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Curitiba inicia vacinação contra gripe e quarta dose anticovid para idosos acima de 80 anos

A partir desta quarta-feira (30/3), Curitiba inicia a campanha anual de vacinação contra a gripe e a aplicação da quarta dose anticovid (segundo reforço) para idosos com 80 anos ou mais, seguindo nova recomendação do Ministério da Saúde.

As duas vacinações acontecerão de forma simultânea nos pontos escolhidos para a imunização anticovid (lista no site Imuniza Já Curitiba), de acordo com cronograma de chamamento por ano de nascimento, que será divulgado gradualmente (veja abaixo).

Além da vacinação nos pontos anticovid, no próximo sábado (2/4), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) disponibilizará dez locais de atencimento no sistema drive-thru, das 8h às 17h, exclusivos para os idosos com dificuldades de locomoção e que estejam nas faixas etárias convocadas pelo cronograma. Os endereços dos pontos drive-thru serão divulgados nos próximos dias e poderão ser conferidos no site Imuniza Já Curitiba.

“Curitiba otimizou a logística para que ocorra a aplicação das duas vacinas de uma só vez, aproveitando a ida do idoso até o ponto de vacinação”, afirma a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

A campanha é direcionada aos moradores de Curitiba. Para se vacinar, é preciso apresentar documento de identificação com foto e CPF.

Acamados e ILPs

A partir desta quarta-feira, a SMS também fará a vacinação contra a gripe e a aplicação da quarta dose anticovid nos idosos com 80 anos ou mais acamados ou que vivem em instituições de longa permanência (ILPs).

De acordo com a secretaria, as pessoas acamadas com 80 anos ou mais que foram atendidas em casa nas outras fases da campanha anticovid devem apenas aguardar o contato de uma equipe de saúde, que irá até o domicílio.

Caso o idoso com 80 anos ou mais tenha se tornado acamado recentemente e ainda não seja acompanhado pelo SUS Curitibano, é preciso informar a secretaria por meio da Central 3350-9000.

Cronograma

Segundo o cronograma divulgado pela SMS, na quarta-feira (30/3) serão vacinados os idosos nascidos até 1931. Na quinta-feira (31/3), aqueles nascidos até 1934. E na sexta (1/4) os nascidos até 1936.

No sábado (2/4), o chamamento é para todos nascidos até 1938. Os drives-thru estarão disponíveis nesta data exclusivamente para todos os já convocados e que tenham dificuldade de locomoção.

Quarta dose

Para receber a quarta dose da vacina anticovid, além de se encaixar na faixa etária que está sendo convocada, é necessário que tenha transcorrido, no mínimo, 120 dias desde a aplicação da terceira dose (primeiro reforço).

A vacina recomendada para a nova dose de reforço deverá ser, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro (Comirnaty/Pfizer) ou, de maneira alternativa, de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca), segundo nota técnica do Ministério da Saúde.

“Estamos seguindo a determinação do Ministério da Saúde, que aponta que na população mais idosa há uma redução da efetividade das vacinas, depois de um período de tempo maior, por conta do envelhecimento natural do sistema imunológico, a chamada imunosenescência”, afirma Márcia.

Cronograma – Vacina contra a gripe e quarta dose (segundo reforço) anticovid

  • Quarta-feira (30/3) – Nascidos até 1931
  • Quinta-feira (31/3) – Nascidos até 1934
  • Sexta-feira (1/4) – Nascidos até 1936
  • Sábado (2/4)* – Nascidos até 1938

* Nesta data, além dos pontos de vacina anticovid, a SMS disponibilizará dez pontos drives-thru para as pessoas nas faixas etárias convocadas que tenham dificuldade de locomoção.

As informações são da Prefeitura de Curitiba

Fundação de Saúde de Paranaguá abre Processo Seletivo para médicos/as de diversas especialidades

A Fundação de Assistência à Saúde de Paranaguá (Fasp) lançou um edital de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratação de profissionais médicos de 23 especialidades; entre elas Cardiologia, Clínica, Dermatologia, Endocrinologia, e outras.

