e médicas, entre eles pediatras, e que seja reforçada a oferta de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, simplificando o acesso da população às consultas médicas e aos medicamentos necessários para os tratamentos, evitando o agravamento das enfermidades.

E não basta contratar mais médicos se não houver trabalhadores da enfermagem suficientes, além de estrutura física com ambientes e insumos adequados para o atendimento.

A recente publicação do Conselho Federal de Medicina, Demografia Médica 2024, mostra que Curitiba dispõe de médicos e médicas em número mais que suficiente para atender a sua população. Cabe ao poder público proporcionar a essa população o acesso aos profissionais. Está mais que provado que o investimento na Saúde Pública resulta em economia, desenvolvimento e bem-estar social.

Maioria dos Estados apresenta estabilidade ou queda de casos de Dengue

Nove unidades federativas estão com tendência consolidada de queda no número de casos de dengue: Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal.

Outros 13 estados apresentam tendência de estabilidade: Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe permanecem com tendência de aumento de registros da doença. Os números foram divulgados na terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde.

O Brasil registrou, desde o início do ano, 2.965.988 casos prováveis de dengue, sendo 28.395 casos graves e com sinais de alarme. Desde o início do ano, foram registradas 1.117 mortes por dengue em todo o país. Outros 1.806 óbitos estão em investigação.

Assista à entrevista da ministra da Saúde na TV Brasil:

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, apesar do cenário positivo, é preciso ainda manter as ações de prevenção e ter atenção aos sinais da doença.

“A gente subiu a montanha, chegou no pico e estamos descendo. Mas ainda tem um caminho que precisa ser percorrido com muita atenção, porque temos pessoas que vão adoecer, desenvolver casos graves e vir a óbito, e são vidas que podemos salvar”, disse a secretária, em entrevista coletiva. Segundo ela, outras arboviroses como chikungunya e febre do oropouche também seguem com tendência de estabilidade ou queda.

A redução no número de casos de dengue também pode ser observada na queda da procura por atendimento nas unidades básicas de saúde. De acordo com a presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias, Ilda Angélica, a procura está diminuindo em várias localidades, e municípios que tinham inserido o terceiro turno para atendimento dos casos de dengue estão desativando o serviço. “Isso comprova que, de fato, estamos diminuindo os casos”, diz.

Ainda não é possível determinar se a previsão inicial do ministério, de que o número de casos pode chegar a 4,2 milhões em 2024, será confirmada. Segundo a secretária, o cenário depende de fatores como chuvas e temperatura. “O mosquito ainda está aí, ainda temos um período de chuvas. As chuvas estão muito diferentes em vários estados e isso também facilita muito o mosquito. Então, temos a conjunção do calor extremo e das chuvas que vão facilitando a reprodução do mosquito”, explica.

Atenção aos sintomas

O Ministério da Saúde orienta os familiares e profissionais de saúde para que fiquem atentos aos sinais de alerta da doença como febre, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo.

Em casos de sinais ou sintomas, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde. Também é importante não tomar medicamentos sem orientação médica, porque alguns podem piorar o quadro de dengue.

“As mortes por dengue são evitáveis. Temos trabalhado em apoio aos estados e municípios, que fazem o diagnóstico e o tratamento, para que possamos reduzir juntos os casos de óbito”, ressaltou Ethel.

Vacinas

As doses de vacinas contra a dengue que estavam perto do vencimento foram remanejadas para outros municípios, segundo o Ministério da Saúde. A secretária Ethel Maciel disse que até agora nenhum estado fez alerta sobre problemas nessa redistribuição.

Das 1.235.119 doses de vacinas contra a dengue distribuídas aos estados, 708.647 foram aplicadas até ontem (8), o que representa 57,37% do total encaminhado.

As informações são da Agência Brasil.

Boletim epidemiológico estadual da dengue registra 25,4 mil novos casos e 26 mais óbitos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (9) um novo boletim das arboviroses, referente à Semana Epidemiológica nº 14, que compreende o período entre 31/03/2024 a 06/04/2024. O documento apresenta mais 25.462 novos casos confirmados de dengue, 26 novos óbitos e 43.889 notificações. Com a atualização, o Paraná contabiliza no período epidemiológico atual 103 mortes, sendo 45 homens e 58 mulheres, e 184.819 casos pela doença.

Os novos óbitos são de pessoas entre 35 e 97 anos, residentes em 14 diferentes municípios (Chopinzinho, Dois Vizinhos, São Jorge D’Oeste, Cascavel, Espigão do Alto Iguaçu, Araruna, Mandaguari, Sarandi, Cambé, Londrina, Cornélio Procópio, Ibaiti, Terra Roxa e Ivaiporã), sendo que 18 tinham comorbidades. São 12 homens e 14 mulheres.

