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Começa o ‘Outubro Rosa’ de prevenção ao câncer de mama e do colo do útero

Nesta segunda-feira (3/10), às 10h, acontece a abertura do Outubro Rosa, em frente à Associação Comercial do Paraná (ACP) no calçadão da Rua XV de Novembro. A ação é uma realização da ACP, em parceria com a Prefeitura de Curitiba.

Com o mote: “você não pode prever o amanhã, mas pode se cuidar hoje”, a campanha deste ano reforça a necessidade de se manter hábitos saudáveis para evitar doenças, como o câncer de mama e do colo do útero.

“Estimativas mostram que com hábitos saudáveis é possível em reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama”, afirma a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

O evento contará com a apresentação da Banda de Música da Polícia Militar, entrega de flyers da campanha e orientações sobre como prevenir o câncer de mama e do colo do útero com a ginecologista e obstetra Karina Prosdócimo, da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida (veja algumas dicas abaixo).

Serviço disponível

A secretária lembra que a rede municipal de saúde está pronta para atender e realizar os exames de rotina, de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, durante todo ano.

“Os serviços não ficam disponíveis apenas durante o mês, mas o Outubro Rosa é importante para reforçar e relembrar a mulher sobre esse cuidado”, diz Beatriz (veja abaixo com agendar e qual a indicação).

De acordo com Beatriz, o exame citopatológico de colo do útero, conhecido como preventivo, é realizado diretamente na unidade de saúde. Já o exame de mamografia é realizado nos prestadores de serviço, mas não há filas para o encaminhamento.

“As solicitações de mamografia são marcadas de uma semana para outra ou, no máximo, em 15 dias”, afirma.

“Nós ofertamos quase nove mil mamografias todos os meses e sobram vagas”, diz a secretária. “Em meses de campanha, chegamos a ofertar quase 11 mil”, complementa.

Em 2021, por exemplo, foram ofertadas 105,8 mil mamografias pela SMS e foram agendadas 52,6 mil, mas só houve comparecimento a 27,7 mil, que é o total de exames efetivamente realizados no último ano. O absenteísmo não ocorreu apenas durante “anos pandêmicos”. Em 2019, ano pré-pandemia, foram disponibilizadas 85,8 mil mamografias, 62,9 mil foram agendas e apenas 49,6 mil efetivamente realizadas.

O encaminhamento para atendimento na rede também é rápido quando for encontrada alguma alterção que precise de acompanhamento ou tratamento. De acordo com a diretora do Centro de Assistência à Saúde da SMS, Oksana Volochtchuk, não há fila para o encaminhamento na especialidade de oncologia.

Sem plano de saúde

A técnica de enfermagem aposentada Maria Aparecida Rodrigues do Santos, de 57 anos, sabe bem como é contar com a agilidade do SUS Curitibano para o encaminhamento na especialidade de oncologia.

Após perceber alteração na mama direita, em 2016, ela procurou um médico. Diagnosticada com câncer de mama após realizar exames, iniciou o tratamento pela rede privada, onde buscou atendimento.

Após realizar sessões de quimioterapia e cirurgia de retirada de parte da mama e de reconstrução, Maria Aparecida precisava, ainda, passar por radioterapia. O tratamento, porém, não pode ser seguido via plano de saúde, pelos custos cobrados de co-participação.

“Eu saí do hospital nervosa, passei na unidade Mãe Curitibana e fui muito bem orientada por uma enfermeira sobre o funcionamento do sistema. Então, bati na porta da Unidade de Saúde Camargo, no meu bairro, e fui acolhida”, diz.

“No mesmo dia em que procurei a unidade de saúde já passei por consulta. Na mesma tarde, eu já tinha meu encaminhamento para o Hospital Erasto Gaertner e na mesma semana comecei minhas sessões de radioterapia”, lembra Maria Aparecida.

“Eu fiquei surpresa com a rapidez, só tenho elogios”, conta ela, que hoje trabalha na Associação Amigas da Mama, exercendo atualmente a função de vice-presidente.

Outubro Rosa

O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama. Foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque. (EUA). O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, para contribuir com a redução da incidência e da mortalidade pela doença.

Incidência

O câncer de mama em Curitiba, assim como no restante do país, é o tipo de câncer com maior incidência na população feminina, excluído o câncer de pele não melanoma.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de 66.280 casos novos de câncer de mama no Brasil por ano. No Paraná, foram estimados 3.470 casos novos por ano. E, em Curitiba, a estimativa é de 570 novos casos de câncer de mama por ano.

Já a estimativa do Inca para câncer do colo do útero é de 16.590 casos novos por ano no país. No Paraná, foram estimados 990 casos novos e em Curitiba, 100 por ano. Dentre os dez cânceres mais incidentes (exceto melanona), o de colo do útero responde a 7,4% dos casos na população feminina no país.