O Processo Seletivo Simplificado tem por objetivo a contratação temporária de profissionais para atuarem nas unidades e serviços administrados pela Fasp, as que vierem a ser administradas pela Fundação ou em qualquer outra unidade do Serviço Público de Saúde indicado pela Fasp pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em caráter temporário pelo período inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.

As inscrições iniciam no dia 28 de março e prosseguem até o dia 6 de abril e devem ser realizadas de forma online no site www.paranagua.pr.gov.br, neste link.

Não será cobrada a inscrição para o emprego público. A remuneração inicial é de aproximadamente R$ 13.984,30.

Leia o Edital aqui.

As informações são da Prefeitura de Paranaguá.

Cresce a demanda por especialistas em Medicina da Família

Matéria do Portal Saúde Debate.

O Brasil ultrapassou a marca de 500 mil médicos. Desses, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), aproximadamente 433 mil têm pelo menos uma especialização. E algo em torno de 40% dos recém-formados optam pela residência em clínica geral, ginecologia e obstetrícia, pediatria ou cirurgia geral. Por outro lado, a Medicina da Família vem recebendo mais atenção, com amplo espaço para aumento no número deste tipo de especialista.

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), o Brasil precisa de 70 mil médicos para atender toda a população de forma ideal. Hoje, atuam no país 7.149 médicos da família. Nos últimos dois anos houve um aumento de 30% na formação de profissionais da especialidade. Na última década, o crescimento foi de 171%.

Diretora técnica da AsQ, empresa especializada em gestão da saúde, a médica Carla Biagioni diz que nos últimos dez anos houve significativo aumento da remuneração e de estrutura em saúde para atuação deste profissional. “Há uma mudança cultural da população e dos processos de gestão centrado no médico da família. Atuamos na manutenção da saúde física e mental do paciente, reduzindo a necessidade de internação hospitalar. Esse atendimento individualizado vem mudando a dinâmica do mercado de saúde”, opina.

Segundo ela, uma mudança no foco no atendimento ao paciente, com valorização da promoção da saúde e prevenção de doenças, impulsiona o segmento da Atenção Primária à Saúde, área da Medicina de Família.

Médico, professor da disciplina de saúde da família e comunidade do IDOMED em Jaraguá do Sul (SC), Michel Jorge de Oliveira explica que o médico da família tem uma visão ampliada de saúde. “Os alunos são treinados para atender todos os ciclos da vida das pessoas, da gestante, ao idoso, com alto índice de satisfação e resolutividade dos problemas”, afirma.

Ainda conforme o professor, 80% dos casos atendidos pelo médico da família são resolvidos por visitas domiciliares ou no consultório, sem necessidade de internação hospitalar dos pacientes. “Antes era só o SUS que usava esta estratégia no Brasil, mas agora ela ganha espaço no setor privado, principalmente entre as operadoras de planos de saúde. Promover a saúde garante a criação de vínculos entre o médico e o paciente e possibilita cuidados antes que o indivíduo adoeça”, acrescenta Oliveira sobre Medicina de Família.

Na avaliação de Eliezer Walter Menezes Filho, médico e professor da IDOMED, na última década houve a consolidação do modelo voltado ao atendimento familiar em virtude do alto índice de resolutividade dos casos. “Os jovens estão buscando a área da família porque ela permite desenvolver um olhar humanista e empático com o paciente. Podemos também tratar doenças crônicas como pressão alta e diabetes, antes que acontecesse um acidente cerebral ou amputação de membros, por exemplo. Essa visão é muito satisfatória, porque nos posiciona como um amigo do paciente, aumentando nossa possibilidade de acerto clínico”, aponta.

* Com informações da assessoria de imprensa.

