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Internações por infarto aumentam mais de 150% no Brasil em 14 anos

Um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostra que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para 13.645, alta de 158%. Entre as mulheres, a média foi de 1.930 para 4.973, aumento de 157%.

O estudo leva em consideração dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde. Por isso, cobre todos os pacientes brasileiros que usam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), seja nos hospitais públicos ou nos privados que têm convênios. Isso representa de 70% a 75% de todos os pacientes do país.

Alguns fatores aumentam os riscos de infarto, informa o Instituto Nacional de Cardiologia. “O infarto do miocárdio acontece em populações mais idosas. E sabemos também do aumento da prevalência da obesidade na população brasileira”, explica a diretora-geral do INC, Aurora Issa.

Segundo Aurora, o frio também aumenta as chances de infarto. Dados do INC indicam que os casos são mais frequentes durante o inverno. No ano passado, o número de infartos nessa estação foi 27,8% maior em mulheres e 27,4% maior em homens na comparação com o verão.

“O frio leva à contração dos vasos [sanguíneos]”, diz a especialista. “A pessoa que tem um infarto, na maioria das vezes, já tem a placa de gordura nas artérias. O que leva ao infarto é uma inflamação na placa e a formação de um trombo em cima dessa placa. As infecções, muitas vezes, são um gatilho para a inflamação.”

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre homens e mulheres no Brasil. Entre 2017 a 2021, 7.368.654 pessoas morreram por esse motivo no país. De acordo com o INC, as principais formas de prevenção são a prática de exercícios físicos e a alimentação balanceada.

As informações são da Agência Brasil.

Três novos medicamentos para tratamento de pessoas com HIV serão incorporados aos SUS

O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) três medicamentos para tratar pessoas que vivem com HIV. Os retrovirais que passam a fazer parte da lista do SUS são o Darunavir 800 mg , o Dolutengravir 5 mg e o Raltengravir 100 mg (granulado). A inclusão dos medicamentos ocorreu por meio da publicação de três portarias da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde no Diário Oficial da União.

“A incorporação dos novos medicamentos no SUS tem como objetivo ampliar o elenco de antirretrovirais disponíveis, ofertando para as pessoas vivendo com HIV/aids, medicamentos com formulação mais adequada às crianças, com maior comodidade posológica, maior potência e com menor toxicidade.

A disponibilização dos medicamentos vai proporcionar maior adesão ao tratamento e melhoria na qualidade de vida dos pacientes”, explicou Beatriz Kamiensky, especialista do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.

O tratamento com a medicação recomendada ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos antirretrovirais é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.

O Darunavir 800 mg é destinado a pacientes vivendo com HIV, em falha virológica ao esquema de primeira linha (primeiros medicamentos usados) e sem mutações que indiquem resistência ao fármaco.

O Dolutegravir 5 mg é indicado como tratamento complementar ou substituto em crianças de dois meses a seis anos de idade. O medicamento se apresenta em forma de comprimidos dispersíveis.

Já o Raltengravir 100mg, granulado, está indicado para profilaxia da transmissão vertical em crianças com alto risco de exposição ao HIV. Considera-se de alto risco todas as crianças nascidas de mães que vivem com HIV e devem receber antirretroviral (ARV) como medida profilática para transmissão vertical. A criança é classificada em alto ou baixo risco de exposição, de acordo com critérios já estabelecidos em protocolos e diretrizes terapêuticas.

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de HIV/aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, permanentemente busca aprimorar e qualificar as ações da resposta nacional ao HIV/aids, incluindo a oferta de novas tecnologias em saúde seguras e eficazes que impactem na qualidade de vida dessa população. De acordo com as portarias publicadas, a pasta tem o prazo de até 180 dias para efetivar a oferta dos medicamentos no SUS.

As informações são do Ministério da Saúde.

Ministra da Saúde garante piso de enfermagem no SUS retroativo a maio

O Governo Federal reforçou o compromisso que tem com as categorias da enfermagem durante o encerramento da 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizado na manhã desta quarta-feira (5), em Brasília. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiram que a implementação do piso da enfermagem será feita em nove parcelas, de forma retroativa a maio de 2023. “Quero dizer a vocês que o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, mas também em uma ação conjunta, trabalha para a implementação do piso da enfermagem. Nós vamos implementá-lo no setor público, tal como a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo as nove parcelas previstas para 2023”, reforçou a ministra.