Serviço: abertura do Outubro Rosa
Data: segunda-feira (3/10), às 10h
Local: Rua XV de Novembro, 621, em frente à ACP

Mamografia e Preventivo – Como agendar:

  • Diretamente na unidade de saúde;
  • Pelo aplicativo Saúde Já Curitiba, na opção “agendamento com a enfermagem”. Durante o atendimento com a enfermagem na unidade de saúde, então, a solicitação é analisada e encaminhada, se estiver enquadrada dentro dos critérios técnicos do protocolo;
  • Pela Central Saúde Já Curitiba, pelo telefone 3350-9000, que funciona todos os dias da semana, das 8h às 20h.
    Onde são realizados os exames: A mamografia é agendada para ser realizada em um dos prestadores de serviço do SUS Curitibano e o exame preventivo é realizado diretamente na unidade de saúde.

Público-alvo:

Público-alvo para a mamografia: mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Mulheres de qualquer idade que encontrem alterações na mama ou que tenham fatores de risco (como histórico familiar ou exames anteriores alterados) devem procurar o serviço de saúde e seguir a orientação do profissional para a realização da mamografia.

Público-alvo para o preventivo: mulheres entre 25 e 64 anos, a cada três anos (desde que tenha dois exames anuais consecutivos normais anteriormente). Se tiver alteração, siga a orientação do serviço de saúde.

*** Mulheres de outras idades que já tenham iniciado vida sexual também podem agendar o exame, embora não sejam o foco principal, por não serem o público mais suscetível.

***O exame pode ser solicitado pelo médico também, quando houver queixa ginecológica da paciente.

Dicas de prevenção do câncer de mama

  • Tenha uma alimentação saudável;
  • Pratique atividades físicas regularmente;
  • Não fume, evite bebidas alcóolicas e não faça uso de drogas;
  • Controle seu peso com uma alimentação saudável;
  • Esteja atenta às modificações que podem aparecer nas suas mamas;
  • Se você tem 50 a 69 anos, o exame de mamografia rotina deve ser feito a cada 2 anos;
  • Se você tem ou teve algum familiar com câncer de mama ou ovário, procure orientações de um profissional de saúde;
  • Faça mamografia de acordo com orientação do profissional de saúde.

 

Dicas de prevenção do câncer do colo do útero

  • Não fume. O tabagismo está associado ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer.
  • A vacina contra o HPV e o exame Papanicolau são ações de prevenção.
  • A vacina contra o HPV é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos e está disponível em 106 unidades de saúde. Confira os locais no site Imuniza Já Curitiba.
  • O exame Papanicolau, conhecido como preventivo, é realizado nas unidades de saúde para mulheres que tenham iniciada a vida sexual, conforme periodicidade previstos nos protocolos de rotina, e quando há queixa ginecológica.

As informações são da Prefeitura de Curitiba

Covid-19: Número de crianças internadas supera o de idosos

O sucesso da vacinação contra a covid-19 entre os idosos e a baixa cobertura das crianças menores de 5 anos causou uma inversão nos dados de internação pela doença, segundo um estudo do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz. Ambas as faixas etárias tiveram queda nos números de hospitalizações, mas, entre 14 de agosto e 10 de setembro, o número de crianças internadas representava quase o dobro do de idosos.

O estudo se baseia em dados dos Boletins Epidemiológicos Especiais: Covid-19 (SVS/Ministério da Saúde), e aponta que, no período, 678 bebês e crianças com menos de 5 anos foram hospitalizadas por covid-19 no Brasil, enquanto as internações de idosos com mais de 60 anos somaram 387.

Os idosos são considerados grupo de risco para agravamento e hospitalização por covid-19, e o Observa Infância lembra que, de janeiro a junho de 2022, houve 90 mil internações de maiores de 60 anos, contra 7,8 mil internações de bebês e crianças menores de 5 anos.

Os pesquisadores afirmam que, com o avanço da vacinação entre adolescentes, adultos e idosos, as taxas de hospitalização e mortalidade caíram em todas as faixas etárias, mas entre as crianças menores de 5 anos, a queda é mais lenta. Enquanto entre os idosos houve houve redução de 325% na média diária de óbitos por covid-19, para os menores de 5 anos essa queda foi de 250%.

Esse cenário fez com que crianças menores de 5 anos passassem a responder por duas de cada cinco internações por covid-19 no Brasil, a partir de julho de 2022.

