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Assista à matéria da Band TV sobre a inspeção das UPAs de Curitiba realizada pelo Simepar

A TV Band do Paraná fez uma matéria baseada nos relatórios das inspeções que o Simepar realizou nas Unidades de Pronto Atendimentos do Boqueirão e do Sítio Cercado, ambas administradas pela Prefeitura de Curitiba através da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS).

Na reportagem, a Dra. Cláudia Paola Carrasco Aguilar, Secretária Geral do Simepar, foi entrevistada. Assista ao vídeo a seguir:

Além da TV Band, o Portal Plural e o Portal RIC Mais também repercutiram as inspeções das UPAs. Confira a seguir:

RIC MAIS: UPAs de Curitiba estão em situação precária de atendimento, diz sindicato

PLURAL: UPAs em Curitiba têm equipamentos enferrujados, fiação precária e paredes rachadas

Saiba mais: Inspeções do Simepar em UPAs de Curitiba encontram condições precárias de trabalho e de atendimento à população

Oportunidade para Médico/a do Trabalho em Cascavel

A Mantris Saúde Ocupacional, situada em Cascavel (PR), está contratando Médico/a especialista em Medicina do Trabalho para jornada de 04 horas semanais, às quartas-feiras das 10:00 às 14:00 horas.

A rotina de trabalho consiste em atendimentos ocupacionais, validação de casos críticos, validação de enquadramento de PCD e consultas assistenciais.

Interessados entrar em contato com Juliana.
Telefone – 11 982291349
E-mail – jelias@mantris.com.br

OMS mantém Covid-19 como emergência global em saúde pública

Três anos após decretar a covid-19 como emergência global em saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje (30) que ainda não vai declarar o fim da pandemia e do estado de alerta causado pelo vírus.

Em pronunciamento, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que vai seguir a recomendação do comitê de monitoramento da covid-19 e manter a doença como emergência global em saúde pública, nível mais alto de alerta da entidade.

“Embora o mundo esteja em uma posição melhor do que durante o pico de transmissão da Ômicron há um ano, mais de 170 mil mortes relacionadas à covid-19 foram relatadas globalmente nas últimas oito semanas”, explicou.

Tedros alertou que a vigilância e o sequenciamento genético do vírus diminuíram em todo o mundo, tornando mais difícil rastrear variantes conhecidas e detectar novas variantes. Além disso, segundo ele, sistemas de saúde lutam contra a escassez e o cansaço de profissionais.

“Vacinas, terapias e diagnósticos foram e continuam sendo essenciais na prevenção de doenças graves, salvando vidas e aliviando a pressão sobre os sistemas de saúde e os profissionais de saúde.”

“A resposta à covid-19 continua prejudicada em muitos países, incapazes de fornecer essas ferramentas às populações mais necessitadas, aos idosos e aos profissionais de saúde”, completou o diretor-geral da OMS.

Comitê

O Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS concluiu que a covid-19 permanece uma doença infecciosa perigosa, com capacidade de causar danos substanciais à saúde e aos sistemas de saúde globais.

As informações são da Agência Brasil

Simepar realiza Assembleia Geral dia 06 de fevereiro

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, no uso das atribuições que lhe conferem o estatuto e a legislação em vigor, e considerando que as deliberações vinculam a todos os membros da categoria, ainda que ausentes ou discordantes, convoca os médicos, para Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 06 de fevereiro de 2023, às dezoito horas em primeira convocação, às dezenove horas em segunda convocação e às vinte horas em terceira e última convocação, na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná – SIMEPAR, situado na Rua Coronel Joaquim Sarmento, 177, Bom Retiro, Curitiba – PR para tratar da seguinte ordem do dia abaixo.

A Assembleia será híbrida e com exceção da mesa diretiva, que estará presente, os demais deverão solicitar link da assembleia pelo e-mail juridico@simepar.com.br.