O presidente Lula fez questão de ressaltar a importância dos trabalhadores da Saúde para o SUS. “Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira de quatro mil e pouco é caro, mas as pessoas se esquecem que, quando a gente vai no hospital, o médico faz a consulta, o médico dá o remédio, o médico faz a cirurgia, mas quem cuida da gente o resto do dia é exatamente o pessoal da enfermagem. E esse trabalho não pode ser considerado menor. É preciso que a gente avalie efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele representa nossa vida”, destacou.

O presidente fez questão de reforçar o compromisso do Governo Federal com o pagamento do piso. “Por isso a companheira Nísia tomou a decisão, ela vai pagar o piso e vai pagar o atrasado desde maio, além do 13º. Nesse governo, vocês podem reclamar, vocês podem reivindicar porque nós temos dois ouvidos para ouvir as reclamações do povo”, lembrou.

As nove parcelas dizem respeito ao pagamento dos meses de maio a dezembro de 2023, além do 13°. A ministra lembrou a decisão do STF sobre o tema e enfatizou que o tribunal instituiu “o piso nacional da enfermagem, não é piso regional”. Trindade também aproveitou o momento para parabenizar a categoria pela luta por direitos e pelo respeito à visão democrática. “Quero aqui fazer um registro especial em relação ao Fórum Brasileiro da Enfermagem, a categoria da enfermagem demonstrou maturidade, persistência na sua luta, visão democrática”, agradeceu.

Atualização do banco de dados

As nove parcelas são referentes ao repasse a estados e municípios dos valores aprovados em lei, que garantiu crédito especial de R$ 7,3 bilhões. Essas parcelas correspondem aos meses de maio a dezembro de 2023 mais o 13º salário dos profissionais da categoria.

Após sanção, pelo presidente Lula, da Lei 14.581, de 11 de maio de 2023, para auxiliar no pagamento do piso, o Ministério da Saúde abriu prazo para que gestores – estaduais, municipais e distrital – atualizassem o banco de dados com informações dos profissionais da enfermagem. A ferramenta foi desenvolvida pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), integrada ao sistema InvestSUS Gestão. O próximo passo é o recálculo do rateio a estados e municípios para que o FNS possa iniciar o repasse.

Essa solução foi desenvolvida pelo FNS a partir do diálogo do Ministério da Saúde com os representantes de estados e municípios, por meio da articulação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).

Esfera federal

O pagamento aos enfermeiros da esfera federal será feito, também em nove parcelas, com recursos já previstos no orçamento da União em 2023. O Ministério da Saúde trabalha junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e à Casa Civil para que os profissionais da esfera federal sejam pagos da forma mais rápida possível.

As informações são do Ministério da Saúde.

Mais de 13 bilhões de doses da vacina contra a covid-19 foram aplicadas no mundo

Dados da Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (Icmra), na sigla em inglês) indicam que – até março de 2023 – mais de 13 bilhões de doses contra a covid-19 foram aplicadas em todo o mundo.

Segundo a entidade, as evidências indicam que as vacinas aprovadas têm um perfil de segurança muito bom em todos os grupos etários e que os benefícios compensam consideravelmente os possíveis riscos.

“As vacinas são tão seguras nas populações especiais, como em pessoas com problemas médicos subjacentes, pacientes imunocomprometidos e gestantes, quanto na população em geral. A vacinação desses grupos é fortemente recomendada, porque [eles] possuem maior risco de complicações com a covid-19. A vacinação durante a gravidez protege tanto a mãe quanto o bebê. As vacinas contra a covid-19 são tão seguras para as crianças quanto para os adultos”, assegura a Icmra.

Efeitos colaterais

Em declaração divulgada nesta quarta-feira (5) e que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Icmra destacou que a maioria dos efeitos colaterais provocados pelas doses é de natureza leve e temporária. “No entanto, os sistemas de monitoramento de segurança (farmacovigilância) identificaram alguns efeitos colaterais muito raros (ocorrendo em menos de um em 10 mil pessoas), mas graves”, assinala.

“Assim como ocorre com todos os medicamentos, relatórios de eventos médicos após a vacinação contra a covid-19 (efeitos colaterais suspeitos) são coletados e avaliados continuamente pelas autoridades. Essas avaliações demonstram que, na maioria dos casos, os eventos médicos não foram causados pela vacina”, explica a nota.