A vacinação de crianças de 3 e 4 anos só pode ser feita com a CoronaVac,,a partir da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), concedida em 13 de julho, para o uso emergencial da vacina. Até 23 de setembro, somente 2,5% da população com essa faixa etária havia recebido a vacina, e, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, o número de doses aplicadas nessas crianças não chega a 1 milhão. Para bebês de 6 meses a 2 anos, a Anvisa aprovou o uso da Pfizer pediátrica em 16 de setembro, mas a vacinação ainda não começou.

“A cada dia que passamos sem vacinas aplicadas nessa faixa etária, mais de uma criança morre por covid-19 no Brasil”, afirma Cristiano Boccolini, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz.

As informações são da Agência Brasil.

Dia Mundial do Alzheimer alerta para aumento de casos no mundo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, que atinge sete entre dez indivíduos nessa situação em todo o mundo.

A OMS alerta para a tendência de aumento preocupante desses números, com o envelhecimento da população. Estimativas da Alzheimer’s Disease International, sediada no Reino Unido, os números globais poderão chegar a 74,7 milhões, em 2030, e 131,5 milhões, em 2050.

Já aqui no Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.

Nesta quarta-feira (21) celebra-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, criado pela Associação Internacional do Alzheimer. No Brasil, a data marca o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, instituído para esclarecer os brasileiros sobre a importância da participação de familiares e amigos nos cuidados aos diagnosticados com a doença.

“A doença de Alzheimer se manifesta por uma disfunção em que alguns neurônios do nosso cérebro começam a morrer”, disse à Agência Brasil o neurologista Silvio Pessanha Neto, diretor do Instituto de Educação Médica (Idomed). As doenças neurodegenerativas têm todas esse mesmo perfil. “Dependendo da localização desses neurônios, vão ocorrer sinais e sintomas diferentes. Mas a fisiopatologia é a mesma”, destacou o médico.

No caso do Alzheimer, um conjunto de neurônios sofre um processo defeituoso e começa a morrer. Como esses neurônios são justamente aqueles responsáveis pela memória, o paciente começa a ter incapacidade para gerar novas memórias. “Começa o esquecimento relacionado a eventos recentes”.

Pessanha explica que os primeiros sinais são identificados pela família e por amigos. “O indivíduo começa a esquecer coisas, como o nome dos netos; começa a repetir a mesma pergunta várias vezes; não consegue aprender coisas novas”.

Mais jovens

O Alzheimer é uma das formas de demência neurodegenerativa que, geralmente, afetam os idosos, já que trata-se de um processo lento e progressivo. Os sintomas começam, em geral, depois da sexta ou sétima décadas de vida. Para especialistas, a doença em jovens é muito rara e ocorre quando há predisposição genética para a doença.

“O jovem, entendido como alguém na faixa de 40 anos, quando tem [Alzheimer], esse processo começa muito precocemente, porque é preciso muito tempo para essa disfunção se manifestar”, diz Pessanha.

O especialista esclarece ainda que o Alzheimer não pode ser confundido com a demência senil: “o cérebro envelhece, como todo o corpo envelhece. Alzheimer é a doença. Não é o envelhecimento natural do nosso cérebro”.

Ferramenta

O médico nuclear e membro titular da Sociedade Europeia de Medicina Nuclear, José Leite, conta que a medicina ganhou importantes aliados para a detecção do Alzheimer, como um teste de imagem não invasivo, chamado PET Amiloide Florbetabeno (PET-CT com Florbetabeno-18F). “O exame é capaz de fazer a medição do volume de placas beta amiloides que, quando acumuladas, interferem no funcionamento das células cerebrais e são consideradas como digitais do Alzheimer pelos médicos”.

O exame é uma novidade no país e importante porque potencializa o diagnóstico. Como é uma doença progressiva, quanto o diagnóstico mais chances de iniciar um tratamento correto para melhorar a qualidade de vida do paciente. “É muito importante porque, quanto antes tiver o diagnóstico, o médico pode tratar melhor, começar a medicar o paciente para que se reduza a velocidade com a qual os neurônios começam a morrer. Aí, você eleva a qualidade de vida e o prognóstico do paciente melhora muito”, avalia Pessanha.

Segundo Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o novo exame é uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico, mas, isoladamente, não é suficiente. “Ele fortalece a hipótese clínica. Possibilita a detecção precoce da condição e, juntamente com a avaliação dos sintomas existentes, é possível tentar estabilizá-los”.

Estímulos

Marcus Tulius destacou que a melhora da qualidade de vida do paciente com Alzheimer é propiciada quando se faz um tratamento mais precoce, “fazer com que a pessoa e a família se preparem para essa doença, apesar de saber que a doença vai progredir no futuro. Os medicamentos fazem com que essa evolução seja mais lenta”.

