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Triagem de sangue em hemocentros passará a ter teste de malária

A triagem das bolsas de sangue na hemorrede [conjunto de Serviços de Hemoterapia e Hematologia] pública brasileira passará a contar com teste específico para malária, anunciou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A inovação trará mais segurança às transfusões de sangue e permitirá a redução de 12 meses para um mês do período de impedimento à doação [de sangue] de pessoas que estiverem em áreas endêmicas para malária.

O ganho no controle das bolsas de sangue se dá com o início da implantação do Kit Nat Plus, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). O Hemorio, no Rio de Janeiro, foi o primeiro hemocentro a receber essa tecnologia e já liberou os primeiros resultados em novembro.

Hemocentros

A implantação se dá em parceria com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde (MS). Segundo a Fiocruz, mais três hemocentros devem ser contemplados até o fim do ano e a atualização deve estar presente em todos os hemocentros do país até o final de 2023.

Desde 2011, o Kit Nat é produzido em Bio-Manguinhos e tem como alvos os vírus HIV e os causadores da hepatite B e hepatite C. Segundo a Fiocruz, desde que Bio-Manguinhos iniciou a produção do Kit Nat, 30 milhões de bolsas de sangue doadas na rede pública do Brasil foram testadas com a tecnologia fornecida pelo instituto.

O aprimoramento do kit brasileiro traz ainda a vantagem de permitir o uso em amostras de doadores de órgãos ou doadores falecidos em parada cardiorrespiratória, ampliando também a segurança em transplantes.

O novo kit desenvolvido em Bio-Manguinhos também tem ganhos de sensibilidade e otimização do tempo de análise.

As informações são da Agência Brasil

Infectologistas defendem uso de máscaras e mais vacinação contra uma nova onda de Covid

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu, nesta sexta-feira (11), o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.

A entidade divulgou nota técnica de alerta, elaborada por seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

“Pelo menos em quatro estados da federação, já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz o texto, baseado nos dados divulgados no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.

A SBI alerta que o cenário é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenham atenção especial às medidas sugeridas.

O primeiro ponto levantado pela sociedade científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo.

Os infectologistas recomendam também garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independente da presença de comorbidades. Até o momento, a vacinação da faixa de 6 meses a 3 anos ainda está restrita a crianças com comorbidades, e o Ministério da Saúde iniciou ontem (10) a distribuição de 1 milhão de doses de vacinas destinadas a elas.

A SBI também pede a rápida aprovação e acesso às vacinas covid-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa. Procurada pela Agência Brasil, a agência respondeu que os processos estão em fase final de análise, e é esperado que a deliberação ocorra em breve, embora não haja uma data fixada para isso.

“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária continua trabalhando na análise dos pedidos de uso emergencial das novas versões de vacina contra a covid-19 do laboratório Pfizer contendo as subvariantes BA.1 e BA.4 /BA.5. Os processos passaram pelas etapas de análise dos dados submetidos à agência, questionamentos da agência e esclarecimentos dos fabricantes, bem como discussão com sociedades médicas brasileiras. A equipe técnica da agência já recebeu os pareceres de especialistas das sociedades médicas sobre ambas as vacinas bivalentes da Pfizer”, detalhou a Anvisa.

O quarto ponto levantado pelos infectologistas é a necessidade de disponibilizar nas redes pública e privada as medicações já aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da covid-19, como o paxlovid e o molnupiravir, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil, ressalta a SBI. A Agência Brasil perguntou ao Ministério da Saúde se essas medicações já estão disponíveis, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.

O quinto ponto diz respeito às medidas de prevenção chamadas não farmacológicas. A SBI defende a volta do uso de máscaras e do distanciamento social para evitar situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

A SBI pede que as medidas sugeridas sejam tomadas com brevidade, para otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento já disponíveis e reduzir a chance de um possível impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saúde públicos e privados por casos graves de covid-19.

As informações são da Agência Brasil.

Hemepar reforça importância da doação de sangue antes do feriado

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) reforça a urgência para a doação de sangue no Estado, em especial dos tipos O-, O+ e A-. O pedido acontece, sobretudo, com a aproximação do feriado de Proclamação da República, no dia 15 de novembro, quando as redes de coleta funcionarão em períodos distintos, a depender do município.

