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Estudo aponta que taxas de suicídios e autolesões aumentam no Brasil

A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, neste mesmo período. Esses resultados foram encontrados na análise de um conjunto de quase 1 milhão de dados, divulgados em um estudo recém-publicado na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de Harvard.

“As taxas de notificação por autolesões aumentaram de forma consistente em todas as regiões do Brasil no período que analisamos. Isso também aconteceu com o registro geral de suicídios, que teve um crescimento médio de 3,7% ao ano”, explica Flávia Jôse Alves, pesquisadora do Cidacs/Fiocruz e líder da investigação. Para chegar às conclusões, a equipe analisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Redução global, mas aumento nas Américas

Apesar da redução de 36% no número de suicídios em escala global, as Américas fizeram o caminho inverso. No período entre os anos 2000 e 2019, a região teve aumento de 17% nos casos. Nesse período, o número de casos no Brasil subiu 43%.

Em relação aos casos de autolesões no Brasil, a pesquisa do Cidacs/Fiocruz constatou que, em 2022, houve aumento das taxas de notificação em grupos de todas as faixas etárias, desde os 10 aos mais de 60 anos de idade.

A pesquisa também avaliou dentro desse período os números de suicídios e autolesões em relação a raça e etnia no país. Enquanto há um aumento anual das taxas de notificação por essas lesões autoprovocadas em todas as categorias analisadas – indígenas, pardos, descendentes de asiáticos, negros e brancos – o número de notificações é maior entre a população indígena, com mais de 100 casos a cada 100 mil pessoas.

“Mesmo com maior número de notificações, a população indígena apresentou as menores taxas de hospitalização. Esse é um indício forte de que existem barreiras no acesso que essa população tem aos serviços de urgência e emergência. Existem diferenças entre a demanda de leitos nos hospitais e quem realmente consegue acessá-los, e isso pode resultar em atrasos nas intervenções”, afirma a pesquisadora.

Estabilidade na pandemia de Covid-19

Com a mudança da dinâmica nas relações sociais durante a pandemia de Covid-19, aumentaram as discussões sobre transtornos mentais como ansiedade e depressão. No entanto, de acordo com Flávia Jôse, o registro de suicídios permaneceu com uma tendência crescente ao longo do tempo, não tendo apresentado uma mudança no período da pandemia. “Apesar de ter sido um dos países mais afetados pela pandemia, outras pesquisas já relataram que as taxas de suicídio no período se mantiveram estáveis. O principal aqui é que, independentemente da pandemia, o aumento das taxas foi persistente ao longo do tempo”, explica.

Riscos multifatoriais e políticas necessárias

Segundo as pesquisadoras, ter dados de qualidade disponíveis é uma estratégia importante de prevenção e monitoramento do suicídio. O acesso a estes dados ainda é um problema grande no mundo todo, seja por estigma ou questões legais: “O Brasil sai na frente nesse sentido, porque tem três diferentes bases de dados com essas informações, e elas podem ser usadas para revelar evidências que a gente pode não ver ao analisar um banco único”, afirma Flávia.

Estudos anteriores do Cidacs/Fiocruz já associaram o aumento do número de suicídios com o aumento das desigualdades sociais e da pobreza e com o crescimento da prevalência de transtornos mentais, que causam um impacto direto nos serviços de saúde, além de relatar as variações nas taxas em relação a cada região. Segundo Flávia, o estudo atual enfatizou a importância de mais políticas e intervenções: “Estamos reforçando a necessidade de mais estratégias de prevenção ao suicídio ao trazermos estes resultados”, conclui.

As informações são da Agência Fiocruz de Notícias

Paraná e mais três estados se unem em ações de combate à dengue nas divisas

Os estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais promovem, nesta terça-feira (20), o “Dia D Todos Contra a Dengue”, com ações conjuntas de prevenção à doença e combate ao mosquito Aedes aegypti. A iniciativa é promovida pelas respectivas Coordenadorias Estaduais de Proteção e Defesa Civil e é focada, principalmente, nos municípios que fazem limite geográfico entre esses estados.

