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Anvisa proíbe produtos com fenol em procedimento de saúde ou estético

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e o uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União.

No início deste mês, um jovem de 27 anos morreu em São Paulo após complicações geradas por um peeling de fenol. O rapaz fez o procedimento em uma clínica estética. A dona do local não tinha especialidade ou autorização para fazer esse tipo de peeling. A polícia investiga o caso como homicídio. A clínica foi interditada e multada.

Em nota, a Anvisa informou que a proibição tem como objetivo zelar pela saúde e pela integridade física da população, “uma vez que, até a presente data, não foram apresentados à agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”.

“A determinação ficará vigente enquanto são conduzidas as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso desta substância química, que vem sendo utilizada em diversos procedimentos invasivos”, completou a Anvisa.

Entenda

O peeling de fenol é um procedimento autorizado no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é indicado para tratar envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida.

A técnica – executada de forma correta e seguindo as orientações – traz resultados na produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas. A entidade, entretanto, considera o procedimento invasivo e agressivo e diz que a realização em toda a face demanda extrema cautela.

“É importante ressaltar que o procedimento apresenta riscos e tempo de recuperação prolongado, exigindo afastamento das atividades habituais por um período estendido”, explicou a Anvisa.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) defende que procedimentos estéticos invasivos, como o peeling de fenol, sejam feitos apenas por médicos, preferencialmente com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica, de forma a garantir ao paciente atendimento com competência técnica e segurança.

O CFM reitera ainda que, mesmo realizado por médicos, todo procedimento estético invasivo deve ser realizado em ambiente preparado, com obediência às normas sanitárias e com estrutura para imediata intervenção de suporte à vida em caso de intercorrências.

A entidade chegou a cobrar providências, por parte de outros órgãos de controle, para coibir abusos e irregularidades na área.

“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio das vigilâncias estaduais e municipais, deve reforçar a fiscalização aos estabelecimentos e profissionais que prestam esse tipo de serviço sem atenderem aos critérios definidos em lei e pelos órgãos de controle”.

As informações são da Agência Brasil

SUS terá medicamento para demência associada ao Parkinson

O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (21) a portaria de incorporação da rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio é o único com registro em bula no país para tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência.

Com recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o tratamento tem se mostrado eficaz para o controle dos sintomas cognitivos da doença. Cerca de 30% das pessoas que vivem com Parkinson desenvolvem demência por associação e, nesse caso, não havia até o momento tratamento medicamentoso disponível no SUS.

A demência causa lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, bem como alucinações, delírios e apatia.

“Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado parcela significativa de brasileiros e essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor”, avalia o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Parkinson

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, menos frequente apenas do que a doença de Alzheimer, que já conta com o tratamento com a rivastigmina na rede pública de saúde. Atualmente, há entre 100 e 200 casos de doença de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos e essa quantidade aumenta significativamente depois dos 60 anos.

Atualmente, o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson. Os principais objetivos do tratamento para a doença são deter a progressão e diminuir os sintomas.

As informações são da Agência Brasil.

Com mais de 12 mil acidentes em 2024, Secretaria de Saúde alerta para o risco de quedas de idosos

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) registraram, somente nos primeiros seis meses do ano, 11.856 ocorrências por quedas de pessoas entre 60 e 103 anos, no Paraná. No Samu foram 8.096 atendimentos e no Siate 3.070. Além dos chamados de urgência, houve ainda 1.052 atendimentos na Atenção Primária à Saúde pelo mesmo motivo. Em 2023, o número ultrapassou 30 mil registros.

Escorregões, tropeços, passos em falso e falta de equilíbrio são as causas mais frequentes de quedas de pessoas acima de 60 anos. Com um grau mais leve ou grave, elas são comuns nessa faixa etária e podem acarretar sérias consequências ou ainda deixar sequelas, comprometendo a qualidade de vida. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção da população em geral, profissionais de saúde e cuidadores para esse cenário.

De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, no ano passado 1.214 pessoas idosas no Estado perderam a vida em decorrência das quedas, sejam elas de mesmo nível ou de nível elevado. Desse total, 163 tinham entre 60 e 69 anos; 271 entre 70 e 79 anos e 780 pessoas acima de 80 anos.