  1. Discussão, deliberação e aprovação ou não da conveniência de celebração de convenção coletiva e/ou acordo coletivo de trabalho abrangendo a categoria profissional representada e as categorias econômicas respectivas;
  2. No caso de aprovação, discussão e estabelecimento das condições econômicas e sociais, mediante cláusulas contidas em Pauta de Reivindicações a ser apresentada na Negociação Coletiva de Trabalho para o período de 01 de novembro de 2023 a 31 de outubro de 2024;
  3. No caso de não aprovação, discussão e estabelecimento de formas legais e políticas a serem adotadas;
  4. Discussão e deliberação, aprovando ou não, a concessão de poderes à Diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná – SIMEPAR para a negociação das propostas aprovadas pela Assembleia Geral com as representações da categoria patronal e celebrar as convenções e os acordos coletivos de trabalho, após aprovação da assembleia extraordinária ou plebiscitária;
  5. Frustrada a negociação coletiva referida nos itens anteriores, discussão e deliberação, aprovando ou não, a concessão de poderes à Diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná – SIMEPAR para, de acordo com alternativa constitucional, eleger arbitro(s) para mediar o conflito;
  6. Frustrada a negociação coletiva com vistas à Convenção e/ou Acordos Coletivos de Trabalho, discussão e deliberação, aprovando ou não, a alternativa constitucional de ajuizamento do competente dissídio coletivo no caso das negociações não se concretizarem em nível administrativo dentro do prazo legal;
  7. Discussão e deliberação, aprovando ou não, a alternativa de que as cláusulas sociais da proposta para Convenção e/ou Acordos Coletivos de Trabalho se constituir a base para a ação de dissídio coletivo, tanto para julgamento quanto para acordo, no caso de não formalização;
  8. Discussão e deliberação, aprovando ou não, a alternativa de que as cláusulas econômicas da proposta para Convenção e/ou Acordos Coletivos de Trabalho se constituir a base para a ação de dissídio coletivo, tanto para julgamento quanto para acordo, no caso de não formalização, em razão de natureza eminentemente alimentar, conforme sustentam os Incisos V, XI, XVI, XXI e XXIII, do artigo 7º, da CF/88;
  9. Discussão, estabelecimento e deliberação, aprovando ou não, a Contribuição (negocial) assistencial e confederativa a ser incorporada na proposta para a ação de dissídio coletivo. Aqueles que quiserem se opor à contribuição deverão promovê-la expressamente em até dez dias da publicação do presente edital;
  10. Deliberação quanto a manter ou não, em aberta a assembleia geral da categoria até a resolução final da lide;
  11. Deliberação acerca da oportunidade de deflagração de movimento paredista;
  12. Discussão e deliberação de pautas específicas dos empregados de entidades vinculadas a planos de saúde, serviços de atendimentos móveis, entidades da Administração Pública (Fundações Públicas, Consórcios Público, etc) dentre outros;
  13. Discussão e deliberação acerca de acordo nas ações judiciais em trâmite e que beneficiam a categoria, em especial aquelas em face da Fundação Estatal de Atenção em Saúde de Curitiba (FEAS).

Curitiba, 16 de janeiro de 2023.

Marlus Volney de Morais
Diretor Presidente

Ministério e Secretarias de Saúde aprovam plano para reduzir as filas de cirurgias no SUS

O Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) aprovaram o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas. A aprovação ocorreu na última quinta-feira (26), durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CTI) de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, estão previstos R$ 600 milhões para o programa, recursos garantidos na PEC da Transição. A primeira remessa de recursos, cerca de R$ 200 milhões, será destinada a cirurgias eletivas.

“O que nós estamos debatendo com estados e municípios é um programa para combater problemas diferenciados e, pela nossa experiência, já que o SUS faz mutirão há mais de 20 anos, vamos começar pelas cirurgias, até porque, há inúmeras experiências de gestão de tecnologias nesse sentido. Ao mesmo tempo, vamos discutir, de maneira tripartite, como construir mudanças mais estruturantes. Para isso, precisamos conhecer essa fila de procedimentos e permitir que o usuário possa interagir, por meio de ferramentas de transparência”, afirmou o secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Helvécio Magalhães.

O secretário acrescentou que as metas são criar uma lista nacional dos pacientes que aguardam por procedimentos médicos, consolidar um banco de informações, regular a oferta de serviços com apoio de ferramentas, como o telessaúde, e os protocolos de acesso à atenção especializada. O secretário citou que a Região Norte terá tratamento diferenciado, em razão da difícil fixação de profissionais de saúde.

Nos próximos dias, uma portaria será publicada instituindo o programa. Com a publicação, os estados deverão encaminhar ao Ministério da Saúde os planos de trabalho para homologação e a transferência do dinheiro.

As informações são da Agência Brasil

Inspeções do Simepar em UPAs de Curitiba encontram condições precárias de trabalho e de atendimento à população

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) realizou inspeções nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Boqueirão e do Sítio Cercado, ambas administradas pela Prefeitura de Curitiba através da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS). As inspeções atenderam a requisição do Ministério Público do Trabalho (MPT) expedida em Inquérito Civil em trâmite na Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região.

