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Estudo aponta que aumento da dengue está associado às mudanças climáticas e ao desmatamento

As constantes ondas de calor causadas pelas mudanças climáticas associadas à urbanização incompleta e à grande circulação de pessoas em determinadas áreas estão influenciando na expansão da dengue para o interior do país. Isso é o que revela o estudo Mudanças climáticas, anomalias térmicas e a recente progressão da dengue no Brasil, publicado no portal Scientific Reports da Nature. O texto é de autoria do pesquisador Christovam Barcellos, do Observatório de Clima e Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

No artigo, Barcellos ressalta que a dengue vem se espalhando para as regiões Sul e Centro-Oeste, onde a doença não era tão comum. Isso está ocorrendo por conta do aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos, como secas e inundações. Além disso, outro fator decisivo seria a degradação ambiental, especialmente no Cerrado, que vem sofrendo com o desmatamento, queimadas e conversão de florestas em pasto.

“No interior do Paraná, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, o aumento de temperaturas está se tornando quase permanente. A gente tinha cinco dias de anomalia de calor, agora são 20, 30 dias de calor acima da média ao longo do verão. Isso dispara o processo de transmissão de dengue, tanto por causa do mosquito quanto pela circulação de pessoas”, explica Barcellos. “Nessas regiões que estão sofrendo com altas de temperatura, também temos visto um desmatamento muito acelerado. E dentro do Cerrado Brasileiro há as cidades que já têm ilhas de calor, áreas de subúrbio ou periferias com péssimas condições de saneamento, tornando mais difícil combater o mosquito”.

O estudo utilizou técnicas de mineração de dados para avaliar a associação entre anomalias térmicas, fatores demográficos e mudanças nos padrões de incidência de dengue ao longo de um período de 21 anos (2000-2020) nas microrregiões do Brasil. O artigo também é assinado pelos pesquisadores Vanderlei Matos, do Observatório de Clima e Saúde do Icict/Fiocruz; e Rachel Lowe e Raquel Martins Lana, do Centro de Supercomputação de Barcelona, com o qual o Observatório mantém cooperação técnica por meio do projeto Harmonize.

As informações são da Agência Fiocruz de Notícias

Paraná decreta situação de emergência em saúde pública para dengue

O Governo do Estado decretou nesta quinta-feira (14) situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) devido ao aumento no número de casos e óbitos confirmados pela doença nas últimas semanas. O decreto 5.183/2024 terá vigência por 90 dias e tem como finalidade reforçar ações adotadas para o controle e combate à doença.

Entre os principais pontos do documento estão a intensificação das visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, recomendações relacionadas ao uso de larvicidas e a importância do cumprimento das determinações sanitárias estabelecidas pelo Sistema Único Saúde (SUS), entre as quais o dever da população facilitar a aplicação de medidas sanitárias relativas às doenças transmissíveis, como visitas domiciliares.

A declaração permite, ainda, dar mais agilidade na destinação de recursos do governo estadual e federal aos municípios, evitando trâmites usuais, e facilitando, por exemplo, o processo de aquisição de insumos e medicamentos.

“Essa é uma medida preventiva, de caráter excepcional. O Estado tem realizado um grande esforço para reduzir o número de casos da doença, tanto em aporte financeiro como em apoio especializado aos municípios. O decreto permite reforçar essas ações, somando mais forças no combate à dengue”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Somente no último boletim epidemiológico, divulgado nesta terça-feira (12), foram registradas 34.996 novas notificações, 17.044 casos e 12 mortes. Agora o Paraná soma 222.590 notificações com 90.972 confirmações e 49 óbitos no período sazonal 2023/2024, iniciado em agosto.

Dentre os 399 municípios paranaenses, 397 já registraram notificações por dengue. Destes, 366 já possuem casos confirmados, quase 92% do Estado. A incidência de casos autóctones (transmitidos dentro do Estado) chegou a 697 casos por 100 mil habitantes. Vinte e seis municípios já decretaram situação de emergência no Paraná.