O Dia D marca o início das ações que serão desenvolvidas ao longo de toda a semana, com o objetivo de unir esforços para impedir o avanço da doença, em especial nas cidades de divisa. No Paraná, as atividades envolvem municípios das regiões Noroeste, Norte e Norte Pioneiro com medidas de prevenção e orientação à população. Isso inclui a intensificação das ações operacionais, como vistorias em residências e espaços públicos.

Os agentes do Sistema de Proteção e Defesa Civil, juntamente às secretarias municipais da Saúde e outros órgãos competentes, também realizarão simultaneamente, a partir das 8h, mutirões de limpeza, eliminação de criadouros, campanha de conscientização, em escolas, igrejas, associações e órgãos públicos.

Outra medida diz respeito à parte documental. As Defesas Civis também vão auxiliar os municípios na confecção de decretos de situação de emergência, para a possibilidade de obtenção recursos federais, além de fazer o levantamento de dados para relatórios de acompanhamento, tanto sobre a situação atual, quanto nas semanas seguintes à ação.

No Paraná, a ação será realizada nos municípios de Andirá, Cambará, Carlópolis, Centenário do Sul, Centenário do Sul, Centenário do Sul, Doutor Ulysses, Guaíra, Guaraqueçaba, Icaraíma, Jacarezinho, Leópolis, Nova Londrina, Primeiro de Maio, Querência do Norte, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santa Inês, Santana do Itararé, Santo Antônio do Caiuá, São José da Boa Vista, São Pedro do Paraná, Sengés e Terra Rica.

INTEGRAÇÃO – Para o coordenador estadual da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schünig, a iniciativa integrada mostra o compromisso de ação conjunta e a preocupação compartilhada entre os estados para frear a doença. “Este é o momento de unirmos esforços para apoiar as secretarias de Saúde no combate à dengue, mostrando a força e capacidade técnica e operativa das nossas Defesa Civis”, destacou.

“É um momento muito importante de unirmos forças para combater o Aedes aegypti. Os casos da doença aumentam a cada dia, em várias regiões do País, e isso nos mostra que o mosquito não respeita os limites das fronteiras”, ressaltou o coordenador de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo, coronel Henguel Ricardo Pereira. “Por isso, precisamos integrar nossas ações com os demais estados para que, juntos, possamos conscientizar o maior número de pessoas. Essa luta contra a dengue é de todos nós”.

Em Minas Gerais, a operação vai ocorrer em todo Estado, através da atuação regionalizada dos agentes. “Investir na autoproteção e na formação de uma cultura de resiliência é o melhor caminho para a defesa da vida e para cumprir a missão da Defesa Civil de proteger as pessoas. Nosso objetivo é unir esforços para impedir o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti”, completou o coordenador Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais, coronel Frederico Otoni Garcia.

CAMPANHA – No último dia 9 de fevereiro, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lançou uma nova campanha de combate à dengue. O objetivo é alertar a população sobre prevenção da doença, com os cuidados para evitar a reprodução do mosquito transmissor do vírus.

A campanha está sendo vinculada na televisão, jornais, portais de internet e redes sociais. Com o mote “Olha a dengue aí!”, ela vai reforçar a importância de a população limpar seus quintais e outras áreas que possam acumular água – ambiente ideal para a procriação do mosquito – ressaltando que é fundamental a participação de toda sociedade.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Notificação de infecções pelo vírus HTLV passa a ser compulsória

Infecções pelo vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) em gestantes, parturientes, puérperas e crianças expostas ao risco de transmissão vertical passaram a ser de notificação compulsória no Brasil. Isso significa que profissionais de saúde de serviços público e privado devem comunicar obrigatoriamente os casos ao Ministério da Saúde.

Em nota, a pasta informou que a inclusão do HTLV na lista nacional de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública permite estimar o número de pessoas com o vírus e a quantidade de insumos necessários, além de qualificar a rede de atenção para atendimento dessa população.

O próximo passo, de acordo com o ministério, é a definição – entre entes federal, estaduais e municipais – do rastreamento universal de gestantes e testes confirmatórios, conforme aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) este ano.