O Inquérito Civil foi instaurado a partir de denúncia do Simepar sobre o chamado “Sistema Fast de Atendimento” implementado pela FEAS introduzindo um profissional chamado de “controlador de fluxo” cuja função seria pressionar os médicos e médicas a atenderem com rapidez, conduzindo pacientes até os consultórios mesmo sem os profissionais da medicina chamarem.

Desde a implantação desse sistema “fast”, médicas e médicos vêm denunciando interferências na autonomia profissional por parte dos/as controladores/as de fluxo que monitoram até as idas ao banheiro e impedem os/as médicos/as de fazerem pausas de qualquer natureza.

Atendendo à requisição do MPT, o Simepar destacou uma médica, diretora da entidade, e um advogado da assessoria jurídica do Sindicato para a tarefa. As inspeções também foram acompanhadas por um procurador jurídico da Fundação. Foram preparados relatórios detalhados das inspeções apontando uma série de problemas estruturais nos prédios, problemas de manutenção, de mobiliário inadequado, entre outros. Os relatórios estão repletos de imagens que ilustram de maneira inequívoca a realidade encontrada nas Unidades.

Na UPA do Boqueirão, o atendimento é feito em biombos (baias), também chamados “boxes”.Esses boxes são de utilização geral e obrigatória para os médicos durante as consultas. Eles não oferecem privacidade ou segurança necessárias para o atendimento médico, gerando constrangimento aos pacientes e aos profissionais da medicina.

Os “boxes” não têm nenhum tipo de isolamento acústico, inviabilizando o sigilo médico. Não há mesa, cadeira, ou computador para que o/a médico/a possa sentar e realizar seu trabalho de registrar o atendimento e gerar uma receita. As unidades não têm sequer uma porta, mas tão somente uma cortina.

O Simepar denunciou a instalação desses “boxes” há um ano. Na época, eles foram implantados nas UPAs do Boqueirão e do Pinheirinho. Essa situação configura flagrante violação do Código de Ética Médica (sigilo profissional), entre outras normas de conduta, e também precariza as condições de trabalho.

Na inspeção realizada recentemente, os médicos e médicas também reclamaram de excesso de calor, nos dias quentes, e de frio, quando a temperatura cai. Ou seja, não há conforto térmico necessário para o ambiente já degradado.

Também foram identificados, através de relatos dos profissionais, uma série de problemas de pressão psicológica, estresse e cobranças por resultado no ambiente laboral.

Os médicos e médicas relataram que atendem situações de urgência e emergência das mais diversas gravidades e complexidades, e o profissional de enfermagem a quem se atribuiu o “controle de fluxo” no “sistema fast” não possui condições técnicas de avaliar a necessidade de se permanecer em atendimento com o paciente por um tempo maior ou menor.

São atendidos, constante e diariamente, muitos casos de doenças infectocontagiosas e respiratórios, o que exige um cuidado maior do profissional com medidas preventivas, orientações ao paciente etc. Ou seja, o “acelerar” o atendimento sem critérios tende a resultar na queda da qualidade do serviço de Saúde. A solução seria o aumento do número de profissionais médicos para reduzir o tempo espera.

Sobre a inspeção, vale ressaltar que a mesma tem por base legal, ainda, a prerrogativa dada ao sindicato pelos incisos V a VIII, do par. 3º, do art. 6º, da Lei 8.080/90 (Lei do SUS).

Também cabe ressaltar que, grosso modo, os problemas identificados nas inspeções já são objeto de denúncia das médicas e médicos através do Simepar há bastantes tempo, vide exemplo dos boxes de atendimento e a implementação do “sistema fast”.

O Sindicato estabeleceu uma mesa permanente de negociação com a FEAS realizando reuniões mensais em que os problemas levantados pelos profissionais são levados aos dirigentes da Fundação. Em que pese algumas das demandas terem sido atendidas pela FEAS, os problemas mais sérios muitas vezes são tratados pelos gestores como se simplesmente não existissem.

Agora, o Simepar deseja que os problemas sejam resolvidos no âmbito do inquérito no MPT, ou de qualquer outra maneira que se mostre viável. O objetivo do Sindicato é que os médicos e médicas tenham condições dignas de trabalho pelo bem da Saúde Pública.

Os relatórios estão em anexos nos links abaixo:

Relatório UPA Boqueirão.

Relatório UPA Sítio Cercado.