O Paraná é atualmente o 4º estado do País com a maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal, conforme dados do Informe nº 5 do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde.

MOBILIZAÇÃO – O secretário também confirmou uma mobilização entre Estado e municípios, no próximo sábado (16), para reforçar as ações de limpeza e conscientização contra a dengue. A ação unirá equipes municipais e estaduais e deverá, ao longo do dia, fortalecer a prevenção e controle da doença, sobretudo com a orientação da população para remoção de criadouros.

“O combate à dengue acontece diariamente no Paraná, mas pedimos uma atenção especial para este sábado, quando teremos uma grande união em prol dessa luta. É um apelo a todos os cidadãos e cidadãs paranaenses para que continuem seguindo as medidas orientativas, principalmente para a remoção dos possíveis focos do mosquito em ambientes domiciliares”, disse.

RECURSOS – Na última semana, a Sesa anunciou um pacote de R$ 93 milhões em recursos para fortalecer o combate à dengue nos municípios. O montante tem como finalidade fortalecer ações de prevenção, promoção e proteção da saúde dos municípios, garantindo incrementos para compra de medicamentos, incentivo a hospitais de referência e aquisição de tablets para otimizar o trabalho de agentes de campo.

DENGUE – A doença é dividida em três fases clínicas (febril, crítica e de recuperação): a fase febril ocorre nos primeiros três dias do início dos sintomas; a fase crítica ocorre após o terceiro dia, sendo a da diminuição da febre, podendo surgir os sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa); e a fase de recuperação ocorre aproximadamente no sexto dia evoluindo com progressiva melhora clínica.

A pasta alerta ainda para os principais sintomas da dengue: febre, cefaleia, fraqueza muscular (adinamia), mialgias (dor muscular), dor nas articulações (artralgia) e a dor retro-orbitária. Caso tenha algum desses sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Paraná registra 17 mil novos casos e 12 óbitos por dengue em uma semana

O Paraná atingiu nesta terça-feira (12) o maior número de novos casos de dengue em uma semana deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023. São 17.044 casos a mais do que o registrado no boletim da semana passada, totalizando agora 90.972 casos confirmados da doença. O informe semanal publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) traz também 12 novos óbitos, ocorridos entre os dias 7 de janeiro e 27 de fevereiro.

Este é o 27º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa. O boletim registrou, também, 222.590 notificações, 55.247 casos em investigação e 70.251 descartados. Dos 399 municípios paranaenses, 333 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e 397 tiveram notificações.

As Regionais de Saúde com mais casos confirmados são a de Apucarana (17.780 casos), Cascavel (11.079), Francisco Beltrão (8.782), Londrina (7.951) e Maringá (7.739). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (11.793), Londrina (6.289), Cascavel (4.448), Maringá (4.184), Paranavaí (3.331), Ivaiporã (2.342), Quedas do Iguaçu (2.256), Dois Vizinhos (2.249), Jandaia do Sul (1.727) e Antonina (1.725).

As 12 mortes que constam neste informe são de pessoas entre dois e 92 anos, cinco delas sem comorbidades. Três óbitos ocorreram na Regional de Cascavel, nos municípios de Boa Vista da Aparecida, Lindoeste e Nova Aurora; dois óbitos foram na Regional de Paranavaí, ambos no município de Planaltina do Paraná; dois óbitos aconteceram na Regional de Londrina, em Rolândia e Londrina; e dois óbitos foram na Regional de Toledo, nos municípios de Terra Roxa e Toledo. Maringá, Siqueira Campos e Santa Terezinha de Itaipu registraram um óbito cada.

CHIKUNGUNYA – O novo boletim confirmou, ainda, nove novos casos de chikungunya, somando 88 confirmações da doença. Do total de casos, 55 são autóctones. Há, ainda, 294 casos em investigação e 794 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 79 notificações.

SINTOMAS – A Sesa alerta para os sintomas da dengue: febre, cefaleia, fraqueza muscular (adinamia), mialgias (dor muscular), dor nas articulação (artralgia) e a dor retro-orbitária.

