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Genéricos contribuem para redução de mais de 50% no preço dos medicamentos

Um novo estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mediu os impactos dos genéricos no preço dos medicamentos. Os resultados mostram que, quanto mais opções de um determinado medicamento são colocadas no mercado, mais barato fica o produto. A queda pode chegar a mais de 50%.

Os genéricos podem ser produzidos a partir do momento em que o chamado “medicamento de referência” tem a patente quebrada, o que geralmente ocorre 20 anos após o lançamento, ou antes, em alguns casos específicos. Os produtos têm a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação farmacológica que o chamado medicamento de referência.

Detalhes do estudo foram destacados no site do Ipea nesta segunda-feira (10), quando se completam 26 anos da Lei Federal 9.787/1999, que estabeleceu os medicamentos genéricos no Brasil. De acordo com os resultados, com a entrada do primeiro produto genérico no mercado, houve redução média de 20,8% nos preços mínimos. A partir do terceiro, a economia é de cerca de 55,2%.

O estudo também resultou em um artigo do livro Tecnologias e Preços no Mercado de Medicamentos, lançado pelo Ipea em novembro do ano passado. A publicação digital está disponível gratuitamente aos interessados. O artigo, intitulado Efeitos da entrada de genéricos no mercado sobre o preço dos medicamentos, incluído como Capítulo 8, foi escrito pelo pesquisador Romero Cavalcanti Barreto da Rocha.

Os resultados do estudo indicam que mercados altamente concentrados sofrem maior impacto. Nesses casos, quando o medicamento de referência enfrenta menos concorrência, a entrada dos genéricos reduz em cerca de 34% os preços médios.

O momento em que os novos produtos são colocados no mercado também influencia nos efeitos. Quando o genérico entra logo após a perda da patente do medicamento de referência, a redução nos preços é maior. Eventuais atrasos podem gerar efeito negativo na queda.

O estudo indica ainda que a compra de genéricos já se tornou um hábito para os brasileiros. Esses produtos representam atualmente 34% dos valores das vendas de medicamentos. Entre 2003 e 2019, o aumento anual na comercialização dos genéricos foi de 18,3%. O percentual é três vezes maior do que o observado em relação aos demais tipos de medicamentos.

As informações são da Agência Brasil

Boletim semanal registra 1.156 novos casos de Dengue no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou nesta terça-feira (11) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 1.156 casos da doença. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 21.765 notificações, 3.725 diagnósticos confirmados e um óbito em decorrência da dengue. No total, 356 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 187 possuem casos confirmados.

As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (1.287); 17ª RS de Londrina (633); 13ª RS Cianorte (355); 12ª RS de Umuarama (284) e 15ª RS Maringá (191).

OUTRAS ARBOVIROSES – A publicação traz ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças que também têm como vetor o mosquito Aedes aegypti. Foram contabilizados 108 casos confirmados de Chikungunya, com um total de 388 notificações da doença no Estado. No que se refere ao Zika Vírus, até agora foram registradas 10 notificações e nenhum caso foi confirmado.

Confira o Informe Semanal completo AQUI . Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Opas emite alerta para risco de surtos da Dengue tipo 3 nas Américas

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. De acordo com a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em diversos países do continente – incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

“A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, destacou a organização, em nota. O comunicado cita ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 em 2024.

O vírus da dengue conta, ao todo, com quatro sorotipos distintos, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”.

“O aparecimento ou o aumento da circulação de um sorotipo que antes não era predominante em uma região pode levar a um aumento de casos de dengue, devido à maior suscetibilidade da população”, alertou a Opas. No Brasil, o sorotipo 3 não circula de forma predominante desde 2008.

Ainda de acordo com a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue). “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública”.

“O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, concluiu a Opas.

Números

Em 2024, as Américas reportaram mais de 13 milhões de casos de dengue, sendo 22.684 classificados como quadros de dengue grave (0,17%), além de 8.186 mortes associadas à doença.

