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[VÍDEO] Dirigente do Simepar participa de podcast falando sobre erro médico

O Dr. Marcio Fabiano Chaves Bastos, cardiologista, mestre em Bioética e diretor do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), participou do PodMed da Ampla, revista e site das Unimeds do Estado do Paraná.

Ele explica como funcionam os processos ético-disciplinares, discute o papel das instituições na prevenção de erros e detalha como o Simepar auxilia médicos em momentos de dúvida. Também aborda quais especialidades são mais vulneráveis, como áreas cirúrgicas e ginecologia e obstetrícia.

Para assistir, acesse ao site da Ampla, clique aqui.

Taxa de nascimentos prematuros do Brasil está acima da média global

Os famosos “nove meses” de gravidez, na verdade, simplificam uma conta muito mais complexa: a gestação humana leva em torno de 40 semanas, mas é considerada “a termo”, ou seja, dentro do tempo adequado, de 37 até 42. No entanto, em 2023, quase 12% dos nascimentos no Brasil aconteceram antes desse marco, totalizando cerca de 300 mil bebês prematuros, com riscos menores ou maiores de problemas de saúde, dependendo do tempo que passaram na barriga da gestante. O Brasil não só está acima da média global, que é em torno de 10%, como também é um dos dez países com maior número de nascimentos prematuros por ano.

De acordo com a diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, Denise Suguitani, a maior parte desses casos podem ser prevenidos: “Aqui no Brasil essas taxas estão muito ligadas a determinantes sociais, de acesso à saúde e à educação. A gestação na adolescência, por exemplo, já é um fator de risco de parto prematuro porque o corpo da menina não está preparado para gestar. Por outro lado, um bebê que é planejado, a chance de ser prematuro é menor, então o planejamento familiar é muito importante. E, claro, o acesso ao pré-natal. E não é só o volume de consultas que importa, mas a qualidade do atendimento e das informações.”

A obstetra Joeline Cerqueira, que integra a Comissão de Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), enumera algumas situações que podem ser identificadas no pré-natal e tratadas para evitar o parto prematuro, entre outras complicações: “A gente tem as infecções, a rotura prematura da bolsa e as síndromes hipertensivas na gestação. Essas doenças acometem muitas mulheres na gravidez e são algumas das principais responsáveis pelo parto prematuro.”

A especialista esclarece que é preciso que a gestante inicie o pré-natal precocemente, seja bem avaliada para identificar fatores de risco pré-existentes, e faça todos os exames recomendados no tempo certo. “No momento em que a gestante faz o ultrassom morfológico, a gente também faz a medida do colo do útero. Se ele estiver muito curto, essa mulher tem um maior risco, mesmo sem nenhuma outra doença, de ter um parto prematuro. E a gente pode usar, por exemplo, a progesterona via vaginal, que é um relaxante da musculatura e previne que as contrações ocorram de forma precoce. Esse exame precisa ser feito por volta da 22ª semana de gestação”, explica Joeline.

Principais causas

A ruptura prematura da bolsa é mais frequente em gestantes adolescentes ou com idades mais avançadas, pessoas com alguma malformação uterina, mal nutridas e também que ingerem bebidas alcoólicas, fumam ou usam outros entorpecentes durante a gravidez. O risco também é maior em gestações de mais de um bebê, e quando a placenta está mal inserida no útero. Mesmo nas situações em que a causa não pode ser revertida, a gestante pode ser monitorada com mais frequência e até mesmo internada em um hospital, e receber medicamentos para acelerar a maturidade dos órgãos do bebê e tentar prolongar ao máximo a gestação.

As infecções bacterianas, principalmente a urinária, e as de transmissão sexual, também são grandes causa de prematuridade. As infecções de transmissão sexual podem ser detectadas em exames laboratoriais e prevenidas com sexo seguro, já a infecção urinária é bastante comum na gestação e nem sempre tem sintomas nesse período. Mas um desconforto abdominal incomum, ou o aumento repentino da vontade de urinar podem ser sinais de alerta, e se a doença for tratada com antibiótico, o parto prematuro pode ser evitado.