A doença é dividida em três fases clínicas (febril, crítica e de recuperação): a fase febril ocorre nos primeiros três dias do início dos sintomas; a fase crítica ocorre após o terceiro dia, sendo a da diminuição da febre, podendo surgir os sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa); e a fase de recuperação ocorre aproximadamente no sexto dia evoluindo com progressiva melhora clínica.

A coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, lembra que um diagnóstico e tratamento oportunos podem favorecer uma recuperação rápida. “Em caso de suspeita de dengue, a indicação é procurar a unidade de saúde mais próxima. O tratamento é iniciado já na suspeita do caso, não sendo necessário aguardar o resultado laboratorial (biologia molecular ou sorologia) para iniciar o protocolo de Manejo Clínico da Dengue. A hidratação é uma das medidas mais eficazes para que pacientes suspeitos de dengue tenham uma recuperação rápida”, reforça.

PREVENÇÃO – Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, além da zika e chikungunya, que também são transmitidas pelo mesmo mosquito. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, por isso algumas ações da população são tão importantes no enfrentamento à doença:

– Não deixar água parada, eliminando os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evitando desta forma a procriação.

– Não acumular água em pratos de vasos de plantas. Colocar areia fina até a borda do pratinho.

– Não juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, embalagem plástica e de vidro, copo descartável) e guardar garrafas vazias de cabeça para baixo.

– Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana. Caso precise mantê-los, guarde em local coberto.

– Deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada.

– Limpar frequentemente as calhas e a laje das casas.

– Manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana.

– Preservar o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas.

– Não jogar lixo em terrenos baldios, construções e praças.

– Permitir sempre o acesso do agente de combate a endemias em sua residência ou estabelecimento comercial.

Confira o boletim AQUI. Mais informações sobre a dengue estão no site oficial.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Ministério da Saúde incorpora teste molecular para detecção do HPV em mulheres

A eliminação do câncer de colo de útero como problema de saúde pública no Brasil é prioridade para o Ministério da Saúde. Para apoiar um diagnóstico mais rápido e preciso, a Pasta incorporou ao SUS a tecnologia de testagem molecular para detecção do vírus HPV e rastreamento do câncer do colo do útero. A portaria foi publicada, nesta sexta-feira (8), no Diário Oficial da União. Em 2023, foram investidos R$ 18 milhões em um projeto piloto de testagem realizado em Pernambuco.

A decisão de incorporar a estratégia para uso em todo o território nacional é um ganho para as mulheres, já que além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, traz a vantagem do aumento do intervalo de realização do exame. Enquanto a forma atual de rastreio, por meio do exame Papanicolau, deve ser realizada a cada três anos e, em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a testagem é recomendada a cada cinco anos. Essa mudança traz melhor adesão e facilita o acesso ao exame.

Para o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha, a incorporação é marco de uma gestão que, ciente da diversidade e desigualdades do país, busca disponibilizar tratamentos que atendam, de fato, às necessidades da população e facilitem o acesso à saúde. “O câncer de colo de útero tem causa conhecida e ainda atinge muitas mulheres, principalmente, mulheres em situação de vulnerabilidade. Esse aumento na precisão, na eficiência e no intervalo do rastreamento é um grande ganho, já que facilita o acesso colocando uma inovação tecnológica de grande impacto à serviço da vida da população brasileira”, afirmou.

Quarta causa de óbito entre mulheres

Estimativas indicam que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com câncer de colo de útero no Brasil todos os anos. Apesar de ser uma doença que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de óbito pela doença em mulheres — principalmente negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

Diferente de outros tipos de câncer, a doença tem causa conhecida: a infecção resistente por algum tipo de HPV, infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. E, embora sejam ofertadas alternativas para prevenção – tanto por meio da vacinação contra HPV, do uso de preservativos nas relações sexuais e da realização do rastreio para diagnóstico precoce — a doença segue como uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil por câncer no Brasil. Na região norte do país, por exemplo, essa é a principal causa de óbito entre as mulheres.

Recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a testagem é considerada o padrão ouro para detecção do câncer de colo de útero e integra as estratégias para eliminação do câncer do câncer de colo de útero como problema de saúde pública até 2030. A incorporação foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a já ofertada no SUS.

Avanços em pesquisas científicas

Em 2023, as chamadas públicas para estudos transdisciplinares em saúde coletiva, evidências em saúde, e saúde de precisão, realizadas pela Pasta, revelaram um significativo avanço na promoção da equidade de gênero na pesquisa científica. Entre os projetos selecionados, 176 mulheres foram escolhidas, destacando o papel fundamental das mulheres pesquisadoras nesses campos.

Na Chamada Nº 21/2023, que abrange estudos transdisciplinares em saúde coletiva, dos 201 projetos aprovados, 130 são liderados por mulheres, 64% do total. A Chamada 22/2023, focada em evidências em saúde, registrou 8 projetos coordenados por mulheres e 4 por homens. Na Chamada Nº 16/2023 de Saúde de Precisão, 38 dos 94 projetos aprovados são liderados por mulheres.

Esses resultados refletem um compromisso crescente com a promoção da diversidade e equidade de gênero no cenário científico, impulsionando a representatividade das mulheres em áreas cruciais da pesquisa.

As informações são do Ministério da Saúde.

Perguntas e respostas sobre o que fazer no caso de suspeita de Dengue

O Instituto Butantan publicou 8 perguntas e respostas sobre o que tomar, o que evitar e a hora certa de ir ao hospital na suspeita de Dengue.

“Este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue. Ao persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado.” A frase citada há anos em propagandas de analgésicos e anti-inflamatórios precisa ser sempre lembrada, principalmente na atual epidemia de dengue.

Febre, dores no corpo, na cabeça e atrás dos olhos, além de fadiga, são os primeiros sintomas da dengue, e costumam ser tratados com estas medicações. Porém, algumas delas (veja os exemplos abaixo) podem agravar os sintomas da doença, caso se confirme o diagnóstico. Sendo assim, é importante saber detectar uma suspeita de dengue, que envolve notar se há outros casos em pessoas próximas ou na vizinhança, além de observar atentamente o conjunto de sintomas.

Outro ponto importante é entender que frutas cítricas, vegetais, chá de folhas e suplementos vitamínicos não são capazes de tratar ou curar a dengue. O motivo? Porque não há comprovação científica sobre isso.

“Não existe nenhum tratamento específico que aborde o vírus dengue e seus quatro subtipos, que diminua a intensidade dos sintomas, que evite a progressão da forma mais grave e a morte pela doença”, afirma o infectologista e gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Erique Miranda.

“Tomar uma medicação não indicada, além de não ter eficácia, pode retardar a procura pelo serviço de saúde e arriscar sua vida”, ressalta.

A melhor forma de prevenir a doença é a vacinação. O Butantan desenvolve uma candidata vacinal contra dengue, a Butantan-DV, que está em fase final de ensaios clínicos. Sua fórmula com os quatro vírus da dengue atenuados, de dose única, demonstrou uma eficácia média de 80% em artigo publicado na revista The New England Journal of Medicine. O estudo está previsto para ser finalizado em junho de 2024.

1- Por que ivermectina não cura a dengue?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde não incorporaram a ivermectina em seus protocolos contra a dengue. Sendo assim, não há recomendação do uso da ivermectina para evitar e tratar a doença.

A ivermectina é uma medicação vermífuga que chegou a ser avaliada em pesquisas básicas e estudo clínicos com amostragens pequenas, por conta do seu potencial de medicação antiviral, mas sem sucesso. Nenhum destes estudos demonstrou resposta clínica contra a dengue, ou seja, algum benefício para a saúde de quem estava com a infecção. Embora a medicação tenha mostrado algum efeito em diminuir a carga viral, não resultou em redução do tempo de sintomas e das complicações graves causadas pela doença. Em suma, os estudos mostram alguma atividade antiviral, porém não relacionada a benefício clínico contra a dengue.

2- Existe algum alimento que pode prevenir ou curar a dengue?