Ainda em 2023, o 192 do Samu foi acionado 15.861 vezes no atendimento específico para queda de pessoas idosas. Já o 193 do Siate recebeu 12.288 chamados durante o mesmo período, e na APS foram 2.758, totalizando 30.907 atendimentos.

“Os serviços de urgência e emergência do Estado recebem mais de 40 chamados por dia da própria pessoa que sofreu a queda, de familiares ou vizinhos. O atendimento ao trauma é feito pensando na agilidade e cuidado aos pacientes que necessitam do nosso serviço, com cobertura de 100% do território paranaense”, enfatizou a gerente de Atenção à Urgência da Sesa, Giovana Fratin.

Segundo a médica geriatra da Divisão de Atenção à Saúde do Idoso da Sesa, Caren Cristiane Muraro, a queda é bastante comum, mas que não deve ser um acontecimento normal do envelhecimento.

“Uma simples queda pode camuflar algo que não está bem, pode ser um reflexo de algo maior. Por isso, nunca se deve omitir a sua ocorrência à família e aos profissionais de saúde”, afirma Cristiane Muraro. “Pode ser um sinal de um possível indicativo de fragilidades físicas e até doença aguda, contribuindo para esse número expressivo de acidentes que ocorrem todos os dias no Paraná”.

Delvair Piovesan Soligo, de 87 anos, reside em Renascença, no Sudoeste do Paraná. Em janeiro deste ano ela sofreu uma fratura do fêmur e teve que passar por uma cirurgia. O motivo para o procedimento: uma queda em casa, quando ia pegar o celular. A neta Samyra Soligo Rovani conta que a avó perdeu o equilíbrio e em poucos segundos tudo aconteceu.

“Minha avó teve um acidente vascular cerebral há um ano, que deixou algumas sequelas. Por ter uma cardiopatia, após a queda, a levamos diretamente para o hospital. Lá constataram a necessidade da cirurgia na perna. Apesar de algumas complicações no pós-operatório, atualmente ela está bem”, conta.

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde (MS), os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia.

“Notamos que esse número tem prevalência em mulheres, que correspondem a mais da metade dos acidentes. Doenças como a osteoporose, a miopia ou a presença de catarata, diabetes, labirintite, também podem contribuir para a diminuição da locomoção e insegurança da pessoa idosa”, ressaltou a médica Cristiane Muraro.

DICAS DE PREVENÇÃO – Além das quedas, existem outros perigos que, apesar de menos frequentes, também fazem parte deste cenário, como queimaduras, choques elétricos, acidentes com animais, ferimentos com instrumentos cortantes e intoxicações. A residência é o local onde a maioria das quedas e outros acidentes acontecem.

É importante conhecer e corrigir os riscos ambientais; ingerir líquidos e manter alimentação saudável; evitar comportamentos de risco; realizar avaliações periódicas de saúde incluindo visão e audição; usar sempre os óculos, aparelho de audição e de auxílio à marcha (bengalas, andador) quando recomendados; usar somente medicamentos prescritos pelo médico (revisados periodicamente, eliminando ou substituindo os que podem contribuir para ocorrência de quedas), além de fazer exercícios regularmente.

TRABALHO PERMANENTE – Com uma população de aproximadamente 1,9 milhão de habitantes acima de 60 anos, o Paraná tem ampla gama de políticas da saúde voltadas à população idosa. As estratégias possibilitam não somente melhorar a qualidade de vida desse público, mas também auxiliar equipes médicas para garantir melhor atendimento em todo o Estado.

Essencialmente voltado à prevenção de quedas, a Sesa, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), disponibiliza o Manual de Prevenção de Quedas de Idosos, que aborda vários riscos e apresenta medidas preventivas essenciais para garantir a segurança dos idosos em suas residências.

“O projeto Envelhecer com Saúde no Paraná norteia nossos trabalhos, ações e iniciativas às pessoas idosas no Estado. Mantemos um olhar atento às pessoas dessa faixa etária e sabemos da importância em aprimorar nossas políticas públicas voltadas a elas”, enfatizou Maria Goretti Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa. “Capacitamos nossos profissionais, assim como temos muito material de apoio que pode servir de suporte e que orienta as famílias e cuidadores”, acrescentou.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Ministério da Saúde reforça importância das vacinas contra a Gripe e Covid para o inverno

Com a chegada do inverno nesta quinta-feira (20), as temperaturas devem cair ainda mais e o período se torna propenso para doenças respiratórias como gripe e covid-19. O Ministério da Saúde, em nota, reforçou a importância da vacinação contra ambas as doenças, sobretudo entre pessoas classificadas como público-alvo.