“É fundamental destacar a importância da doação, uma vez que não há substituto para o sangue. Durante a semana da Proclamação da República as unidades de coleta de estarão operando em diferentes dias. Por isso, pedimos a todos para que possam se preparar e realizar esse ato de solidariedade, tão indispensável para salvar vidas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Os homens podem doar sangue a cada dois meses, quatro vezes ao ano. Já as mulheres, a cada três meses, totalizando três doações ao ano. Depois de coletado, o sangue é fracionado e acontece o processo de separação dos hemocomponentes (plasma, hemácias, plaquetas e crio).

Na sequência, a bolsa fica estocada até o resultado dos exames para a liberação. Por isso, também é importante ressaltar a necessidade da doação com antecedência, uma vez que, após a coleta, o sangue pode levar até 48 horas para ser liberado.

HEMEPAR – O Hemepar é responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná. É uma entidade sem fins lucrativos e atende à demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários.

PARA DOAR – É necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Os menores de idade devem ter autorização e a presença do responsável legal.

O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).

Confira a programação das principais unidades de coleta de sangue no Estado no feriado:

  • Paranaguá – fechado nos dias 11, 14 e 15.
  • Curitiba – Hemepar – fechado nos dias 11 e 15. Aberto nos dias 12 e 14.
  • Curitiba – Biobanco – fechado no dia 15. Aberto nos dias 11, 12 e 14.
  • Ponta Grossa – fechado nos dias 11 e 15. Aberto no dia 14.
  • Irati – fechado nos dias 11, 14 e 15.
  • Guarapuava – fechado nos dias 11, 12 e 15. Aberto no dia 14.
  • União da Vitória – fechado nos dias 11, 12 e 15. Aberto no dia 14.
  • Pato Branco – fechado nos dias 11 e 15. Aberto no dia 14.
  • Francisco Beltrão – fechado nos dias 12, 14 e 15. Aberto no dia 11.
  • Foz do Iguaçu – fechado no dia 15. Aberto nos dias 11, 12 e 14.
  • Cascavel – fechado nos dias 11, 14 e 15. Aberto no dia 12.
  • Campo Mourão – fechado nos dias 11, 14 e 15.
  • Umuarama – fechado nos dias 12 e 15. Aberto nos dias 11 e 14.
  • Cianorte – fechado nos dias 11, 14 e 15.
  • Paranavaí – fechado nos dias 11, 12 e 15. Aberto no dia 14.
  • Maringá – fechado nos dias 14 e 15. Aberto nos dias 11 e 12.
  • Apucarana – fechado nos dias 14 e 15. Aberto nos dias 11 e 12.
  • Londrina – fechado no dia 15. Aberto nos dias 11, 12 e 14.
  • Cornélio Procópio – fechado nos dias 12 e 15. Aberto nos dias 11 e 14.
  • Jacarezinho – fechado nos dias 12 e 15. Aberto no dia 11.
  • Toledo – fechado nos dias 11, 14 e 15.
  • Telêmaco Borba – fechado nos dias 11, 14 e 15.

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Curitiba tem alta de casos de Covid e pode estar diante de nova variante

Matéria do Portal da Rádio Banda B.

Em meio a nova alta no número de casos de Covid-19, Curitiba pode estar diante de uma nova variante da doença. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba nesta quinta-feira (10).

De acordo com a secretária titular da pasta, Beatriz Battistellla, a capital paranaense registra um aumento na média móvel de casos do novo coronavírus há alguns dias. Em sete dias, a média praticamente dobrou na cidade.

Entre 26 de outubro e 1° de novembro, Curitiba registrou 582 casos da doença, uma média de 83 casos por dia. Já entre os dias 2 e 8 de novembro, o número de novas infecções foi para 979, o que elevou a média para 140. Houve um aumento de 188,7% na média móvel de casos em relação aos últimos 14 dias.

“Notamos, nessas últimas semanas, um aumento da média móvel de casos, que era de aproximadamente 80 casos e agora é de 140. Parece que agora está aumentando. Isso pode significar que estamos frente a uma nova variante em nossa cidade, por conta dessa mudança no padrão da doença”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistellla.