Covid longa e fake news

O documento assinala que as vacinas reduzem o impacto da chamada covid longa e alerta para os perigos das fake News (notícias falsas). “A covid longa não é um possível efeito colateral da vacinação. Informações falsas podem resultar em mortes ou doenças graves se as pessoas evitarem a vacinação.”

“A Icmra apoia fortemente a segurança das vacinas contra a covid-19 e seus benefícios na proteção de pessoas de todas as idades contra as graves consequências da covid-19”, explica a entidade.

O que é o Icmra

A Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos é um fórum internacional de nível executivo, integrado por 38 autoridades reguladoras de todo o mundo, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que atua como observadora. A proposta é estabelecer orientação estratégica comum para os reguladores de medicamentos sobre questões regulatórias compartilhadas.

Além da Anvisa, integram a Icmra autoridades reguladoras da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Irlanda, Japão, Reino Unido e União Europeia.

As informações são da Agência Brasil

Fiocruz obtém na Anvisa o registro de kit para diagnóstico molecular da febre maculosa

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) obteve na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro do primeiro kit de biologia molecular do país para detecção do material genético de bactérias causadoras de rickettsioses, em especial, a febre maculosa e o tifo.

Idealizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e produzido no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), o Kit IBMP Biomol Rickettsiose utiliza a técnica de PCR em tempo real, capaz de identificar — com altos níveis de especificidade (94%) e de sensibilidade (100%) — a presença ou a ausência de bactérias do gênero Rickettsianas amostras coletadas.

A partir de um diagnóstico laboratorial mais rápido e específico, doenças causadas por esses agentes infecciosos podem ser identificadas na fase inicial, quando ainda não há anticorpos detectáveis que permitam a confirmação por meio de testes sorológicos.

“A Fiocruz tem um papel social histórico e mais uma vez está na vanguarda, desenvolvendo produtos diagnósticos necessários para a vigilância epidemiológica das doenças negligenciadas de importância para a Saúde Pública. É com orgulho e sensação de dever cumprido que entregamos mais este produto”, destaca o presidente da Fundação, Mario Moreira.

Recentemente, casos de febre maculosa em São Paulo acenderam o alerta das autoridades médicas e de saúde, e chamaram a atenção da população para o agravo, considerado pouco difundido.

“Os elevados níveis do teste vão ao encontro da atual necessidade de uma vigilância mais robusta da febre maculosa e outras rickettsioses, possibilitando ações mais efetivas e oportunas”, destaca Elba Lemos, pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, onde o kit foi começou a ser construído.

“É importante a união de diferentes grupos e instituições para o desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem que o Brasil tenha uma maior autossuficiência nos seus testes diagnósticos e tratamentos”, reforça a pesquisadora.

A necessidade de criação de tecnologias que identifiquem causas de doenças de maneira mais precisa e em um tempo mais curto também foi enfatizado pelo diretor-presidente do IBMP, Pedro Barbosa.

“O Kit IBMP Biomol Rickettsiose se junta aos produtos do portfólio direcionado às doenças tropicais negligenciadas, juntamente com os kits para Tracoma, Hanseníase, Doença de Chagas, entre outros, e reforça a missão do IBMP em contribuir para o acesso e a democratização do diagnóstico mais preciso e eficaz e consequentemente a adoção do tratamento mais adequado ao cidadão brasileiro”, pontua.

Com o avanço no diagnóstico de febre maculosa e outras rickettsioses, Elba lembra que a febre maculosa brasileira precisa ser tratada de forma ágil devido à gravidade da evolução da doença decorrente dos danos causados pela bactéria ao organismo humano.

“Quando o paciente chega na unidade de saúde com suspeita de febre maculosa, deve-se coletar as amostras para análise e iniciar o tratamento imediatamente, mesmo sem confirmação laboratorial”, acrescenta.

Mais de uma década de desenvolvimento

A proposta de criação de um kit de biologia molecular para detectar rickettsioses começou a ser desenhada em 2009, a partir de projetos de pós-doutorados no Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, em colaboração com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Sob a supervisão de Elba, as pós-doutorandas, na época, Maria Inês Doria Rossi e Daniela Tupy de Godoy, além da pesquisadora Tatiana Rozental Burdman, estudaram a viabilidade de tecnologias que identificassem bactérias Rickettsia e de outros gêneros.