Nas primeiras semanas de 2025, 23 países e territórios das Américas contabilizam 238.659 casos de dengue, a maioria concentrada no Brasil (87%). Em seguida estão Colômbia (5,6%), Nicarágua (2,5%), Peru (2,5%) e México (2,5%). Do total de casos, 263 foram classificados como dengue grave, além de 23 mortes confirmadas.

As informações são da Agência Brasil.

Livro “Mulheres na Saúde” terá noite de autógrafos nesta quarta (12) em Curitiba

Será realizada nesta quarta-feira (12) uma noite de autógrafos do livro Mulheres na Saúde, terceiro volume da coleção Mulheres Cuidando de Mulheres.

A obra “Mulheres na Saúde” conta com nove coautoras que (re)visitam as suas próprias histórias de vida e se desnudam diante das leitoras, permitindo a exposição das suas dores, traumas e dificuldades mais íntimas objetivando atravessar a alma de outras mulheres, fomentando sua coragem e fazendo despertar o olhar para si, para suas forças e potencialidades. Não faltam momentos de leveza, conquistas e alegrias, inerentes à sensibilidade feminina.

A Dra. Claudia Paola Carrasco Aguilar, Médica Psiquiatra e Secretária-Geral do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), é a autora de um dos capítulos da obra chamado “Atipicidades no amar”.

Mulheres Cuidando de Mulheres é um coletivo feminino construído a partir das narrativas de mulheres reais buscando fomentar a força feminina, a coragem, a determinação e a potência existente em cada uma. O projeto, que surgiu como uma rede de apoio a mulheres recém separadas, vem crescendo exponencialmente e se transformou num “universo de possíveis, promovendo atividades diversas de experiências, networking, fortalecimento e incentivo.

Organizadora: Danda Coelho

Coautoras:

  • Claudia Paola Carrasco Aguilar
  • Jussara Fagundes
  • Liu Teixeira
  • Luciana Mattana
  • Luciane Leal
  • Milena Bosa
  • Patricia Bellé Neves
  • Rita Sprea
  • Tatiana Klein

 

Serviço: Noite de autógrafos do livro Mulheres na Saúde
Data: 12 de fevereiro
Hora: 19h às 21h
Local: Solar do Rosário
Rua Lourenço Pinto, 500 – Centro – Curitiba.

Com informações da Editora Juruá.

Simepar atua na defesa dos direitos dos/as Médicos/as Servidores Federais do CHC-UFPR

O Sindicado dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) segue atuando na defesa dos direitos e contra às injustiças a que estão submetidas as Médicas e Médicos Servidores Federais Estatutários do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR).

Uma das pautas é a isonomia salarial com os demais Servidores Federais, uma vez que a Medida Provisória N°. 1.286 de 2024 concedeu reajuste menor à categoria médica. Enquanto o Termo de Acordo de Greve N° 11/2024 estabelecia reajustes isonômicos de 9% para 2025 e 5% para 2026, aos profissionais da Medicina o reajuste estabelecido na MP é de somente 4,5% para 2025.

A outra pauta é relacionada à cessão dos/as Médicos/as Estatutários para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) à revelia da sua anuência e vontade. Sobre essa questão, o Simepar patrocina uma ação que tramita em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4). A assessoria jurídica do Simepar esteve nesta semana reunida com o Desembargador Federal João Pedro Gebran Neto, relator da ação. Na oportunidade, foi entregue um memorial sobre a matéria. O memorial elaborado pela Assessoria Jurídica do Simepar também será entregue aos demais desembargadores que votarão no julgamento da matéria.

O Dr. Marlus Volney de Morais, Presidente do Simepar; e o Dr. Darley Rugeri Wollmann Junior, Vice-Presidente do Sindicato e médico estatutário do CHC-UFPR, estiveram reunidos com o Reitor da UFPR, Prof. Dr. Marcos Sfair Sunye e com a Superintendente do CHC UFPR, Professora Doutora Camila Fachin na quarta-feira (05) para discutir ambas as pautas das/os Médicas/os Estatutários. O Reitor da UFPR e a Superintendente CHC UFPR receberam as demandas dos profissionais da medicina com preocupação, e entenderam que há muita ingerência da EBSERH na relação com as/os Médicas/os Estatutários e pretendem reorganizar as atividades docentes e do exercício da medicina.