Butantan e Hemocentro-RP recebem apoio da Anvisa para desenvolver terapia contra o câncer no SUS

O Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto foram selecionados no edital de chamamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para desenvolvedores de terapias avançadas, por meio de seu Programa de Terapia Celular contra o câncer.

As instituições vão participar de um projeto-piloto e receber suporte técnico e regulatório para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento do produto. Com isso, poderão caminhar mais rápido em direção à aprovação do tratamento. O objetivo é que a terapia de US$ 500 mil chegue ao Sistema Único de Saúde (SUS) e possa ser oferecida gratuitamente à população brasileira.

O programa é fruto de uma parceria entre Butantan, Hemocentro-RP e Universidade de São Paulo, e permitiu a inauguração, no ano passado, de dois Núcleos de Terapia Avançada (Nutera), em São Paulo e Ribeirão Preto. Lá, será produzida a terapia CAR-T, uma das soluções mais inovadoras da medicina para o câncer de sangue, como linfoma e leucemia. O tratamento consiste em coletar o sangue do paciente, isolar os linfócitos T e modificá-los geneticamente para que sejam capazes de reconhecer e eliminar células cancerosas – ou seja, faz o próprio sistema imune do indivíduo combater a doença.

O edital da Anvisa considerou os projetos que estavam em estágio mais avançado para entrar na fase de ensaios clínicos e que tinham a maior capacidade de infraestrutura instalada. O acompanhamento envolverá controle de riscos, avaliação de benefícios e comprovação de segurança, eficácia e qualidade dos produtos. Para isso, serão feitas reuniões periódicas para discussão de dados; submissões contínuas de documentos; apresentações técnicas; discussões com a equipe de farmacovigilância da Anvisa; e inspeções preliminares de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e de Boas Práticas Clínicas (BPC).

O projeto-piloto vai contribuir para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de instituições públicas brasileiras, ampliando o acesso da população a esses tratamentos. Até hoje, a Anvisa registrou quatro produtos de terapia avançada contra doenças raras e câncer, todos de empresas privadas e disponíveis por cerca de R$ 2,5 milhões. Mais de 20 ensaios clínicos de tratamentos avançados estão sendo conduzidos atualmente no Brasil.

Inovação contra o câncer

Aprovada desde 2017 nos Estados Unidos, a CAR-T começou a ser produzida em pequena escala em 2019 no Centro de Terapia Celular do Hemocentro-RP e aplicada em pacientes que haviam esgotado as opções de tratamento. Todos os envolvidos alcançaram remissão parcial ou total do câncer após o procedimento. A parceria com o Instituto Butantan permitiu ampliar a capacidade de produção, com a construção de dois centros que poderão atender até 300 pacientes por ano.

As instalações incluem laboratórios de controle de qualidade, salas de produção de vírus, salas limpas de produção de células CAR-T, salas de preparo de meios e soluções e áreas destinadas ao armazenamento do produto final e insumos em tanques de criogenia.

Trata-se do primeiro programa de terapia celular totalmente nacional e feito por instituições públicas, o que reduz seus custos e facilita a inclusão no SUS. Hoje, a terapia está disponível em locais como Europa, Estados Unidos, Canadá, China, Japão, Israel, Austrália, Nova Zelândia e Singapura, mas apenas no setor privado.

No vídeo a seguir, o Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, fala sobre a terapia CAR-T:

As informações são do Portal do Instituto Butantan.

Vacina bivalente contra a Covid será aplicada a partir de 27 de fevereiro

O Ministério da Saúde pretende começar a aplicar as doses de reforço com a vacina bivalente para imunização contra a covid-19 a partir do dia 27 de fevereiro. Essas vacinas aumentam a imunidade contra o vírus da cepa original, bem como da variante Ômicron. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (26) durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Na primeira fase, a campanha terá foco em pessoas com idade acima de 70 anos, imunocomprometidos e moradores de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Na sequência (Fase 2, com data ainda a ser definida), a campanha será voltada a pessoas com idade entre 60 e 69 anos. Gestantes e puérperas serão o foco da Fase 3; e profissionais de saúde serão o foco da quarta fase da campanha.

Durante a reunião com os integrantes da comissão, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a nova gestão da pasta adotará uma política de “cuidado e construção coletiva” e que, nesse sentido, será fundamental o diálogo entre União, estados e municípios. “Hoje, temos alguns desafios muito específicos que representam o retorno de uma pactuação em alto nível, como devem ser as nossas relações”, disse.