Na sequência, a colaboração foi transferida para o IBMP e a pesquisa prosseguiu com Liana Lumi Ogino, Matheus Ribeiro da Silva Assis e Thayssa Alves Coelho da Silva, além de Jorlan Fernandes de Jesus que assumiu a supervisão do projeto ao lado de Elba.

Na finalização do Kit, o IOC seguiu como consultor na produção e na validação do desempenho da tecnologia.

A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda não contagiosa de distribuição mundial que pode causar, na dependência da espécie bacteriana, desde formas assintomáticas até casos mais graves, com alta possibilidade de óbito.

No Brasil, uma das doenças que geram casos graves de elevada letalidade está associada à infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii (febre maculosa brasileira), transmitida principalmente pelos carrapatos das espécies Amblyomma sculptum e Amblyomma cajennense, popularmente conhecidos como carrapato-estrela.

Casos mais brandos de febre maculosa associados à espécie Rickettsia parkeri, transmitida pelo carrapato Amblyomma ovale, também têm sido descritos principalmente no estado de Santa Catarina. No mundo, existem mais de 20 espécies do gênero Rickettsiaque podem causar febre maculosa.

De acordo com dados do Ministério da Saúde e de Secretarias Estaduais de Saúde, entre 2000 e 2022, a doença, provocou 2.636 infecções, com 920 óbitos. Em 2023, o país registrou até junho, 49 casos e 6 mortes.

O Boletim Especial – Doenças Tropicais Negligenciadas, publicado pelo Ministério da Saúde em março de 2021, aponta que, no período de 2010 a 2020, a febre maculosa foi mais frequente em homens (71%), na faixa etária economicamente ativa de 20 a 39 anos. Dos casos confirmados, 63% foram hospitalizados. O local provável da infecção mais relatado pelos casos confirmados foi a zona rural, com 45%.

A maioria dos casos relata contato com carrapatos e terem frequentado ambientes de mata, rios e cachoeiras. A maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, onde de maneira geral ocorre de forma esporádica como casos isolados ou pequenos surtos.

No Brasil, a doença possui caráter de notificação compulsória ao Ministério da Saúde.

As informações são do Instituto Oswaldo Cruz.

Médicos/as Legistas do Estado se mobilizam através do Simepar

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) é o legítimo representante sindical dos médicos e médicas, inclusive dos/as Médicos/as Legistas da Polícia Científica do Estado do Paraná.

Por serem uma categoria diferenciada, os/as médicos/as têm direito a uma representação sindical específica feita pelo Sindicato Médico de cada região. Esse é um direito legal dos profissionais da medicina, pois essa categoria obedece a uma legislação específica, possui um código de ética e de conduta próprio, independente da especialidade que exerça.

Os/as Médicos/as Legistas estiveram reunidos diversas vezes com a diretoria do Simepar nas últimas semanas. Na semana passada, uma representação dos/as Legistas em conjunto com um diretor do Simepar e a assessoria jurídica visitou deputados na Assembleia Legislativa com o objetivo de resguardar os direitos adquiridos dos profissionais.

Nesta semana, dezenas de médicos e médicas legistas do Estado oficializaram a sua filiação ao Simepar, deixando claro que o Sindicato Médico é seu legítimo representante. Não há intenção de dividir ou prejudicar os demais servidores de outras categorias. Há somente a necessidade da representação adequada dos/as profissionais que antes de serem peritos, são médicos, e exigem que seus direitos sejam respeitados.

Julho Amarelo é o mês de conscientização sobre as hepatites virais

No mês de conscientização sobre as hepatites virais, conhecido como Julho Amarelo, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) chama atenção para a importância de manter a população informada sobre a prevenção, diagnóstico e o tratamento da doença.

A Sesa esclarece sobre como cada tipo da doença pode ser contraído, de forma a orientar a população a tomar cuidado para não correr riscos. As hepatites são doenças infecciosas causadas por vírus que comprometem o fígado.

Existem vários tipos de hepatites virais (A, B, C, D, E). As mais comuns no Brasil são as do tipo A, B e C. A hepatite A pode ocorrer por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes; condições precárias de saneamento básico e falta de higiene pessoal.

É possível contrair a hepatite B por relação sexual, pelo compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos como agulhas e seringas. Também pode ocorrer a transmissão vertical, passando da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.