Ministério da Saúde regulamenta Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer

Na Semana Mundial de Combate ao Câncer, o Ministério da Saúde publicou três portarias com o intuito de fortalecer a prevenção e o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde (SUS). As medidas incluem a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e a criação Rede de Prevenção e Controle do Câncer e do Programa de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer.

A portaria que regulamenta a Política Nacional, publicada na quinta-feira (6), busca reduzir a incidência dos diversos tipos de câncer, além de garantir atenção integral, desde a prevenção e diagnóstico precoce até o tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, oferecendo acompanhamento contínuo em todas as fases da doença. A medida também busca reduzir a mortalidade, as incapacidades causadas pelo câncer e melhorar a qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento.

Já as portarias publicadas nesta sexta-feira (7) instituem a Rede de Prevenção e Controle do Câncer e o Programa de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer, com o objetivo de garantir diagnósticos rápidos e promover uma gestão mais eficiente no tratamento da doença. A iniciativa visa integrar os diferentes níveis de atenção, da primária à especializada, assegurando uma coordenação eficaz entre os serviços de saúde.

Além disso, o programa busca reduzir custos, evitar deslocamentos desnecessários e garantir a adesão ao tratamento, por meio de uma busca ativa e acompanhamento individualizado aos pacientes.

A Rede de Prevenção e Controle do Câncer estabelecerá fluxos assistenciais organizados para atender às necessidades dos pacientes, baseados em evidências científicas, com metas e indicadores para avaliar a qualidade dos serviços e os resultados.

O coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto, destaca o avanço da criação da rede de controle do câncer, que permitirá um acompanhamento completo da doença, desde o rastreamento até os aspectos específicos e as regulamentações necessárias.

“Trata-se de uma política de integração que vai colocar a oncologia dentro do SUS e o SUS dentro da oncologia. A área de oncologia cresceu além dos limites do sistema ao se integrar com o tratamento de doenças crônicas. Agora, com uma rede específica, teremos a capacidade de monitorar todos os aspectos relacionados ao câncer”, afirmou Barreto.

Todas as portarias foram aprovadas e pactuadas na primeira reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2025. As iniciativas visam organizar o SUS para identificar, monitorar e acompanhar o tratamento das pessoas com câncer ou com potencial para desenvolver a doença.

Confira as novas portarias:

As informações são do Ministério da Saúde.

CRM-PR promove palestra online sobre a Dengue

No dia 12 de fevereiro, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) irá promover, em parceria com a Câmara Técnica de Epidemiologia, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA) e a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS), a palestra ‘Paraná Contra a Dengue’.

O evento será realizado no formato exclusivamente online com transmissão a partir das 19h30, pelo canal do Conselho no YouTube.

Voltada para médicos, estudantes de Medicina e comunidade em geral, a palestra aberta e gratuita, mas para participar e obter certificado os interessados devem se inscrever por meio do link: https://www.even3.com.br/emc120225/

Serviço:

O que: Palestra ‘Paraná Contra a Dengue’

Quando: 12 de fevereiro (quarta-feira)

Que horas: 19h30

Quanto: gratuito

Onde: https://www.youtube.com/@CRMPR

Informações e inscrição: https://www.even3.com.br/emc120225/

As informações são do CRM-PR.

Número de adolescentes grávidas no Paraná caiu 38% em cinco anos

O número de gestações entre meninas de 10 a 19 anos reduziu 38,15% no Paraná entre 2019 e 2024, passando de 18.883 para 11.678 (dados preliminares). Há cinco anos os números vêm caindo consideravelmente, com diminuição da taxa de natalidade nessa faixa etária: em 2020 foram 16.568 nascimentos, em 2021, 15.790, em 2022, 14.053, e em 2023, 13.273. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e fazem parte da campanha da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

Em 2019, a proporção de nascidos vivos de mães adolescentes foi de 12,3%, em relação ao número total de nascimentos no Paraná. No País, essa taxa foi de 14,7%. No ano passado a taxa de nascimentos fechou em 9%, mantendo-se abaixo da média nacional, que foi 11,4%, ou seja, dos 129.303 nascimentos ocorridos no Estado, 11.678 correspondiam às idades dos 10 aos 19 anos. A cada ano, 1.440 meninas, em média, não fazem mais parte deste cenário.