Não há comprovação científica de que o consumo de alimentos, como frutas, legumes e verduras, ou qualquer outro tipo, seja eficaz na prevenção da dengue ou na redução de seus sintomas. Faltam estudos clínicos que estabeleçam uma quantidade segura ou a restrição alimentar para pessoas com quadro de dengue clássica (sem gravidade), com sinais de alerta ou dengue grave.

Os resultados inconclusivos abrem espaço para “opinião de especialista”, sem rigor científico. Em resumo: se te disserem que suco de limão, própolis, chás ou outros alimentos evitam ou curam a dengue sem afirmar a quantidade ideal de consumo e nem de onde vem essa informação, questione.

3- O consumo de vitaminas pode prevenir a dengue?

Falta literatura suficiente que ligue a eficácia do consumo de micronutrientes, como vitaminas, no combate à infecção pelo vírus da dengue ou como repelente do vetor. Os estudos revisados têm limitações significativas, incluindo amostras pequenas, e não trazem detalhes de qual seria a dose de suplementação ou restrição adequada. Por isso, o consumo de vitaminas não pode ser considerado um método preventivo. Neste caso, deve-se considerar o uso de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para prevenir picadas do mosquito Aedes aegypti, principal vetor dos quatro sorotipos da dengue.

4- Quais medicamentos podem ser usados em caso de suspeita ou diagnóstico de dengue?

O principal tratamento da dengue clássica envolve tomar bastante líquido (de 60 a 80 ml por kg de peso) porque uma das características do vírus é retirar líquidos dos vasos sanguíneos. Para combater as dores no corpo e a febre, dois medicamentos são indicados: paracetamol e dipirona.

Se surgirem outros sintomas, como dores abdominais intensas, vômitos excessivos que impedem a hidratação e a alimentação, hipotensão, diminuição da quantidade de urina e sangramentos nasais e gengivais, é imprescindível procurar atendimento médico imediato. Estes sintomas indicam que a doença está se agravando.

No hospital será possível avaliar a possibilidade do diagnóstico de dengue ou de outras infecções virais semelhantes, bem como avaliar a gravidade da doença com a prova do laço (exame que testa a fragilidade dos vasos sanguíneos) e exames de sangue do tipo NS1, RT-PCR e IgM e IgG. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor.

Se o paciente tiver condições de ir de alta, deve receber orientações da hidratação (60-80mL/kg), além dos remédios para conter os sintomas e informações acerca dos sinais de agravamento da doença, que podem ocorrer entre o terceiro e o quinto dia de doença.

5- Em caso de confirmação de dengue, quais medicamentos devem ser evitados?

No tratamento da dengue clássica devem ser evitados os anti-inflamatórios não esteroidais (ibuprofeno, diclofenaco, ácido acetilsalicílico, ácido salicílico, diflunisal, salicilato de sódio, metilsalicilato) e os corticoides.

6- Por que estes remédios podem trazer malefícios?

Os anti-inflamatórios não esteroidais podem favorecer sangramentos e o aumento da acidez no sangue (acidose). Isso acontece porque eles reduzem a agregação das plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue, e costumam ser recomendados para pacientes cardíacos ou pós-acidente vascular cerebral para “afinar o sangue”. Porém, em pacientes com dengue que apresentem fragilidade dos vasos sanguíneos, tomar anticoagulantes pode acelerar o surgimento de hemorragias.

Pacientes que usam anticoagulantes regularmente devem consultar um médico imediatamente em caso de suspeita de dengue.

O uso do ácido acetilsalicílico, além de afinar o sangue, pode também alterar o seu pH em doses mais altas, deixando-o mais ácido. Associada à redução abrupta dos líquidos dos vasos sanguíneos, que também modifica a acidez do sangue, essa alteração pode causar a acidose metabólica, que pode levar à insuficiência em vários órgãos e até à morte por choque e sangramentos.

Já o uso de corticoide tem a tendência de reduzir a resposta imunológica do organismo e também de aumentar o risco de sangramentos. Para pacientes com dengue, este é mais um fator de risco para o agravamento da doença.