Médicos/as estrangeiros/as devem comprovar a proficiência em língua portuguesa para atuar no país

O Diário Oficial da União (DOU) publicou hoje (25) uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que passa a exigir do médico estrangeiro a certificação de proficiência em língua portuguesa, em nível médio, para poder se registrar junto ao conselho e, consequentemente, obter o registro para exercício da profissão no país. A nova exigência passa a valer a partir desta sexta-feira.

A resolução alterou uma normativa anterior do CFM, de 2018, que trata do exercício da medicina no Brasil para os estrangeiros e também dos brasileiros formados em medicina por faculdade no exterior.

A norma, entre outras regras, determinava que os conselhos regionais de Medicina (CRMs) poderiam cobrar do estrangeiro, além do diploma de medicina obtido no exterior e revalidado por universidade pública, documentações complementares para o registro profissional.

Com a alteração, agora o estrangeiro que quiser obter o registro nos conselhos regionais terão que, obrigatoriamente, comprovar a proficiência em língua portuguesa, apresentando o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) em nível intermediário, expedido pelo Ministério da Educação.

Matéria da Agência Brasil.

Paraná vai aplicar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos

Em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB-PR) realizada nesta quinta-feira (24), gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e das secretarias municipais de Saúde aprovaram o início da vacinação da quarta dose de reforço contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos no Paraná. A decisão seguiu a recomendação do Ministério da Saúde, anunciada nesta quarta-feira (23), por meio da Nota Técnica 20/2022.

Com a decisão, os 399 municípios paranaenses responsáveis pela aplicação das doses poderão vacinar os idosos assim que os imunizantes forem enviados pelo governo federal, direcionados para este público-alvo.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou da reunião, e disse que o processo de vacinação é dinâmico, e que seguir as recomendações dos órgãos competentes garante mais proteção à população. “Devemos estender a 4ª dose para população acima de 80 anos, mas estamos pleiteando no PNI que possamos estender para toda a população acima de 18 anos, de forma decrescente”, disse.

“Esperamos as doses que o Ministério da Saúde irá nos mandar. Os municípios são nossos parceiros e contamos com todos eles para efetuarem a busca ativa e que não deixemos de lado essa ação tão importante”, acrescentou.

Atualmente, o Paraná já aplicou 3.995.416 terceiras doses. Quase 80% da população também já foi vacinada com as duas doses ou a dose única (ciclo completo).

LEIA TAMBÉM: Ministério da Saúde recomenda segunda dose de reforço para idosos acima de 80 anos

OUTROS TEMAS – O setor de Imunização da Sesa também propôs uma oficina de multiplicadores para a vacina BCG, a ser replicada em todas as Regionais de Saúde, assegurando a busca ativa, para que nenhum recém-nascido deixe de ser imunizado nos primeiros dias de vida. Com a aprovação, por unanimidade, a capacitação terá início no dia 3 de maio.

“Esse tipo de pactuação é importante para todos os municípios. Estávamos com foco apenas na Covid-19, e agora temos de expandir novas ações para que outras doenças não tenham espaço no Paraná. Manter as crianças protegidas com o calendário vacinal em dia é fundamental”, disse o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Ivoliciano Leonarchik.

Também foi aprovada a nova Linha Guia de Cuidado Materno-Infantil do Paraná. Em sua 8ª edição, a proposta aumenta o valor do repasse para parto de risco habitual em 100% do praticado atualmente. Além desse aumento também foi anunciado o investimento de cerca de R$ 30 milhões na Rede de Atenção Materno Infantil.

Na mesma reunião, os membros da CIB aprovaram a indicação de hospitais do Estado para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, a homologação dos municípios que receberão a Telecardiologia, um serviço de telediagnóstico que disponibiliza laudos de eletrocardiograma online, além do custeio de ações de vigilância, prevenção e controle das Ist/Aids e hepatites virais, do grupo de Vigilância em Saúde.