O Alzheimer é uma doença sem cura e não há uma prevenção comprovadamente eficiente. A prevenção consiste em manter uma atividade física e mental ativa, ler muito, escrever, fazer palavras-cruzadas, quebra-cabeças. “Quem ocupa o cérebro adia a doença”, diz Pessanha.

Além dos estímulos mentais, há evidências cada vez maiores de que exercícios físicos são benéficos para a prevenção e tratamento do Alzheimer. A atividade física regular, como por exemplo as caminhadas, não apenas protege contra alguns fatores de risco para o surgimento do Alzheimer, como hipertensão, colesterol alto e diabetes, como também traz benefício na velocidade de raciocínio, favorece a manutenção da memória e ajuda na prevenção do declínio cognitivo.

Estudos recentes relacionam o Alzheimer com outras doenças e, por esse motivo, um cuidado com a saúde em geral pode adiar o desenvolvimento da doença. “A gente sabe hoje que Alzheimer está ligado muito ao diabetes, à hipertensão, ao tabagismo, à síndrome da apneia obstrutiva do sono, a quadros de depressão. Então, se você precocemente trata essas situações, isso diminui o risco de o idoso, quando chega à terceira idade, desenvolver Alzheimer”, diz Marcus Tulius.

Apoio

O suporte da família ao paciente com Alzheimer é fundamental. “A pessoa está com uma enfermidade. Ela não confunde o nome do neto, por exemplo, porque quer. Tento pedir que a família apoie, estimule, leve para o cinema, o museu, o teatro, leve para passear, tenha paciência porque esses estímulos é que vão manter o paciente, por mais tempo, com uma qualidade mínima de vida para interagir com as pessoas”, recomenda Pessanha.

As informações são da Agência Brasil

Prefeitura de Paranaguá abre concurso público com vagas para médicas/os

A Prefeitura de Paranaguá publicou o Edital de Concurso Público n.º 001/2022 com vagas para médico/a, médico/a do trabalho, médico/a infectologista e médico/a perito/a.

As inscrições serão realizadas exclusivamente pela Internet no endereço eletrônico www.institutounifil.com.br, no período de 21 de setembro até 20 de outubro de 2022. A taxa de inscrição para ensino superior é de R$ 90.

O edital completo, com todos os detalhes do certame pode ser conferido no site www.institutounifil.com.br e no endereço www.paranagua.pr.gov.br no link Concursos/PSS.

As informações são da Prefeitura de Paranaguá. 

Ex-funcionários de UPA terceirizada pela Prefeitura de Curitiba não recebem rescisão

Trabalhadores da Saúde que foram demitidos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) CIC, em Curitiba, estão protestando por não terem recebido as respectivas verbas rescisórias.

Eles eram contratados do Instituto Nacional de Ciências de Saúde (INCS), Organização Social terceirizada pela Prefeitura de Curitiba para a administração da UPA.

Com o fim da terceirização, os funcionários foram demitidos e, pelo menos 53, não receberam os valores a que têm direito com o fim do contrato.

Veja a seguir reportagem da RIC TV sobre o assunto:

Com informações da RIC TV

LEIA TAMBÉM: Simepar questiona atraso nos salários de médicos/as terceirizados da UPA CIC em Curitiba

Vacinação contra meningite e HPV é ampliada em todo o País

A vacina meningocócica ACWY passa a ser ofertada temporariamente para adolescentes não vacinados de 11 a 14 anos, e meninos de 9 a 14 anos poderão se vacinar permanentemente contra o HPV.

A vacina contra meningite está disponível no Calendário Nacional de Vacinação para adolescentes de 11 e 12 anos, mas até junho de 2023, adolescentes de 13 e 14 anos de idade também poderão se vacinar. A ampliação tem como objetivo reduzir o número de portadores da bactéria em nasofaringe.

O Ministério da Saúde distribui a vacina meningocócica ACWY (conjugada) mensalmente aos estados. A indicação é tomar uma dose ou reforço, conforme a situação vacinal. A faixa etária com maior risco de adoecimento são as crianças menores de um ano de idade, no entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.

Pesquisas apontam que as vacinas meningocócicas demonstram uma resposta imune mais robusta nos adolescentes, com persistência de anticorpos protetores por um prolongado período. Essas evidências embasaram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) a incluir no Calendário Nacional de Imunizações a administração de doses de reforço com as vacinas meningocócicas conjugadas na adolescência.

No caso do HPV, a ampliação incluiu meninos de 9 e 10 anos. Com isso, a vacinação passa a ser para qualquer pessoa de 9 a 14 anos de idade, independentemente do sexo. A vacinação contra o HPV em adolescentes é utilizada por mais de 100 países. Vários deles já possuem estudos de impacto dessa estratégia com resultados positivos na prevenção e redução das doenças ocasionadas pelo vírus, como câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe.

