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Ministra da Saúde defende no G20 aliança internacional contra a desinformação em saúde

No primeiro dia do encontro do G20, no Rio de Janeiro, a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, trouxe à pauta a defesa de uma aliança internacional para o enfrentamento à desinformação em saúde. Representantes do grupo, reunidos nesta terça-feira (29), discutiram estratégias para conter os danos causados pelas fake news, especialmente no que diz respeito à vacinação e à confiança nas medidas de saúde pública. Para a ministra, o problema da desinformação é urgente e requer cooperação global para ser enfrentado de forma eficaz.

Nísia apresentou a iniciativa Saúde com Ciência, uma plataforma interministerial brasileira focada no enfrentamento à desinformação, especialmente sobre vacinas. A plataforma busca garantir que a população tenha acesso a informações confiáveis, provenientes de fontes acreditadas e órgãos governamentais. A ministra também destacou a intenção de expandir essa plataforma para o contexto internacional, propondo ao G20 que desenvolva estratégias coordenadas para proteger a saúde pública e assegurar a implementação de políticas baseadas em evidências.

“A disseminação deliberada de notícias falsas não apenas contamina nossas vidas e o ambiente digital, mas também afeta diretamente a saúde das populações. A desinformação pode causar mortes, e o combate a ela salva vidas e melhora nosso entendimento. É por isso que propomos debater com o G20 para atuar no combate à desinformação”, avaliou a ministra.

O programa Saúde com Ciência, coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Comunicação (Secom), a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Justiça e outros órgãos federais, completou um ano de atuação no último dia 24 de outubro. A iniciativa surgiu em resposta ao crescimento de conteúdos falsos e prejudiciais nas redes sociais, especialmente no contexto das campanhas de vacinação. No período de um ano, cerca de 100 mil conteúdos e comentários foram analisados, revelando que as narrativas mais comuns associavam falsamente a vacina contra Covid-19 a doenças como câncer, AIDS, e até controle populacional por meio de chips implantados.

Iniciativas globais

A reunião contou com a participação de diversos representantes e especialistas de saúde de países do G20 e organizações como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Jarbas Barbosa da Silva, diretor da Opas, reforçou que a desinformação ameaça diretamente a confiança nas vacinas e destacou a importância de concentrar esforços em fontes confiáveis, como profissionais de saúde e autoridades públicas.

“É fundamental direcionar as principais fontes de informação que as pessoas utilizam e em que confiam para tomar decisões sobre vacinação. Também precisamos preparar nossos profissionais de saúde”, afirmou Jarbas.

Em nome de Portugal, Cristina Rodrigues da Cruz Vaz Tomé, Cristina Rodrigues da Cruz Vaz Tomé, secretária de Estado da Gestão da Saúde, compartilhou as experiências do seu território, onde 75% da população está vacinada contra a gripe e o país tem investido em campanhas de conscientização. “Enfrentamos o desafio cultural de promover a confiança na ciência, e com um plano baseado na ciência do comportamento, temos conseguido avanços importantes”, destacou.

O secretário de Políticas Digitais da Presidência da República do Brasil, João Brant, também enfatizou o papel dos influenciadores e da comunicação voltada para diferentes demografias. “Nossa estratégia envolve parcerias com influenciadores de ciência, como Dráuzio Varella, e o uso de plataformas para fortalecer a imunização e combater a desinformação diretamente junto à população,” explicou. Segundo ele, o governo brasileiro planeja capacitar 400 mil profissionais de saúde até 2027 para atuarem como agentes de combate à desinformação.

Cenário da saúde digital e o papel das big techs

Outro ponto relevante levantado no encontro foi o papel das plataformas digitais e das big techs. Ana Estela Haddad, secretária de Saúde Digital do Brasil, defendeu a importância de dados confiáveis para fortalecer o combate às fake news, destacando o papel do DataSUS. Ela ressaltou a responsabilidade social das grandes plataformas digitais e o impacto que sua atuação tem na contenção ou disseminação de notícias falsas.

“Temos um departamento DataSUS, com 30 anos que produz uma herança no conjunto de dados. Cuidar de tratar os dados esta informação seja confiável. É preciso que as bigs techs assumam suas responsabilidades sociais e tenha consciência do estrago que estão ocorrendo mundo afora”, destacou Estela.