Em 2024, a campanha de vacinação contra a gripe, tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, foi antecipada em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. Em 25 de março, a dose foi disponibilizada para diversos grupos específicos, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes.

Já em maio, a pasta passou a recomendar a imunização de todas as pessoas com mais de 6 meses, com destaque para os seguintes públicos-alvo:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

 

Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.

“A vacinação contra a gripe é a melhor forma para garantir proteção contra a doença. O imunizante age para estimular a produção de anticorpos contra o vírus Influenza. Quem se imunizou em 2023 ou nos anos anteriores também deve receber a vacina atualizada. As vacinas são comprovadamente eficazes e protegem contra as cepas atualizadas, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS).”

Covid-19

Desde janeiro, a vacina contra a covid-19 integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do ministério é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.

Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial, segundo o ministério, começou em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina.

Os grupos classificados como prioritários, neste caso, são:

  • Pessoas com 60 anos ou mais;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas;
  • Indígenas vivendo em terra indígena;
  • Ribeirinhos;
  • Quilombolas;
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas privadas de liberdade;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
  • Pessoas em situação de rua.

 

Entenda como fica a vacinação contra a covid-19 por idade e grupo prioritário aqui.

As informações são da Agência Brasil

Brasil se aproxima de 6 milhões de casos e 4 mil mortes por dengue

O painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde contabiliza 5.968.224 casos prováveis de dengue e 3.910 mortes confirmadas pela doença ao longo de 2024. Há, ainda, 2.970 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 2.939 casos para cada 100 mil habitantes.

Jovens com idade entre 20 e 29 anos seguem respondendo pela maior parte dos casos de dengue. Em seguida estão as faixas etárias de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; e de 50 a 59 anos. Já as faixas etárias que respondem pelos menores percentuais de casos da doença são menores de um ano; 80 anos ou mais; e de um a quatro anos.

Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking – 1.813.282 casos – seguido por Minas Gerais – 1.607.043 vítimas e pelo Paraná, com 614.713 casos. Quando se leva em consideração o coeficiente de incidência, o Distrito Federal responde pelo maior índice, 9.547 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (7.824) e Paraná (5.371).

Chikungunya

O painel contabiliza, ainda, 220.828 casos prováveis de chikungunya, arbovirose também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2024, a doença responde por 121 mortes confirmadas. Há, ainda, 139 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência de chikungunya no Brasil, neste momento, é de 108,8 casos para cada 100 mil habitantes.

Zika

Em relação à zika, os dados do painel contabilizam 8.466 casos prováveis em 2024, sem mortes confirmadas ou em investigação pela doença. O coeficiente de incidência no Brasil, neste momento, é de 4,2 casos para cada 100 mil habitantes.

As informações são da Agência Brasil

Médicos alertam gestantes sobre a importância da vacinação no pré-natal

A cobertura da dTpa, ou tríplice bacteriana acelular, foi de apenas 75% em 2023. Essa é uma vacina aplicada quase exclusivamente em grávidas e deve ser tomada em todas as gestações, justamente para proteger os recém-nascidos da coqueluche. Mas ela também protege a gestante e o bebê contra o tétano e a difteria. Muitas mulheres em fase de gestação, no entanto, não estão se vacinando.

A jornalista e atriz Natália Gadioli, está grávida pela segunda vez e vai tomar a dTpa assim que atingir o tempo recomendado, de 20 semanas de gestação. Ela alerta, no entanto, sobre o que pode estar afastando as gestantes das salas de vacina. “Infelizmente, a gente vê muita fake news, muita desinformação, que tenta assustar as pessoas. E isso acaba prejudicando individualmente e coletivamente. É uma pena, sempre que posso tento combater de alguma forma e defender a vacina para todos. Especialmente nessa fase de gestação, quando é muito importante a gente se cuidar e proteger o bebê”.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações Juarez Cunha explica que a chamada hesitação vacinal é causada por muitos fatores. O maior deles é a falta de percepção de risco. No auge da pandemia, com 4 mil mortes por dia, todo mundo queria se vacinar contra a covid-19, por exemplo. Hoje, que o número de vítimas é menor, mas ainda soma centenas por semana, é difícil atingir a cobertura das doses de reforço. Cunha chama a atenção para o desafio da comunicação em tempos de infodemia – a pandemia de desinformação. Especialmente porque até profissionais da saúde têm disseminado discurso contra as vacinas, o que tem atingido em cheio as grávidas e os responsáveis por crianças.