“Além disso, serão realizadas as definições dos casos e instrumentos para notificação; a qualificação das equipes de vigilância epidemiológica municipais e estaduais; o estabelecimento do fluxo de notificação; e o monitoramento dos casos”, completou a pasta.

Vírus

O HTLV, da mesma família do HIV, foi descoberto na década de 1980. O vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico e possui a capacidade de fazer com que percam sua função de defender o organismo.

A infecção está associada a doenças inflamatórias crônicas como leucemia, linfoma de células T do adulto (ATLL) e mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM). Outras manifestações como a dermatite infecciosa, uveíte, síndrome de sicca, ceratite intersticial, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, miosite e artrite, embora de menor gravidade, também são associadas ao vírus.

O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. O paciente deve ser acompanhado nos serviços de saúde e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao vírus.

Números

A estimativa do governo federal é que mais de 800 mil pessoas estejam infectadas pelo HTLV no Brasil. O vírus pode ser transmitido durante relações sexuais sem o uso de preservativo e pelo compartilhamento de seringas e agulhas.

O HTLV também pode ser transmitido verticalmente, de mãe para filho, sobretudo via amamentação e, de forma mais rara, durante a gestação e no momento do parto.

O ministério tem como meta eliminar a transmissão vertical do HTLV até 2030, objetivo alinhado às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

As informações são da Agência Brasil

Planos de Saúde são condenados a reajustar honorários médicos em ação do Simepar

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) obteve uma importante vitória em favor de médicos e médicas prestadores de serviço aos Planos de Saúde em ação que remonta ao ano de 2010. O Simepar pleiteava o reajuste dos honorários médicos que na época estavam há, pelo menos, cinco anos sem reajuste; enquanto os valores dos planos haviam sido majorados em mais de 100% no mesmo período.

A Ação foi ajuizada na Justiça do Trabalho, na qual o Sindicato saiu vitorioso, mas as empresas administradoras dos Planos de Saúde conseguirem que a mesma fosse remetida à Justiça Comum. Mesmo assim, o Simepar obteve nova vitória na primeira das ações, restando condenados Amil Assistência Médica Ltda., Associação de Assistência à Saúde – Pass, Organização Médica Clinihauer Ltda., Clinipam Clínica Paranaense de Assistência Médica Ltda., Operadora de Planos Privados de Assistência a Saúde Consaude S/C Ltda., Paraná Clínicas Planos de Saúde S.A., Proclin Proteção Clínica Ltda., Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Saúde Plus Assistência Médica Ltda., Associação Evangélica Beneficente de Londrina e Uniclínicas Planos de Saúde Empresariais Ltda.

As empresas citadas e/ou suas sucessoras deverão reajustar os honorários médicos retroativamente ao período de três anos anteriores a propositura da ação; ou seja: a partir de 2008, pelo IPCA anual acumulado. As diferenças deverão ser quitadas com juros e correção monetária.

As demais operadoras de Planos de Saúde, que são as seguradoras e as de autogestão, também foram processadas pelo Simepar em ações de teor semelhante a esta que obteve sentença favorável. A única exceção foi em relação as cooperativas, como a Unimed por exemplo, que não foram processadas; pois os médicos não são contratados como prestadores de serviços, mas antes cooperados em livre associação.

As ações contra as empresas seguradoras e as de autogestão também foram remetidas para a Justiça comum e estão em tramitação.

Ainda não há prazo para pagamento dos valores devidos aos/às médicos/as, pois a decisão que condenou as operadoras de medicina de grupo é de primeira instância e cabe recurso por parte das empresas. Mais informações serão repassadas aos/às médicos/as assim que possível.

Saiba como obter medicamentos gratuitos pelo programa Farmácia Popular

Os brasileiros que têm diabetes, asma, hipertensão e osteoporose podem ter acesso a medicamentos gratuitos para essas doenças. O benefício faz parte do programa Farmácia Popular, do Governo Federal, que oferece, também, anticoncepcional e absorventes de graça, além de medicamentos com custo reduzido para tratamento de rinite, doença de Parkinson, glaucoma, incontinência (fraldas geriátricas), diabetes associadas à doença cardiovascular e dislipidemia (gordura no sangue).

