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Fiocruz vai dobrar produção de testes de dengue em 2024

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai produzir 600 mil testes moleculares de diagnóstico (RT-PCR) de dengue esse ano. A previsão inicial era de 300 mil testes, mas a quantidade foi dobrada por causa da situação epidemiológica e de emergência em alguns municípios do país.

Metade dessa produção será concluída nos primeiros meses de 2024 e o restante ao longo do ano. Os primeiros testes devem ser entregues ao Ministério da Saúde nas próximas semanas, segundo a instituição. Os testes permitem confirmar a infecção e identificar o sorotipo circulante de dengue (1, 2, 3 e 4), zika e chikungunya.

Segundo Mario Moreira, presidente da Fiocruz, a instituição reforça o compromisso de enfrentar os desafios epidemiológicos do país.

“Esta iniciativa visa fortalecer o diagnóstico preciso e ágil, permitindo uma resposta eficaz diante das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Estamos empenhados em contribuir com a saúde pública nacional e continuaremos trabalhando incansavelmente para contribuir para a saúde da nossa população”, diz.

“[O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos] Bio-Manguinhos/Fiocruz está acompanhando a situação epidemiológica da dengue no país e reforça seu importante papel de apoio ao diagnóstico junto ao Ministério da Saúde. Nossas equipes estão engajadas e comprometidas, não somente em dobrar esse quantitativo previsto, como em realizar estas entregas o mais breve possível”, complementa Mauricio Zuma, diretor da unidade da Fiocruz.

As informações são da Agência Brasil.

Casos prováveis de dengue se aproximam de 400 mil no Brasil em 2024

O Brasil já registra, apenas neste ano, um total de 392.724 casos prováveis de dengue, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (7). O ministério também confirmou 54 mortes pela doença no país. Outros 273 óbitos estão sendo investigados para saber se são decorrentes da dengue.

De acordo com o Painel de Monitoramento do ministério, a população feminina representa 54,9% dos casos, enquanto pessoas do sexo masculino somam 45,1%. Mais de 143,2 mil dos casos prováveis estão concentrados na população entre 30 e 49 anos de idade.

A explosão de casos de dengue em diversas regiões do país fez com que ao menos quatro estados – Acre, Minas Gerais e Goiás –, além do Distrito Federal, decretassem situação de emergência em saúde pública. O município do Rio de Janeiro também está em situação de emergência.

Estima-se que o Brasil pode contabilizar mais de 4,1 milhões de casos em 2024.

Com 135.716 casos prováveis, Minas Gerais é o estado com mais diagnósticos da arbovirose. Em seguida, aparecem São Paulo (61.873), Distrito Federal (48.657), Paraná (44.200) e Rio de Janeiro (28.327). Na análise do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, a capital federal lidera com 1.727,2 casos por 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (660,8) e o Acre (539,1).

A grave situação vivida pelo DF deve fazer antecipar o início da vacinação para esta sexta-feira (9), informou o governo local. A capital federal vai receber um total de 194 mil doses da vacina.

Em todo o país, as doses estão sendo distribuídas para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.

Em pronunciamento à nação na noite dessa terça-feira (6), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo para que a população adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito transmissor da dengue dentro de casa. Segundo a ministra, 75% dos focos estão localizados nas residências.

[VÍDEO] Ministra da Saúde Nísia Trindade convoca população para enfrentamento à dengue

As informações são da Agência Brasil

Saúde reforça necessidade de doações de sangue para manter estoque no Carnaval

Os estoques de sangue das 22 unidades do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) diminuem nos feriados, sendo que nestes períodos a demanda de 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos do Estado aumenta, especialmente em função da alta no número de traumas. Para garantir que essa distribuição se mantenha equilibrada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a necessidade de doações de sangue.

“Historicamente a demanda por sangue aumenta nos feriados, devido ao crescimento no número de traumas e por isso convocamos os paranaenses, que são sempre solidários às causas da saúde, para que agendem a sua doação e ajudem a continuar salvando vidas”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

O Hemepar ressalta que, devido à validade das bolsas de sangue, e também visando um atendimento mais rápido, é importante que os doadores agendem com antecedência. Esse agendamento pode ser feito online.

DADOS – Em 2023, toda a Rede do Hemepar registrou 189.572 doações, numa média de mais de 15,7 mil doações por mês. Este ano, em janeiro, foram registradas 17.515 doações, e nos quatro primeiros dias de fevereiro, 2.094.