A vacina que protege contra o Papilomavírus Humano (HPV) foi incorporada de forma escalonada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2014. É estimado que o Brasil tenha de 9 a 10 milhões de infectados pelo Papiloma Vírus Humano e que, a cada ano, 700 mil casos novos da infecção surjam. Cerca de 105 milhões de pessoas são positivas para o HPV 16 ou 18 no mundo.

Saiba mais sobre a meningite.

Saiba mais sobre o HPV.

A informações são do Governo Federal

Medicamento para tratar câncer de mama é incorporado ao SUS

Pacientes com câncer de mama podem contar com o medicamento Trastuzumabe Entansina. Indicado em monoterapia – método em que o processo de tratamento é realizado utilizando apenas uma droga ou procedimento – para tratamento de pacientes classificados no nível HER2-positivo da doença.

A Portaria que incorpora o medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última segunda-feira (12).

“A tecnologia recebeu recomendação favorável de incorporação ao Sistema Único de Saúde SUS após passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), responsável por assessorar a pasta nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS”, informou o ministério.

Números

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018, mais de 620 mil mulheres morreram de câncer de mama em todo o mundo. No Brasil, o número total de novos diagnósticos ao ano chega a 60 mil, resultando em uma taxa de incidência de 60/100 mil habitantes.

Em 2017, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) reportou 16.724 mortes em mulheres. No ano de 2018, o Brasil foi o quarto país com a maior incidência em câncer de mama e o quinto em mortalidade. Estima-se que a incidência entre as brasileiras nos próximos 20 anos terá um aumento de 47%, diz OMS.

As informações são da Agência Brasil

Corte no orçamento atinge Farmácias Populares e ameaça financiamento da Saúde, inclusive em Curitiba

Matéria do Portal Bem Paraná.

A pandemia do novo coronavírus ainda nem acabou, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) já está tendo de voltar a lidar com um velho problema: o da falta de verbas para o financiamento da saúde pública.

Com a previsão por parte do governo federal de um orçamento menor para a área em 2023 e a destinação de um montante considerável desses recursos para o chamado “orçamento secreto”, há o temor de que o SUS seja ainda mais pressionado no próximo ano – e isso tudo num momento em que as demandas do setor são crescentes.

O que acontece é que para 2023 a saúde deve contar com um orçamento de aproximadamente R$ 149,3 bilhões. O valor, por si só, já é menor que os R$ 150,5 bilhões executados em 2022, quando o governo federal já havia deixado de repassar recursos extraordinários para estados e municípios lidarem com o enfrentamento da pandemia.

Mas há ainda uma novidade orçamentária em 2023: as emendas do relator (que constituem o chamado ‘orçamento secreto’) agora estão com a área para sua destinação prevista no projeto de Orçamento. Ou seja, se antes esses recursos, que não respeitam critérios de divisão ou transparência, funcionavam na prática como um adicional de verbas para a área a que fossem destinados (já que o espaço no Orçamento para essas emendas era aberto pelo próprio Congresso), agora eles já ocupam um espaço pré-determinado e, com isso, as emendas do relator devem abocanhar R$ 10 bilhões do montante total destinado para a saúde pelo governo federal.

Só que se a Covid-19 em 2022 (e espera-se que em 2023 também) não impactou o sistema de saúde brasileiro como nos anos anteriores, por outro lado começaram a vir à tona demandas represadas, já que diversos tipos de atendimentos e procedimentos foram afetados em 2020 e 2021, quando a Saúde concentrou seus esforços no enfrentamento da pandemia.

Além disso, o setor (tanto o público como o suplementar) ainda teve de lidar com a escassez de diversos insumos ao longo do ano, o que resultou na elevação de preços e no aumento de custos, por exemplo.

Farmácia Popular terá de restringir acesso a medicamentos

Um dos serviços mais afetados no país pelos cortes deverá ser o da Farmácia Popular. Com a retirada de 60% de recursos para a gratuidade de medicamentos (que caíram de de R$ 2,04 bilhões em 2022 para R$ 804 milhões em 2023 pela proposta orçamentária), essas farmácias terão de restringir o acesso da população a 13 tipos diferentes de princípios ativos de remédios usados no tratamento da diabetes, hipertensão e asma, segundo alerta da ProGenéricos, associação que reúne os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização no País.

De acordo com Telma Salles, presidente da ProGenéricos, a situação deve resultar numa maior pressão em cima do SUS e no esvaziamento da gratuidade da Farmácia Popular, impedindo o acesso de novas pessoas aos medicamentos gratuitos e deixando boa parte dos atuais beneficiários sem os remédios.