Os dados extraídos do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc) demonstram o compromisso do Governo do Estado no fortalecimento da assistência à saúde dos adolescentes e da criança, instituindo diretrizes e políticas públicas para o cuidado integral.

“A gravidez na adolescência pode apresentar riscos à saúde e mudanças repentinas na vida dessas meninas”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Garantimos o acesso e a atenção integral e de qualidade neste momento da vida, desde a gestação, nascimento e puerpério, mas precisamos trabalhar enquanto sociedade, principalmente no acesso à informação e métodos contraceptivos, para evitar a gravidez de menores de idade”.

A campanha desse ano tem como principal objetivo divulgar medidas preventivas e educativas para reduzir a incidência de gestações nessa fase da vida. A iniciativa está alinhada com as ações e metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da Organização das Nações Unidas (ONU), e integra a estratégia global para mulheres, crianças e adolescentes 2016-2030.

“O acesso às informações, educação sexual e o conhecimento dos métodos contraceptivos são fundamentais para que os índices se mantenham baixos”, afirma a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi.

Para alcançar níveis ainda melhores, a Sesa trabalha junto aos municípios para o fortalecimento de todos os pontos de atenção, desde a Atenção Primária, porta de entrada do SUS, passando pela Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar. “Adolescentes são prioritários na garantia de seus direitos e devem ter seu acesso à APS em qualquer circunstância. Podem ser atendidos sozinhos, inclusive para acolhimento, prevenção e utilização dos métodos contraceptivos ofertados no SUS”, acrescenta.

ACESSO – A Secretaria da Saúde ressalta que a falta dos pais ou responsáveis não deve ser um impedimento para que o adolescente busque atendimento na Unidade de Saúde, seja para agendar uma consulta ou receber atendimento direto. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura esse direito dos 12 aos 18 anos.

A Sesa também recomenda às equipes de saúde que acolham e atendam os adolescentes conforme suas demandas, respeitando os princípios de confidencialidade, privacidade e sigilo. O Conselho Tutelar deve ser notificado caso os profissionais avaliem que o adolescente esteja em situação de risco, assim como devem estimular a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento.

“É preciso fortalecer as ações de prevenção, com ampliação das ações que já estão em curso como, por exemplo, o Programa Saúde na Escola (PSE) em que a temática Saúde Sexual e Reprodutiva é uma das ações essenciais pactuadas e incluindo novas abordagens que assegurem os direitos sexuais e reprodutivos para adolescentes”, diz a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa, Fernanda Crosewski.

O Saúde na Escola é um programa federal, pautado em estratégias de integração permanente da Saúde e Educação para alunos do 6º ano até ao Ensino Médio.

CENÁRIO NACIONAL – A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência foi instituída pela Lei n.º 13.798/2019 e é realizada anualmente de 1º a 8 de fevereiro. Em 2025, o tema é “Prevenção da gravidez na adolescência, promovendo a saúde e garantindo direitos”.

De acordo com relatório publicado em 2018 pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), no Brasil, um em cada cinco bebês nasce de uma mãe com idade entre 10 e 19 anos. O número chega a 65 nascidos, e a proporção de nascidos de mães adolescentes apontada nesse período foi de 18%.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Ministério da Saúde divulga nota técnica sobre prevenção da gravidez na adolescência

A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que acontece na primeira semana de fevereiro, busca mobilizar a sociedade e os diferentes setores governamentais em uma perspectiva intersetorial de cuidado integral, para a implementação de ações e políticas públicas eficazes para a redução da gravidez na adolescência e a promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva dos adolescentes no Brasil. Dessa forma, o Ministério da Saúde elaborou uma nota técnica com recomendações que levam em conta problemas como a violência intrafamiliar, abuso e exploração sexual, bem como a erotização infantil.

