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ATENÇÃO: Tentativa de GOLPE envolvendo o Simepar

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) foi alertado sobre uma nova tentativa de golpe utilizando o nome do Sindicato.

Quaisquer mensagens estranhas envolvendo o nome do Simepar podem ser comunicadas pelo email: simepar@simepar.com.br, ou pelo telefone: 41 3338 8713.

Já foram tomadas as medidas cabíveis, incluindo registro de ocorrência junto a autoridade policial.

‘Fake news’ sobre vacinas espalham temor entre famílias, aponta pesquisa

Medo de possíveis efeitos adversos e falta de confiança nas vacinas são os principais motivos que levam pais e responsáveis a negligenciar a vacinação de crianças e adolescentes. É o que demonstra pesquisa apresentada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pelo Instituto Questão de Ciência. Outras alegações comumente ouvidas em consultórios são o esquecimento, a falta de vacinas no serviço público e o preço das doses nos serviços privados.

A pesquisa Hesitação vacinal: por que estamos recuando em conquistas tão importantes? ouviu cerca de mil pediatras brasileiros no intuito de descobrir as dúvidas mais comuns sobre vacinação relatadas pelas famílias durante o atendimento pediátrico. A íntegra do estudo será conhecida no fim de maio, mas dados preliminares indicam influência relevante de informações não confiáveis ou fake news sobre o comportamento das famílias.

“Muitas dúvidas e afirmações falsas baseadas em desinformação têm chegado até os pediatras. Entre as principais estão frases como ‘Minha filha não precisa da vacina para HPV, pois ainda não iniciou a vida sexual’; ‘Vacina para HPV pode gerar efeitos neurológicos graves’; e ainda ‘A doença por rotavírus é leve em crianças’”, destacou a Sociedade Brasileira de Pediatria, por meio de nota.

Covid-19

De acordo com 81,29% dos pediatras entrevistados, a vacina contra a covid-19 é a que tem gerado maior apreensão entre as famílias, seguida pelas doses contra a gripe (6,7%) e a febre amarela (6,09%), doenças mais conhecidas pela população. Os principais motivos alegados nos consultórios, no caso da vacina contra a covid, são:

  • “A vacina da covid-19 com tecnologia RNA pode trazer riscos à saúde das crianças” (18,09%);
  • “Não aceitar correr riscos, uma vez que imunizações podem causar doenças como miocardite e trombose” (16,58%);
  • “As vacinas de RNA não são seguras no longo prazo” (13%);
  • “Crianças não têm covid grave” (12,84%);
  • “Não conheço nenhuma criança que morreu de covid” (8,8%).

Redes sociais

Segundo a percepção dos especialistas, informações não confiáveis ou fake news são veiculadas, sobretudo, por meio das redes sociais (30,95%). Aplicativos de mensagens como WhatsApp (8,43%) e a internet como um todo (13,6%) aparecem com um poder de influência superior ao da televisão (3,34%).

Análise

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Clóvis Francisco Constantino, lembrou que, ao longo dos últimos seis ou sete anos, o país registrou uma queda “acentuada e perigosíssima” da cobertura vacinal como um todo. O problema, segundo ele, se acentuou durante o período mais crítico da pandemia de covid-19.

“Isso fez com que nos deparássemos com um momento perigosíssimo em relação a crianças e adolescentes, que são alvo da atenção do pediatra. Recém-nascidos, crianças e adolescentes estão correndo risco com doenças infecciosas, algumas erradicadas, e que podem voltar. Estamos na rota de retorno de muitas doenças, alguns gravíssimas.”

“Os pais dessas crianças e adolescentes foram vacinados, mas não estão levando seus filhos para serem vacinados”, disse. “Será que acham que essas doenças, por terem sido algumas erradicadas, nunca mais voltarão? Será que essa é uma pergunta que eles fazem a si próprios? Ou não fazem pergunta nenhuma e se entregam a falsas notícias que veem nas redes sociais sobre ‘perigos das vacinas’?”