Fortalecimento da confiança no longo prazo

Jagmeet, do Wellcome Trust, destacou que a confiança é um elemento chave. Ela explicou que a instituição trabalha com uma rede de pesquisadores e vozes confiáveis e que é essencial apoiar as comunidades cientificamente para alcançar a população em maior escala.

Com base em estudos recentes, ela apontou que, embora os cientistas ainda sejam amplamente confiáveis, a desinformação pode minar essa confiança. “Nossa missão é apoiar a ciência para resolver os problemas de saúde, e precisamos investir em longo prazo para promover uma relação de confiança”, afirmou.

Parcerias, inovação e uso de inteligência artificial

Garth Graham, diretor de saúde do YouTube, detalhou ações concretas da plataforma no combate à desinformação, incluindo a marcação de conteúdos verificados e o uso de inteligência artificial para aumentar a precisão da informação. Segundo ele, campanhas de prevenção à dengue e parcerias para ampliar o alcance das informações corretas durante a pandemia de Covid-19 são exemplos de ações já em prática.

“Transformamos a plataforma de saúde, rotulando informações como provenientes de fontes confiáveis, especialmente aquelas que vêm de órgãos governamentais com acreditação. Etiquetamos as informações mais confiáveis. Em relação à dengue, por exemplo, focamos em campanhas de prevenção e vacinação, incluindo exemplos do Brasil. Estamos também utilizando inteligência artificial para aumentar a qualidade da informação”, detalhou Garth.

Ao final do encontro, ficou clara a intenção dos representantes em criar uma frente unificada no G20 para o enfrentamento à desinformação. A ministra Nísia Trindade reforçou a importância de apoiar a ciência e os profissionais de saúde, propondo que o G20 fortaleça estratégias de cooperação para que, em 2024, a população mundial tenha acesso a informações precisas e confiáveis sobre vacinas e saúde pública.

Acesse a página do ‘G20 Brasil 2024 Saúde’ e saiba mais.

As informações são do Ministério da Saúde.

Prevenção de Dengue deve ir além de mensagens sobre hábitos e cuidados

Embora grande parte da população saiba que é preciso “evitar água parada” para evitar a disseminação de doenças como dengue, zika e chikungunya, investir apenas em estratégias de comunicação focadas nessa mensagem não é suficiente para provocar mudanças significativas no combate às arboviroses. É o que revela estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançado nesta quinta-feira (24), com apoio da biofarmacêutica Takeda.

“O senso comum diz que quando alguém tem uma informação sobre o que é bom para si próprio e sua família, adota um comportamento ou hábito. Mas há uma diferença entre o que as pessoas falam que fazem e os hábitos que efetivamente incorporam em suas rotinas diárias. Fazer ou não fazer algo depende de uma enorme confluência de fatores, comportamentos, normas sociais, infraestrutura e acesso a políticas públicas. São esses aspectos que revelamos nesse estudo”, diz Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil.

Após uma ampla revisão de literatura, seguida por pesquisa de campo e entrevistas, o estudo explica quais os aspectos que motivam ou dificultam a adoção de práticas de prevenção ao Aedes aegypti. A pesquisa organiza esses aspectos em três níveis, de acordo com uma metodologia do Unicef para atuar com mudanças sociais e comportamentais: psicológico, sociológico e estrutural.

Entre os fatores psicológicos relacionados à prevenção do mosquito, o estudo aponta o histórico de infecção e percepção de risco: quem nunca teve a doença, tende a não acreditar na gravidade. A percepção de risco e as práticas de prevenção podem aumentar em situação de epidemia, mas relaxar quando não há.

Outro fator é o esforço: as práticas preventivas – incluindo limpeza de calhas, caixas d’água e locais de difícil acesso – são vistas como algo difícil, demorado, complexo, para o qual as pessoas não têm tempo ou disponibilidade.

Os custos financeiros também são levados em conta, especialmente em locais mais vulneráveis, onde gastar recursos para a limpeza de caixa d’água, compra de repelentes, entre outros, pode não ser viável.

Entre os fatores sociológicos, foi identificada a organização coletiva. Participar de organizações de bairro está associado a um aumento das práticas de prevenção. Mas, em várias regiões, muitas pessoas não conhecem seus vizinhos, não se veem como parte de um grupo, e não há uma organização coletiva para cuidar do bairro.

Outro fator é a influência comunitária. Muitas pessoas se sentem moralmente obrigadas a cumprir práticas de prevenção que acreditam que é esperado delas.