“Se eu chego a ter 70%, 75% [de cobertura], significa que tenho ali uns 20% hesitantes. E é com esses hesitantes que a gente tem que falar. Por isso, é preciso preparar muito bem os profissionais da rede, que têm que saber responder, têm que estar bem informados. Se um médico te diz que não deve fazer de jeito nenhum e você chega a uma unidade de saúde e repassa essa informação, como é que o profissional vai questionar isso? Ele tem que estar muito bem informado”, afirma Cunha.

A última vez que o Brasil teve um surto de coqueluche foi em 2014, mas o Ministério da Saúde alertou, na semana passada, que vários países têm registrado aumento de casos e essa onda pode chegar por aqui. Até o começo de abril, foram 31 infecções comprovadas, e mais de 80% delas em bebês de até seis meses. O Sistema Único de Saúde (SUS) também vacina os bebês contra a coqueluche, mas apenas a partir dos dois meses de idade, completando o esquema aos seis meses. Ou seja, as maiores vítimas da coqueluche dependem totalmente da vacinação na gravidez para não adoecer.

Para a ginecologista Nilma Neves, os profissionais que acompanham o pré-natal devem não somente prescrever as vacinas, mas também conferir se elas foram tomadas e questionar as grávidas sobre suas dúvidas e receios. Até porque muitas têm medo de tomar qualquer substância ou remédio e acabar afetando o bebê. Nilma é vice-presidente da Comissão de Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e chama a atenção para outro grande problema que tem afetado as coberturas vacinais

“As salas de vacinas dos postos de saúde não abrem aos sábados e muitas gestantes trabalham. Ela não consegue ir durante a semana. E até mesmo quando vão fazer o pré-natal, acontece de alguns postos só terem a técnica de enfermagem especializada em vacinas, de manhã ou só à tarde. Então, isso dificulta o acesso da gestante para tomar as vacinas”.

No caso da vacina contra a gripe, nem o chamado Dia D, com aplicação aos sábados, consegue fazer com que a meta de cobertura seja alcançada. Atualmente, as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste estão em campanha. Mais de 1,7 milhão de grávidas fazem parte do público alvo e nem um quarto delas se vacinou. O imunizante protege contra três cepas do vírus Influenza. Ao contrário do que muitos pensam, não é só um resfriadinho. A influenza é um dos principais causadores da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que pode levar à morte, especialmente de pessoas vulneráveis, como bebês e grávidas.

Outro grande causador da síndrome é a covid-19, que também pode provocar inflamação em diversas partes do corpo. Há evidências de relação entre a covid e efeitos como aborto espontâneo, restrição de crescimento no útero e parto prematuro. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já identificou que o número de mortes entre grávidas ou pessoas que acabaram de dar à luz nos dois primeiros anos da pandemia foi quase 70% a mais do que o habitual. Ainda assim, a vacina contra a covid-19 encontra grande resistência. Gestantes e puérperas devem tomar a nova vacina monovalente xbb da Moderna, que está sendo aplicada pelo SUS.

A diretora médica de vacinas da América Latina da Adium, farmacêutica que distribui o imunizante no Brasil, Glaucia Vespa, explica por que elas não devem ter medo. “Quando a gente desenvolve uma vacina, temos etapas. A primeira é o que chamamos de pré-clínica, que é quando fazemos as pesquisas no laboratório, aí começamos com a fase clínica que é onde a vacina é estudada em seres humanos. Concluído o desenvolvimento clínico, é feito um dossiê submetido às agências regulatórias. Quando o produto chega [à população], continuamos acompanhando. Por isso, as vacinas não mentem: sua eficácia e segurança são comprovadas em estudos”.