Já a hipertensão é o principal fator de complicações na gravidez, e além de provocar partos prematuros, é a maior causa de morte materna e perinatal do Brasil. Estima-se que 15% das gestantes tenham pressão alta durante a gestação e que um quarto dos partos prematuros ocorram por esse motivo. Por isso, a aferição de pressão é um dos procedimentos básicos das consultas de pré-natal, reforça a especialista da Febrasgo: “A melhor prevenção é a primária, ou seja, detectar qual o potencial que aquela mulher tem de ter uma hipertensão grave na gravidez e já fazer a profilaxia com AAS, que é um remédio muito barato, e cálcio. Mas mesmo quando você detecta que a pressão começou a subir, se já começar a tratar, isso realmente previne até 80% dos casos de desfecho ruim”.

A diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, Denise Suguitani, afirma que a grande quantidade de cesarianas do Brasil também contribui pra esse cenário. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2023, quase 60% dos nascimentos ocorreram via cirurgia.

“A gente tem muitas cesáreas eletivas, que é aquela cesárea agendada sem necessariamente uma indicação médica. Isso traz mais bebês prematuros porque a gestação não é uma matemática exata. Hoje o Conselho Federal de Medicina autoriza o agendamento sem indicação médica só a partir de 39 semanas, mas muitas vezes quando o médico agenda uma cesárea com 39 semanas, por desinformação da mulher ou algum erro no cálculo, o bebê pode ter menos de 37. E ele está imaturo. É um bebê que não precisa ir para uma UTI de imediato, mas quando ele vai mamar ele se atrapalha, ele tem dificuldade pra respirar.” complementa Denise.

Consequências

Geralmente, um feto é considerado viável – ou seja, com possibilidade de viver fora do útero – a partir das 25 semanas, e com peso mínimo de 500 gramas. Mas a taxa de mortalidade após o nascimento entre esses prematuros extremos é de 30% a 45% e menos da metade dos sobreviventes se desenvolvem sem deficiências ou problemas de saúde. A cada semana de gestação, a taxa de sobrevivência aumenta e a probabilidade de sequela diminui, mas mesmo bebês nascidos dias antes do período ideal têm risco aumentado de paralisia cerebral leve e de apresentar atrasos no desenvolvimento.

Yngrid Antunes Louzada teve o parto antecipado por uma infecção urinária e seus filhos gêmeos, Lucas e Isis, nasceram com apenas 27 semanas de gestação, pesando menos de 1 quilo e medindo 33 e 35 centímetros. A família recebeu um alerta assustador dos médicos: as crianças corriam alto risco de ter atrasos psicomotores e problemas respiratórios e a própria internação representava um risco de infecções. Foram 52 dias de cuidados intensivos para os pequeninos e de ansiedade para Yngrid e o marido, Felipe.

“A gente ficava na Utin (unidade de terapia intensiva neonatal) duas horas por dia, sete dias na semana. Todos os dias eu chegava um pouco mais cedo para poder tirar leite pra eles. Era tudo bem organizado, as crianças ficavam na incubadora e eu e meu marido a gente se dividia, cada um com uma criança. A gente sempre ficava de olho em cada barulhinho, no monitor, na saturação. Era o final da pandemia de covid-19, então tinha que ter todo o cuidado, os pais precisavam usar uma roupa especial, com uma máscara”

E não era nada fácil quando as duas horas de visita terminavam: “Não ter os filhos em casa era triste para gente né? Porque a gente não tinha idealizado aquilo, por mais que eles estivessem muito bem amparados e cuidados. Depois de três semanas de internação, eles permitiram o método canguru, e foi um momento muito especial, muito emocionante. Porque, ali de fato, eu pude ter o primeiro contato físico com os meus filhos.”

Depois de 52 dias, Lucas e Isis tiveram alta e o melhor: foram pra casa sem sequelas. Eles precisaram fazer fisioterapia, terapia ocupacional e tratamento de fonoaudiologia por quase 2 anos e meio, mas agora têm a rotina de qualquer criança saudável. “Eles nasceram no hospital da Marinha e quando tiveram alta, já foram encaminhados para a terapia, porque o sistema de saúde da Marinha tem um local específico para tratamento de prematuros. Essa assistência fez muita diferença” diz Yngrid.