Também foram levantados fatores estruturais como a estrutura urbana. A falta de coleta de lixo e a presença de terrenos baldios estimula o descarte inadequado de lixo.

A atuação dos agentes está associada à diminuição das arboviroses. Em alguns lugares, no entanto, pode não haver agentes suficientes, ou pode haver obstáculos na relação dos agentes com a comunidade. A baixa confiança nos órgãos de governo pode ser uma barreira para que se siga orientações de saúde e prevenção, diz o Unicef.

Recomendações

Cada um desses fatores, combinados, impacta nas atitudes da população para prevenir – ou não – as arboviroses. Para enfrentá-los, a pesquisa traz recomendações. Uma delas é associar o controle vetorial a comportamentos vistos como “desejáveis” pela população.

Algumas práticas úteis para o controle do mosquito, como manter a casa limpa ou não jogar lixo na rua, já são realizadas com outras motivações, ligadas à organização, limpeza e estética.

Outra recomendação é aumentar a percepção de risco, especialmente em relação às crianças. O estudo observou que há uma percepção elevada do risco de infecção pelos pais quando relacionada às crianças, por medo de que seus filhos sejam infectados. Essa percepção poderia ser usada de forma mais eficaz em campanhas de comunicação sobre riscos e no envolvimento da comunidade em ações preventivas.

O estudo recomenda, também, reduzir custos e esforços associados à adoção de comportamentos de prevenção e aumentar os investimentos em infraestrutura. Investir em políticas públicas que diminuam o custo e os esforços de práticas de prevenção pode ter um efeito significativo em reduzir arboviroses.

Além disso, investir em melhorias na infraestrutura e na limpeza urbana pode fortalecer a adesão da população às medidas de prevenção.

“Por fim, é importante avaliar estrategicamente como engajar a comunidade e realizar ações comunitárias. Há espaço para adotar mais políticas de engajamento comunitário, além de estimular e mediar discussões sobre o tema em comunidades”, afirma o Unicef.

“Sabemos da importância de garantir, para cada menino e menina, o direito de viver em um ambiente livre de doenças que possam afetar não somente sua saúde física, como também impactar na frequência escolar e na rotina de uma criança, como brincar, se alimentar de maneira adequada, entre outras atividades. Esperamos que os achados desse estudo possam contribuir com as políticas públicas e ações de comunicação nacionais e em cada município, com foco em mudanças de comportamento necessárias ao combate ao Aedes”, diz Luciana Phebo.

As informações são da Agência Brasil.

Casos de Coqueluche aumentaram 86% em um mês no Paraná e chegam a mil confirmações

O número de casos confirmados de coqueluche subiu 86% nos últimos trinta dias no Paraná, passando de 537 para 1.000. Crianças e adolescentes são os grupos mais afetados pela doença. Se comparado a julho, o aumento foi de 880%, quando o Estado contabilizava 102 casos. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforçam a necessidade do cuidado e da prevenção, com a vacinação.

Em 2023, nesse mesmo período, haviam 11 casos confirmados e nenhum óbito no Paraná. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados 101 casos de coqueluche, em 2020 foram 26, em 2021 nove, em 2022 foram cinco casos e no ano passado 17.

De acordo com último boletim da coqueluche, divulgado semanalmente no site da Sesa, dos 1 mil casos confirmados, 353 estão na faixa etária dos 12 aos 19 anos e 110 menores de um ano. Apesar da doença ser mais frequente nessas idades, o grupo de pessoas de 30 a 49 anos também se destaca com número elevado de casos, 183.

De acordo com a diretora de Atenção de Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, alguns fatores explicam esse aumento. “Existe uma ciclicidade na circulação dessa bactéria. Durante a pandemia houve uma postergação, com poucos casos, mas agora, associado à menor cobertura vacinal e ao aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica e laboratorial, os casos estão mais evidentes”, disse.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos.

TRANSMISSÃO – A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

Os sintomas inicialmente são parecidos com os de um resfriado, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca que evoluem para crises de tosse mais intensa.

A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser realizada nos primeiros meses de vida, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com a vacina pentavalente. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 90,40% e 90,43%, respectivamente.

A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa promove várias ações no monitoramento da doença. Existe uma busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal.