De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início da vacinação contra a doença em 2021, quase 2,3 milhões de mulheres se vacinaram. Mas esse número é inferior à previsão de gestantes e puérperas que devem se vacinar somente este ano, cerca de 2,24 milhões. O gerente médico de vacinas da Farmacêutica GSK, Marcelo Freitas, destaca a importância do envolvimento familiar para que a estratégia vacinal das gestantes avance. Quando a família toda se vacina, é mais difícil que um indivíduo fique para trás, além de formar um círculo de proteção para o bebê. No caso da coqueluche, é inclusive recomendada a estratégia Coccoon, ou casulo.

“A coqueluche é uma infecção altamente contagiosa, e sabemos que as pessoas em volta da criança, que convivem mais com ela, têm papel fundamental na transmissão. Coccoon é justamente você cercar a criança de pessoas vacinadas, bloquear a transmissão. É preciso lembrar que as vacinas têm efeito muito importante individualmente – reduzem infecção, impedem a progressão para quadros graves, a hospitalizações e óbitos, mas também têm papel fundamental coletivamente, o de redução de transmissão de doenças em surtos e epidemias”.

O calendário básico de vacinação do SUS também recomenda que as gestantes recebam a vacina contra a hepatite B, caso não tenham sido imunizadas anteriormente, ou completem o esquema de três doses se ele estiver incompleto. Também é preciso iniciar ou completar a imunização com a DT, que protege contra tétano e difteria em três doses, com reforço a cada dez anos.

Nilma Neves reforça que o ideal é que antes mesmo de engravidar, as famílias confiram o cartão de vacinas da gestante. “É muito importante que ela receba a tríplice viral, por exemplo, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e não pode ser tomada na gestação”.

As informações são da Agência Brasil

Imunização coletiva beneficia até quem não se vacina

Além de permitir que o organismo se defenda de infecções e evite quadros graves de diversas doenças transmissíveis, a vacinação, quando realizada em larga escala, reduz a circulação geral de vírus e bactérias. Conhecido popularmente como imunidade coletiva ou imunidade de efeito rebanho, o cenário beneficia, portanto, até quem não recebeu a dose.

No Dia Nacional da Imunização, lembrado neste domingo (9), o Instituto Butantan destaca que a proposta é reforçar não apenas o impacto individual das vacinas, mas também o coletivo. Diante de uma população amplamente imunizada, vírus e bactérias não encontram portas abertas para adentrar no organismo e seguir se replicando, diminuindo seu poder de transmissão.

“É por isso que a defesa invisível que cada indivíduo imunizado carrega ajuda a proteger outras pessoas de seu convívio que, porventura, não possam ser vacinadas – caso das grávidas; dos portadores de alergia e de outras comorbidades, como doenças neurológicas; e até dos recém-nascidos, a depender do tipo da vacina”, destalhou o Instituto Butantan.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que que a vacinação contra 14 doenças transmissíveis, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, coqueluche, poliomielite e febre amarela, salvou 154 milhões de vidas e reduziu em 40% o número de mortes infantis em todo o mundo ao longo dos últimos 50 anos.

Caso de sucesso

O Butantan avalia como exemplo de êxito o caso da varíola, que se tornou a primeira doença transmissível erradicada do planeta. “O esforço global liderado pela OMS, iniciado no final dos anos 1960, estendeu-se por mais de uma década e contou com o empenho de milhares de profissionais de saúde, que foram responsáveis por administrar mais de meio bilhão de vacinas no período.”

Causada pelo Poxvirus variolae, a doença provoca um quadro infeccioso severo que se caracteriza pela formação de erupções na pele. A enfermidade matou mais de 300 milhões de pessoas ao longo dos 80 anos em que esteve ativa.

Programa de imunizações

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza, de forma gratuita, 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas.

De acordo com o Ministério da Saúde, há doses destinadas a todas as faixas etárias, além de campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação.

“As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças preveníveis pela vacinação. Quando adotadas como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde considerando o custo-benefício”, avaliou a pasta.

No Brasil, o Calendário Nacional de Vacinação contempla não apenas crianças, mas adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas, na rotina de imunização, 19 vacinas. O calendário completo pode ser acessado aqui.

As informações são da Agência Brasil.

Mais de 70 mil crianças foram imunizadas no Dia D contra a Poliomielite no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o balanço da do Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizado neste sábado (8), em todo o Paraná. Segundo dados parciais, repassados pelas 22 Regionais de Saúde, foram vacinadas 70.772 crianças com o imunizante que protege contra formas graves de paralisia infantil.