Entre as boas práticas da atenção aos adolescentes para promoção da saúde sexual e reprodutiva estão: busca ativa ou mapeamento do risco reprodutivo; atendimento a adolescentes desacompanhados; atendimento e identificação das situações de violência sexual; inclusão de adolescentes e jovens do gênero masculino nos serviços de saúde; entre outras.

A implementação de ações intersetoriais também é parte importante da prevenção da gravidez na adolescência. Exemplo disso é o Programa Saúde na Escola (PSE), com recomendação de intensificar as ações de educação em saúde com a participação dos adolescentes, jovens e famílias, motivando-os a dialogar sobre saúde sexual e saúde reprodutiva, além de outros assuntos. Para o desenvolvimento de ações e estratégias eficazes para o controle da gravidez na adolescência, cabe destacar como fundamental a atenção primária à saúde (APS) como porta de entrada no SUS para o cuidado integral dos adolescentes.

A nota técnica apresenta ainda um panorama da gravidez na adolescência no país e recomendações para o desenvolvimento de ações e estratégias para a situação, com foco na promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva e na garantia de seus direitos. O principal objetivo é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução de casos.

Grávida aos 14 anos

A jornalista Raiane Azevedo engravidou aos 14 anos de idade. Ela considera difícil dizer se há um único motivo para essa gravidez tão precoce e sente que, se tivesse tido mais orientação e acompanhamento, teria lidado com a sexualidade de uma forma mais saudável e mais cuidadosa com ela mesma. “Quando eu paro para pensar, os motivos que me levaram a essa maternidade inesperada e inicialmente assustadora estão muito relacionados à dificuldade de acesso à informação qualificada sobre saúde sexual e reprodutiva”, relatou.

“Eu me lembro que não era um assunto falado pela minha família, muitas vezes também não era abordado na escola. Além disso, havia uma barreira de informação: eu não sabia que adolescentes desacompanhados poderiam receber atendimento nos postos de saúde”, frisou.

Para Raiane, é muito importante que os garotos também sejam informados desde cedo, sendo acolhidos em suas diversidades e orientados sobre seus direitos sexuais e reprodutivos. “Muitas vezes, essa falta de informação tanto para eles quanto para as meninas resulta em uma maternidade solo para a garota, como foi o meu caso. Eu acabei assumindo sozinha o cuidado da minha filha depois que seu pai e eu terminamos o relacionamento. É essencial que essa responsabilidade seja compartilhada e que os meninos compreendam o papel que desempenham nessas situações”, acredita a garota.

Número de partos em meninas

O número de partos em meninas de 15 a 19 anos, em 2023, foi de 289.093 (11,39% do total de partos registrados) e em meninas de 10 a 14 anos foi de 13.932 (0,55%), segundo dados do DataSUS . Vale salientar que a relação sexual com adolescentes menores de 14 anos é considerada crime, tipificado como estupro de vulnerável, bem como o casamento infantil ou qualquer relacionamento envolvendo práticas sexuais com adolescentes dessa faixa etária.

“Diversos fatores contribuem para a ocorrência da gravidez na adolescência, incluindo o início de atividade sexual em anos iniciais da adolescência, dificuldades de acesso à informação qualificada sobre saúde sexual e saúde reprodutiva e dificuldade de acesso a métodos contraceptivos. Há ainda a influência de fatores socioeconômicos como pobreza, baixa escolaridade e desigualdade de gênero, bem como de fatores socioculturais, relacionados à sexualização precoce, sobretudo de meninas e, ainda, questões relacionadas à violência sexual”, explica a coordenadora-geral da Coordenação-Geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens (CGCRIAJ), Sonia Venancio.

A gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos pode elevar o risco de morte da gestante e do recém-nascido, tendo em vista que a gestante pode estar em processo de desenvolvimento, risco de abortamento grave, hemorragias, anemia grave, eclâmpsia, depressão pós-parto, parto cesáreo, prematuridade e malformações.