PRESENÇAS – Da Sesa, participaram da reunião o diretor-geral Nestor Werner Junior; o chefe de gabinete, César Neves; o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak; e a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes. Também estiveram presentes a 1ª diretora administrativa do Cosems e secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak; o 1º diretor financeiro do Cosems e secretário municipal de Saúde de Campo Mourão, Sérgio Henrique dos Santos; o conselheiro fiscal do Cosems e secretário municipal de Saúde de Bandeirantes, Wanderson de Oliveira; além dos diretores das 22 Regionais de Saúde do Estado e gestores municipais de Saúde.

Matéria da Agência Estadual de Notícias.

Guia orienta profissionais de saúde na prevenção do câncer uterino

Para marcar o Dia Mundial de Prevenção do Câncer do Colo do Útero, comemorado no próximo dia 26, a Fundação do Câncer lançou hoje (24) o Guia Prático. A publicação reúne orientações sobre a doença para capacitação de médicos e profissionais que trabalham na Atenção Básica de Saúde – enfermeiros, técnicos e agentes comunitários.

O Guia Prático Prevenção do Câncer de Colo do Útero – Orientações para Profissionais de Saúde tem o objetivo de aumentar a adesão às recomendações para a vacinação contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) e o rastreamento da doença. Acesse aqui o guia em formato digital.

A iniciativa faz parte do estudo Conhecimento e Práticas da População sobre Prevenção do Câncer de Colo do Útero, que teve a primeira parte divulgada em fevereiro deste ano. Nesta segunda etapa do levantamento foram considerados relatos de 2.727 profissionais de saúde, informou a médica Flávia Miranda Corrêa, doutora em saúde coletiva, pesquisadora da Fundação do Câncer e responsável pela pesquisa.

“Nós damos as orientações sobre o público-alvo da vacinação, quantas doses são necessárias e os intervalos entre elas; damos informações gerais sobre efetividade e segurança do imunizante, dúvidas que encontramos no levantamento. Há algumas orientações práticas para checar se, quando as crianças e adolescentes vão a consultas por outro motivo, elas estão vacinadas contra o HPV. Se não estiverem, os profissionais recomendem a imunização, para ajudar a aumentar a cobertura vacinal, que é pequena”, disse Flávia.

Cobertura

Números obtidos desde 2014, quando a vacinação de meninas contra o HPV foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) no Brasil, revelam que a primeira dose da vacina para meninas entre 9 e 14 anos alcançou 83% de cobertura, enquanto na segunda dose caiu para 57%.

Para os meninos na faixa etária de 11 a 14 anos, a vacinação começou em 2017. Os números são ainda mais baixos entre os representantes do sexo masculino: 58% tomaram a primeira dose e apenas 36% a segunda, informou a médica. “A desinformação dos meninos e adolescentes é maior que a das meninas. Os pais e responsáveis não têm muita noção de que os meninos também se beneficiam da vacina, que protege contra outros tipos de câncer, como boca, faringe e anal”.

Para Flávia Corrêa, quando a vacinação contra o HPV para meninos foi disponibilizada, em 2017, não foram enfatizados muito bem os benefícios que os meninos também têm. “Eles não têm que se vacinar apenas para proteger as meninas contra o câncer do colo do útero, mas também se beneficiam diretamente da vacina. Isso é importante veicular. Foi uma das coisas que identificamos na pesquisa”.

As informações ajudam também a combater fake news (notícias falsas) de que a vacina contra o HPV estimula a iniciação sexual precoce ou não é segura para a saúde, tema abordado na primeira fase do estudo. A vacina também não provoca efeitos adversos além daqueles relacionados ao local da injeção, como dor leve, rubor, edema. “São os eventos mais comuns. Eventos graves não foram relacionados à vacinação”, disse Flávia. Mais de 400 milhões de doses de vacina contra o HPV já foram aplicadas no mundo; no Brasil, mais de 50 milhões.

Entre os entrevistados, 14% dos profissionais não tinham as informações exatas sobre o público-alvo da vacina, uma das formas de prevenir a doença, o que torna necessária orientação específica e reforço em campanhas A vacinação contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. São indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Pessoas imunossuprimidas também devem ser vacinadas.