Desse total, 70.042 crianças com menos de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) foram imunizadas com a Vacina Oral Poliomielite (VOP) – duas gotinhas- pois já estavam com o esquema básico com três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) completo e 730 crianças menores de 1 ano atualizaram a situação vacinal do esquema primário.

A movimentação nas mais de 1,6 mil salas de vacinação começou no início da manhã e seguiu até o fim da tarde, com alguns municípios estendendo até as 21h, a fim de garantir uma maior adesão da população.

A mobilização estadual, com foco nas crianças elencadas para a campanha e contou com a participação de cerca de 9 mil profissionais de saúde distribuídos nos 399 municípios paranaenses.

“Para nós da saúde é um dia glorioso, para atualizar a carteira vacinal. O apelo é principalmente pelas nossas crianças para a erradicação de vez da poliomielite. Nenhuma doença é erradicada por decreto e sim com a vacina no braço. Para que não tenhamos mais esse fantasma nos rondando, temos que vacinar nossas crianças”, enfatizou e secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

A campanha vacinal nacional começou em 27 de maio e segue até a próxima sexta-feira (14), e objetiva reduzir o risco de reintrodução da doença já erradicada no país. No Paraná, o último caso registrado foi em 1986.

OUTRAS DOENÇAS – Além da imunização contra a poliomielite, também foram aplicadas vacinas das campanhas vigentes, como a da gripe, que teve maior procura, com 58.156 doses aplicadas.

Muitas pessoas aproveitaram para se imunizar contra a Covid-19, com 13.080 registro de doses e 23.327 colocaram em dia as vacinas de rotina, como a tríplice viral, febre amarela, hepatite e pentavalente. Dentro da faixa etária de 10 a 14 anos, 970 pessoas foram vacinas contra a dengue.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Curitiba fará Dia D Contra a Pólio neste sábado com dez unidades de saúde abertas

Curitiba realiza neste sábado (8/6), o Dia D Contra a Pólio. Ao todo, dez unidades estarão abertas em todo o município, das 9h às 17h, oferecendo a vacina contra a pólio e também todos os demais imunizantes do calendário nacional. A ação faz parte da Campanha Nacional contra a Pólio, iniciada em 27 de maio, em todo o país.

Durante a campanha, que vai até o dia 14 de junho, todas as crianças de 1 ano a 4 anos – mesmo as que estão com a carteira vacinal em dia – devem ser levadas às unidades de saúde para receber uma dose extra da vacina contra a poliomielite, a famosa “gotinha”, reforçando a proteção dos pequenos e ampliando a barreira contra a possível circulação do vírus.

Em Curitiba, o público-alvo estimado da campanha é de 72.033 crianças de 1 a menores de 5 anos.

“Este sábado é um excelente momento para as famílias fazerem atualização das carteiras de vacinação e também aproveitar para aderir à campanha, no caso das crianças na faixa etária de 1 a 4 anos”, afirma a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Vacinas disponíveis

Durante o Dia D, além da gotinha extra da vacina da poliomielite, serão oferecidas todas as vacinas do calendário de rotina (confira no site Imuniza Já Curitiba o calendário completo).

Entre as vacinas de rotina oferecidas estão: BCG, hepatite B, pentavalente, VIP/VOP (pólio), rotavírus, meningo C, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite A, dupla adulto, HPV, dTpa adulto, pneumo 10, meningo ACWY e DTP (tríplice bacteriana), aplicadas conforme recomendação do Calendário Nacional de Vacinação.

Estará disponível também a vacina contra a gripe para todos com 6 meses ou mais. Já a vacina contra a covid-19 estará disponível para as crianças de 6 meses a menores de cinco anos e para todos com cinco ano ou mais que façam parte do público prioritário (veja mais detalhes no site Imuniza Já).

Poliomielite

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus. A doença não tem tratamento específico e pode causar sequelas graves, como paralisia dos membros (em geral, das pernas), insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. A principal ferramenta para evitar a doença é a vacinação.

O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. Em 2023, no entanto, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas. Para essa classificação foram considerados o desempenho das coberturas vacinais do país, entre outros aspectos.