A hepatite C é a mais severa entre os vírus, com grandes chances de se tornar crônica. É contraída por sangue contaminado e derivados, compartilhamento de seringas e relações sexuais sem uso de preservativos.

O tipo D, também chamado de Delta, está associado com a presença do vírus da hepatite B. É transmitida de forma sanguínea e pela relação sexual. A Hepatite E é de curta duração e curada naturalmente. Na maioria dos casos é uma doença de caráter benigno, de transmissão fecal-oral pelo consumo de água contaminada. Pode ser grave na gestante e raramente causa infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência. Da mesma forma que a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. Ela se manifesta mais nos países asiáticos.

DADOS – Em 2021 o Paraná notificou 939 casos de hepatite B (8,2 casos por 100 mil/ habitantes), 650 casos de hepatite C (5,7 por 100 mil/habitantes) e 14 casos de hepatite A (0,12 por 100 mil habitantes. No ano passado foram 1.016 casos de hepatite B (8,9 casos por 100 mil/habitantes), 692 casos de hepatite C (6,1 casos por 100 mil/habitantes) e 20 de hepatite A (0,17 por 100 mil habitantes).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 400 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas pelos vírus da hepatite B e C e apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente. Só uma em cada 100 está recebendo tratamento.

AÇÃO – A Sesa reforça, especialmente neste Julho Amarelo, a conscientização sobre a importância da prevenção. No dia 28 deste mês haverá uma ação para chamar a atenção sobre o tema. Uma parceria entre a Divisão de Imunização da Sesa, Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Secretaria da Saúde de Curitiba ofertará testagem rápida para hepatites B e C, abordagens pessoais sobre transmissão e prevenção, divulgação de serviços para atendimento, orientação e oferta de vacinação para hepatite B.

O objetivo é incentivar o diagnóstico precoce das hepatites virais, permitindo um tratamento adequado e oportuno, impactando diretamente na qualidade de vida do indivíduo, sendo ainda um poderoso instrumento de prevenção de complicações como cirrose e câncer hepático.

VACINAS – No caso das hepatites A e B existem vacinas disponíveis em toda a rede pública do Estado. A vacina contra a hepatite A é fornecida para crianças entre 15 meses e menores de cinco anos e a vacina contra a hepatite B também está na rotina do calendário da criança, sendo ampliada para todas as faixas etárias. A hepatite C não dispõe de uma vacina para a proteção, mas existem medicamentos que permitem sua cura.

Em 2022, a cobertura vacinal de hepatite B no Estado em menores de 30 dias foi de 77,96% e em crianças menores de 2 anos, de 83,94%. Os dados parciais de 2023 (janeiro a maio) apontam cobertura de 91,56% (menores de 30 dias) e de 92,19% (menores de 2 anos). Contra a hepatite A, a cobertura foi de 83,07% em 2022 e chega a 83,56% de janeiro a maio deste ano.

SINTOMAS – Em geral, as hepatites virais agudas são assintomáticas, e por isso caracterizadas como uma doença silenciosa. Quando os sintomas aparecem, podem se manifestar com febre baixa, fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, falta de apetite e icterícia (coloração amarelada), urina escura, fezes esbranquiçadas.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Novos exames em gestantes no SUS são garantidos por lei

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou em junho a Lei 14.598, que incluiu no protocolo de assistência de rotina às gestantes da rede pública de saúde o exame de ecocardiograma fetal e pelo menos duas ultrassonografias transvaginais, ainda no primeiro quadrimestre de gestação. O objetivo do governo federal é garantir a segurança e o correto acompanhamento da gestante e do bebê ainda durante a gravidez.

A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem não invasivo. Durante a gestação, o exame confere a saúde do colo do útero e da placenta, além de identificar os batimentos cardíacos do feto e sinais de complicações para evitar problemas que podem levar a abortos ou partos prematuros. Em nota à Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que este exame já está incluído no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e que a solicitação e avaliação do exame é parte da rotina das equipes de saúde da família e equipes multiprofissionais da Atenção Primária à Saúde, nas unidades de saúde. “São exames fundamentais para monitorar o desenvolvimento do feto e garantir um acompanhamento adequado na fase inicial da gravidez”, disse a nota.

Já o ecocardiograma fetal, agora incluído no pré-natal de gestantes do SUS, permite avaliar, detalhadamente, o funcionamento do coração do feto na fase intrauterina, e assim, diagnosticar cardiopatias congênitas, arritmias ou distúrbios funcionais.