Os municípios onde ocorreram as mortes são de abrangência das Regionais de Saúde de Pato Branco (7ª RS), Francisco Beltrão (8ª RS), Cascavel (10ª RS), Campo Mourão (11ª RS), Maringá (15ª RS), Londrina (17ª RS), Cornélio Procópio (18ª RS), Jacarezinho (19ª RS), Toledo (20ª RS) e Ivaiporã (22ª RS).

A Regional com mais casos confirmados de dengue é a 10ª RS de Cascavel, com 25.729. Na sequência estão a 16ª RS de Apucarana (25.288), 8ª RS de Francisco Beltrão (22.969), 17ª RS de Londrina (18.577), 15ª RS de Maringá (15.255) e 11ª RS de Campo Mourão (13.295). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (15.141), Londrina (13.263), Cascavel (11.358), Maringá (8.608) e Quedas do Iguaçu (5.670).

Além dos mais de 184 mil casos confirmados de dengue e das 395.214 notificações desde o início do período epidemiológico 2023/2024, existem ainda 89.012 casos em investigação e 110.946 já foram descartados. Dos 399 municípios paranaenses, 392 estão com casos confirmados.

ZIKA – A publicação traz ainda informações das arboviroses chikungunya e zika, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Houve o registro de quatro novos casos de chikungunya, somando 101 confirmações da doença no Estado. Do total de casos, 65 são autóctones (quando a doença é contraída no município de residência). Há, ainda, 407 casos em investigação e 1.046 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 95 notificações.

Confira o informe semanal AQUI e mais informações sobre a dengue neste link.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Secretaria da Saúde esclarece dúvidas sobre a gripe e a importância da vacinação

Com a entrada do outono, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta a população sobre cuidados e práticas saudáveis no período em que o clima fica mais frio e seco, reforçando a importância de se proteger das doenças sazonais típicas. Além das práticas saudáveis, a vacinação anual contra a gripe, já iniciada, é outro fator de combate, principalmente para as pessoas que fazem parte de grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas, já que a influenza pode levar a complicações graves de saúde.

Para reforçar estas medidas, a Vigilância Epidemiológica compilou respostas às dúvidas sobre vacina e sintomas da gripe para desmistificar informações falsas em relação à doença. Também reuniu informações sobre as vacinações simultâneas contra Covid-19, gripe e dengue, fato inédito no País.

Qual é a diferença entre gripe e resfriado?

A gripe é causada apenas pelo grupo de vírus Influenza, enquanto o resfriado comum pode ser causado por vírus diferentes, incluindo rinovírus e coronavírus sazonais (diferentes do vírus que causa a Covid-19). A gripe e o resfriado comum são doenças respiratórias contagiosas.

Elas apresentam sintomas semelhantes e pode ser difícil diferenciá-las com base apenas nos sintomas. Em geral, na gripe os sintomas costumam ser mais intensos, com febre alta, dor no corpo, calafrios, cansaço e dor de cabeça e o início costuma ser mais repentino. Nos resfriados, os sintomas geralmente são mais leves e as pessoas têm maior probabilidade de ter nariz escorrendo ou entupido. A gripe pode ter complicações associadas como pneumonia, infecções bacterianas ou hospitalizações.

Posso pegar Influenza mais de uma vez?

Sim, a pessoa pode pegar Influenza (gripe) várias vezes ao longo da vida porque existem vários tipos de vírus e também em função das mutações que o vírus pode sofrer. Além disso, a proteção adquirida após a infecção por Influenza diminui com o tempo. Por isso, é necessária a vacinação anualmente composta com os vírus que mais circulam no ano, para diminuir as chances de que a doença se apresente de forma grave.

Se uma pessoa tossir ou espirrar perto de mim, eu posso me contaminar com Influenza?

Como o vírus da influenza é transmitido principalmente por meio de gotículas respiratórias, a pessoa terá risco de se contaminar se alguém contaminado com o vírus da Influenza falar, tossir ou espirrar, pois as gotículas podem se alojar na boca ou nariz e serem inaladas até ao pulmão transmitindo o vírus. A contaminação também pode acontecer por contato com secreções de pessoas doentes ou com objeto contaminado com o vírus.

Assim, continuam sendo importantes medidas de higiene amplamente divulgadas na pandemia, como lavar as mãos com água e sabonete ou passar álcool a 70%, além de cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar.

Quais os principais sintomas de Influenza?

Os principais sintomas da Influenza são febre, coriza, tosse seca, dor de garganta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, fadiga (cansaço) e prostração. Geralmente tem resolução espontânea em aproximadamente sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas.

Gripe pode matar?