A recomendação da Sesa é que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. De forma excepcional, trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento

O atendimento a pacientes obesos em emergências de todo o país requer adaptações urgentes, incluindo adequações na estrutura hospitalar, como o uso de macas reforçadas, até a capacitação de equipes para procedimentos como intubação e obtenção de acesso venoso. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

“O aumento da obesidade na população brasileira trouxe à tona importantes desafios para os profissionais de saúde, especialmente nos departamentos de emergência”, avaliam as entidades em nota conjunta. “A falta de preparação adequada em muitas unidades pode resultar em atrasos críticos ao tratamento, agravando condições que exigem intervenção rápida”, completa o documento.

Dados do Ministério da Saúde indicam que 61,4% da população nas capitais brasileiras apresenta sobrepeso, enquanto 24,3% vivem com obesidade. Em todo o planeta, a Federação Mundial de Obesidade estima que o número de adultos com sobrepeso ou obesidade chegará a 3,3 bilhões em 2035. Nesse contexto, as entidades avaliam que não se pode assistir à crescente demanda sem se preocupar com a qualidade da assistência prestada aos pacientes.

A nota conjunta destaca que, nos departamentos de emergência, a realização de exames físicos figura como um dos maiores desafios – o excesso de tecido adiposo dificulta exames clínicos essenciais, como palpação e ausculta, e compromete a identificação rápida de sinais clínicos críticos, como a pulsação em pacientes inconscientes. Tudo isso pode atrasar procedimentos que exigem resposta imediata, como a ressuscitação cardiopulmonar.

“Além disso, procedimentos rotineiros, como a obtenção de acesso venoso, tornam-se mais complicados e exigem maior número de tentativas, o que aumenta o risco de infecções e tromboses. Outro ponto crítico é a intubação em pacientes com obesidade, que demanda técnicas especializadas, como a ‘posição rampada’, que facilita a visualização das vias aéreas e melhora a ventilação.”

Exames de imagem, segundo as entidades, também enfrentam limitações entre pacientes com obesidade ou sobrepeso. Ultrassonografias e radiografias são prejudicadas pela presença de tecido adiposo, enquanto tomografias e ressonâncias, muitas vezes, requerem múltiplas varreduras, prolongando o tempo de exame e aumentando a exposição à radiação.

Recomendações

Em meio ao cenário, a Abramede e a Abeso recomendam:

– adaptar a infraestrutura dos departamentos de emergência para acomodar o peso e as dimensões de pacientes com obesidade, incluindo a disponibilização de macas reforçadas, cadeiras de rodas maiores e balanças de alta capacidade;

– capacitar equipes médicas, sobretudo para que os profissionais possam realizar exames físicos adaptados à obesidade e manusear corretamente equipamentos necessários para o atendimento desses pacientes;

– combater o estigma associado à obesidade por meio do incentivo para que profissionais da saúde utilizem linguagem empática e adequada, evitando atitudes preconceituosas que possam impactar negativamente o atendimento.

No âmbito de políticas públicas, o documento propõe medidas como a incorporação de treinamento sobre obesidade e suas comorbidades nos currículos de programas de residência em medicina de emergência, além da inclusão do peso do paciente nas informações de referenciamento, para que indivíduos com mais de 150 quilos sejam encaminhados a serviços devidamente capacitados e estruturados para seu atendimento.

As entidades defendem ainda a criação, em caráter de urgência, de protocolos clínicos padronizados para o cuidado de pacientes com obesidade grave em emergências, incluindo adaptações físicas e suporte psicológico necessário. “O combate à gordofobia deve ser promovido por meio de campanhas institucionais de conscientização e educação, a fim de reduzir o preconceito e garantir um atendimento humanizado e adequado”.

As informações são da Agência Brasil.

Primeiro dia do seminário “O Futuro do Trabalho Médico” teve palestras de alto nível e muita emoção

O primeiro dia do Seminário “O Futuro do Trabalho Médico: Desafios e Vínculos de Trabalho” contou com excelentes palestras e momentos de emoção para os presentes. Organizado pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) e o Diretório Acadêmico Nilo Cairo (DANC), do Curso de Medicina da UFPR, o evento prossegue nesta quinta-feira, 24 de outubro.

A Dra. Cláudia Paola Carrasco Aguilar, Secretária-Geral do Simepar, e o presidente do DANC, Luis Eduardo Mora foram os apresentadores do evento.

No primeiro dia, o presidente do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, abriu a noite falando sobre a história e a importância do movimento sindical no trabalho médico. Logo depois houve a palestra do Dr. Luiz Eduardo Gunther, Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, sobre a realidade dos vínculos de trabalho na medicina.