A presidente do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak, explicou que a proposta da pesquisa é traçar um panorama acerca da dificuldade enfrentadas pelos pediatras no consultório associadas à hesitação vacinal. “É uma coisa nova no Brasil.”

“O pediatra brasileiro estava acostumado a dizer ‘Seu filho está com X anos e está na hora de tomar as vacinas Y e Z’. Não tinha muita discussão. O brasileiro sempre foi muito adepto à vacinação, até pela cultura que temos, de um programa de vacinação muito atuante há 50 anos.”

Segundo ela, a partir dos resultados da pesquisa, o instituto, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, desenhou um curso, já foi realizado, para representantes das regionais de pediatria espalhadas pelo país.

“A gente dividiu com eles várias técnicas de comunicação de ciência e saúde sobre como lidar com essas dúvidas [dos pais], como identificar de onde vêm as dúvidas, por que esses pais estão chegando, onde eles escutaram, como eles foram contaminados pela hesitação vacinal que acaba aparecendo no consultório.”

As informações são da Agência Brasil.

Prefeitura de Curitiba repassa consultas em bebês para médicos/as sem especialidade, enfermeiros/as e até técnicos/as em enfermagem

No mês de abril, o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) publicou uma denúncia de que a Prefeitura de Curitiba estaria repassando consultas de recém-nascidos, que deveriam ser feitas por pediatras, para médicos generalistas.

O Protocolo de Saúde da Criança vigente na época, que estava disponível no Portal da Prefeitura, preconizava que a primeira consulta de todos os recém-nascidos na Atenção Primária à Saúde deveria ser feita por uma/um médica/o pediatra.

A partir da segunda consulta, se não houvessem fatores de risco para a criança, os atendimentos poderiam ser intercalados entre generalista e pediatra. Mas, por falta de pediatras, muitas consultas acabavam sendo realizadas sem a participação da especialidade médica mais indicada para esta faixa etária e para esse momento tão importante na jornada de saúde pessoal que está iniciando.

No final do mês de abril, o Simepar recebeu com surpresa a publicação de um novo protocolo com uma tabela para agendamento das consultas de Puericultura que não só desobriga que algumas das consultas sejam feitas por pediatras, mas também flexibiliza as mesmas para que sejam feitas por Enfermeiras/os e até Técnicos/as em Enfermagem.

Publicado em: https://saude.curitiba.pr.gov.br/images/LC%20C%C3%87A_SITE_v4.pdf; este protocolo é datado de 20/04/2023.

Confira a tabela presente no Protocolo:

 

Conforme indica a tabela, para as crianças “NÃO RISCO”, em nenhum momento da Puericultura há exigência de consultas com médicos/as, muito menos pediatras. Em todos as fases a consulta pode ser feita por Pediatra, OU Médico/a, OU Enfermeiro/a, e até Técnico/a em Enfermagem em algumas etapas.

Para as crianças classificadas como “RISCO”, segundo a tabela, há exigência de consultas com Pediatras aos 3, 6, 12 e 24 meses. As demais consultas podem ser com Médica/o, OU profissional da Enfermagem.

Cabe ressaltar que quando a tabela cita “M”, na legenda consta “Médico de Família e Comunidade ou Generalista”, mas é necessário que se diferencie as competências dos médicos/as; visto que Médicos de Família e Comunidade são especialistas capacitados para atender pediatria e fazer puericultura, enquanto os Generalistas não possuem essa especialidade.

Sem nenhum demérito aos/às profissionais da enfermagem, que certamente desempenham papel fundamental no atendimento e no acompanhamento da saúde dos recém-nascidos, a consulta com profissionais da medicina, e com a especialidade em pediatria, é imprescindível para as avaliações e diagnósticos necessários.

Uma médica pediatra ouvida pelo Sindicato afirmou que a ausência de diagnósticos precisos nos recém-nascidos pode levar ao agravamento de doenças que poderiam ser tratadas, evitando internações e até óbitos.

O Simepar encaminhou ofício para a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba pedindo esclarecimentos; e reforça que as médicas e médicos não são obrigados a realizarem essas consultas, salvo em caso de Urgência e Emergência, em que não houver pediatra no local.