Rastreamento

O levantamento mostrou que 75% dos profissionais ouvidos iniciavam o rastreamento de mulheres contra o câncer de colo do útero antes dos 25 anos, ou seja, fora da faixa recomendada, que é a partir dos 25 até os 64 anos, o que gera desperdício de recursos humanos e insumos. Além disso, 93% rastreavam com periodicidade anual, quando a recomendação é a cada três anos, após dois exames anuais sem anormalidade.

Devem ser priorizadas para o rastreamento mulheres que nunca fizeram o exame Papanicolau ou que fizeram há mais de três anos. Flávia relatou que existe a prática equivocada no país de começar a coleta de material preventivo quando a adolescente inicia a atividade sexual. Outra prática errada se refere à coleta de material para esse exame por suspeita de infecção vaginal ou corrimento.

“O exame não é para isso. O Papanicolau é para detecção de lesão precursora do câncer de colo do útero”. A pesquisadora afirmou que o maior problema de se colher material antes dos 25 anos é que o rastreamento abaixo dessa idade pode ser mais prejudicial do que benéfico. “Porque abaixo dos 25 anos, a gente tem o pico de prevalência de infecção por HPV. Então, a maioria das alterações que vamos encontrar nessas adolescentes e mulheres jovens é ligada a essa infecção, e ela regride espontaneamente em mais de 95% das vezes”. Flávia lembrou que as recomendações do guia são baseadas em evidências científicas adotadas em muitos países, não só no Brasil.

A Fundação do Câncer pretende oferecer aos profissionais de saúde um curso de reciclagem, provavelmente no segundo semestre, baseado nos resultados encontrados na pesquisa. A primeira etapa do levantamento mostrou que muitas mulheres não fazem o exame preventivo por desconhecimento ou por vergonha. O estudo concluiu ainda que baixa renda, menor escolaridade, cor da pele parda ou negra, residência em áreas urbanas pobres e rurais são fatores associadas ao conhecimento insatisfatório e a práticas equivocadas referentes à vacinação contra o HPV e ao rastreamento do câncer de colo do útero.

Mortalidade

Esse tipo de câncer atinge cerca de 16.710 mulheres por ano no Brasil e gera, pelo menos, 6.500 mortes. O cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer, disse que a ideia da entidade é informar à população que a doença tem cura e é possível prevenir a partir de uma vacina disponível no sistema público de saúde. Por isso, o tema foi definido como útero e uma redução da mortalidade”, afirmou Maltoni.

A fundação quer também, com o guia, reforçar o papel dos profissionais de saúde que trabalham no recrutamento e na mobilização da sociedade para a imunização contra o HPV de crianças e adolescentes. “Por isso, temos trabalhado e vamos trabalhar este ano até atingir os objetivos de redução do número de casos novos, da mortalidade desse tipo de câncer. É fundamental o papel da informação correta para esclarecer a população sobre o controle da doença”, disse ele.

Maltoni acredita que será possível contribuir para o Brasil diminuir as diferenças regionais em termos de mortalidade por câncer de colo do útero. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que, em 2019, a taxa padronizada de mortalidade pela população mundial na Região Norte foi de 12,58 mortes por 100 mil mulheres, representando a primeira causa de óbito por câncer feminino nessa região.

No Nordeste, a taxa de mortalidade de 6,66/100 mil foi a segunda causa e na Região Centro-Oeste, com taxa de 6,32/100 mil, a terceira causa. As regiões Sul e Sudeste tiveram as menores taxas (4,99/100 mil e 3,71/100 mil, respectivamente) representando quinta e sexta posições, respectivamente, entre os óbitos por câncer em mulheres.

Matéria da Agência Brasil

Com Covid em queda, AVC e infarto voltam a ser as maiores causas de mortes no Paraná

Matéria do Portal Bem Paraná.