“No processo de doação de sangue são captados em média 450 ml a 470 ml e cada bolsa pode ser fracionada em até quatro hemocomponentes que são as hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado, que é um plasma fresco congelado. Sendo assim, cada bolsa pode ajudar a salvar até quatro vidas”, disse a diretora do Hemepar, Vívian Patrícia Raksa.

QUEM PODE DOAR – Para doar é preciso ter entre 16 a 69 anos completos, pesar no mínimo 51 quilos, ter boa saúde, estar bem alimentado, hidratado e apresentar um documento de identidade com foto. Os homens podem doar sangue a cada dois meses, quatro vezes ao ano. Já as mulheres, a cada três meses, numa máxima de três doações ao ano.

HEMEPAR – É responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná. É uma entidade sem fins lucrativos e atende à demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários.

Confira a programação das unidades do Hemepar para coleta no feriado:

1ª RS – Paranaguá: dias 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

2ª RS – Curitiba: aberto dia 12, 13 e 14

3ª RS – Ponta Grossa: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

4ª RS – Irati: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

5ª RS – Guarapuava: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

6ª RS – União da Vitória: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

7ª RS – Pato Branco: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

8ª RS – Francisco Beltrão: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

9ª RS – Foz do Iguaçu: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

10ª RS – Cascavel: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

11ª RS – Campo Mourão: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

12ª RS – Umuarama: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

13ª RS – Cianorte: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

14ª RS – Paranavaí: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

15ª RS – Maringá: 12 e 13 fechado e dia 14 aberto

16ª RS – Apucarana: 12 e 14 aberto e dia 13 fechado

17ª RS – Londrina: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

18ª RS – Cornélio Procópio: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

19ª RS – Jacarezinho: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

20ª RS – Toledo: 12, 13 e 14 fechado para coleta

21ª RS – Telêmaco Borba: 12 e 13 fechado, dia 14 aberto

22ª RS – Ivaiporã: 12, 13 e 14 fechado para coleta

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

[VÍDEO] Ministra da Saúde Nísia Trindade convoca população para enfrentamento à dengue

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento à nação, na noite desta terça-feira (06/02), convocando a população a atuar junto com o Governo federal para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti e reduzir o numero de pessoas contaminadas no País. A pasta já ampliou em R$1,5 bilhão o repasse a estados e municípios para o combate à dengue e um centro de operações de emergências foi montado para analisar diariamente a evolução dos casos.

“Esse é o momento de intensificar os cuidados e a prevenção. Agora é hora de todo o Brasil se unir contra a dengue”, reforçou a ministra.

Nísia lembrou, ainda, a importância da limpeza urbana para a prevenção da doença e convocou as prefeitas e os prefeitos para que intensifiquem os cuidados em suas cidades e municípios, evitando o acúmulo de lixo e de água, onde os mosquitos se proliferam. O cidadão também faz parte do combate. “Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e nas áreas em volta delas”, explicou.

Cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.). Os dados constam no 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023.

A ministra finaliza o pronunciamento reforçando a ação da vacina, que será distribuída, inicialmente, para crianças entre 10 e 14 anos, pelo Sistema único de Saúde (SUS). “Após 40 anos de enfrentamento a epidemias de dengue, temos agora uma importante conquista da ciência e da saúde: a vacina. O Brasil é o primeiro País a incorporar ao sistema público de saúde, no nosso caso, o SUS, de tanto valor, uma vacina para a dengue”.

“Convoco todas e todos para uma mobilização nacional dos governos e de toda a sociedade para que, juntos, enfrentemos os atuais surtos e, em breve, possamos fazer com que a dengue seja uma doença do passado”, concluiu.

As informações são da Agência Gov

Brasil quer eliminar 14 doenças que atingem população vulnerável

O governo federal pretende eliminar ou reduzir, como problema de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, populações em situação de maior vulnerabilidade social. Tais doenças são conhecidas como socialmente determinadas.

O decreto que institui o programa Brasil Saudável foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e publicado nesta quarta-feira (7) no Diário Oficial da União.

Dados do ministério mostram que, entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. A meta é eliminar a malária, a doença de Chagas, o tracoma, a filariose linfática, a esquistossomose, a oncocercose e a geo-helmintíase, além de infecções de transmissão vertical, como sífilis, hepatite B, HIV e HTLV.