O Dr. Marlus Morais fala no evento.

 

O Dr. Luiz Eduardo Gunther – Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná.

A Professora Dra. Mônica Gomes (Medicina-UFPR) juntamente com o Dr. Luiz Gustavo Andrade (Assessor Jurídico do Simepar) e o Dr. Darley Rugeri Wollmann Junior (Vicê-Presidente do Simepar) completaram a noite com uma mesa redonda sobre Residência Médica e Modelos de trabalho nos hospitais universitários e de ensino médico.

A mesa com a Professora Dra. Mônica Gomes, o Dr. Luiz Gustavo Andrade e o Dr. Darley Rugeri Wollmann.

Houve ainda uma fala da Dra. Andressa Costa da Cunha, Conselheira do CRM-PR e Diretora da Simepar, falando dos desafios e da importância do Sindicato e do Conselho de Medicina.

O momento de emoção veio com a participação do Dr. Jose Ferreira Lopes (Dr. Zequinha), que foi líder estudantil no curso de Medicina da UFPR durante a ditadura dos anos de 1960, passando pela clandestinidade e seguindo ativo até os dias de hoje como dirigente do Simepar.

O Dr. ‘Zequinha’ compartilha suas experiências com os presentes.

O Seminário prossegue hoje a partir das 19 horas no Auditório do Setor de Ciências da Saúde da UFPR – Anexo ao Complexo Hospital das Clínicas da UFPR. Rua Padre Camargo, 280, Alto da Glória – Curitiba

Confira a programação do seminário “O Futuro do Trabalho Médico”

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) e o Diretório Acadêmico Nilo Cairo (DANC), do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná, realizarão nos dias 23 e 24 de outubro um seminário chamado “O Futuro do Trabalho Médico: Desafios e Vínculos de Trabalho”.

O evento será realizado no Auditório do Setor de Ciências da Saúde da UFPR e contará com importantes juristas e médicos/as; muitos deles/as professores/as com atuação destacada na formação e defesa dos direitos dos profissionais da medicina.

O seminário terá início às 19h30min. Serão discutidas a crescente precarização das relações e das condições de trabalho de médicos e médicas resultantes da terceirização e da pejotização da mão de obra médica; além da educação médica, residência, e marketing na medicina.

O evento marcará a passagem do Dia do/a Médico/a, comemorado em 18 de outubro, e simbolizará a retomada do núcleo acadêmico do Simepar.

Serviço: Seminário – “O Futuro do Trabalho Médico: Desafios e Vínculos de Trabalho”
Quando: 23 e 24 de outubro às 19 horas
Local: Auditório do Setor de Ciências da Saúde da UFPR – Anexo ao Complexo Hospital das Clínicas da UFPR – Centro – Curitiba
Inscrições gratuitas.

Programação:

Dia 1 – 23 de outubro de 2024 (quarta-feira) às 19h00min

19h00min – ABERTURA:
Fala da Dra. Claudia Paola Carrasco Aguilar – Secretária-Geral do Simepar
Fala de Luis Eduardo Mora, Presidente do Diretório Acadêmico Nilo Cairo (DANC UFPR) e responsável pelo Núcleo Acadêmico do SIMEPAR.

Palestra “História e Importância do movimento sindical no trabalho médico”
Dr. Marlus Volney de Morais – Presidente do Simepar
Dra. Andressa Costa da Cunha – Conselheira do CRM-PR e Diretora da Simepar

19h30min – Palestra: “A Realidade dos vínculos de trabalho na medicina e desafios jurídicos”.
Dr. Luiz Eduardo Gunther – Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná. Coordenador da Pós-Graduação da Escola Paranaense de Direito.

20h00min – Mesa redonda: Residência Médica e Modelos de trabalho nos hospitais universitários e de ensino médico.
Dr. Luiz Gustavo Andrade – Advogado sócio do escritório Zornig Andrade Advogados Associados.
Professora Dra. Mônica Gomes
Professor Dr. André Ivan Bradley dos Santos Dias – Professor Adjunto de Cirurgia da UFPR

Dia 2 – 24 de outubro de 2024 (quinta-feira) às 19h00min

19h00min – Mesa Redonda: “Visão jurídica do marketing médico e marketing predatório”
Dra. Fernanda Schaefer – Advogada do escritório Zornig Andrade Advogados
Dra. Maria Teresa Ribeiro de Andrade Oliveira – Coordenadora do Departamento de Fiscalização do CRM-PR.