Denise Suguitani, diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros reforça esse ponto: mesmo os prematuros que saíram do hospital saudáveis precisam de acompanhamento. “A prematuridade não é uma sentença: cada bebê escreve a sua história. Mas o risco é grande, então a gente precisa olhar com uma lupa porque essas crianças precisam de uma atenção especial de vários profissionais: terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, várias especialidades médicas, nutricionistas para olhar esse bebê que tem um desenvolvimento peculiar. Esses especialistas podem identificar um risco e já intervir precocemente”, acrescenta

“O impacto da prematuridade é tão grande que muitas vezes o pai abandona o bebê ou acaba acontecendo uma separação familiar e a mãe fica sozinha. E se é uma criança que demanda muitas consultas, terapias, como fica essa mãe? Então a assistência social para essa família também é importante”, complementa Denise.

As informações são da Agência Brasil

[VÍDEO] Mensagem de fim de ano do Simepar

Dirigentes do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná gravaram um vídeo com mensagens de fim de ano. Assista a seguir:

Lembrando que o Simepar estará em recesso entre 23 de dezembro a 03 de janeiro de 2025.

Estudo aponta que 18,9% das pessoas que tiveram Covid-19 relatam sintomas persistentes

Mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela Covid-19. O dado é da pesquisa “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil”, apresentada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (18). Na população geral, 18,9% relatam condições pós-covid, com mais frequência entre mulheres e indígenas, e sintomas que afetam a saúde mental, como ansiedade (33,1%), cansaço (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%). Segundo a pesquisa, os impactos da pandemia são grandes e duradouros, com acirramento de desigualdades históricas em saúde.

Esse é o maior estudo de base populacional sobre a Covid-19 no Brasil. O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades brasileiras, com uma amostra de 33.250 entrevistas, e avaliou o impacto da pandemia sobre a população brasileira. Os resultados são voltados ao histórico de infecções, os impactos socioeconômicos, vacinação e condições pós-covid. O estudo é uma continuação do Epicovid-19, iniciado em 2020, agora focado nos impactos contínuos do vírus na sociedade e na vida das pessoas.

De acordo com o estudo, a vacinação contra a Covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose. 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.

Na coletiva de apresentação da pesquisa, a ministra da Saúde Nísia Trindade reforçou a importância de um levantamento como este. “O Epicovid é um estudo amplo e abrangente sobre a doença, mas que não teve continuidade à época em decorrência do negacionismo em relação à ciência e a não disponibilização de dados”, lembrou. “O Ministério da Saúde reconhece a importância da pesquisa e mantém a linha de apoio. Para isso, foram investidos mais de R$ 8 milhões no Epicovid”.

Um dos responsáveis pelo estudo, o epidemiologista e professor da Universidade de Illinois (EUA) Pedro Hallal, pontuou que ele cumpre seu papel ao mensurar os impactos deixados pela pandemia da Covid-19. “Quatro anos depois, em um novo momento da saúde pública no Brasil, apresentamos um estudo que não é um monitoramento, mas sim uma avaliação dos impactos que a pandemia teve sobre a vida das pessoas e de famílias brasileiras”, disse.

Confiança na vacina contra Covid-19

A pesquisa também aponta que a maioria dos entrevistados (57,6%) confiam na vacina contra Covid-19, com predominância entre as pessoas com maior renda. Contudo, a desconfiança das informações recebidas sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população, com predominância entre as pessoas de menor renda. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.

Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% dos entrevistados disseram não acreditar na vacina e 0,5% sequer acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego Covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde. São dados que apontam o impacto da desinformação na hesitação vacinal no país.

Entre as pessoas que relataram ter sido infectadas pelo vírus, a taxa de hospitalização variou significativamente com maior proporção nas regiões Nordeste, com taxa de 7,6%, e Centro-Oeste, com 5,5%. Além disso, as taxas de hospitalização foram mais altas entre as pessoas de menor renda.

Impactos sociais e econômicos

Outro destaque importante revelado foi que a pandemia trouxe efeitos devastadores na economia familiar dos brasileiros. Cerca de 15% dos entrevistados registraram morte de um familiar devido à Covid-19. Já 48,6% relataram redução na renda devido a pandemia, aspecto que acarretou insegurança alimentar para 47,4%, ou seja, pessoas que não tinham a garantia de prover seu alimento diariamente. Cerca de 34,9% perderam o emprego e 21,5% interromperam os estudos durante a pandemia.