Também foram enviados ofícios ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e à Sociedade Paranaense de Pediatria. Os ofícios foram enviados há dez dias. A partir do ofício do Simepar, o CRM também pediu esclarecimentos à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

O Sindicato dos Médicos vem reivindicando há anos que a Prefeitura contrate mais pediatras, tanto para a Atenção Primária, quanto para as Unidades de Pronto Atendimento. A atuação desses profissionais é fundamental para a obtenção de diagnósticos precisos em recém-nascidos e crianças em geral, podendo evitar o agravamento de doenças e até óbitos.

Além do reforço na contratação, é necessário que esses profissionais recebam salário compatível com a função e tenham bom ambiente de trabalho para evitar a rotatividade dos profissionais.

Após 34 anos sem poliomielite, baixo índice de vacinação no Brasil preocupa

“As pessoas ficam muito surpresas quando eu digo ‘não foi acidente de carro não, foi paralisia infantil’”, explica a médica Rivia Ferraz, de 51 anos de idade, quando perguntam por que usa uma prótese na perna direita? “Parece que as pessoas esqueceram o que foi a paralisia infantil”, diz ao se referir à doença que tem preocupado as autoridades de saúde, já que a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, está com a cobertura em queda no Brasil.

Os índices de vacinação contra a poliomielite têm apresentado queda desde de 2016, última vez em que o país superou a marca de 90% de cobertura vacinal do público-alvo. A meta do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é vacinar entre 90% e 95% das crianças menores de 5 anos de idade.

Mas a proteção nunca esteve tão baixa. Em 2022, o percentual de vacinação foi de 72%. No ano anterior, foi menor ainda, pouco menos de 71%, informou o Ministério da Saúde. Os números trazem preocupação porque, apesar de o Brasil ter registrado o último caso da doença em 1989, há 34 anos, outros países ainda não erradicaram a doença, o que pode fazer o vírus voltar a circular por aqui.

A médica disse que nasceu sem nenhuma patologia. “Mas aos 9 meses eu contraí a poliomielite e foi por falta da vacinação”. Ela explica porque não recebeu a vacina contra a pólio. “Isso foi em 1971, já tem algumas décadas, a gente não tinha o SUS [Sistema Único de Saúde]. Sou do Nordeste, de Maceió, cidade linda, mas lá não tinha muitos recursos e naquela época só tinha campanhas, não era como hoje, que em qualquer unidade de saúde você leva seu filho e vacina. Quando houve campanha, eu estava com febre e vomitando, não podia tomar a vacina, aí quando eu estava bem, não tinha a disponibilidade da vacina”.

Nesse intervalo, ela acabou contraindo o vírus da poliomielite. “É um vírus que em algumas crianças pode até não causar sintomas, como acontece hoje com a covid 19, algumas pessoas nem desenvolvem sintomas, com a poliomielite é a mesma forma. Mas crianças desenvolveram a forma grave, que foi o meu caso, que tem o ataque da medula, que acaba trazendo consequências nas células nervosas motoras, que acaba causando uma paralisia flácida”.

Rivia estava justamente na fase de dar os primeiros passos quando a mãe percebeu que ela ficava de pé, mas logo caía. “Ela me levou para uma avaliação médica e foi diagnosticada a paralisia. Passei por 14 cirurgias para conseguir caminhar um pouco, agora estou com esta órtese que é muita boa em me dar segurança para andar, passei por várias fases com e sem órteses, com e sem bengalas, para ter maior estabilidade e mais segurança”.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a grande maioria das infecções não produz sintomas, mas de cinco a dez em cada 100 pessoas infectadas com esse vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe. Em um a 200 casos, o vírus destrói partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou braços. Não há cura. Os principais efeitos da doença são ausência ou diminuição de força muscular no membro afetado e dores nas articulações.

Embora muito raro, o vírus pode atacar as partes do cérebro que ajudam a respirar, o que pode levar à morte. Há 30 anos, a pólio paralisou quase 1.000 crianças por dia em 125 países em todo o mundo, incluindo países das Américas, informou a Opas.