O número de casos ativos da doença na capital, ou seja, com potencial transmissão do vírus, era de 659 na quarta (9). Nesta quinta (10), porém, o número de casos ativos já chega a 1.128. Hoje, 377 novos casos foram registrados.

Nova variante da Covid

Uma das mais recentes variantes que surgiu e tem circulado no País é a BQ.1, uma sublinhagem de BA.5, da Ômicron, que carrega mutações em pontos importantes do vírus. Ao menos cinco estados já registraram casos ligados à nova variante: Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Amazonas e Rio Grande do Sul.

Na última segunda-feira (7), o município de São Paulo confirmou os dois primeiros casos da nova variante Ômicron BQ.1. Um dia depois, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte de uma paciente infectada pela nova subvariante.

Quarta dose da vacina para todo o público adulto

A Secretaria Estadual de Saúde anunciou nesta quinta (10) a ampliação da oferta da quarta dose da vacina contra Covid para todo o público adulto, isto é, com mais de 18 anos. A segunda dose de reforço será aplicada em todos os adultos que tenham tomado o primeiro reforço (REF) há pelo menos quatro meses.

A recomendação anterior era que essa dose fosse aplicada somente no público acima de 40 anos. Agora, os municípios deverão definir estratégias próprias de chamamento e aplicação do novo reforço.

Curitiba divulgou, também nesta quinta (10), que vai ampliar a partir de amanhã a oferta da quarta dose do imunizante. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), pessoas nascidas até 1983 que já tomaram a 3ª dose há 120 dias ou mais podem procurar as unidades de saúde para receber a dose.

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Paraná disponibiliza 2a dose de reforço da vacina anticovid para maiores de 18 anos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) liberou nesta quinta-feira (10) a aplicação da segunda dose de reforço (R2) ou quarta dose contra a Covid-19 em pessoas acima de 18 anos que tenham tomado a primeira dose de reforço (REF) há pelo menos quatro meses.

Anteriormente, a recomendação era que essa dose fosse aplicada somente no público acima de 40 anos. Agora, os municípios deverão definir estratégias próprias de chamamento e aplicação do novo reforço.

A orientação foi formalizada nesta quarta-feira (9) por meio da Deliberação nº 254/2022 da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB). Segundo o documento, a ampliação será realizada enquanto houver disponibilidade de vacinas contra a Covid-19 nos municípios, e a depender de novos envios de doses por parte do Ministério da Saúde.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, explicou o motivo da mudança. “O Paraná tem disponibilidade de vacinas e a baixa procura por esses imunizantes preocupa, assim como a constante aparição de novas variantes da doença. As prefeituras que ainda não ampliaram poderão fazer um novo chamamento buscando aumentar essa cobertura vacinal e proteger nossa população”, afirmou.

Segundo um levantamento parcial da Sesa, cerca de 500 mil vacinas contra a Covid-19 estão disponíveis no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e nos municípios. Além disso, aproximadamente 1,5 milhão de imunizantes passaram do prazo de validade e aguardam a formalização de um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estabelecido por meio de um Termo de Cooperação Técnica com o Ministério da Saúde para ampliação da validade.

“O Estado está vigilante para a divulgação desse estudo e a confirmação da segurança da aplicação dessas vacinas, e tão logo isso seja formalizado pelo Ministério da Saúde, daremos encaminhamento também a essas doses da AstraZeneca”, disse Beto Preto.

CRIANÇAS – Nesta sexta-feira (11), o Paraná deve receber ainda o primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer BioNTech para crianças de seis a meses a dois anos (2 anos, 11 meses e 29 dias) com 53.600 doses. Para este público, a recomendação é que sejam aplicadas três doses, sendo que as duas primeiras devem ser administradas com intervalo de quatro semanas e a terceira dose após oito semanas da segunda aplicação.

NÚMEROS – Até agora, o Paraná soma 2.743.247 casos e 45.211 óbitos em decorrência da Covid-19. Segundo os dados do Vacinômetro Nacional, o Estado já aplicou 27.876.265 imunizantes contra a Covid-19. Destes, 10.179.981 foram primeiras doses (D1); 9.378.983 segundas doses (D2); 338.346 doses únicas (DU); 6.115.097 primeiras doses de reforço (REF); 1.414.520 segundas doses de reforço (R2); e 449.338 doses adicionais (DA).