“Destaco entre as medidas iniciais, a Política Nacional de Imunização, a ser apresentada; um plano nacional para redução de filas na atenção especializada; a recuperação da Farmácia Popular; a valorização da atenção básica; o provimento, qualificação e formação profissional; e a retomada em novas bases do Programa Mais Médicos”, disse a ministra.

Estoques

Dirigindo-se aos secretários de Saúde estaduais e municipais presentes, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, Éder Gatti, descreveu a situação dos estoques de vacinas do ministério, tanto para o tratamento da covid-19 como de outras doenças. Segundo ele, a situação deixada pelo governo anterior representa “risco real” de desabastecimento de alguns imunizantes.

“Por estarem vencidas, mais de 370 mil doses da vacina AstraZeneca foram incineradas em dezembro passado. Encontramos estoque zerado de vacinas Pfizer Baby pediátrica e CoronaVac, o que impede a vacinação de nossas crianças. E o estoque de vacinas bivalente, para iniciar a estratégia de vacina de reforço, estava muito baixo, impedindo articulação e estruturação de uma política publica para a vacinação de nossa população”, descreveu o diretor.

Ele acrescentou que há “risco real de desabastecimento de vacinas importantes de nosso calendário, porque os estoques estão baixos também para vacinas BCG, hepatite B, vacina oral contra poliomielite e a triviral”.

Baixa cobertura

Segundo Gatti, o cenário atual de baixas coberturas vacinais “deve-se aos discursos negacionistas feitos nos últimos quatro anos por nossas autoridades, o que resultou na queda de confiança nas vacinas”. “Temos risco de epidemias de poliomielite e sarampo”, complementou.

A ministra Nísia Trindade disse, em uma das pausas da reunião, que a “primeira providência” da pasta é a de recompor estoques “para podermos planejar as ações”. Ela acrescentou que o calendário de multivacinação infantil está sendo trabalhado e em breve será divulgado.

“Faremos ações de vacinação nas escolas, como uma das estratégias, e combinaremos múltiplas estratégias para que possamos dar esta proteção, pois a baixa cobertura vacinal das crianças não diz respeito apenas à covid-19. Infelizmente ela está em cerca de 40%, por exemplo, para sarampo e poliomielite, um dos índices mais baixos da nossa história, desde o início do Programa Nacional de Imunização”, completou.

As informações são da Agência Brasil

Mpox ainda é problema de saúde pública nas Américas, dizem especialistas

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a revista científica The Lancet Regional Health Americas lançaram nesta quarta-feira (25) edição especial do encarte Mpox multinacional nas Américas: Lições do Brasil e do México, com artigos sobre a monkeypox ou “varíola dos macacos”, como é popularmente conhecida. A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas.

A editora-chefe da revista, Taissa Vila, destacou que embora esteja caminhando para resolução em alguns países, a Mpox ainda é um problema de saúde pública em vários lugares do mundo, como as Américas. Na avaliação da infectologista Beatriz Grinsztejn, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em HIV/Aids (LapClin Aids) e presidente eleita da International Aids Society (IAS), é importante remeter ao fato de que a Mpox “é uma doença negligenciada em termos de pesquisa e de recursos e tratamentos efetivos”, que poderiam ser disponibilizados, evitando ocorrência elevada e mortes nos países pobres da África. Beatriz lembrou que somente quando chegou à Europa, em meados do ano passado, é que a doença chamou a atenção do mundo, e isso causa vergonha por se ver quantas pessoas lidam com essa doença na África, há décadas.

Segundo a infectologista, a característica de lesões genitais já estava descrita na epidemia na Nigéria, onde a diversidade de opção sexual das pessoas não é aceita. Beatriz Grinsztejn afirmou que a Mpox tem sintonia com as infecções sexualmente transmissíveis (IST), o que leva à possibilidade de agravamento da doença nessas pessoas. E defendeu o combate ao estigma e à discriminação sempre. A Mpox é mais observada entre homens gays e bissexuais.

Áreas de destaque

Para a professora titular do Departamento de Psicologia Social da Universidade de São Paulo (USP), Vera Paiva, cinco áreas não podem ser ignoradas na pandemia da covid-19 e nas pandemias que virão, sem tampouco ignorar a Mpox. A primeira é que estejam associadas a pessoas de segmentos mais vulneráveis. É necessário diferenciar também as estruturas do sistema de saúde; combater mensagens enganosas e imprecisas, a exemplo das fake news (notícias falsas); reduzir a dependência a vacinas e tratamentos estrangeiros e solucionar crise de governança em que se desenrola a luta contra as epidemias. “Ficou claro que desde a Aids e a covid-19 que esses não são eventos apenas virais”, observou Vera.