A gripe pode causar sintomas leves em algumas pessoas, com algum desconforto, mas há uma tendência de agravamento em crianças, gestantes, puérperas, idosos, pessoas com doença do coração ou respiratória, diabetes, pessoas com sistema imune enfraquecido, entre outras, podendo levar à morte. Por isso, é tão importante tomar as vacinas todos os anos nas campanhas de vacinação.

Como funciona a vacina para a gripe?

A vacina contra a Influenza protege contra a doença durante o período de maior circulação dos vírus (entre abril e junho), reduzindo os casos de agravamento da doença, as internações e os óbitos. Também diminui a disseminação do vírus na comunidade.

Quem pode tomar a vacina da gripe?

Estão elencados como grupos prioritários 4.574.841 pessoas para receberem a vacina no Paraná. São elas: crianças de seis meses a menores de seis anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; e pessoas com mais de 60 anos.

Também compõem grupos prioritários pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); e trabalhadores portuários.

Fazem parte, ainda, funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A vacina da gripe provoca a doença?

Essa informação é falsa. As vacinas contra a gripe são feitas com vírus inativados (mortos) e não são capazes de causar a doença. Quando a pessoa recebe a vacina da gripe, estimula as defesas do corpo a reconhecer e combater o vírus real se for exposta a ele no futuro.

Quanto tempo demora para a vacina fazer efeito?

O efeito protetor da vacina da gripe geralmente começa a se desenvolver cerca de duas semanas após a vacinação, ajudando a reduzir o risco de contrair a gripe e suas complicações, e apresenta duração geralmente de seis meses a um ano, motivo pelo qual é feita anualmente. Após essas duas semanas, a pessoa está mais protegida contra os tipos de vírus de gripe incluídos na vacina.

Quem teve Covid-19 precisa tomar a vacina para a gripe?

Sim, mesmo as pessoas que tiveram Covid-19 devem tomar a vacina contra a gripe, porém recomenda-se adiar a vacinação até a melhora do quadro com o objetivo de não serem atribuídas à vacina as manifestações da doença. A vacina contra a gripe oferece proteção contra diferentes tipos do vírus da gripe, prevenindo a gripe e suas complicações.

Pode tomar vacina da Covid-19 e da gripe ao mesmo tempo?

Sim, podem tomar. As vacinas contra a Covid-19 e gripe podem ser aplicadas juntas a partir de 6 meses de idade no caso da vacina Pfizer baby e a partir de 12 anos para bivalente. Pessoas com doenças febris agudas, moderadas e casos confirmados de Covid-19 devem ter a vacinação adiada até o desaparecimento dos sintomas. Não há nenhum risco em tomar as duas vacinas ao mesmo tempo.

Pode tomar a vacina da gripe e da dengue ao mesmo tempo?

A vacina da dengue está sendo aplicada apenas em crianças de 10 a 14 anos, ou seja, fora do grupo que recebe vacina contra Influenza no SUS, impossibilitando qualquer conflito.

Na rede particular, no entanto, pessoas de qualquer idade podem acessar as vacinas. O alerta é que as duas vacinas não podem ser realizadas de forma concomitante. As vacinas com vírus inativados (mortos) podem ser administradas apenas a partir de 24 horas após a vacinação contra a dengue.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Acordo Coletivo do Simepar com o Ciruspar garante ganho real em salário e benefícios

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) firmou um novo Acordo Coletivo de Trabalho com o Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná (Ciruspar) com validade de 2024 a 2025.

O Acordo garantiu aos médicos e médicas o reajuste salarial de 5%, com ganho real de 1,14% acima da inflação. O mesmo reajuste será aplicado aos benefícios de auxílio-alimentação que será de R$ 369,31 e no prêmio de assiduidade que vai a R$ 262,50.

Além disso, a direção do Ciruspar informou que está reformando os locais de trabalhos dos/as médicos/as para garantir o conforto e bem-estar dos profissionais.

Leia a íntegra do Acordo aqui.

Governo Federal relança Caderneta da Criança e inclui vacina contra a Covid-19

O Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (5), a 6ª edição da Caderneta da Criança – Passaporte da Cidadania. O lançamento ocorreu durante a comemoração do centenário do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro. A impressão e distribuição dos exemplares em sua versão física está de volta, após ser interrompida há quatro anos. A nova versão traz como novidade a inclusão das vacinas de Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação e mantém seu caráter intersetorial com informações sobre assistência social e educação.

A atual gestão do Ministério da Saúde realizou grande esforço em 2023 e, neste ano, retomou o envio para os estados. Atualmente, todas as regiões do Brasil já foram contempladas com um total de 6,4 milhões de exemplares. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o lançamento da sexta edição representa a retomada de um direito das crianças e das famílias. “Ela orienta os responsáveis desde o primeiro momento de vida, sobre as vacinas e todos os cuidados com a criança. É uma caderneta da saúde e da cidadania”, pontuou.