O Paraná registrou queda de 82,9% na média móvel de mortes por Covid-19 desde o pico da onda causada pela variante Ômicron do novo coronavírus. O recuo foi de uma média de 35 óbitos em 12 de fevereito deste ano para média de seis na última terça-feira, segundo os boletins epidemiológicos da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR).

Com isso, a Covid deixou de liderar o ranking de mortes causadas no estado, passando a ocupar a terceira posição em letalidade, atrás do infarto e do Acidentes Vascular Cerebral (AVC).

Conforme dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, na semana de 16 a 22 de março os AVCs causaram 75 mortes no Paraná, 74,4% a mais que os registros de óbitos por Covid-19, que ficaram em 43. Além disso, as mortes pelo coronavírus também foram superadas pelos 65 óbitos causados pelo infarto.

Desde o dia 22 de janeiro, quando foram contabilizadas 33 mortes causadas pelo coronavírus, a Covid-19 vinha liderando o ranking de mortes no estado. Na época, o Paraná vivia o ápice de casos da onda ômicron, causada também pelas festas de final de ano. O pico ocorreu no dia 8 de fevereiro, com 59 óbitos relacionados com a doença pandêmica.

Nas últimas semanas, contudo, houve uma redução gradativa nas mortes causadas pelo novo coronavírus, na medida em que os casos novos da doença também foram caindo. Com isso, desde o dia 10 de março a Covid-19 não aparece mais como a principal causa de morte no estado, ora aparecendo na segunda colocação (atrás apenas dos AVCs), ora na terceira (atrás também dos infartos).

No acumulado do mês de março, até o dia 22, a Covid-19 aparece como a segunda principal causa de morte no Paraná, com 302 registros oficiais de óbitos, atrás do AVC, com 304. O infarto aparece na sequência (242 mortes).

Desde maio de 2020, esta é a segunda vez que a Covid-19 sai do topo do ranking de fatalidade por doença. A anterior foi entre os dias 12 de novembro de 2021 e 17 de janeiro de 2022, período no qual o Paraná registrou um total de 1.205 mortes por acidente vascular cerebal, 1.029 por ataque cardíaco e outras 641 por Covid-19.

Por fim, cabe ressaltar que os dados aqui apresentados foram computados tendo como base a data do óbito constante no registro em cartório. Por isso, os números podem ser diferentes daqueles divulgados nos boletins da SESA-PR ou do Ministério da Saúde.

A cada dia, há 251 falecimentos no Estado

Nos primeiros meses de 2022 o Paraná registrou uma média de 251 mortes por dia. Foram 14.652 óbitos registrados em janeiro e fevereiro, o que aponta para uma redução de 3,22% na comparação com os dois primeiros meses de 2021, quando a vida de 15.139 paranaenses chegou ao fim. Ainda assim, trata-se do segundo começo de ano com mais mortes no estado desde o início da série histórica das Estatísticas do Registro Civil (considerando os dados do Portal da Transparência e do IBGE), em 2003.

A boa notícia, por outro lado, vem da redução expressivas de óbitos relacionados à Covid-19. Em 2021, por exemplo, 4.046 pessoas foram vitimadas pela doença no primeiro bimestre. Em 2022, foram 1.907 falecimentos, o que aponta para uma redução de 52,9% na comparação com o ano anterior.

Esse número fica ainda mais expressivo quando considerados o número de casos novos de Covid em cada um dos períodos. Em 2021, por exemplo, foram divulgados 229.013 diagnósticos em janeiro em fevereiro, enquanto em 2022 houve 728.565 registros no mesmo período.

Com isso, a letalidade da doença pandêmica passou de 1,77% no começo de 2021 para 0,26% no começo deste ano, em mais uma evidência acerca da importância da vacinação contra o coronavírus para prevenir quadros graves da doença e salvar vidas.

País: Ano começou com recorde

Janeiro de 2022 registrou o maior número de mortes em 19 anos no País, segundo dados dos cartórios brasileiros disponibilizados no Portal da Transparência. Em compensação, fevereiro apresentou uma ligeira queda, ainda sim, juntos, janeiro e fevereiro contabilizaram 272.671 óbitos em apenas dois meses.