Nesses casos, o Ministério da Saúde paga parte do valor dos medicamentos (até 90% do preço de referência tabelado) e o cidadão arca com o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia. Ao todo, o programa contempla 40 fármacos.

Confira a lista:

Como obter os medicamentos

Para obter os medicamentos, o paciente deve comparecer a um estabelecimento credenciado, identificado pela logomarca do programa, e apresentar documento oficial com foto e número do CPF ou documento de identidade em que conste o número do CPF. Também é necessário apresentar a receita médica dentro do prazo de validade, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de serviços particulares.

Quando foi relançado em junho do ano passado, o programa trouxe novidades para os beneficiários do Bolsa Família, que passaram a retirar os 40 medicamentos disponíveis no programa gratuitamente.

Só em 2023, o programa atendeu 22 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos ou com preço subsidiado pelo programa. Com isso, mais de dois milhões de pessoas que haviam deixado de ser atendidas nos últimos anos conseguiram acesso aos produtos farmacêuticos. É um aumento de 8,8% em relação a 2022.

Absorventes

Outra novidade anunciada pelo programa foi a inclusão dos absorventes aos produtos gratuitos oferecidos. Podem receber o item de higiene nas unidades credenciadas do Farmácia Popular, brasileiras ou estrangeiras que vivem no Brasil, têm entre 10 e 49 anos de idade, estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e contam com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Estudantes das instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda.

Para retirar o absorvente, basta se dirigir a uma unidade credenciada do Farmácia Popular, apresentar um documento de identificação oficial com número do CPF e a ‘Autorização do Programa Dignidade Menstrual’, em formato digital ou impresso, que deve ser gerado via aplicativo ou site do ‘Meu SUS Digital’ (nova versão do aplicativo Conecte SUS), com validade de 180 dias. A aquisição para menores de 16 anos deve ser feita por responsável legal.

Em caso de dificuldade para acessar o ‘Meu SUS Digital’ ou emitir a autorização, basta se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde agentes de saúde e profissionais podem auxiliar na emissão da autorização. Pessoas em situação de rua também podem ir até os Centros de Referência da Assistência Social – Cras e Creas, Centros POP, centros de acolhimento e equipes de Consultório na Rua.

Para as pessoas que estão recolhidas a unidades do sistema penal, a entrega será coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a distribuição realizada diretamente nas instituições prisionais.

Mais recursos

Para 2024, o programa conta com investimento de R$ 5,4 bilhões, segundo dados da Lei Orçamentária Anual, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro. No ano passado, o orçamento foi de R$ 3,1 bilhões.

Matéria da Agência Gov.

Boletim semanal da dengue aponta 8.441 novos casos e mais sete óbitos no Paraná

O Informe Semanal da Dengue divulgado nesta quarta-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra 8.441 novos casos e mais sete óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 37.516 casos confirmados.

As sete novas mortes aconteceram em Antonina, Mariluz, Arapongas, Paranavaí, Apucarana (2) e Londrina, entre os dias 11 e 27 de janeiro. São três mulheres e quatro homens, com idades entre 24 e 75 anos. Ao todo, o Paraná soma 15 óbitos pela doença.

O 23º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa também contabiliza 111.147 notificações, 26.397 casos em investigação e 42.397 descartados.

As Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (9.331), 14ª RS de Paranavaí (3.379), 17ª RS de Londrina (3.353), 22ª RS de Ivaiporã (3.246) e 10ª RS de Cascavel (3.095).

Já os municípios que apresentam mais confirmações são Apucarana (6.707), Londrina (2.718), Ivaiporã (1.841), Maringá (1.755), Paranavaí (1.583), Jandaia do Sul (1.207) e Santa Izabel do Oeste (1.117).