Zé Gotinha

Em 1994, o Brasil foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), junto com os demais países das Américas, como livre da poliomielite. O combate à doença fez surgir um dos personagens mais conhecidos da cultura médica nacional, o Zé Gotinha. O nome se refere à vacina atenuada oral (VOP), aplicada como dose de reforço dos 15 meses aos 4 anos de idade.

Mas o esquema vacinal começa antes. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina inativada, em forma de injeção, deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade e depois o reforço. A vacina está disponível em todos os centros públicos de saúde e pode ser administrada simultaneamente com as demais dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou o risco do Brasil. O vírus da poliomielite é transmitido de pessoa a pessoa por via fecal-oral ou, menos frequentemente, por um meio comum, a água ou alimentos contaminados, por exemplo, e se multiplica no intestino.

Para quem hesita em vacinar seus filhos, a médica Rivia tem um alerta e um conselho. “Passei por muitas dores e ainda as sinto, tive que vencer barreiras e a acessibilidade, tudo isso por conta de uma não vacinação. Apesar das pessoas hoje desconhecerem a paralisia infantil, é uma doença totalmente prevenível com a vacina que está aí, com toda a facilidade nas unidades de saúde. Vacinem seus filhos, o nosso desejo é que as crianças continuem saudáveis”.

As informações são da Agência Brasil

Simepar obtém vitória e Município de Ponta Grossa terá que pagar insalubridade em grau máximo a todos/as os Médicos/as durante a pandemia

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) obteve mais uma vitória em relação ao pagamento de adicional de insalubridade para médicos e médicas durante a pandemia de Covid-19. O Município de Ponta Grossa foi condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT9) a pagar o adicional em grau máximo para todos/as os/as médicos/as, entre março/2020 e agosto/2020.

A decisão do TRT9 foi unânime e reverteu um julgamento desfavorável aos médicos e proferido pela 2ª Vara do Trabalho de Ponta Grossa. O Tribunal eliminou a distinção que o Município de Ponta Grossa vinha fazendo, ao pagar o adicional em grau máximo apenas para os médicos que se encontrassem na “linha de frente” do combate ao COVID 19.

O Sindicato sustentou que em um cenário de pandemia não existia “linha de frente”, pois o risco de contágio era elevado para todos os profissionais médicos e que a decisão estava distinguindo os profissionais de forma injustificável.

O recurso foi julgado no dia 15 de maio, após pedido de vistas pelo Desembargador Paulo Ricardo Pozzolo. A sustentação oral pelo Simepar foi realizada pela Dra. Miriam Cipriani Gomes, da Zornig e Andrade Advogados Associados. Com a decisão, todos os médicos do Município passaram a ter igual direito ao adicional em grau máximo.

A ação contempla o período do início da pandemia, em março de 2020, até o mês de agosto do mesmo ano; pois, a partir desse período, o Município começou a fazer o pagamento do adicional conforme pleiteado pelo Simepar.

O Município de Ponta Grossa ainda pode recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Após o trânsito em julgado, se mantida a decisão em Brasília, o SIMEPAR iniciará o cumprimento da decisão em favor dos médicos.

Esta decisão se junta a uma série vitórias do Simepar com empregadores que passaram a pagar insalubridade em grau máximo, seja por acordo, seja por condenação judicial.

Boletim aponta mais 13 óbitos e 8.299 novos casos de dengue no Paraná

O Paraná registra mais 8.299 casos de dengue e 13 óbitos, segundo dados do boletim semanal divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nesta terça-feira (16). Ao todo, são 54.083 confirmações e 42 mortes em decorrência da doença no Paraná.

De acordo com o informe epidemiológico, dos novos óbitos registrados, quatro são de residentes de Londrina, três de Ibiporã, três de Foz do Iguaçu, um de Maringá, um de Marilena e um de Umuarama.