20h00min – Mesa redonda: “Ética Médica: processos éticos-disciplinares”.
Dra. Larissa Anacleto do Nascimento – Advogada integrante do escritório Zornig Andrade Advogados Associados.
Dr. Marcio Fabiano Chaves Bastos – Mestre em Bioética. Diretor executivo do sindicato dos médicos do Paraná- SIMEPAR.

Mesa Redonda: “Os desafios no mercado de trabalho do médico generalista”.
Dra. Miriam Cipriani Gomes – Advogada integrante do escritório Zornig Andrade Advogados Associados.
Dr. Weslley Luciano – Médico recém-formado.

Participantes:

 

 

Secretaria da Saúde reforça vigilância contra o Sarampo em todo Paraná após casos na Argentina

Após a confirmação de oito casos de sarampo na província de Río Negro, Argentina, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), emitiu um alerta de risco. O objetivo é reforçar a vigilância e intensificar as medidas de prevenção em todo o Estado. Embora o Paraná não tenha registrado casos recentes da doença, a proximidade com a área afetada e o fluxo constante de pessoas entre os dois países aumentam o risco de importação do vírus.

O Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo em 2016. No entanto, devido ao grande fluxo migratório e às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular entre 2018 e 2022, fazendo com que, em 2019, o país registrasse 21.704 casos confirmados, perdendo a certificação. Neste ano, até o momento, o Brasil contabiliza dois casos importados: um no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão, e outro em Minas Gerais, com origem na Inglaterra.

No Paraná, entre agosto de 2019 e junho de 2020, foram registrados 2.081 casos de sarampo, sendo o último confirmado em junho de 2020. Desde então, o Estado não confirmou novos casos da doença.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida de forma direta por secreções liberadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. As partículas virais podem permanecer suspensas no ar por várias horas, o que aumenta o poder de contágio.

A vacina é a principal forma de prevenir o sarampo. Os imunizantes que protegem contra a doença são a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Ambas as vacinas são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que a primeira é indicada para a população de 12 meses a 59 anos, enquanto a tetraviral é ofertada aos 15 meses de idade, conforme orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI).

“A fácil transmissão da doença é preocupante, por isso voltamos a falar sobre a importância da vacinação. Essa é a única maneira efetiva de prevenção. É fundamental garantir que o maior número de pessoas seja imunizado para que o bloqueio da circulação do vírus seja realmente eficaz”, explicou o secretário de Saúde, César Neves.

ESQUEMA VACINAL – O esquema vacinal completo prevê duas doses para pessoas até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação ocorre aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses. No Paraná, a cobertura vacinal para a primeira dose, aplicada em crianças de um ano, é de 95,72%.

“Alcançamos a meta de 95% de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde, mas, para garantir a proteção da população, é fundamental manter esse índice elevado e homogêneo em todo Paraná”, reforçou Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde.

SINTOMAS – Os sintomas mais comuns do sarampo são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se em seguida pelo corpo). Outros sintomas, como dor de cabeça, indisposição e diarreia, também podem ocorrer. Como não há tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento ao aparecimento desses sinais. Os pacientes devem permanecer em isolamento domiciliar ou hospitalar por sete dias após o surgimento das manchas vermelhas no corpo.

NOTIFICAÇÃO – Para que seja realizada a investigação dos casos e identificação dos contatos para adoção das medidas de prevenção e controle, os casos suspeitos de sarampo devem ser notificados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde, Regionais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Anvisa suspende a propaganda e venda dos “chips da beleza”

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, também conhecidos como chips da beleza, e vendidos por farmácias de manipulação em todo o país. A decisão consta em uma nova resolução da agência, que será publicada no Diário Oficial da União (DOU), e tem força de lei.

Segundo a Anvisa, a medida é preventiva e foi adotada após denúncias apresentadas por entidades médicas, entre elas a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, que apontam um crescimento do atendimento de pacientes com problemas devido ao uso de implantes que misturam diversos hormônios, em formato implantável, inclusive de substâncias que não possuem avaliação de segurança para a forma implantável.