“Com a Rede Alyne , essas meninas passam a ter o cuidado integral e humanizado, com mais vagas para atendimento, expansão dos serviços e infraestrutura adequada. Além disso, a rede estabelece metas importantes para a redução dos índices de mortalidade e a distribuição mais equitativa dos recursos para reduzir desigualdades regionais e étnico-raciais”, completa Sonia.

Filhos de meninas negras

Os nascidos vivos de meninas entre 10 e 14 anos, em sua maioria, são de mães negras e residentes nas regiões Norte e Nordeste do país. “O recorte racial da gravidez na adolescência entre meninas negras é um reflexo das desigualdades estruturais históricas que impactam diretamente suas vidas. Esse fenômeno não é apenas um dado demográfico, ele carrega as marcas do racismo estrutural, da exclusão social e da desigualdade de gênero que afetam a população negra de forma desproporcional”, finaliza a coordenadora de Atenção à Saúde de Adolescentes e Jovens, Denise Ocampos.

Acesse a nota técnica do Ministério da Saúde.

As informações são do Ministério da Saúde via Agência Gov

Paraná adota novo calendário para contabilizar os casos de Dengue

A partir desta semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) adota um novo calendário para contabilizar os dados do Informe Epidemiológico de Arboviroses. Agora, a avaliação do período epidemiológico inicia no dia 1º de janeiro e vai até 31 de dezembro do mesmo ano.

Antes, no Paraná, a contagem de casos confirmados, suspeitos e óbitos iniciava e finalizava entre julho de um ano e agosto do ano seguinte por conta do período sazonal da doença. No entanto, ocorreu mudança no cenário epidemiológico do Paraná, sendo registrados casos de dengue no ano inteiro, com, na média, 89% dos casos notificados em todo o primeiro semestre, a partir de 2020.

A mudança também acompanhará a execução dos ciclos de pesquisa vetorial do mosquito Aedes aegypti e facilitará a compreensão e análise para toda a sociedade, além do maior alinhamento com o Ministério da Saúde, que também segue esse período (janeiro a dezembro).

“A dengue deixou de ser uma doença sazonal. É comum no ano inteiro, com picos de casos nos primeiros meses do ano. Estamos trabalhando em várias frentes e essa mudança trará mais clareza, com a colaboração de todos para que os dados sejam acompanhados e sirvam de alerta e cuidado”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

De 1991 até 2011, as notificações e confirmações eram realizadas por ano/calendário completo (janeiro a dezembro). A partir de 2010 a contagem passou a ser de julho de um ano até agosto do próximo ano (período sazonal).

De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, essa alteração auxilia no entendimento por parte dos técnicos, gestores, imprensa e a população em geral. “Poderemos dizer agora, que em 2025, tivemos 2.569 casos confirmados ou que desde o início do ano tivemos um óbito, sem a necessidade de mencionar casos do ano anterior. Esse novo calendário trará mais clareza e entendimento, com certeza”, explicou.

NOVO BOLETIM – Já com o novo calendário em vigor, a Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental publicou na terça-feira (04) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados neste ano 2.569 novos casos da doença e um óbito. Os dados do atual período epidemiológico, iniciado em 1º de janeiro de 2025, somam 15.818 notificações, 2.569 diagnósticos confirmados e uma morte.

O novo óbito, ocorrido em 18 de janeiro, é de uma paciente de 91 anos, com comorbidades, que residia no município de Jaguapitã, na 17ª Regional de Saúde de Londrina.

No total, 336 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 154 possuem casos confirmados.

As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (899), 17ª Regional de Saúde de Londrina (381); 13ª Regional de Saúde de Cianorte (275), 12ª Regional de Saúde de Umuarama (171) e Jacarezinho (143).

ARBOVIROSES – A publicação traz ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças que também têm como vetor o mosquito Aedes aegypti. No período atual, foram contabilizados 60 casos confirmados de Chikungunya, com um total de 263 notificações da doença no Estado. No que se refere ao Zika Vírus, foram 5 notificações, sem casos confirmados.

Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.