Desde o início do período sazonal da doença, iniciado em 31 de julho de 2022, foram 239.372 notificações no Estado, sendo 94.170 ainda em investigação e 83.747 casos descartados. O boletim aponta ainda que dos 399 municípios do Paraná, 334 tiveram casos confirmados de dengue.

Dos novos óbitos registrados, predominam os idosos, em sua maioria do sexo feminino, com comorbidades, que ocorreram entre 12 de março e 26 de abril.

Os óbitos no município de Londrina são referentes a quatro mulheres de 44, 76, 86 e 90 anos, todas com comorbidades. Em Ibiporã, foram duas mulheres, uma com 84 anos e sem comorbidades, e outra de 92 anos, com comorbidades, além de um homem, de 55 anos, com comorbidades.

Em Foz do Iguaçu, morreram um homem e uma mulher de 66 e 76 anos, respectivamente, ambos com comorbidades, e uma criança de três anos, que não apresentava nenhuma comorbidade.

Nos demais municípios, os óbitos foram de uma mulher de 49 anos, sem comorbidades (Maringá), e de dois homens, ambos com comorbidades, um de 96 anos (Marilena) e de 74 anos (Umuarama).

“O Governo do Estado mantém o alerta e a vigilância apoiando as ações de combate e controle da dengue e chikungunya em todas as regiões e municípios, principalmente onde existem mais ocorrências e casos confirmados. Precisamos unir forças com a população para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti que, em sua maioria, estão nos quintais das casas”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

CHIKUNGUNYA E ZIKA – O mosquito também é responsável, além da dengue, pela transmissão da zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Já o panorama de chikungunya no Paraná revela 2.448 notificações e 449 casos confirmados da doença, sendo 324 autóctones e três óbitos.

Confira AQUI o boletim da dengue.

Paraná realiza a sua 13ª Conferência Estadual de Saúde

Foi aberta na segunda-feira (15) a 13ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná, que se estende até a próxima quinta-feira (18), em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Esta é a primeira edição do evento desde o início da pandemia e tem como tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia”.

O secretário de Saúde Beto Preto destacou, durante a cerimônia de abertura, o compromisso do Governo do Estado com os municípios, além de enaltecer o papel da saúde pública durante a pandemia. “Foi uma grande jornada, com muita dor, dificuldade, mas também com aprendizados, ações e sobretudo resiliência. Se hoje estamos aqui, reunidos neste ambiente, é pela capacidade da saúde pública, que deve ser fortalecida diariamente”, disse o secretário.

“O Paraná travou uma grande batalha, mobilizando recursos históricos, adotando estratégias que perdurassem, inclusive após a pandemia, investindo na nossa rede de saúde em oposição aos hospitais de campanha, por exemplo, o que nos legou leitos, equipamentos e mais estrutura. Isso somente foi possível graças a sensibilidade do governador Ratinho Junior, que priorizou a vida dos paranaenses acima de tudo”, afirmou.

Ele reforçou, ainda, a necessidade de uma revisão no financiamento do SUS. “Temos batido insistentemente nessa tecla. A tabela do SUS não tem reajustes há pelo menos 14 anos. É preciso manter um diálogo conciso, porém de cobrança com o governo federal, para que tenhamos mais recursos e possamos, de maneira tripartite, contribuir para o funcionamento vital da saúde pública”, disse.

Mobilizando um público superior a 1,5 mil pessoas, entre servidores, gestores de todas as 22 Regionais de Saúde, além de palestrantes, usuários e convidados especiais, o evento promoverá capacitações, apresentações e palestras, com o objetivo de estimular discussões de propostas que devem nortear as políticas públicas para o SUS.

Depois de aprovadas, as propostas serão levadas, por meio de 140 delegados eleitos, para a Conferência Nacional de Saúde, que acontecerá entre 2 e 5 de julho, em Brasília. Estes delegados vão representar desde usuários do SUS, até trabalhadores e prestadores de serviços. Durante a programação, também serão eleitas novas entidades para o Conselho Estadual de Saúde do Paraná.