“As pessoas vão deixar de ter o produto e utilizar o pouco recurso que têm para passar a comprar o medicamento. Há um desvio de finalidade do recurso de uma população que já é economicamente frágil”, diz ela, destacando que a diminuição da possibilidade de alguém se tratar é devastadora sobre todas as formas. “Tem o agravamento da doença e o custo para o próprio SUS. Não me parece ser inteligente porque vão afogar o SUS com doenças que não são tratadas”, critica.

SUS curitibano pode ser afetado a partir do segundo semestre de 2023

Desde a promulgação da Constituição da República de 1988 o SUS tem como princípio o acesso integral, universal e igualitário ao sistema público de saúde. Para isso, a gestão e financiamento do sistema ocorre de forma tripartite, com União, Estados e Municípios financiando os serviços de saúde conjuntamente. Dessa forma, é de se esperar que um corte na verba da União gere um efeito cascata, pressionando os outros entes federativos.

Em Curitiba, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) teve R$ 2,7 bilhões para despender no ano de 2021, incluindo-se na conta os R$ 400 milhões repassados à capital paranaense para o enfrentamento da pandemia. Em 2022, já sem os recursos extraordinários relacionados à Covid-19, esse montante foi de R$ 2,2 bilhões e para 2023 a previsão é que esse valor chegue a aproximadamente R$ 2,3 bilhões, com a saúde assegurando, mais uma vez, entre 21 e 23% do orçamento municipal (quando o mínimo exigido por lei é de 15%).

Só que o custeio do sistema já compromete quase todo o recurso disponível, o que também significa dizer que uma redução nos investimentos em saúde por parte da União resultará na falta de verba e numa sobrecarga sobre as outras pontas de sustentação do SUS, os Estados e Municípios.

“O governo federal diminuiu as verbas e ainda destinou parte do dinheiro para emendas secretas. Estou preocupada com o financiamento do sistema”, afirma a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, comentando ainda que a situação, de tão grave, tem lhe tirado o sono. “O custeio do sistema já compromete quase todo o recurso que temos. Vamos cortar o quê? Exame, consulta, internamento? Não dá”.

Ainda segundo Battistella, o problema não deve ser sentido tão rapidamente pela população. Mas se mantido e executado o orçamento previsto e proposto atualmente pelo governo federal, os curitibanos poderão ver o SUS começar a ficar sem o dinheiro necessário para seu financiamento no segundo semestre, provavelmente a partir de setembro ou outubro.

“Vamos ter de nos mobilizar. A situação é grave e vamos ter uma mobilização política muito grande para fazer frente a essa questão. Do jeito que está não dá certo, não dá certo”, afirma a gestora, explicando ainda que os conselhos nacionais dos secretários municipais e estaduais de saúde já estão dialogando na tentativa de resolver o impasse e que a atuação dos parlamentares (especialmente deputados federais e senadores) eleitos pelo Paraná será fundamental para que se chegue a uma resolução positiva.

Governo Federal lança programa de vacinação nas fronteiras

Até dezembro, 33 municípios brasileiros que fazem fronteira seca ou fluviais com cidades de outros países terão a vacinação reforçada. O Ministério da Saúde lançou hoje (12) o programa para melhorar a imunização em cidades de dez estados.

O plano de ação será aplicado no Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Esses estados abrigam os 33 municípios que têm cidades gêmeas na Argentina, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Uruguai.

Os países e os municípios fronteiriços foram convidados a aderir ao plano de ação. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 588 municípios localizados na faixa de fronteiras, correspondendo a 16,7% do território brasileiro. Desse total, 33 são classificados como cidades gêmeas por estarem demarcados pela linha de fronteira seca ou fluvial.

A meta do Ministério da Saúde é atualizar a situação vacinal da população de todas as faixas etárias nessas localidades. Tanto a população residente nos municípios brasileiros como os estrangeiros residentes no Brasil receberão as seguintes vacinas: contra a poliomielite; tríplice viral; covid-19; contra a febre amarela; pentavalente e pneumocócica-10.

A população alvo dessas cidades corresponde a cerca de 1,34 milhão de pessoas. Os municípios serão distribuídos da seguinte forma: Acre (quatro municípios), Amapá (um município), Amazonas (um município), Mato Grosso (um município), Mato Grosso do Sul (sete municípios), Paraná (quatro municípios), Rio Grande do Sul (11 municípios), Rondônia (um município), Roraima (dois municípios) e Santa Catarina (um município).

O programa de reforço vacinal nas áreas de fronteira segue até o dia 16 de dezembro, conforme o cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde. A pasta pretende melhorar os índices de cobertura vacinal nessas localidades e evitar novos casos e a reintrodução de doenças em território nacional.

As informações são da Agência Brasil.