A lei sancionada ainda obriga o médico responsável a encaminhar a gestante para a realização dos tratamentos necessários, no caso de ser encontrada alguma alteração que coloque em risco a gestação. A intenção é proteger a vida materna e do bebê e evitar possíveis complicações.

Em entrevista para à TV Brasil, o médico diretor da divisão de cardiologia pediátrica do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, Jorge Afiune, destacou a importância do ecocardiograma fetal. O cardiologista pediátrico concorda com o encaminhamento médico das gestantes, quando verificadas alterações no coração do bebê. “É uma ferramenta que deve aumentar a detecção de defeitos, mas que o sistema [o SUS] já tem que se preparar para que, uma vez feito o diagnóstico, a gente, de fato, consiga beneficiar essas famílias com o tratamento”.

Debate

Em nota, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), filiada à Associação Médica Brasileira, considerou que não houve discussão sobre a lei com os profissionais de medicina. “A Febrasgo vem a público salientar que a referida lei não está alinhada com as recomendações científicas vigentes e que deveria ser imediatamente revisada e reeditada com adequado alinhamento científico. Para tal, oferecemos premissas técnicas amparadas pelo rigor científico a fim de subsidiar as instâncias legislativas e o executivo, para que possam oferecer à saúde pública brasileira normativas legais amparadas pelas evidências científicas”.

E emenda. “A oferta de ecocardiografia fetal sistemática no pré-natal, como determina a lei em questão, não encontra efetivo amparo nas melhores diretrizes científicas da atualidade. Dessa forma, é difícil afirmar que a oferta da ecocardiografia fetal como exame de rotina do pré-natal possa reduzir a mortalidade neonatal”, diz a nota da Febrasgo.

“O consenso observado na literatura médica é da realização da ecocardiografia fetal, para o grupo de gestantes que possuem fatores de risco, podendo ser realizada a partir de 18 semanas, conquanto a melhor visualização das estruturas cardíacas ocorra entre 24 e 28 semanas de gestação”, diz nota da Febrasgo.

Procurado pela reportagem da Agência Brasil, o Ministério da Saúde respondeu que a referida lei, resultado da aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC 130/2018) “foi aprovada pelo parlamento brasileiro e que o governo federal, agora, viabiliza o cumprimento da lei. Mas, que o médico tem autonomia para conduzir o pré-natal das gestantes”.

Cardiopatias

A Sociedade Brasileira de Cardiologia define a cardiopatia congênita como qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surja nas primeiras oito semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 1% de incidência de cardiopatias congênitas, dado aceito para os países latino-americanos. Assim, no Brasil, preveem-se cerca de quase 29 mil (28.846 novos) casos de cardiopatias congênitas ao ano. De acordo com dados do DataSUS, em 2021, foram registrados 2.758 nascidos-vivos com malformação do sistema circulatório, no Brasil.

A profissional de Relações Públicas Larissa Mendes e a advogada Janaína Souto são mães de cardiopatas. Juntas, elas criaram um perfil em uma rede social para orientar outros pais sobre como lidar com alterações nos corações de seus filhos, as partir das próprias experiências.

Há 21 anos, Janaína Souto teve uma filha com cardiopatia congênita (atresia da mitral, da pulmonar, ventrículo único tipo direito, isomerismo direito e asplenia congênita), em um parto normal, sem qualquer suporte, sem qualquer avaliação criteriosa. “Graças a Deus, ela conseguiu sobreviver aos 30 dias, sem suporte, e o diagnóstico chegou a tempo. Mas enfrentamos voo [de avião] comum com uma criança em crise, chorando, porque tive que buscar tratamento fora”, recorda a advogada.

Já Larissa Mendes foi mãe aos 28 anos e o pré-natal foi feito corretamente, com a realização de três ultrassons morfológicos com médicos diferentes e nenhum deles notou complicações relevantes. “Houve alterações na gestação, como artéria umbilical única e polidrâmnio, mas considerado normal por obstetras. Meu filho nasceu em hospital apenas com suporte neonatal e, graças a Deus, não precisou de atendimento ao nascer. Caso contrário, o risco teria sido imenso”.

As duas mães entendem que o diagnóstico precoce poderia ter dado um melhor suporte a elas, durante as respectivas gestações. “Vemos isso, ao longo desses mais de 15 anos acompanhando mães de cardiopatas congênitos”.