Para o presidente do CES, Rangel da Silva, o evento promove não somente a possibilidade de um grande debate, mas também de fortalecer ações concretas e em nível nacional. “As propostas aqui discutidas serão levadas até Brasília, permitindo dar maior amparo e garantir mais força às políticas de saúde pública”, destacou.

A prefeita anfitriã do evento, Rosa Maria de Jesus Colombo, considera como valioso o potencial da conferência. “São dias de muito movimento em prol do SUS e o município de Pinhais se sente honrado por fornecer este espaço que sem dúvida trará muitos benefícios para todo o Estado”, afirmou.

PRESENÇAS – A mesa de abertura também contou com as presenças do superintendente estadual do Ministério da Saúde no Paraná, Luiz Armando Erthal; o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Ivoliciano Leonarchik; as deputadas estaduais Cloara Pinheiro e Márcia Huçulak; além dos conselheiros estaduais de Saúde Silmara da Conceição Ribas e Márcia Zambrin.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Ministério da Saúde incorpora dois medicamentos ao SUS para tratamento de anemia

O Ministério da Saúde incorporou no Sistema Único de Saúde (SUS) dois medicamentos para tratamento da anemia, após análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Os medicamentos ferripolimaltose e carboximaltose férrica devem estar disponíveis no sistema público em até 180 dias.

A ferripolimaltose é indicada para o tratamento de pacientes com anemia por deficiência de ferro e intolerância ao sulfato ferroso, conforme descrito em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde. A carboximaltose férrica é indicada para pacientes adultos com anemia por deficiência de ferro e intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.

A anemia é uma doença que causa a redução da concentração de hemoglobina, proteína responsável por transportar o oxigênio pelo sangue. Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença, muito embora homens – adolescentes e adultos – e os idosos também possam ser afetados.

As anemias podem ser causadas por deficiências de vários nutrientes, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.

Os principais sinais e sintomas da doença são:

  • cansaço generalizado;
  • falta de apetite;
  • palidez de pele e mucosas (parte interna do olho e gengivas, por exemplo);
  • menor disposição para o trabalho;
  • dificuldade de aprendizagem nas crianças.

O Ministério da Saúde reforça que somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios para tratamento.

As informações são do Ministério da Saúde

Vacinação contra a gripe no SUS é ampliada para todos com mais de 6 meses

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (12) a ampliação da vacinação contra a gripe. A partir desta orientação, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) emitiu orientação no mesmo sentido, para que os municípios do Estado ampliem a vacinação.

A partir da próxima segunda-feira (15), toda a população acima de 6 meses pode receber a dose. O objetivo, segundo o Ministério, é expandir a cobertura vacinal contra a doença antes do inverno, quando as infecções respiratórias tendem a aumentar. Até o momento, 21 milhões de pessoas foram imunizadas – 30% do grupo prioritário.

“A orientação atende a pedido de estados e municípios, que podem usar as vacinas em estoque e adotar estratégias locais para operacionalizar a imunização, atendendo às realidades de cada região. Mais de 80 milhões de doses da vacina trivalente, produzidas pelo Instituto Butantan, foram distribuídas para todo o país. A meta é vacinar 90% da população”, destacou o ministério, por meio de nota.

A vacina contra a gripe estava sendo aplicada apenas no público prioritário, formado por idosos acima dos 60 anos, crianças (com idade a partir de 6 meses e menores de 6 anos), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), imunossuprimidos, indígenas, profissionais da saúde e da educação, pessoas com deficiência permanente ou com comorbidades, profissionais de transporte coletivo e portuários, trabalhadores das forças de segurança e salvamento, trabalhadores das forças armadas e do sistema prisional e população privada de liberdade.

No comunicado, o MS reforçou que a imunização é fundamental porque reduz a carga da doença, sobretudo em pessoas com problemas de saúde e idosos, prevenindo hospitalizações e mortes, além de diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde. Até o fim de abril, pelo menos 253 mortes por gripe foram confirmadas no país.

“As vacinas influenza sazonais têm perfil de segurança excelente e, geralmente, são bem toleradas. Manifestações como dor no local da injeção são comuns e ocorrem em 15% a 20% dos pacientes, sendo benignas e geralmente resolvidas em 48 horas”, informa o ministério.