O programa prevê ainda a redução da transmissão da tuberculose, da hanseníase, das hepatites virais e do HIV/aids. Ao todo, 14 ministérios devem atuar em diversas frentes, como enfrentamento da fome e da pobreza; ampliação dos direitos humanos; proteção social para populações e territórios prioritários; qualificação de trabalhadores, movimentos sociais e sociedade civil e ampliação de ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental.

Municípios prioritários

A expectativa do governo federal é que grupos mais vulneráveis socialmente corram menos risco de adoecer e que pessoas atingidas pelas doenças e infecções abrangidas pela programa possam realizar o tratamento de forma adequada, com menos custo e melhor resultado.

O programa identificou 175 municípios como prioritários por possuírem altas cargas de duas ou mais doenças e infecções determinadas socialmente.

Análise

Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ação é estratégica para o país e representa uma importante agenda. Na cerimônia de lançamento do Brasil Saudável, a ministra lembrou que as doenças determinadas socialmente, diferentemente do que muitos pensam, não são causadas pela pobreza, mas pela desigualdade.

Em sua fala, Nísia lembrou que, quando se fala de determinantes sociais, fala-se também de determinantes étnico-culturais. Na avaliação da ministra, a desigualdade impacta não apenas as 14 doenças listadas pela pasta, mas todo tipo de enfermidade – desde doenças crônicas até o tratamento do câncer.

Durante o evento, o diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, classificou o programa como ambicioso e destacou que as Américas têm grande liderança no mundo em relação à eliminação de doenças como varíola e malária. “Há avanços importantes na região.”

Jarbas lembrou que, infelizmente, a pandemia de covid-19 impactou negativamente todos os sistemas de saúde da região e que a iniquidade nas Américas continua tremenda. “É, talvez, a região mais desigual do mundo”, disse o diretor da Opas, ao citar que temos, ao mesmo tempo, a nação mais rica do planeta, os Estados Unidos, e países com graves crises sociais e políticas.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também presente na solenidade, considerou a iniciativa muito importante e destacou o papel dos movimentos sociais. “Vão dar energia a esse plano”, disse Adhanom. “Não pode ser feito somente pelo governo”, completou.

“Este plano é audacioso. Realmente audacioso. Meu tipo de plano favorito, brincou.

Articulação

Coordenado pelo Ministério da Saúde, o Brasil Saudável terá ações articuladas com as pastas da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; dos Direitos Humanos e Cidadania; da Educação; da Igualdade Racial; da Integração e Desenvolvimento Regional; da Previdência Social, do Trabalho e Emprego; da Justiça e Segurança Pública; das Cidades; das Mulheres; do Meio Ambiente e Mudança do Clima e dos Povos Indígenas.

As informações são da Agência Brasil

Assembleia dos/as médicos/as deliberou sobre pauta de reivindicações para negociações e acordos do Simepar

Foi realizada na última segunda-feira (5) a assembleia geral ordinária do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) para discutir e deliberar sobre as reivindicações de médicas e médicos para as negociações e acordos coletivos de trabalho encaminhados pelo Sindicato.

A assembleia foi realizada de forma híbrida, com participação presencial e remota por videoconferência, e teve expressiva participação de médicos/as de diversas regiões do Estado.

Essa assembleia ordinária é realizada todos os anos e marca o início da jornada de negociações com os empregadores de médicos via CLT visando a renovação e atualização dos acordos coletivos de trabalho. Na oportunidade os/as profissionais apresentaram uma série de reivindicações e denúncias que serão encaminhadas pelo Sindicato nas tratativas com os empregadores. Em casos mais graves, as denúncias seguem para o Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, Conselho Regional de Medicina, ou resultam em ações judiciais.

Tudo isso, sem prejuízo de que novas reivindicações sejam incorporadas à pauta ou novas denúncias sejam encaminhadas a qualquer tempo.

Entre as denúncias e reivindicações apontadas pelos presentes na assembleia, cabe ressaltar:

  • Sonegação do pagamento de horas-extras nas trocas de plantão em UTI e emergências (UPAs), quando as médicas e médicos precisam ficar além do horário para repassar informações sobre os pacientes.
  • Desrespeito e não cumprimento de intervalos como o de almoço, em especial dos/as médicos/as do SAMU.
  • Adicional de insalubridade em grau máximo para empregados que laboram na UTI como a do Hospital do Idoso em Curitiba.
  • Ausência de informações sobre a priorização dos médicos da FEAS nas vagas de horas-extras e outras em aberto. Obrigação da Fundação de cumprir o acordo que estabelece que e a terceirização de médicas/os deve ser exceção. A Fundação já foi oficiada sobre este problema.
  • Terceirização da Radiologia da FEAS está trazendo diversos problemas. Os médicos radiologistas reivindicam correção da insalubridade em paridade com os reajustes anuais e adicionais não reajustados dos radiologistas. Os profissionais desta área também reivindicam a regularização do trabalho à distância.
  • Pelo fim do aumento temporário da carga horária como forma de sonegar pagamentos de horas-extras na FEAS.
  • Contratação de maior número de pediatras para atendimento nas UPAs de Curitiba.
  • Redução temporária da carga horária para 48 horas mensais para médicos/as residentes (durante o tempo da residência).
  • Respeito aos feriados e à folga aniversario dos médicos e médicas de Unidades Básicas de Saúde e pagamento correto de dias trabalhados em jornada extraordinária.
  • Pelo fim do assédio e da ingerência dos “controladores de fluxo” no trabalho das/os médicas/os das UPAs.
  • Cislipa: recusa de negociação de acordo coletivo e registro de práticas antissindicais.
  • Consamu: recusa de negociação coletiva.
  • UPA Paranaguá: foi ajuizada ação contra a terceirização.
  • Morretes: acompanhamento dos processos de contratação direta via PSS para encerramento da terceirização em cumprimento ao acordo com o Simepar.
  • Foram nomeadas comissões de negociação para a FEAS é e para as Fundações e Consórcios do Litoral integradas por dirigentes do Simepar e pela Assessoria Jurídica.
  • Sobre o reajuste anual, o Simepar pleiteará a reposição das perdas inflacionárias além de ganho real para as médicas e médicos, além do reajuste de benefícios e a manutenção das demais cláusulas já previstas em acordos anteriores.

Estas foram algumas das reivindicações mais importantes apresentadas na assembleia. Ainda há outras, e novas reivindicações podem ser apresentadas. Ao final, deliberou-se por manter a assembleia em aberto, podendo ser retomada sempre que for necessário tomar novas decisões sobre o processo negocial.

Vale lembrar que os acordos coletivos firmados pelo Simepar vêm beneficiando, ano após ano, milhares de médicas e médicos de várias regiões do Paraná, e que os benefícios já conquistados serão mantidos e, quando possível, ampliados. A participação efetiva dos profissionais junto ao Sindicato garante maior poder de negociação para a categoria.

A Direção do Simepar e a Assessoria Jurídica estão à disposição para esclarecimentos e para recebimento de denúncias e reivindicações.

Boletim Estadual da dengue confirma 7.238 novos casos e dois óbitos no Paraná

O Informe Semanal da Dengue divulgado nesta terça-feira (06) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra 7.238 novos casos e mais dois óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 29.075 casos confirmados.

As duas novas mortes aconteceram em Apucarana, entre os dias 13 e 18 de janeiro. São dois homens, um de 22 anos e outro de 73 anos, ambos sem comorbidades. São oito óbitos em todo o Estado.

Este é o 22º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa, que registrou também 93.637 notificações, 21.854 casos em investigação e 38.215 descartados.

As Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (7.011), 17ª RS de Londrina (2.904), 14ª RS de Paranavaí (2.697), 22ª RS de Ivaiporã (2.663) e 10ª RS de Cascavel (2.264). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (5.023), Londrina (2.307), Ivaiporã (1.536), Maringá (1.319), Paranavaí (1.108), Jandaia do Sul (1.062) e Santa Izabel do Oeste (997).

“A dengue não se combate de forma individual, mas de maneira comunitária, com solidariedade ao próximo. Estamos realizando diversas ações para conter a evolução de casos em todo o Paraná, mas a conscientização é fundamental para combater o mosquito, sobretudo em relação à remoção de possíveis criadouros que se encontram em sua grande maioria em áreas domiciliares”, avaliou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

SINTOMAS – A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Após a picada, os sintomas podem aparecer em até 15 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é febre alta (39°C a 40°C) que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Podem ocorrer manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ocorrer.

CHIKUNGUNYA E ZIKA – O novo boletim confirmou ainda 12 novos casos de chikungunya, somando 71 confirmações da doença no Estado. Do total de casos, 52 são autóctones (quando a doença é contraída no município de residência). Há, ainda, 156 casos em investigação e 480 notificações.

Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 60 notificações.