Epicovid 2.0: inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil

O Epicovid 2.0 abordou temas como sintomas e complicações, infecções prévias, impactos financeiros, alimentares, educacionais e comportamentais, além de vacinação e desinformação. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Confira a apresentação sobre a pesquisa Epicovid 2.0

Assista à solenidade de apresentação da pesquisa:

Sindicato dos Médicos alerta que corrupção na Saúde Pública é fruto da terceirização

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) acompanha com preocupação as notícias de operações da Polícia Federal que buscam desbaratar esquemas de corrupção com desvio de dinheiro público nos Municípios Curitiba, Piraquara e Pinhais.

Uma operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta terça-feira (17) teve mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como bloqueios de valores, sequestro de bens e a proibição de contratação com o poder público para empresários e empresas envolvidas.

Entre os alvos dessa operação estão um gestor da Saúde de Piraquara e a Organização Social chamada Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS), responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. O INCS é o mesmo Instituto que administrou a UPA da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e que já esteve envolvido em outros casos de suspeitas de corrupção.

Segundo o portal Band Paraná, a investigação revelou indícios de que um gestor municipal teria recebido pagamentos indevidos de empresas controladas pelo Diretor do INCS.

Para o Dr. Marlus Volney de Morais, Presidente do Simepar, este e diversos outros casos de corrupção no Sistema Único de Saúde são fruto direto da terceirização da mão de obra de médicas e médicos e dos demais profissionais da Saúde.

“A contratação dos profissionais por concurso público diretamente pelos municípios, ou através de fundações ou consórcios intermunicipais são muito mais transparentes, evitando desvios de recursos públicos.” Completou.

Além da corrupção, a terceirização pode trazer prejuízos com passivos trabalhistas, como a própria prefeitura de Piraquara reconheceu em nota publicada nesta terça-feira. “A administração municipal esclarece que rescindiu, há seis meses, o contrato com a organização social mencionada na operação, em razão de pendências relacionadas a débitos trabalhistas.” Afirma o comunicado.

A contratação de mão de obra terceirizada pelas administrações públicas municipais pode parecer vantajosa num primeiro momento, visto que tende a ser mais barata que realizar concursos e contratar diretamente os/as servidores/as. Mas essa “economia” só é possível porque direitos trabalhistas e encargos são sonegados, gerando enormes passivos trabalhistas e tributários que serão cobrados dos cofres públicos posteriormente. No fim, o “barato” sai muito caro.

Tomemos por exemplo um plantão de R$ 1.100,00, pago por médico/a, que pode vir a custar mais de R$ 5 mil para a administração pública municipal; em razão do posterior reconhecimento judicial de diretos sonegados, incluindo multas e outros encargos. Tal valor seria muito menor se a contratação ocorresse de forma direta, com vínculo celetista. Esse cálculo foi feito com base em dados fornecidos pela Secretaria de Saúde do Município de Paranaguá.

Com informações da Polícia Federal e do portal Band Paraná.

Butantan pede à Anvisa registro da sua vacina contra a dengue

O Butantan entregou a última leva de documentos necessários para a submissão do registro da sua candidata vacinal contra a dengue (Butantan-DV) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira (16). Com isso, o Instituto concluiu o envio de três pacotes de informações sobre o imunizante por meio do procedimento de submissão contínua, que permite o encaminhamento dos dados à medida em que são gerados. A avaliação em fases tende a acelerar o processo de liberação do registro. A Butantan-DV, se aprovada, será a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue.

“É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do país e uma enorme conquista em nível internacional. Que o Instituto Butantan possa contribuir com a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue mostra que vale a pena investir na pesquisa feita no Brasil e no desenvolvimento interno de imunobiológicos. Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, um órgão de altíssima competência. Mas estamos confiantes nos resultados que virão”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

Os ensaios clínicos do imunizante foram encerrados em junho deste ano, quando o último participante completou 5 anos de acompanhamento. Recentemente, a candidata à vacina teve seus dados de segurança e eficácia divulgados no New England Journal of Medicine, que mostram 79,6% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática. Resultados da fase 3 do ensaio clínico publicados na The Lancet Infectious Diseases mostraram, ainda, uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.

“O primeiro pacote foi sobre a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo [IFA], que é totalmente feito no Butantan os testes de controle de qualidade e os estudos clínicos que também foram conduzidos aqui, e que envolveram dezenas de milhares de pessoas e vêm sendo conduzidos desde 2016; ; o segundo pacote complementou dados dos estudos clínicos; e o terceiro pacote é sobre o produto final formulado e envasado”, descreve o diretor de Assuntos Regulatórios, Qualidade e Ensaios Clínicos do Butantan, Gustavo Mendes. Em caso de aprovação, a expectativa é que o Butantan possa entregar cerca de 100 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde nos próximos três anos.