A vacina da gripe é fabricada com vírus inativados, fragmentados e purificados, ou seja, não é capaz de induzir o desenvolvimento da doença. A composição e a concentração de antígenos são atualizadas todos os anos conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda segundo o ministério, o imunizante pode ser administrado simultaneamente com outras vacinas do calendário nacional.

Paraná

De acordo com dados do vacinômetro nacional, o Paraná imunizou 1.409.816 pessoas até o momento, o que representa pouco mais de 32% da população alvo da campanha (idosos e demais grupos prioritários), de 4.387.469 habitantes. Agora, com a nova ampliação, a expectativa é expandir a cobertura vacinal, que possui meta estipulada de 90%.

Hoje, o Estado é o quarto em número absoluto de aplicações, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

As informações são da Agência Brasil e Agência Estadual de Notícias.

Anvisa concede registro para a produção da vacina meningocócica nacional

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e a Fundação Ezequiel Dias (Funed) acabam de receber o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção da vacina meningocócica ACWY conjugada. O registro é fruto da parceria entre as duas instituições e a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), realizada em alinhamento com o Ministério da Saúde (MS). O acordo prevê a nacionalização do imunizante que previne contra os quatro principais sorogrupos de meningite meningocócica e que está presente no Calendário Nacional de Vacinação para adolescentes de 11 e 12 anos de idade desde 2020.

As meningites bacterianas representam um importante desafio em saúde pública, tendo em vista sua expressiva morbimortalidade e sequelas, principalmente nos países em desenvolvimento. No mundo, estima-se que ocorram anualmente mais de um milhão de casos. Três agentes bacterianos se encontram entre os principais agentes que causam a meningite bacteriana na comunidade: Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae tipo b e Neisseria meningitidis (meningococo). A taxa de mortalidade pode chegar até 70%, caso não haja tratamento. No Brasil, entre os anos de 2009 e 2021, foram confirmados 219.342 casos de meningite bacteriana causada pelo meningococo.

O calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda o esquema de duas doses da vacina meningocócica C conjugada aos três e cinco meses de idade, e um reforço administrado aos 12 meses. A vacina meningocócica ACWY conjugada é recomendada para adolescentes na faixa etária de 11 e 12 anos de idade em dose única. Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou esta indicação para adolescentes de 13 e 14 anos de idade, com o objetivo de reduzir o número de portadores da bactéria em nasofaringe.

O acordo tripartite e o registro vêm oferecer uma solução nacional para a produção e o abastecimento do PNI com a vacina meningocócica ACWY conjugada. O projeto busca integrar as capacidades da Funed, que já detém expertise na vacina meningocócica C, com a GSK, detentora desta tecnologia, e Bio-Manguinhos/Fiocruz, que possibilitará a capacidade produtiva, inclusive do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), por meio de sua infraestrutura e conhecimento técnico na produção de vacinas bacterianas.

“Esse acordo e agora o registro são mais um passo na estratégia da Fiocruz de adensamento tecnológico e atualização da carteira de vacinas de Bio-Manguinhos, em consonância com as prioridades já anunciadas pelo Ministério da Saúde”, explica o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

A iniciativa está alinhada à busca pela autossuficiência nacional na área da saúde, por meio da redução da dependência de insumos internacionais e da incorporação de tecnologias estratégicas para o país, fortalecendo o Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis) próprio dos laboratórios públicos, além do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A missão institucional de Bio-Manguinhos é contribuir com as demandas nacionais tanto de vacinas, quanto de kits para diagnóstico e biofármacos. Essa vocação nos faz buscar participar ativamente de parcerias que venham a contribuir para o crescimento e o fortalecimento do SUS. Estamos muito satisfeitos em poder fazer parte de mais esta iniciativa nesta direção”, afirma Mauricio Zuma, diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz.