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressalta que o Estado tem se empenhado em diversas frentes para conter o avanço de casos, desde o envio de equipes especialistas aos municípios até a reativação do Comitê Estadual Intersetorial de Dengue. “No entanto, precisamos de união para vencer este combate. Muitas vezes, o foco do mosquito é encontrado em áreas domiciliares e a conscientização é indispensável para somar forças nessa luta”, avaliou.

SINTOMAS – A transmissão da dengue acontece com a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Os sintomas podem aparecer em até 15 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da doença é febre alta (39°C a 40°C) que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Pode haver manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ocorrer.

CHIKUNGUNYA E ZIKA – O boletim ainda traz dados sobre a doença Chikungunya no Estado. Atualmente, o Paraná soma 57 casos confirmados, sendo 41 autóctones (quando a doença é contraída no município de residência). Há, ainda, 190 casos em investigação e 519 notificações.

Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 64 notificações.

O boletim completo pode ser consultado AQUI. Mais informações estão AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Saiba quais repelentes e inseticidas usar contra o mosquito da dengue

Os produtos para repelir o mosquito Aedes, que transmite a dengue, são de dois tipos: repelentes para aplicação na pele e produtos para uso no ambiente. Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito.

Repelentes de insetos para pele

Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa.

Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso.

Por exemplo, o uso de produtos repelentes de insetos que contenham o ingrediente DEET não é permitido em crianças menores 2 (dois) anos. Já em crianças de 2 (dois) a 12 (doze) anos de idade, o uso de DEET é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas 3 (três) aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado.

Também é importante observar que produtos repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo, conforme a norma vigente de Cosméticos, a RDC 19/2013. O produto só deve ser aplicado nas roupas se houver indicação expressa na arte de rotulagem.

Produtos para uso no ambiente

Os produtos mais utilizados para uso no ambiente são inseticidas e repelentes.

Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Encontrados, principalmente, em spray e aerossol, eles possuem substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes.

Os repelentes, por sua vez, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.

Inseticidas e repelentes devem ter a substância ativa e os componentes complementares (solubilizantes e conservantes) aprovados pela Anvisa.

Fique ligado!

Os repelentes em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser colocados em qualquer ambiente da casa, desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.

Os equipamentos que emitem vibrações, CO2 ou luz, e também plantas e sementes que funcionariam como atrativos para os mosquitos ou equipamentos com outras tecnologias não são considerados saneantes passíveis de regularização junto à Anvisa.

Os inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Agência.

O óleo de neem, que possui a substância azadiractina, é aprovado pela Anvisa para uso em inseticidas, mas o produto deve estar registrado.

Consulte aqui os cosméticos repelentes regularizados.

Consulte aqui os saneantes regularizados.

As informações são Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) via Agência Gov.

[VÍDEO] Paraná lança campanha para reforçar cuidados contra a dengue

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lançou nesta sexta-feira (9) uma nova campanha de combate à dengue. O objetivo é alertar a população sobre prevenção da doença. Ou seja, todos os cuidados para evitar que o Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus, se reproduza.

A campanha será vinculada na televisão, jornais, portais de internet e redes sociais. Com o mote “Olha a dengue aí!”, ela vai reforçar a importância de a população limpar seus quintais e outras áreas que possam acumular água – ambiente ideal para a procriação do mosquito – ressaltando que é fundamental a participação de toda sociedade.

“O momento da epidemia de dengue no Paraná é crítico. Precisamos redobrar nossos cuidados pessoais nas nossas casas, nos quintais, no terreno ao lado da nossa casa, nas praças públicas. E, principalmente, tem que ser feito o trabalho de todas as equipes de saúde dos municípios e do Estado. Quero conclamar todos nesse momento nessa luta contra o mosquito”, enfatiza o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto.

O secretário afirma que a dengue é uma doença evitável se todos fizerem sua parte no combate. “Se não tivermos o mosquito, não teremos dengue e muito menos vamos perder vidas para a dengue. Por isso, o momento é de todo unirmos forças. O Paraná precisa trabalhar unido para termos paz e mandarmos a dengue embora”, ressalta.