Influenciando no aumento de mortes, a Covid não é a única responsável pelo início de ano mais letal. Outras causas como, doenças do coração, síndromes respiratórias e causas indeterminadas também apresentaram aumento na comparação deste com o ano anterior; destaque para AVC, 24,4% de aumento, Infarto 22,2% no Brasil.

Prefeitura de Curitiba firma acordo provisório sobre o tempo para consultas médicas

A Prefeitura de Curitiba, através da Fundação Estatal de Atenção em Saúde, firmou um acordo na Justiça do Trabalho, estabelecendo o tempo mínimo para as consultas médicas nas Unidades de Saúde do Município.

O acordo é provisório entrando em vigor imediatamente com validade até o dia 30 de maio de 2022, data em que será realizada nova audiência da Ação Civil Pública movida pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, que tramita na 20ª Vara do Trabalho de Curitiba.

O acordo prevê que serão agendadas até treze consultas para cada médico ou médico para uma jornada de quatro horas. Este número pode variar caso haja consultas de pré-natal ou consulta após o parto. Consultas de especialidades ou de medicina da família e comunidade obedecem a regras próprias de agendamento.

Para o Dr. Alceu Fontana Pacheco Neto, diretor do Simepar que participou da audiência, o acordo não é o ideal para os médicos, mas alivia a sobrecarga e possibilita o mínimo de organização do trabalho médico, pelo bem do atendimento à população.

O Simepar reitera que os médicos e médicas têm autonomia para decidirem quanto tempo precisam para fazer o atendimento, ouvir o/a paciente, avaliar, fazer o diagnóstico, requisitar exames, prescrever medicamentos e fazer o registro da consulta.

O acordo firmado em juízo tem caráter provisório e deve ser visto somente como uma forma de organizar a agenda de trabalho dos profissionais da medicina.

A sobrecarga de trabalho sobre os médicos e médicas que atuam no Sistema Único de Saúde é uma triste realidade presente em muitos municípios do Paraná e do Brasil. Com o advento da pandemia da Covid-19, essa sobrecarga aumentou exponencialmente.

Porém, a queda dos níveis de contaminação do coronavírus, não resultou na diminuição da sobrecarga sobre os profissionais da medicina.

A Prefeitura de Curitiba e a FEAS vem pressionando os médicos a realizarem “consultas relâmpago”, com duração de somente 15 minutos. Esse tempo é insuficiente para que o atendimento médico seja realizado com a atenção e a qualidade necessárias.

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná fez reiteradas denúncias ao Ministério Público e Ministério Público do Trabalho; e, em novembro do ano passado, ingressou com uma Ação Civil Pública na Justiça do Trabalho.

Em janeiro deste ano, o juiz José Wally Gonzaga Neto, da 20ª Vara do Trabalho de Curitiba, concedeu uma liminar determinando a redução da sobrecarga de trabalho dos médicos e médicas. Agora, o acordo provisório é um primeiro passo para que a autonomia médica seja respeitada.

Ministério da Saúde recomenda segunda dose de reforço para idosos acima de 80 anos

O Ministério da Saúde (MS) recomenda segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 para idosos com mais de 80 anos. A aplicação deve ser feita quatro meses após a primeira dose de reforço e a orientação é que o imunizante seja preferencialmente da Pfizer.

“Ministério da Saúde recomenda a aplicação de uma segunda dose de reforço aos idosos acima de 80 anos. A imunização deve ser feita quatro meses após a primeira dose de reforço e a orientação é que a aplicação seja efetuada, preferencialmente, com a Pfizer”, informou a pasta por meio das redes sociais.

Desde dezembro, o ministério já orientava a aplicação de uma dose de reforço apenas para as pessoas maiores de 18 anos imunossuprimidas. Com a nova informação, a pasta amplia o público-alvo para este novo esquema vacinal.