A caderneta serve como um registro de saúde abrangente para crianças até 9 anos, que inclui o histórico de vacinação e orientações sobre desenvolvimento físico e mental, e até mesmo aspectos da educação, direitos garantidos e prevenção a violências. A coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente do Ministério da Saúde, Sonya Isoyama Venancio, reforçou o papel desse instrumento como um documento técnico que apoia todas as ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. “Um dos seus objetivos é reduzir a mortalidade infantil, mas não somente isso: é uma garantia do pleno desenvolvimento de todas as crianças”, assegurou.

Trata-se de uma ferramenta valiosa tanto para os pais quanto para os profissionais de saúde, desenvolvida para oferecer uma visão completa do bem-estar da criança, com base em informações atualizadas sobre questões como aleitamento materno, alimentação saudável, desenvolvimento da visão e audição, saúde bucal e até recomendações para uso seguro de eletrônicos.

Formato digital

Ela também está disponível de forma digital, em formatos para meninas e para meninos . O Ministério da Saúde realiza distribuição para todas as 26 secretarias estaduais e do Distrito Federal, bem como, para todas as secretarias municipais de saúde das capitais e para os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). A nova edição também apresenta uma mudança nas cores de capa – de azul para verde, na versão para os meninos, e de rosa para roxo no caso das meninas.

O cálculo para distribuição do material contempla uma margem de segurança para o caso de eventualidades tais como enchentes, deslizamentos, incêndios ou demais perdas ou extravios – uma preocupação da pasta com a promoção da saúde da criança em todos os territórios e em quaisquer condições. Os responsáveis por crianças que passarem por estas situações, podem se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde ou à Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde de sua localidade para solicitar outro exemplar.

Acesse a caderneta da criança para meninos.

Acesse a caderneta da criança para meninas.

As informações são do Ministério da Saúde via Agência Gov

Publicado relatório com propostas do XIV Encontro Nacional das Entidades Médicas

O Relatório do XIV Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM) está disponível para download e leitura. O texto, aprovado ao fim do evento realizado em Brasília (DF), condensa um conjunto de propostas para melhorar a qualidade da assistência em saúde e valorizar o trabalho dos médicos no Brasil. No total, foram 75 proposições que fazem parte do documento “Entidades médicas unidas em defesa da saúde brasileira”.

ACESSE AQUI O DOCUMENTO AS PROPOSTAS DO ENEM.

Participaram do XIV Enem, realizado em junho de 2023, um total de 340 delegados do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Federação Médica Brasileira (FMB).

Pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) participaram os Drs. Marlus Volney de Morais (Presidente), Darley Rugeri Wollmann Junior (Vice-Presidente), Cláudia Paola Carrasco Aguilar (Secretária-Geral) e Brasil Vianna Neto (Primeiro Tesoureiro).

As discussões foram divididas em quatro eixos: Formação Médica, Sistemas de Saúde, Mercado de Trabalho e Sistema de Saúde Suplementar.

No documento, dentre os tópicos que se referem à Formação Médica, estão propostas como a implementação de avaliação seriada para os formados em medicina; a exigência de aprovação em programas de revalidação de diplomas (Revalida) para profissionais formados em outros países interessados em atuar no País; e a implementação do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (SAEME) do CFM como modelo ideal de avaliação de escolas médicas.

No eixo Sistemas de Saúde, os delegados votaram a favor de proposições que pedem o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS); por uma maior transparência das informações epidemiológicas, de cobertura assistencial, de produtividade dos serviços, de demandas por procedimentos e de despesas em saúde.

A criação, pelo governo federal, de uma carreira de Estado dos médicos no serviço público nos moldes daquelas que atendem outras categorias profissionais, como membros da magistratura e do Ministério Público, foi uma das propostas aprovadas no eixo Mercado de Trabalho. Também foi defendido o reajuste da Tabela SUS e o combate à precarização das relações trabalhistas, como a pejotização.

No campo da Saúde Suplementar, os participantes pediram que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) assuma seu papel legal de reguladora da área, evitando abusos, distorções e desequilíbrios nas relações entre as operadoras de planos de saúde e os pacientes e os prestadores de serviço (médicos e outros profissionais da saúde). Cobraram ainda que as empresas cumpram os itens dispostos na Lei nº 13.003/2014, que determina a fixação de índices de reajuste e de periocidade nos contratos estabelecidos.

O texto traz também informações relevantes sobre a organização do Encontro, bem como um capítulo que faz um resgate sobre as edições anteriores. Trata-se de um documento que, dessa forma, agrega um valor histórico ao Relatório que oferece subsídios às estratégias que serão desenvolvidas pelas entidades médicas em nível nacional.

Com informações da Federação Médica Brasileira