7- Como diferenciar os sintomas da dengue clássica da dengue com sinais de alarme e dengue grave?

Dengue clássica: consiste em um conjunto de sintomas entre os quais se destacam a febre, geralmente alta (39°C a 40°C), de início abrupto, associada à cefaleia, fraqueza muscular, dor muscular, nas articulações e atrás dos olhos, com presença ou não de manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreia entre dois a seis dias.

Dengue com sinais de alarme: entre o terceiro e quinto dia, podem surgir sintomas mais preocupantes. Nesta fase, a febre cede e pode ocorrer dor abdominal intensa, vômitos, queda brusca da pressão arterial, hepatite viral, diminuição da urina, queda abrupta na quantidade de plaquetas, sangramento de mucosas e de outras partes do corpo, como nariz, útero e gengivas. Algumas vezes vômitos excessivos impedem a alimentação, particularmente em quadros mais graves de dengue. Portanto, a baixa aceitação alimentar é um sinal de gravidade.

Dengue grave: esta nomenclatura está associada à fase mais crítica da doença. É quando ocorre o extravasamento do plasma sanguíneo, que causa hemorragias severas e pode acarretar o comprometimento de órgãos, evoluindo para um quadro de choque e até levar a óbito.

8- Qual o momento certo para procurar atendimento médico?

É fundamental buscar atendimento médico para o tratamento adequado quando se notar a presença de febre acima de 38°C, sobretudo se estiver associada a dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, mal-estar, fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo. A doença pode ser confundida com outras arboviroses, como chikungunya e zika, o que torna mais difícil o diagnóstico. Quando se notam sinais de alarme, a procura por atendimento deve ser imediata.

As informações são do Instituto Butantan

[VÍDEO] Anvisa analisa a comercialização de autotestes para o diagnóstico da Dengue

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia a possibilidade de comercialização de autotestes para dengue. A expectativa é que os testes para o diagnóstico da doença possam ser encontrados em redes de farmácias, como ocorre atualmente com os testes para a Covid-19. O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou em entrevista ao programa A Voz do Brasil, desta segunda-feira (11/03), que as tratativas com o Ministério da Saúde estão em andamento.

“Esses entendimentos já começaram. A dengue é uma doença de notificação compulsória, então é necessário que haja uma política pública, gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido. Mesmo no caso do [autoteste] que o próprio cidadão poderá realizar, é importante que os sistemas de monitoramento sejam notificados para que se possa computar todos esses dados de todo o Brasil”, destacou.

De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, o Brasil registra mais de 1,5 milhão de casos prováveis e 391 mortes pela doença. Com foco no combate à dengue, a Anvisa anunciou, na última semana, que os pedidos de registro dos testes utilizados em laboratórios e farmácias para identificar a doença serão prioridade.

A medida vale para as solicitações em andamento e as que forem protocoladas nos próximos 60 dias. O objetivo é ampliar o fornecimento de meios para o diagnóstico precoce da doença, permitindo uma resposta mais rápida no controle da epidemia.

Durante a entrevista, o diretor-presidente da Anvisa destacou, ainda, a importância da prevenção. “O repelente é uma estratégia muito importante. Nós temos mais de 600 registros de repelentes no Brasil e nada nos leva a crer neste momento que possa haver algum tipo de desabastecimento”.

“Para resolver o problema agora: combate ao foco do mosquito, prevenção contra o mosquito: uso do repelente”, concluiu Antonio Barra Torres.

Confira a entrevista completa:

As informações são da Agência Gov

Ministério da Saúde inicia pesquisa sobre sequelas da Covid-19 na população

Ministério da Saúde iniciou, nesta segunda-feira (11), a segunda fase da coleta de dados do maior estudo de base populacional sobre a Covid-19 no Brasil. A ‘Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de COVID-19 no Brasil’.

O estudo é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e encomendado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Durante o mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram covid-19 em 133 municípios brasileiros. O objetivo é levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid (covid longa), que são as sequelas da doença.