Além da Pfizer, o ministério disse que as vacinas da Janssen e AstraZeneca também podem ser utilizadas na aplicação da segunda dose de reforço, independentemente do imunizante anterior.

A pasta reforça que há doses suficientes da Pfizer para aplicação neste grupo de idosos.

“Janssen e AstraZeneca também podem ser utilizadas no novo reforço, independentemente do imunizante anterior. O MS reforça que há vacinas da Pfizer suficientes para aplicação neste grupo. Vários estados informam que também têm esses imunizantes em estoque”, disse o ministério.

Matéria da Agência Brasil.

Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa em 4 abril

O Ministério da Saúde divulgou o Informe Técnico com as datas e orientações para a 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza no Brasil. Segundo o Ministério, este ano a imunização ocorrerá entre 4 de abril a 3 de junho, sendo 30 de abril o dia D de mobilização social.

O governo federal deve distribuir cerca de 80 milhões de doses para os estados. No Paraná, a estimativa do Ministério da Saúde é que 4.308.575 pessoas elencadas como grupos prioritários deverão ser vacinadas durante a campanha. A meta é atingir pelo menos 90% deste público.

“O Paraná está em epidemia da Influenza H3N2 e já registrou 2 mil casos e 115 mortes pela doença. Esta vacina, já atualizada, vem em boa hora para que os paranaenses possam se proteger, principalmente nessas estações mais frias onde aumenta o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A vacina trivalente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é produzida pelo Instituto Butantan (SP) e todos os anos passa por atualização para que a dose seja efetiva na proteção contra as novas cepas do vírus identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta campanha, a imunização protegerá contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B.

GRUPOS – A campanha prioriza os grupos com comorbidades com o objetivo de diminuir a sobrecarga nos sistemas de saúde e contribuir com a prevenção de possíveis novos surtos de doenças respiratórias causadas pelo vírus da Influenza. A vacinação diminui a carga do vírus, reduz os sintomas e também auxilia no diagnóstico diferencial para a Covid-19.

Este ano a vacinação acontecerá em duas etapas. A primeira, no período de 4 de abril e 2 de maio, será direcionada para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde; a segunda, entre 3 de maio e 3 de junho, abrangerá os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Pessoas que não fazem parte desses grupos podem tomar a vacina contra a gripe na instituição privada.

CORONAVÍRUS – O Informe ressalta a importância da vacinação contra a Influenza em tempos de pandemia da Covid-19. Para o Ministério da Saúde, à medida que o percentual de pessoas vacinadas contra a Covid-19 aumenta, há uma oportunidade para que ocorra um ressurgimento da circulação de outros vírus respiratórios, como é o caso da Influenza.

A vacina contra a gripe pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Imunização, incluindo a da Covid-19. A única exceção nestes casos é para crianças de 5 a 11 anos, que devem aguardar um período de 15 dias entre as vacinas Covid e Influenza.

Ainda segundo o documento, crianças que comparecerem a uma Unidade Básica de Saúde e ainda não tiverem sido vacinadas contra o novo coronavírus deverão, preferencialmente, receber o imunizante Covid-19 e agendar a vacina Influenza, respeitando o intervalo mínimo de 15 dias.

HISTÓRICO – Em 2021, de modo geral, todas as unidades da Federação apresentaram uma baixa adesão dos grupos-alvos durante a campanha da gripe, provavelmente relacionada com a aplicação simultânea da vacina contra a Covid-19. A média de cobertura nacional ficou em 72,8%, abaixo da meta mínima de 90%.

O Paraná aplicou 4.924.438 doses de vacina na campanha anterior. A população-alvo geral era de 4.480.000 pessoas, e os grupos específicos (utilizados para critérios de cobertura vacinal) entre crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e idosos era de 3.064.625 pessoas. A cobertura vacinal do Estado fechou o ano em 68,7%.

Matéria da Agência Estadual de Notícias.