Gustavo lembra que o procedimento de submissão contínua passou a ser feito pela Anvisa durante a pandemia de Covid-19, como uma resposta à situação de emergência sanitária. Desta forma, a agência regulatória está analisando os dois pacotes enviados pelo Instituto anteriormente, e fez os primeiros questionamentos que já foram esclarecidos pelo Butantan.

“Vemos a submissão contínua como uma vantagem porque, em vez de receber tudo e começar a analisar do zero, o que leva mais tempo, a agência recebe uma parte e já analisa. O tempo total de análise, depois que fecha todos os pacotes, é menor do que se mandássemos tudo de uma vez. Estamos mais confiantes que será mais rápido por causa disso”, ressalta.

A Anvisa é o órgão responsável por autorizar o registro de medicamentos e vacinas no país, e avalia a eficácia, segurança, qualidade e as condições de fabricação de imunobiológicos que podem futuramente ser comercializados e oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – como é o caso da vacina da dengue do Butantan.

O que será avaliado?

As informações finais encaminhadas pelo Instituto detalham o processo de fabricação das doses da vacina, isto é, demonstram como os testes de formulação e envase cumprem os requisitos da Anvisa. A agência regulatória exige a fabricação de três lotes consecutivos do imunizante feitos de forma consistente e robusta e cumprindo todos os requisitos de qualidade.

A fábrica da vacina da dengue, localizada no Centro Bioindustrial do Butantan, já foi inspecionada e considerada adequada pela Anvisa, que emitiu um certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

Próximos passos

Após a submissão, a Anvisa deve avaliar a documentação e fazer possíveis questionamentos ao Butantan. “A expectativa é que a resposta da Anvisa seja célere porque é uma parte menor do processo. Esperamos que haja perguntas que tenhamos que responder e depois eles analisarão as respostas para a aprovação”, detalha Gustavo Mendes.

Isso não significa que a vacina estará disponível para os brasileiros imediatamente após a aprovação do registro. Se o parecer de registro da Anvisa for positivo, o Instituto deve então enviar uma solicitação de aprovação de preço à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED), órgão que define o preço de novos medicamentos no Brasil. A CMED analisa os custos do desenvolvimento, os benefícios do medicamento e define o preço para o mercado.

Após essa avaliação, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) irá estudar a possível incorporação da vacina ao SUS. Essa análise técnica leva em consideração uma série de pontos, entre os quais os resultados clinicamente relevantes, como a redução de internações e de absenteísmo ao trabalho; benefícios e riscos no longo prazo para a população brasileira; além do potencial de inovação tecnológica que a incorporação introduzirá no sistema.

As informações são do Instituto Butantan.

Atenção: Recibos médicos devem ser emitidos pelo aplicativo Receita Saúde da Receita Federal em 2025

A emissão de recibo de despesa com saúde por profissionais pessoas físicas (médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais) será feita apenas por meio do Receita Saúde, de forma digital, a partir de 1º de janeiro de 2025.

Essa ferramenta dispensa que os pacientes e os profissionais precisem guardar os recibos em papel, que poderão ser consultados no aplicativo. O Receita Saúde está disponível desde abril deste ano, mas sua utilização era facultativa. Até o início de dezembro, mais de 380 mil recibos já tinham sido emitidos, totalizando mais de R$ 215 milhões em valores de serviços de saúde prestados.

Os recibos emitidos no aplicativo neste ano serão carregados automaticamente como despesas dedutíveis na Declaração Pré-preenchida do Imposto de Renda da Pessoa Física – DIRPF/2025 dos pacientes e também como receita na declaração do profissional.

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, explica que “a medida deve reduzir significativamente o número de declarações em malha fina já que cerca de 25% das declarações que caem na malha, apresentam alguma inconsistência relacionada aos recibos de prestadores de serviços de saúde pessoas físicas”.

Apenas médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais com registro ativo em seus conselhos profissionais podem usar o Receita Saúde para emitir recibos.

Barreirinhas esclarece que a ferramenta não se aplica aos prestadores de saúde pessoas jurídicas que já prestam essas informações por meio da Declaração de Serviços Médicos de Saúde – Dmed.