Depressão: saiba quais são os tipos e os riscos que acarretam

Incluída no rol dos transtornos mentais, a depressão é uma doença psiquiátrica comum, que se caracteriza por tristeza persistente e falta de interesse em realizar atividades que antes eram consideradas divertidas.

A depressão pode afetar pessoas de todas as idades, desde bebês a idosos. Entre os tipos mais comuns da doença estão a depressão maior, a bipolar, a pós-parto, os transtornos depressivos induzidos por outras substâncias ou medicamentos, entre outras. A distimia, por exemplo, é um tipo de depressão crônica e incapacitante, que apresenta sintomas leves a moderados de tristeza, sensação de vazio ou infelicidade.

“Todas precisam de acompanhamento médico adequado pois, se não tratadas, essas doenças podem levar ao suicídio”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antonio Geraldo da Silva. A campanha Setembro Amarelo, realizada anualmente neste mês pela ABP, chama a atenção sobre a depressão e os perigos que ela pode causar.

“Praticamente, todos os casos de suicídio são relacionados aos transtornos mentais, principalmente os não diagnosticados ou tratados incorretamente. Dessa forma, a maior parte dos episódios fatais poderia ter sido evitada com as informações corretas sobre saúde mental e doenças psiquiátricas”.

O doutor Antonio Geraldo Silva esclareceu que, devido à sua alta prevalência, a depressão é a doença mais associada ao suicídio. “Não só durante a campanha Setembro Amarelo®️, como em todos os meses, a ABP cumpre sua principal missão, que é disseminar conteúdos relevantes sobre saúde mental para a sociedade, atuando na conscientização da sua importância e na prevenção das doenças mentais”.

Fatores de risco

Segundo informou o especialista, alguns fatores de risco podem levar uma pessoa à depressão. “Existem diversos fatores que podem ser considerados gatilhos e causam impacto no desenvolvimento de uma doença mental, como causas genéticas, que chamamos de genótipo, e os fatores ambientais, os fenótipos. São duas características que, quando combinadas, determinam se a pessoa desenvolverá ou não qualquer tipo de doença”.

Silva explicou que o ambiente no qual o indivíduo está inserido e seu comportamento também contribuem para o desenvolvimento de doenças mentais como, por exemplo, conflitos familiares, dificuldades financeiras, problemas no relacionamento, a influência da mídia e das redes sociais. Essas situações podem ser fatores potencializadores para o surgimento de uma doença mental. “Sendo assim, isso também tem impacto no comportamento suicida”, disse o psiquiatra.

Além dos fatores ambientais e genéticos, o presidente da ABP lembrou que outros fatores podem impedir o diagnóstico precoce das doenças mentais e, consequentemente, causar impacto na prevenção do suicídio, levando ao aumento de casos, como o estigma e o tabu relacionados ao assunto. “Esses são aspectos importantes que impactam negativamente nos portadores de doenças mentais e no comportamento suicida”. “Praticamente, 100% das pessoas que tentam ou cometem suicídio têm alguma doença psiquiátrica, diagnosticada ou não. As doenças mais relacionadas ao suicídio, além da depressão, são transtorno bipolar, transtornos relacionados ao uso e abuso de álcool e drogas, transtorno de personalidade e esquizofrenia.

Antonio Geraldo da Silva afirmou que a pessoa diagnosticada com depressão precisa ter uma rede de apoio de familiares ou amigos. “A família e os amigos são fundamentais na busca por ajuda e no apoio ao tratamento. Muitas vezes, são os primeiros a perceber que há algo de diferente e apontar a necessidade de buscar auxílio psiquiátrico”. Os sintomas depressivos variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são tristeza, fadiga, distúrbios de sono, alterações no peso, baixa autoestima, perda de energia, dificuldade de concentração, redução de interesse em atividades anteriormente prazerosas e no contato com pessoas, ideias suicidas.

Buscando auxílio

É sempre bom ressaltar que somente um médico ou profissional da área de saúde pode diagnosticar corretamente a depressão. O presidente da ABP ressaltou que uma vez que se nota prejuízo no comportamento do indivíduo, ou seja, quando os sintomas começam a atrapalhar a vida da pessoa, é hora de buscar um psiquiatra para avaliar o quadro. “Ansiedade e tristeza são características normais do ser humano mas, a partir do momento em que nos impedem de sair de casa, trabalhar, levar uma vida social ativa, nos relacionar com outras pessoas, devemos procurar auxílio”.

Para ajudar uma pessoa depressiva, deve-se orientá-la a buscar cuidados, um tratamento especializado para a doença. “Se a pessoa tem sintomas depressivos, ela precisa e merece procurar ajuda com um médico psiquiatra, que vai indicar e oferecer o melhor tratamento possível”.