Para o presidente da Funed, Felipe Attiê, a parceira com a Fiocruz, uma instituição de renome internacional e que deu origem à Funed, por meio de Ezequiel Dias e Oswaldo Cruz, contribui para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde brasileiro e também para o desenvolvimento da capacidade de produção de produtos biológicos pela instituição, especialmente no campo das meningites. “Acordos de transferência de tecnologia como esse, assinado com um laboratório público de referência como Bio-Manguinhos e com uma indústria farmacêutica mundial do porte da GSK, são de grande importância para o crescimento da Funed”, ressaltou Felipe.

“A vacinação é uma das principais estratégias de intervenção em saúde pública e o Programa Nacional de Imunizações é uma referência para América Latina e para o mundo. A GSK tem o privilégio de ter um longo histórico de parceria com o governo brasileiro. São mais de trinta anos estabelecendo diferentes alianças estratégicas para fornecer imunizantes para o PNI. Temos muito orgulho em firmar mais esta parceria, ampliando nossa contribuição para o acesso à prevenção da meningite meningocócica”, afirma Andre Vivan, presidente da GSK Brasil.

Uma vez obtido o registro junto à Anvisa, a transferência de tecnologia passa para a segunda etapa do projeto, em que as duas instituições nacionais passam a estar aptas a realizarem a rotulagem e embalagem dos imunizantes recebidos da farmacêutica transferidora. Nesta fase, o controle de qualidade também é feito nacionalmente. Toda a transferência da tecnologia conta ainda com mais duas etapas de internalização de processos produtivos, que envolve o processamento final, com a formulação, envase e inspeção, além da última etapa de produção do IFA da vacina, com a nacionalização completa da produção do imunobiológico.

Funed

Fundada em 1907, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) trabalha há 115 anos buscando soluções em saúde para o fortalecimento do SUS. Com três áreas de atuação, que envolvem pesquisa, laboratório e indústria, é reconhecida como um importante Instituto de Ciência e Tecnologia do estado de Minas Gerais. Realiza estudos em diferentes áreas do conhecimento, sendo referência na pesquisa científica a partir de venenos de serpentes, aranhas, escorpiões e abelhas. Atua também na formação de recursos humanos para setores produtivos, empresas de base biotecnológica e instituições de ciência e tecnologia por meio de seu Programa de Pós-graduação em Biotecnologia.

A Funed também abriga o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (Lacen-MG), que realiza análises e exames para as vigilâncias sanitária, epidemiológica, ambiental e de saúde do trabalhador, com destaque para os trabalhos de sequenciamento genético e vigilância genômica. No campo industrial da saúde, é responsável pela produção de medicamentos, como a Talidomida e o Entecavir, além de ser o único laboratório público fornecedor da vacina contra a meningite C para o Ministério da Saúde e um dos três laboratórios brasileiros produtores de soros antivenenos e antitóxicos.

GSK

A GSK é uma biofarmacêutica multinacional, presente em 92 países, que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global. A companhia pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos especializados nas áreas de doenças infecciosas, HIV, oncologia e imunologia/respiratória. Presente no Brasil há mais de 110 anos, é líder nas áreas de HIV e respiratória e uma das empresas líderes em vacinas. A GSK contribui ativamente para a saúde pública brasileira tanto pelo fornecimento de medicamentos de referência para diversas doenças quanto por meio de parcerias com instituições de saúde e pesquisa nacionais.

Bio-Manguinhos/Fiocruz

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) é a unidade da Fiocruz responsável por pesquisa, inovação, desenvolvimento tecnológico e pela produção de vacinas, kits para diagnóstico e biofármacos voltados para atender prioritariamente às demandas da saúde pública nacional. Fundado em 1976, Bio-Manguinhos tem atuação destacada no cenário internacional, não só pela exportação do excedente de sua produção para mais de 70 países como também intercâmbio de experiências e informações, eventos técnico-científicos e parcerias com instituições públicas e privadas por meio de acordos de Transferência de Tecnologia, Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e projetos de desenvolvimento autóctone, que contribuem para a ampliação de seu portfólio, que conta com mais de 40 produtos.

As informações são da Agência Fiocruz de Notícias