“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da Covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

Ainda segundo a secretária, não existe, até o momento, estimativas internacionais e nacionais que deem elementos sobre qual é o impacto da Covid-19 a longo prazo. “Trata-se de uma doença nova. Ainda estamos aprendendo com esse vírus, e a ‘covid longa’ nos preocupa muito. A partir desse estudo de base populacional, vamos conseguir ter informações, como quantas vezes a pessoa teve a doença e se os sintomas persistem”, explica.

De acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. “O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.

Dinâmica do Epicovid 2.0

A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.

Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. Hallal esclarece que, diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de Covid.

Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entrevistadores identificados

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.

Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho – por meio de suas secretarias municipais de Saúde – e participaram de reunião online com Pedro Hallal e integrantes do Ministério da Saúde. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.

A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

Primeiras fases do estudo

Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos.

As informações são do Ministério da Saúde.

Mulheres representam 62% no acesso ao Programa Farmácia Popular

Mais de 15 milhões de mulheres em todo o país acessaram o programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) de janeiro de 2023 a fevereiro de 2024. Elas representam 62% beneficiários do programa na retirada de medicamentos, gratuitos ou com coparticipação, e outros insumos como absorventes e fraldas geriátricas.

Desde a retomada do programa, quando iniciou a distribuição de fármacos específicos para a saúde da mulher, em 7 de junho, mais de 404 mil mulheres tiveram acesso a remédios para osteoporose e anticoncepção. A dispensação desses dois tipos específicos chegou a 3,7 milhões de unidades.

Dados do Programa Farmácia Popular também destacam o crescimento no fornecimento de medicamentos 100% gratuitos para as beneficiárias do Programa Bolsa Família após a retomada em junho de 2023. Cerca de 2,7 milhões de mulheres acessaram o programa em todo o país. Ao todo já foram retirados mais de 1 bilhão de medicamentos e fraldas geriátricas por esse público específico.

O Farmácia Popular do Brasil é um programa governamental que visa facilitar o acesso da população a medicamentos essenciais, oferecendo-os gratuitamente ou a preços reduzidos em farmácias conveniadas. Atualmente ele está presente em 4.664 municípios brasileiros e conta com 31.132 farmácias ou drogarias credenciadas em todo o país.

Mais de 1 milhão de mulheres receberam absorventes gratuitos

Desde o início da distribuição, em 17 de janeiro de 2024, o Programa Dignidade Menstrual já beneficiou mais de 1 milhão de mulheres, meninas e outras pessoas que menstruam em 3,5 mil municípios, por meio da colaboração de 15,2 mil farmácias engajadas. Com um repasse total de R$ 21,7milhões, foram distribuídos mais de 43,6 milhões de absorventes, proporcionando dignidade e conforto a quem mais precisa.

O Programa Dignidade Menstrual vai além do fornecimento de produtos, sendo uma iniciativa abrangente que promove a saúde e os direitos daqueles que menstruam. Este programa é uma política dedicada à equidade de gênero, justiça social, educação e direitos humanos. Suas estratégias incluem a qualificação e formação de agentes públicos, educação da população e oferta gratuita de absorventes higiênicos.

Além disso, o programa visa enfrentar a desinformação e conscientizar sobre a menstruação como um fenômeno natural que merece acolhimento e cuidado. Essas ações coletivas visam não apenas fornecer produtos essenciais, mas também criar oportunidades para que todas as pessoas possam acessar espaços e direitos de maneira justa e sem restrições.

As informações são do Ministério da Saúde.

Paraná amplia vacinação contra a dengue para adolescentes de 12 a 14 anos

A Secretaria de Estado Saúde recomendou, nesta quinta-feira (7), que os 30 municípios paranaenses contemplados com a vacina contra a dengue Qdenga ampliem o público-alvo. Antes destinado para crianças de 10 e 11 anos, agora o imunizante pode ser aplicado em crianças e adolescentes de 12 a 14 anos. A mudança segue a instrução da Nota Técnica nº 12/2024 da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

A ampliação também leva em conta a baixa procura pela vacina nos municípios. Segundo um levantamento preliminar da Sesa, apenas 23,5% das doses recebidas do Ministério da Saúde no dia 22 de fevereiro foram aplicadas. Em números absolutos, foram 8.252 doses aplicadas do total de 35.025 distribuídas para a 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu e a 17ª Regional de Saúde de Londrina.