Desde o ano passado, a prescrição de terapias hormonais para fins estéticos, como ganho de massa muscular e melhora no desempenho esportivo, está proibida por outra resolução, aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Os “chips da beleza” são implantes largamente usados como estratégia para emagrecimento, tratamento da menopausa, antienvelhecimento, redução da gordura corporal, aumento da libido e da massa muscular. Segundo especialistas, eles podem conter inúmeras substâncias, embora normalmente sejam compostos por testosterona ou por gestrinona, um progestágeno com efeito androgênico. Combinações contendo estradiol, oxandrolona, metformina, ocitocina, outros hormônios e NADH também são produzidas. Entidades médicas vinham alertando as autoridades sanitárias contra o uso abusivo desses implantes.

Com a nova resolução, a Anvisa pede aos pacientes que fazem uso destes produtos a procurarem seus médicos para orientação em relação ao tratamento. Qualquer paciente que venha a ter reações pelo uso deste tipo de produto, deve fazer uma notificação ao órgão. Os chips da beleza nunca foram submetidos à avaliação da Anvisa.

Alerta

A área de monitoramento da agência reguladora também já publicou um alerta em que destaca que implantes hormonais para fins estéticos e de desempenho podem ser prejudiciais à saúde, além de não haver comprovação de segurança e eficácia para essas finalidades.

Dentre as complicações de quem faz uso indevido desses produtos estão: elevação de colesterol e triglicerídeos no sangue (dislipidemia), hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e arritmia cardíaca.

Além disso, pode ocorrer crescimento excessivo de pelos em mulheres (hirsutismo), queda de cabelo (alopecia), acnes, alteração na voz (disfonia) insônia e agitação.

As informações são da Agência Brasil

Dirigentes do Simepar parabenizam Médicas/os pelo seu dia e convidam para Seminário

No dia 18 de outubro comemoramos o Dia do/a Médico/a. É uma data muito importante para a categoria, momento de celebração e de reflexão sobre o ofício da medicina.

A seguir uma breve mensagem do Presidente do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, parabenizando os/as colegas:

Neste ano, o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, em parceria com o Diretório Acadêmico Nilo Cairo (DANC), do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná, realizará nos dias 23 e 24 de outubro um seminário chamado “O Futuro do Trabalho Médico: Desafios e Vínculos de Trabalho”.

O evento também conta com o apoio do Escritório Zornig & Andrade de Advogados que atende ao Simepar.

 

 

Youtube facilita acesso a vídeos com informações sobre primeiros socorros

Em situações de emergência e acidentes o tempo é aliado na hora de salvar a vida de alguém. Pensando nisso e para que as pessoas conheçam ações básicas de salvamento, o Youtube fixou novas seções de informações de primeiros socorros no topo dos resultados da pesquisa – inclusive com conteúdos do Ministério da Saúde.

As seções aparecerão com destaque para uma variedade de tópicos de emergência, entre eles:

  • Reanimação Cardiopulmonar;
  • Engasgo/Manobra de Heimlich;
  • Sangramento;
  • Ataque cardíaco;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Picada de cobra;
  • Envenenamento.

“Os primeiros-socorros em situações de urgência ou de um incidente de saúde ou de natureza clínica, cirúrgica, traumática ou psiquiátrica evitam o agravamento da condição de uma vítima. Por isso, o conhecimento sobre esse tipo de atendimento numa plataforma tão gigante, como é o Youtube, é fundamental”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A ministra reforça que no campo dos primeiros-socorros é importante que todas as pessoas conheçam o trabalho do SAMU 192. “Este é um dos programas mais queridos da nossa população. Estamos investindo muito e nossa meta, até o final de 2026, é que 100% da população tenha cobertura do serviço, que é gratuito 24h por dia e pode ser acessado pelo número 192”, acrescenta.

Parceria com o Youtube

Na quarta-feira (18), Nísia Trindade se reuniu, em São Paulo, com o líder global de saúde do YouTube, Garth Graham. Na oportunidade, debateram, entre outros temas, o enfrentamento à desinformação e uso das plataformas para disseminar e potencializar a informação verdadeira e de qualidade. A ministra também apresentou a ele o programa Saúde com Ciência.

A iniciativa interministerial é voltada para a promoção e fortalecimento das políticas públicas de saúde e a valorização da ciência. A estratégia prevê ações que visam identificar e compreender o fenômeno da desinformação, promover informações íntegras e responder, de maneira preventiva, aos efeitos negativos das redes de desinformação.

Acesse a playlist do Youtube com os vídeos sobre primeiros-socorros:

As informações são do Ministério da Saúde.