“Não podemos correr o risco de essa doença voltar a circular entre nós. Isso só será possível com o aumento da cobertura. A vacina é um ato de amor e de proteção, evita o risco de as nossas crianças sofrerem as sequelas graves que essa doença pode causar”, diz Beatriz. “Quem ama, vacina”, completa.

Em Curitiba, a cobertura da vacina inativada da poliomielite (VIP), indicada para menores de 1 ano, atualmente está em 88,2%. Já a cobertura da Vacina Oral Poliomielite (VOP), a famosa “gotinha”, está em 86,5% para primeiro reforço. Já a cobertura da campanha até este momento está em 3,2%. A meta de cobertura indicada pelo Ministério da Saúde, tanto para a rotina, como para a campanha, é de 95%.

Esquema vacinal da Polio

As crianças menores de 1 ano de idade deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário, que prevê três doses da VIP.

Os pequenos de 1 a 4 anos, que já receberam as três doses da VIP, vão receber, até 14 de junho, uma dose extra da VOP (a “gotinha”), independentemente de já terem recebido reforços dessa vacina ou de terem participado de campanhas anteriores. Caso seja verificado a falta de alguma dose do esquema básico, as equipes de saúde vão fazer a atualização da carteira vacinal dos curitibinhas.

Unidades que abrirão neste dia D conta a Pólio e de Multivacinação (8/6), das 9h às 17h:

Distrito Sanitário CIC
Unidade de Saúde Tancredo Neves
Rua Professora Hilda Hank Gonçalves, 435 – Cidade Industrial

Distrito Sanitário Pinheirinho
Unidade de Saúde Vila Feliz
Rua Pedro Gusso, 866 – Novo Mundo

Distrito Sanitário Matriz
Unidade de Saúde Mãe Curitibana
Rua Jaime Reis, 331 – Alto do São Francisco

Distrito Sanitário Santa Felicidade
Unidade de Saúde São Braz
Rua Antonio Escorsin, 1960 – São Braz

Distrito Sanitário Tatuquara
Unidade de Saúde Monteiro Lobato
Rua Olivio José Rosetti, 538 -Tatuquara

Distrito Sanitário Bairro Novo
Unidade de Saúde Bairro Novo
Rua Paulo Rio Branco de Macedo, 791 – Sítio Cercado

Distrito Sanitário Portão
Unidade de Saúde Santa Quitéria II
Rua Bocaíuva, 310 – Santa Quitéria

Distrito Sanitário Cajuru
Unidade de Saúde Iracema
Rua Professor Nivaldo Braga, 1571 – Capão da Imbuia

Distrito Sanitário Boqueirão
Unidade de Saúde Visitação
Rua Bley Zorning, 3136 – Boqueirão

Distrito Sanitário Boa Vista
Unidade de Saúde Bairro Alto
Rua Jornalista Alceu Chichorro, 314 – Bairro Alto

As informações são da Prefeitura de Curitiba.

Brasil pode retomar a certificação de País livre de Sarampo

O Brasil completou, nesta quarta-feira (5), dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país poderá retomar a certificação de ‘livre de sarampo’. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde.

A certificação de país livre do sarampo foi conquistada pelo Brasil em 2016. O intenso fluxo migratório de países vizinhos, a partir de 2018, especialmente da Venezuela, associado às baixas coberturas vacinais, reintroduziu o vírus em território nacional.

Segundo Ministério da Saúde, desde 2019, no entanto, o número de casos de sarampo está em queda. Caiu de 20.901 registros, naquele ano, para 41 casos, em 2022. O último caso foi confirmado em 5 junho de 2022, no Amapá.

“Para que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar”, afirma, em nota, o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).

Ainda neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos da doença na Europa como “alarmante”. Foram mais de 58 mil infecções pelo vírus em 41 países ao longo de 2023, um aumento em relação aos últimos três anos.

Tríplice viral

Disponível em unidades básicas de saúde, a tríplice viral é uma das vacinas ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação, cujo esquema vacinal corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Esse imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – três doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram responsáveis por epidemias no passado.

A cobertura da primeira dose dessa vacina aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, diz o Ministério da Saúde. Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem subir, antecipou a pasta, já que alguns estados têm bases próprias e as atualizações podem demorar a chegar à rede nacional.

As informações são da Agência Brasil