“Quero convocar a população dos 30 municípios para se vacinar. Temos vacinas disponíveis, estamos preparados. Pouco mais de 20% das vacinas foram aplicadas nas nossas crianças, isso é muito pouco. Precisamos da colaboração e conscientização dos paranaenses para aumentarmos essa cobertura e proteger nossas crianças da dengue”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Ele destaca que as vacinas enviadas possuem validade até 30 de junho deste ano. “Temos pouco mais de três meses para utilizar o imunizante, o que só reforça a importância dessa ampliação e também da adesão da população”, acrescentou o secretário.

O último boletim epidemiológico da dengue, divulgado terça-feira (5) pela Sesa, registrou 32.094 novas notificações de possíveis casos da doença, 15.361 casos e 14 óbitos. Ao todo, o período epidemiológico iniciado em agosto de 2023 soma 187.594 notificações, 73.928 casos e 37 mortes

O Paraná é o 4º estado do País com a maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal, conforme dados do Informe nº 4 do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde.

VACINAÇÃO – Na 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, foram registradas 2.517 doses aplicadas e na 17ª Regional de Saúde de Londrina, 5.735. Os municípios-sede das regionais registram o maior número de aplicações – Londrina com 3.353 doses e Foz do Iguaçu com 1.619.

Confira o número de doses aplicadas por município:

9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu – 1.619

Itaipulândia – 121

Matelândia – 241

Medianeira – 146

Missal – 39

Ramilândia – 40

Santa Terezinha de Itaipu – 154

São Miguel do Iguaçu – 133

Serranópolis do Iguaçu – 24

17ª Regional de Saúde de Londrina

Alvorada do Sul – 2

Assaí – 174

Bela Vista do Paraíso – 189

Cafeara – 1

Cambé – 591

Centenário do Sul – 37

Florestópolis – 75

Guaraci – 42

Ibiporã – 215

Jaguapitã – 150

Jataizinho – 63

Londrina – 3.353

Lupionópolis – 61

Miraselva – 24

Pitangueiras – 57

Porecatu – 73

Prado Ferreira – 32

Primeiro de Maio – 1

Rolândia – 427

Sertanópolis – 49

Tamarana – 119

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

[VÍDEO] Diretoras do Simepar falam sobre as mulheres na medicina em homenagem ao dia das mulheres

As dirigentes do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) Alessandra Maria Galbiatti Pedruzzi, Andressa Costa Da Cunha, Carmela Regina Cabral Brocher e Cláudia Paola Carrasco Aguilar gravaram um vídeo com mensagens alusivas ao Dia Internacional das Mulheres celebrado em 08 de março.

Nas mensagens, as médicas sindicalistas falam da força e dos desafios que as mulheres enfrentam no cotidiano do convívio social, das injustiças e abusos a que muitas vezes são submetidas e sobre possíveis caminhos para mudar e melhorar a realidade em que vivem.

A Dra. Cláudia Paola Carrasco Aguilar afirmou que os vínculos empregatícios precarizados através de contratos como pessoas jurídicas prejudicam sobremaneira as mulheres médicas, principalmente quando engravidam, pois elas ficam sem o benefício da licença maternidade e terão dificuldades para praticar os devidos cuidados com seus bebês e para amamentá-los.

Também foram lembrados os casos de assédio e discriminação que as mulheres muitas vezes sofrem nos ambientes de trabalho. Cabe lembrar que o Simepar dispõe de um canal de denúncias em que a privacidade das/dos denunciantes é preservada, evitando retaliações. O canal de denúncias pode ser acessado aqui.

Por fim, as diretoras do Simepar fizeram um chamamento pela participação efetiva das mulheres médicas na atividade sindical. Um chamado pela união, solidariedade e acolhimento das trabalhadoras da medicina.