Sobre a inclusão do ecocardiograma fetal e pelo menos duas ultrassonografias no protocolo de assistência de rotina às gestantes do SUS, as duas mães entendem que o diagnóstico precoce é importante. “Sabemos que sem ele, muitas crianças continuarão morrendo sem tratamento, nos primeiros dias ou meses de vida. E a culpa será colocada na cardiopatia, quando na verdade a culpa é da falta de oferta de tratamento no tempo certo, e isso passa pelo ecofetal em toda gestante”. Ambas, consideram a legislação como um primeiro passo. “A lei não resolverá imediatamente todos os problemas: faltam profissionais, faltam equipamentos, estrutura. Mas, é o primeiro passo em busca da melhoria do diagnóstico precoce”.

No entanto, Larissa Mendes e Janaína Souto criticam também a qualidade da análise feita nas ultrassonografias (US). “Atualmente, nas US, os cortes de imagem para avaliação do coração são muito negligenciados e os profissionais não recebem tratamento para poder desconfiar de uma alteração cardíaca. Dessa forma, as gestantes não são encaminhadas para ecofetal. Falhamos no diagnóstico precoce e as crianças nascem sem suporte.”

Elas sugerem o devido preparo dos médicos para avaliar o coração fetal. “A Febrasgo poderia atuar incentivando seus credenciados para melhor aperfeiçoamento nesse sentido – com ecografistas fetais. Assim, futuramente, quando for dada a devida atenção ao coração do feto, poderemos ver encaminhamentos mais específicos. Mas essa não é a realidade atual”.

As informações são da Agência Brasil

Ministério da Saúde orienta gestores sobre novas regras para laqueadura e vasectomia no SUS

Os procedimentos de laqueadura e de vasectomia disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) foram alterados, no ano passado, pela Lei nº 14.443/2022, que ampliou o acesso e delimitou prazos de espera. A partir deste mês de junho, as novas regras passam a constar na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais. Para que estados, municípios e o Distrito Federal estejam preparados para atender os usuários, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com orientações.

Uma das principais instruções é que os gestores de saúde reorganizem os serviços, tanto na Atenção Primária quanto na Especializada (ambulatorial e hospitalar), de forma a cumprir o prazo máximo de 30 dias para disponibilização dos diversos métodos e técnicas de contracepção no âmbito do planejamento familiar. O processo deve ser acompanhado de avaliação clínica e oferta de informações sobre as necessidades de cada pessoa.

Isso significa que “os entes federativos devem orientar tanto as pessoas com interesse na esterilização voluntária, quanto qualquer indivíduo que procure atendimento para planejamento familiar e reprodutivo nesses 30 dias”, explica o diretor do Departamento de Gestão do Cuidado Integral do Ministério da Saúde, Marcos Pedrosa. Ele complementa: “É importante que os serviços garantam o acesso aos métodos contraceptivos reversíveis e definitivos, bem como ao aconselhamento multiprofissional, efetivando, assim, esses direitos previstos na Constituição”.

Depois disso, a pessoa que tiver interesse na esterilização voluntária deverá registrar manifestação expressa de vontade, iniciando o período obrigatório de 60 dias entre o primeiro atendimento e a cirurgia, conforme o modelo de registro do anexo I da nota técnica. Uma via deve permanecer com a pessoa e a outra precisa ser anexada ao prontuário. Em seguida, se inicia o acompanhamento pela equipe multiprofissional, com avaliação de riscos e benefícios do método escolhido de forma compartilhada entre paciente e equipe, nunca de forma imposta.

Respeitado o prazo de 60 dias do primeiro atendimento, se a pessoa mantiver a decisão pela esterilização após o processo, é preciso proceder com o registro de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido/TCLE (anexos II e III), que deve informar que os métodos de contracepção definitiva não previnem Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A nota técnica traz ainda com o anexo IV, que apresenta a ficha de solicitação de credenciamento de instituição para realização de esterilização cirúrgica.

Confira a nota técnica na íntegra

O que mudou

A Lei nº 9.263/1996 estabeleceu o planejamento familiar como um direito e orienta ações de atenção sexual e reprodutiva nos serviços de saúde do país, incluindo a contracepção. O Ministério da Saúde indica que o planejamento deve ser ofertado com esclarecimentos sobre os métodos que melhor se adequem às necessidades de cada pessoa, sem discriminação, coerção ou violência. A norma foi alterada pela Lei nº 14.443/2022 para estabelecer as condições de acesso à esterilização voluntária.