O boletim completo pode ser consultado AQUI. Mais informações estão AQUI.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Ministério da Saúde alerta que Ivermectina não é eficaz contra dengue

A ivermectina voltou a ganhar holofotes como possível solução para combater doenças – dessa vez, a dengue. De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de boato veiculado, inclusive, no perfil das redes sociais de alguns profissionais de saúde, mas sem dado ou fonte que comprove a informação.

O medicamento, um antiparasitário, chegou a ser defendido em meio à pandemia de covid-19 como parte de um tratamento precoce contra a doença, porém, sem eficácia comprovada. A pasta lembra que, à época, estudos demonstraram a ineficácia do remédio no combate ao coronavírus.

“Para ficar claro: a ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença”, alertou o governo federal em nota. “Disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, completou.

Tratamento

De acordo com a pasta, o protocolo oficial para dengue prevê que o médico identifique os sintomas a partir de uma pesquisa com o próprio paciente. Em seguida, o profissional pode ou não solicitar exames laboratoriais.

Para os casos leves de dengue, a recomendação é repouso enquanto durar a febre; hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre. É o paciente não pode tomar ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.

“É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado”, reforçou o ministério.

A pasta ressalta que as condutas clínicas indicadas são sustentadas em bases científicas e evidências de eficácia que garantem a segurança do paciente. O Ministério da Saúde também destaca que os medicamentos prescritos para o tratamento têm aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Vacina

Cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas contra a dengue no Brasil ao longo de 2024, considerando a capacidade limitada de fabricação das doses pelo laboratório Takeda, responsável pela Qdenga.

O imunizante, a ser disponibilizado ainda este mês para 521 municípios selecionados será aplicado na rede pública em crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.

As informações são da Agência Brasil

Saiba como está o desenvolvimento da vacina contra a Dengue do Instituto Butantan

A candidata a vacina contra a dengue do Instituto Butantan, que apresentou eficácia de 79,6%, apresenta resultados bastante positivos, mas ainda precisa finalizar os ensaios clínicos e passar por processo regulatório antes de ser disponibilizada à população. A informação é do diretor do Instituto, Esper Kallás, que participou de uma entrevista coletiva junto ao governador de São Paulo em exercício, Felicio Ramuth, e ao secretário de Saúde, Eleuses Paiva, na manhã desta terça (6/2). Na semana passada, os primeiros dados do acompanhamento dos voluntários vacinados foram publicados na New England Journal of Medicine, uma das revistas científicas mais conceituadas do mundo.

“Os resultados que temos de dois anos são muito satisfatórios. Estamos na fase final de desenvolvimento do estudo de fase 3, que vai completar o acompanhamento do último voluntário no meio desse ano. Estamos consolidando os dados de seguimento controlado para saber se a proteção de 80% é sustentada durante cinco anos”, explicou Esper, que é médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e participou do estudo como investigador principal.

A análise de eficácia do imunizante foi feita ao longo de dois anos de acompanhamento de 16.235 voluntários de todo o Brasil, com idades de 2 a 59 anos, em 16 centros de pesquisa. Durante esse período, foram notificados apenas alguns casos de dengue entre os participantes. O estudo, que iniciou o recrutamento em 2016, seguirá até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento.

A proteção foi observada em todas as faixas etárias, sendo 90% em adultos de 18 a 59 anos, 77,8% dos 7 aos 17 e 80,1% nas crianças de 2 a 6 anos.

Em pessoas que já apresentavam anticorpos para a dengue antes do estudo, a proteção foi de 89,2%; naqueles que nunca tiveram contato com o vírus, a eficácia foi de 73,6%. O imunizante teve o mesmo perfil de segurança em ambos os grupos, representando uma vantagem em relação a outros disponíveis no mercado privado que são indicados preferencialmente para pessoas com infecção prévia.

A vacina do Butantan foi desenvolvida para proteger contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Como no período do estudo circularam apenas os sorotipos 1 e 2 no Brasil, até o momento foi possível descrever uma eficácia de 89,5% para DENV-1 e 69,6% para DENV-2.

Em relação à segurança, a maioria das reações adversas foi classificada como leve a moderada, sendo as principais dor e vermelhidão no local da injeção, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos sérios relacionados à vacina foram registrados em menos de 0,1% dos vacinados, e todos se recuperaram totalmente.