Segundo a professora da USP, entre as lições que não se pode esquecer da covid-19 e outras epidemias é que o número de mortes e adoecimentos depende da política de enfrentamento, que as mortes e adoecimentos ocorrem mais em territórios periféricos empobrecidos, que têm raça, cor, gênero, que crescem mais onde os governos são negligentes em proteger os direitos humanos ou violam o direito à vida e à saúde integral. O crescimento das epidemias confirma marcadores de desigualdade e violação de diretos humanos, indicou.

Conforme reiterou Vera Paiva, será fundamental, diante de qualquer epidemia, que haja combate ao estigma em um primeiro momento, associado à infecção e às pessoas de segmentos mais vulneráveis; combate à infodemia (grande fluxo de informações que se espalham pela internet sobre um assunto específico) imprecisa e enganosa, não só em relação à Mpox, mas a outras epidemias; necessidade de financiamento para o Sistema Único de Saúde (SUS); retomada da ideia de quebra de patentes e produção de vacinas, acabando com a dependência de vacinas e tratamentos estrangeiros. A prevenção deve ser integral para todas as epidemias, pensando nos princípios de direitos humanos. “Esse é o grande desafio”, manifestou.

Casos

A infectologista do INI, Mayara Secco, informou que até o dia 24 de janeiro de 2023, foram confirmados no Brasil 10.711 casos de Mpox, com 11 óbitos. Os estados mais afetados foram São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2022, o INI atendeu 416 casos confirmados no Rio de Janeiro e 402 casos descartados. Neste mês de janeiro, foram atendidos 32 casos, dos quais 22 foram confirmados, 5 descartados e 5 se encontram em investigação.

Para a especialista, a emergência de saúde ainda representa um desafio para o setor da saúde e os 22 casos confirmados em janeiro de 2023 significam uma taxa de positividade alta. A análise dos casos confirmados desde o aparecimento do primeiro paciente revela que os homens cis constituem a maior parcela dos afetados, com 87%, contra 5,5% de mulheres cis. A maior parcela dos afetados está na faixa etária de 30 a 39 anos. Dos confirmados, 97% tiveram relação sexual 30 dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas de Mpox. Entre aos pacientes que confirmaram a Mpox no INI/Fiocruz, 51% conviviam com HIV e 30% só tinham uma região do corpo acometida.

Nomenclatura

A mudança de nomenclatura de monkeypox para Mpox foi anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 28 de novembro de 2022, após denúncias de discriminação e racismo e de notícia de assassinato de macacos no Brasil. O prazo para que o mundo adote a nova nomenclatura é de um ano.

A chefe do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Clarissa Damaso, esclareceu que o monkeypox não é uma doença de macacos, nem se trata de uma doença nova ou um vírus novo, tendo sido descrita em 1958. “O macaco é tão vítima como os humanos”.

Clarissa defendeu que a troca de nome para Mpox tem de ser gradual, “porque há uma história de pesquisas por trás”, de testes clínicos em andamento, inclusive, e de tratamentos e vacinas aprovados. Para a virologista da UFRJ, o que precisa ser debatido e combatido é o comportamento humano e não o nome da doença em si, porque acredita que não se conseguirá alterar a questão do preconceito da sociedade só mudando o nome da doença.

Ela citou, por outro lado, trocas de nomes com sucesso, entre as quais a Síndrome de Down, ou mongolismo, por Trissomia de 21, e a lepra por hanseníase.

As informações são da Agência Brasil

FASP Paranaguá abre processo seletivo para contratação de Médico/a Psiquiatra

A Fundação de Assistência à Saúde de Paranaguá (FASP) abriu um Processo Seletivo Simplificado (PSS) para cadastro de reserva de Médico/a Psiquiatra com carga horário semanal de 24 horas e remuneração de R$ 15.516, 97.

A contratação ocorre pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em caráter temporário.

Todas as etapas da seleção pública ocorrerão de forma online, sem a necessidade de realização de protocolo presencial ou de envio de documentos via correio.

As inscrições iniciaram em 25 de janeiro e seguem abertas até o dia 03 de fevereiro de 2023. .

O Edital do PSS pode ser lido aqui.

As inscrições podem ser realizadas neste link.

As informações são da Prefeitura de Paranaguá