O boletim semanal da Sesa publicado na última terça-feira (6) aponta dois novos óbitos e 7.238 casos de dengue. As duas mortes aconteceram em Apucarana, no Norte do Estado, entre os dias 13 e 18 de janeiro. Morreram dois homens: um de 22 anos e outro de 73 anos, ambos sem comorbidades. Até agora, o Paraná registra oito óbitos por dengue. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 29.075 casos confirmados.

As Regionais de Saúde com mais casos confirmados da doença são a 16ª RS de Apucarana (7.011), 17ª RS de Londrina (2.904), 14ª RS de Paranavaí (2.697), 22ª RS de Ivaiporã (2.663) e 10ª RS de Cascavel (2.264).

Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (5.023), Londrina (2.307), Ivaiporã (1.536), Maringá (1.319), Paranavaí (1.108), Jandaia do Sul (1.062) e Santa Izabel do Oeste (997).

AÇÃO NAS DIVISAS – As Coordenadorias Estaduais da Defesa Civil do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também vão fazer uma ação conjunta para eliminar criadouros do mosquito nos municípios de divisa entre os três estados. A força-tarefa acontece na semana seguinte ao Carnaval, entre os dias 19 e 23 de fevereiro.

Confira o vídeo da campanha:

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Ministério da Saúde inicia distribuição de vacinas contra dengue

O Ministério da Saúde iniciou, nesta quinta-feira (8), a distribuição das vacinas contra dengue para os municípios que atendem aos critérios definidos pela Pasta em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A operação logística do Ministério da Saúde irá trabalhar ininterruptamente nos próximos dias para garantir a entrega o mais breve possível.

O Ministério da Saúde iniciará a imunização pelas crianças de 10 a 11 anos e irá avançar a faixa etária progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante. O público-alvo da vacinação, o grupo de 10 a 14 anos, foi acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O início da vacinação por essa faixa etária é uma estratégia que permite que mais municípios recebam as doses neste primeiro momento, diante do quantitativo limitado de vacinas disponibilizadas pelo laboratório fabricante. A escolha pelo início da imunização nas crianças de 10 a 11 anos também é baseada no maior índice de hospitalização por dengue dentro da faixa etária de 10 a 14 anos.

O lote inicial de vacinas, com 712 mil doses, será enviado aos seguintes estados, contemplando 315 municípios: DF, GO, BA, AC, PB, RN, MS, AM, SP e MA. O Distrito Federal e o estado de Goiás já receberam as primeiras remessas nesta quinta (8). Os demais irão receber ao longo dos próximos dias.

Neste primeiro envio, com o quantitativo de vacinas disponível, o Ministério da Saúde atende 60% dos 521 municípios selecionados. Conforme a entrega de novas remessas, a previsão é que todos os 521 municípios recebam doses para a vacinação da faixa etária de 10 a 11 anos até a primeira quinzena de março. Com o recebimento das 6,5 milhões de doses disponíveis pelo laboratório em 2024, o Ministério da Saúde garantirá a vacinação de todo o público-alvo, de 10 a 14 anos, nos municípios selecionados, ao longo dos próximos meses, de forma progressiva.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde coordena um esforço nacional para ampliar o acesso a vacinas para dengue. A Pasta solicitou prioridade para essa ação e atuará em conjunto com o Instituto Butantan e a Fiocruz para expandir a produção de vacinas para o Brasil.

O Ministério da Saúde reforça, novamente, que este é o momento de intensificar a prevenção, o cuidado e agir conjuntamente com governadores, prefeitos e toda sociedade para a eliminação dos focos do mosquito transmissor da dengue.

As ações coletivas e os cuidados individuais como a limpeza das vasilhas de água dos animais e vasos de plantas evitando o acúmulo de água, o armazenamento de pneus e garrafas em locais cobertos, limpeza das caixas d’água são as melhores de forma de prevenção. Cerca de 75% dos focos do mosquito estão dentro de casa.

A recomendação do Ministério da Saúde é para que as pessoas procurem um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações.

As informações são do Ministério da Saúde.