Uma grande vantagem potencial da candidata a imunizante do Butantan é que uma dose foi suficiente para fornecer uma proteção robusta contra a dengue, enquanto outras vacinas aprovadas exigem duas ou três doses. O esquema de dose única é muito mais favorável, principalmente durante epidemias, pois induz a proteção da população em um curto espaço de tempo, ajuda a alcançar uma maior cobertura vacinal e traz vantagens logísticas e econômicas.

Sobre a vacina

A tecnologia da vacina da dengue foi licenciada para o Instituto Butantan em 2009, pelo Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH). A instituição norte-americana cedeu as patentes e os materiais biológicos referentes às quatro cepas virais que compõem o imunizante, permitindo que ele seja produzido e distribuído no Brasil.

Em 2018, o Butantan assinou um acordo de desenvolvimento e compartilhamento de dados com a farmacêutica multinacional MSD, que trabalha em uma vacina análoga, em uma ação conjunta para acelerar os estudos e registro do produto.

A fase 1 do ensaio clínico, desenvolvida nos Estados Unidos (2010-2012) pelo NIH, e a fase 2, conduzida no Brasil (2013-2015), mostraram que a vacina induz produção de anticorpos contra os quatro sorotipos do vírus, e que seu perfil de segurança fundamentava a continuidade dos estudos.

Impactos da dengue

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que cerca de metade da população mundial (3,9 bilhões de pessoas) vive em risco de contrair dengue. Uma análise feita pela Universidade de Oxford estima que, até 2080, esse número pode chegar a 6 bilhões, devido ao aumento das temperaturas e da adaptação do mosquito Aedes aegypti a locais onde antes não circulava.

A cada ano, são registrados de 100 milhões a 400 milhões de casos de dengue no mundo. No Brasil, a doença acomete cerca de 1 milhão de pessoas anualmente. Em 2023, a incidência foi maior na região Sul (1.269,8 mil casos/100 mil habitantes), seguida da Sudeste (1.028,6 casos/100 mil habitantes) e da Centro-Oeste (935,9 casos/100 mil habitantes), conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

A maioria das pessoas não tem sintomas; outras, apresentam febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas e manchas vermelhas na pele, que podem durar de uma a duas semanas. No entanto, alguns indivíduos podem desenvolver formas graves da doença, também conhecidas como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, que acometem principalmente quem passa por uma segunda ou terceira infecção.

A dengue grave atinge um a cada 20 pacientes e costuma aparecer depois de três a sete dias do início dos sintomas, quando a febre começa a baixar. Nesse momento, o paciente pode sentir dor abdominal intensa, vômito persistente, sangramento nas gengivas ou nariz, queda de pressão arterial e dificuldade respiratória, entre outras complicações que podem levar à morte.

As informações são do Instituto Butantan.

Diretor-geral da OMS se reúne com Presidente Lula e Ministra da Saúde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, conversaram nesta segunda-feira (5), em reunião no Palácio do Planalto, sobre parcerias para a eliminação de doenças e produção de vacinas brasileiras contra a dengue.

A presidência brasileira do G20, que criou um grupo de trabalho de saúde, também foi assunto do encontro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa participaram da reunião (imagem).

De acordo com informações do Palácio do Planalto, que não deu detalhes sobre iniciativas em curso, Adhanom afirmou que o Brasil pode ser um fornecedor do imunizante contra a dengue, por meio do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, a única vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), incorporada no ano passado, é a Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda.

Tedros Adhanom também afirmou, segundo o governo, que a OMS pretende dar todo o apoio possível ao Brasil na eliminação de doenças como a tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas e doenças transmitidas de mãe para filho, como o HIV. São exemplos das chamadas doenças determinadas socialmente.

Na próxima quarta-feira (7), o diretor-geral da OMS participará, com a ministra Nísia Trindade, do lançamento de um programa nacional de combate a essas doenças.

G20

O diretor-geral da OMS e o presidente Lula ainda conversaram sobre a presidência do G20, que conta com um grupo de trabalho de saúde. Também falaram sobre a conclusão dos trabalhos do Órgão de Negociação Intergovernamental na elaboração e negociação de instrumento internacional para prevenção, preparo e resposta a pandemias. Nesse órgão, o Brasil atua como representante das Américas no grupo responsável pela coordenação dos trabalhos.

Em nota, o Palácio do Planalto destacou que Adhanom agradeceu o apoio do presidente Lula e pediu que o G20 possa pautar a discussão sobre o financiamento da saúde. Lula ressaltou que considera necessário haver uma melhor política tributária, que possa ampliar o financiamento do setor.

As informações são da Agência Brasil