Fique por dentro:

O que é o Receita Saúde?

O Receita Saúde é um serviço digital presente no aplicativo da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil – App Receita Federal, disponível para dispositivos móveis, que permite a emissão de recibos de serviços de saúde por profissional de saúde pessoa física com registro em situação regular perante o respectivo conselho profissional.

Onde encontro o Receita Saúde?

O Receita Saúde é uma funcionalidade do aplicativo da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil – App Receita Federal, disponível para dispositivos móveis IOS e Android e que pode ser baixado nas lojas de aplicativos.

Em que momento deve ser emitido o recibo?

O recibo deve ser emitido no momento do pagamento da prestação do serviço. Caso haja mais de um pagamento relativo a uma mesma prestação de serviços, deverá ser emitido um recibo para cada pagamento realizado.

Clique aqui para acessar a Instrução Normativa RFB 2.240/2024.

Clique aqui para acessar o Perguntas e Respostas do Receita Saúde.

As informações são da Receita Federal

Hemepar faz alerta para doação de sangue antes das festas de fim de ano

A Secretaria estadual da Saúde (Sesa), por meio do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), faz um apelo à população para doação de sangue antes das festas de fim de ano. O objetivo é reforçar os estoques e garantir o atendimento a pacientes que necessitam de transfusões durante este período, tradicionalmente marcado por maior demanda nos hospitais e serviços de saúde. A doação pode ser feita em uma das 23 unidades do Hemepar espalhadas pelo Estado.

De acordo com a coordenadora do Hemepar, Vivian Raksa, as festas de fim de ano são momentos críticos para os estoques de sangue devido à redução no número de doadores e à maior demanda por transfusões. “O Natal e Ano-Novo são momentos de celebração e união, mas também de conscientização. Precisamos garantir que os estoques de sangue estejam em níveis adequados para atender a todos que necessitem. Cada doação pode salvar até quatro vidas e fazer a diferença para muitas famílias”, enfatiza.

Na última semana, o Hemepar Curitiba observou uma queda no número de doadores. Em dias normais, cerca de 160 a 190 pessoas comparecem à unidade da Capital para doar sangue. No mês de dezembro, esse número cai para 100 a 120 doações diárias, reforçando a necessidade de engajamento da população.

Para evitar a falta de sangue, a Sesa recomenda que os doadores assíduos programem suas visitas aos bancos antes do início do período de férias. Além disso, reforça o convite para que toda a população, inclusive quem ainda não é doador, participe deste ato de solidariedade.

VOLUNTÁRIO – Para ser voluntário é preciso ter entre 16 a 69 completos, pesar no mínimo 50 quilos, ter boa saúde, estar bem alimentado, hidratado e apresentar um documento de identidade com foto. Homens podem doar a cada dois meses, enquanto mulheres devem respeitar um intervalo de três meses entre as doações.

São coletados aproximadamente 470 ml de sangue, além de quatro tubos para exames laboratoriais. Diariamente, o Hemepar encaminha cerca de 700 bolsas de sangue para hospitais em todo o Estado, totalizando mais de 21 mil bolsas por mês e 252 mil ao ano.

As doações podem ser realizadas em todas as unidades do Hemepar no Paraná. Para localizar a unidade mais próxima e agendar a doação, acesse o site www.hemepar.pr.gov.br ou entre em contato pelo telefone disponível em cada unidade.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Boletim semanal confirma 462 novos casos de dengue no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou nesta terça-feira (10) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 462 casos. O atual período epidemiológico, iniciado em 28 de julho de 2024, soma 42.325 notificações, 4.997 diagnósticos confirmados e dois (2) óbitos em decorrência da doença.

No total, 375 municípios já apresentaram notificações de dengue, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 263 possuem casos confirmados.

As regionais com mais casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª Regional de Saúde de Londrina (1.176); 15ª RS de Maringá (499); 1ª RS Paranaguá (408); 2ª RS Metropolitana (389); e 14ª RS de Paranavaí (375).

OUTRAS ARBOVIROSES – Este informe traz ainda informações sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Neste período foram confirmados 19 casos de Chikungunya, sendo registradas 274 notificações da doença no Estado. Quanto à Zika, até o momento ocorreram 22 notificações e nenhum caso confirmado.

Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.

As informações são da Agência Estadual de Notícias