A nova redação traz as seguintes alterações nos requisitos de elegibilidade:

  • A idade mínima para mulheres e homens com capacidade civil plena passa de 25 para 21 anos, independentemente do número de filhos vivos;
    Fica definido prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico;
  • Não é mais necessário o consentimento expresso de ambos os cônjuges para a realização de laqueadura tubária ou vasectomia;
  • O histórico de cesarianas sucessivas anteriores não é mais requisito para a realização de laqueadura tubária durante a cesárea, sendo a esterilização cirúrgica em mulher durante o período de parto garantida à solicitante, desde que observados o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o parto e as devidas condições médicas.

Além disso, a Portaria nº 405, de 8 de maio de 2023, normatizou as alterações instituídas pela Lei nº 14.443/2022, alterando os atributos dos procedimentos de vasectomia, laqueadura tubária e parto cesariano com laqueadura tubária na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde. As alterações entram em vigor ainda neste mês de junho.

As informações são do Ministério da Saúde.

Pesquisadores depositam patente de um novo composto no INPI para tratar câncer de mama

Um grupo de dez pesquisadores das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Federal Fluminense (UFF) depositou patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para tratamento contra o câncer de mama.

O estudo descreve o desenvolvimento de um novo composto sintético direcionado à proteína conhecida como p53 quando ela apresenta mutação. Os testes realizados apontaram para essa substância capaz de reverter a função da proteína mutada. A patente é fruto de duas teses de doutorado da UFF e da UFRJ.

O professor da Faculdade de Farmácia da UFF, Vitor Ferreira, que integra o grupo de pesquisadores, explicou à Agência Brasil que a proteína p53 “supostamente” deveria ser a guardiã do genoma humano. O coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (Inbeb) e professor da UFRJ, Jerson Lima, disse que essa proteína atua como protetora do DNA, suprimindo o aparecimento de tumores. Quando, porém, ela sofre uma mutação dentro do organismo, perde sua função protetora e passa a estimular o crescimento do tumor e a torná-lo mais resistente a drogas.

“Ela passa a trabalhar contra e essa célula passa a ser uma célula tumoral”, explicou Ferreira. “Em mais de 90% das células tumorais, a proteína p53 sofre mutação e perde a função dela”, sustentou. O tipo de tumor de mama usado na pesquisa pelo grupo é chamado tumor negativo.

A pesquisa recebeu financiamento de R$ 2 milhões, divididos meio a meio entre a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Um artigo de revisão do trabalho foi publicado esta semana no periódico internacional Chemical Review.

Progresso

“A gente acredita que essa substância é a mais promissora de todas porque deu um efeito grande, inclusive reduzindo o tumor em animais e atuando, principalmente, na descoberta, que o nosso grupo foi pioneiro, que é a capacidade de mutações da p53”, afirmou Lima.

Os pesquisadores já estão conversando com uma empresa farmacêutica que estaria interessada em realizar os estudos clínicos em humanos.

Essa etapa é necessária e pode resultar na fabricação do primeiro fármaco no Brasil para tratamento de câncer de mama, destacou Vitor Ferreira.

Jerson Lima acrescentou que se não se desenvolver alguma nova terapia para atacar as mutações da p53, cerca de meio bilhão de pessoas hoje vão morrer de câncer no planeta. Vitor Ferreira lembrou que o grupo levou seis anos de trabalho até descobrir essa molécula, qual foi o seu mecanismo de ação e como ela atuou na p53.

Moléculas

Os pesquisadores estão investigando também outras moléculas. De acordo com Vitor, vários grupos internacionais estão buscando novas terapias para a mutação da proteína p53.

A patente depositada no Brasil deriva de uma naftoquinona, que é uma substância produzida pelo metabolismo de algas, líquens, fungos, plantas, animais e em seres humanos. O composto foi obtido – de forma sintética – a partir da vitamina K3 e possui atividade dez vezes mais potente que outras drogas na redução dos tumores de mama, em especial para os tumores de mama que possuem a proteína p53 alterada, informou a Faperj, por meio de sua assessoria de imprensa.

As informações são da Agência Brasil