O médico lembrou também que os quadros depressivos precisam ser tratados com cuidado e urgência. “Não podemos deixar a doença envelhecer. Se a pessoa está mostrando que tem os sintomas, devemos ajudá-la a procurar um médico para fazer o diagnóstico, entender qual tipo de ajuda ela vai precisar e iniciar o tratamento imediatamente”.

A pesquisa Vigitel Brasil, realizada em 2021 e publicada este ano pelo Ministério da Saúde, incluiu pela primeira vez a depressão. O levantamento mostrou que 11,3% dos cidadãos brasileiros receberam diagnóstico da doença, o que corresponde a cerca de 23 milhões de pessoas, quase o dobro do número divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, que indicava a existência de 12 milhões de brasileiros com depressão.

Considerando que nem toda a população tem acesso aos serviços de saúde mental, Antonio Geraldo da Silva destacou que muitas pessoas podem viver com depressão sem conhecer o diagnóstico. “E isso é muito grave. Devido à alta prevalência, a depressão é a doença mais associada ao suicídio”, reiterou. A própria OMS considera que a depressão é a terceira doença mais incapacitante e, diante do envelhecimento da população e das mudanças globais, existem perspectivas de que será a doença mais incapacitante até 2030.

Crianças e jovens

A psiquiatra Janine Veiga disse que a depressão infantil é semelhante à do adulto e que os sintomas são iguais, em maior ou menor grau. A doença pode ocorrer, por exemplo, por predisposição genética; por traumas advindos de situações de abuso; por convívio familiar conflituoso; por eventos estressantes, entre outras razões.

“Se não tratada a depressão, o jovem pode envolver-se com uso de drogas, apresentar dificuldade no relacionamento social e há o risco de agravamento da doença, que pode até chegar ao suicídio”, alertou. Janine recomendou que os pais devem ficar atentos a mudanças de comportamento dos filhos, como alteração do sono, padrão alimentar, irritabilidade, queda no rendimento escolar, choro fácil, desânimo, entre outros.

Pandemia

A psicóloga da Fundação São Francisco Xavier, Gabriela Pinheiro Reis, afirmou que as consequências da pandemia de covid-19 têm se revelado preocupantes para a saúde mental da população. O Relatório Mundial de Saúde Mental de 2022, divulgado pela OMS, revelou que apenas no primeiro ano da pandemia 53 milhões de pessoas desenvolveram depressão e 76 milhões tiveram ansiedade, com alta de 28% e 26% de incidência desses transtornos, respectivamente.

De acordo com a OMS, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre indivíduos com idade entre 15 e 29 anos. “O suicídio é um tema sensível e uma triste realidade na sociedade. A campanha Setembro Amarelo tem fundamental importância na conscientização sobre o assunto e na promoção da informação correta e, principalmente, para incentivar as pessoas que estejam passando por momentos difíceis a buscarem ajuda”, comentou Gabriela.

Na avaliação da psicóloga, as doenças mentais precisam ser encaradas sem preconceito. “Não é frescura. Depressão, bipolaridade e ansiedade são doenças que devem ser diagnosticadas e tratadas o quanto antes”.

Bem me Quer

A campanha Bem Me Quer, Bem Me Quero: Cuidar da sua saúde mental é um exercício diário”, realizada pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), visa a conscientizar a população sobre depressão, ansiedade e prevenção ao suicídio por meio da valorização do autocuidado e do equilíbrio na rotina.

Para a associação, algumas atitudes podem fazer a diferença e contribuir para a saúde mental, como não ficar o tempo todo conectado na internet, estabelecer horários, evitar bebidas cafeinadas em excesso e optar por uma alimentação equilibrada.

A presidente da Abrata, Marta Axthelm, chamou a atenção para o fato de que a autocobrança para dar conta de tantos papéis, principalmente no caso das mulheres, que são profissionais, mães, parceiras, amigas, no dia a dia, pode ser um gatilho para a depressão. “É essencial reduzir o tempo de acesso às redes sociais, principalmente no período da noite. No caso da depressão, a condição pode apresentar muito sono, mas tem o outro lado, que é a insônia”.

Segundo Marta, a depressão costuma a apresentar sinais que não são percebidos pelo paciente, na maioria das vezes. No caso do suicídio, quem pensa em tirar a própria vida quase sempre dá sinais, mas boa parte das pessoas que estão ao seu redor não consegue identificá-los. “Por isso, o Setembro Amarelo é tão importante para debater esses temas. Mais uma vez, reforçamos nosso papel de promover iniciativas que despertam a conscientização do autocuidado em prol da saúde mental e que também estimulam a população a olhar ao redor para identificar que alguém próximo precisa de ajuda”, concluiu a presidente da Abrata.

Matéria da Agência Brasil.