A cobertura vacinal do público de três e quatro anos para D1 é de 23,63%. Já para D2, a porcentagem é de 9,55%. Este grupo ainda não possui indicação para doses de reforço. Para a população acima de cinco anos, a cobertura para D1 e DU é de 97,86% e para D2 de 92,38%. Para a REF, a porcentagem é de 63% e para a R2 cerca de 23%.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Média de novos casos de Covid-19 cresceu 68,2% na última semana em Curitiba

O boletim semanal da covid-19 em Curitiba, publicado nesta quarta-feira (9/11), mostra que a capital paranaense registrou nos últimos sete dias (de 2/11 a 8/11) 979 novos casos da doença – uma média de 140 por dia.

Na semana anterior, o número de novos casos foi de 582, uma média de 83 por dia. O crescimento de diagnósticos foi de 68,21%.

Também nesta última semana, foi registrada uma morte pela doença, divulgada no dia 8 de novembro. A vítima é uma mulher de 42 anos, que tinha comorbidade grave, apenas duas doses da vacina realizadas no ano passado e nenhum reforço.

Nesta última terça-feira (8/11), a cidade seguia com 659 casos ativos, correspondente ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

Balanço da pandemia

Com os novos casos confirmados, 524.033 moradores de Curitiba testaram positivo para a covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 514.633 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença.

Até o momento, foram contabilizados 8.525 óbitos na cidade provocados pela doença desde o início da pandemia.

Leitos do SUS

Nesta quarta-feira (9/11), há um paciente internado em leito de UTI SUS de Curitiba e outros quatro pacientes em leito de enfermaria SUS, por conta da covid-19.

A SMS esclarece que os internamentos ocorrem diariamente, assim como as altas, com alterações dos dados ao longo do dia.

Desde o dia 13 de setembro de 2022, os boletins da covid-19 passaram a ter publicação semanal, sempre às quartas-feiras, com os dados dos últimos sete dias consolidados.

Os dados diários permanecem disponíveis no Painel Covid, que continua a ser atualizado todos os dias, de segunda a sexta-feira, inclusive com os dados retroativos dos fins de semana.

Números desde o início da pandemia
Confirmados – 524.033
Casos ativos – 659
Recuperados – 514.633
Óbitos – 8.525

As informações são da Prefeitura de Curitiba.

Portal do Instituto Butantan tem seção Tira Dúvidas e de #Fato ou #Fake

O Instituto Butantan, instituição de pesquisa em saúde do Governo do Estado de São Paulo, é o maior produtor de vacinas e soros da América Latina e o principal produtor de imunobiológicos do Brasil.

Referência mundial de eficiência e qualidade, é responsável pela maioria dos soros hiperimunes utilizados no Brasil contra venenos de animais peçonhentos, toxinas bacterianas e o vírus da raiva.

O Butantan também responde por grande volume da produção nacional de antígenos vacinais, produzindo 65% das vacinas distribuídas pelo SUS no Programa Nacional de Imunizações e 100% das vacinas contra o vírus influenza usadas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.

Mas não é só com vacinas e soros que se trabalha na Saúde. A informação correta e confiável também pode ser um excelente remédio para evitar atitudes equivocadas que podem trazer riscos à Saúde Pública.

E, nesses tempos em que as notícias falsa (fake news) fazem reduzir a busca por vacinas, informações corretas são vitais para que a população se proteja das doenças evitáveis.

Por isso, o Instituto Butantan mantém uma seção de Tira Dúvidas e outra de Fato ou Fake em seu portal na internet. Portal que, aliás, foi reformulado após o período eleitoral e está mais leve e atraente à leitura.

 

Acesse o Tira Dúvidas e o Fato ou Fake do Portal Butantan.

Nova cepa do Coronavírus tem poder de transmissão maior do que a Ômicron, diz infectologista

Matéria da CNN Brasil.

O aumento de casos de Covid-19 na Europa, Estados Unidos e Canadá serve de alerta para o Brasil, que já apresenta um aumento de testes positivos, de acordo com a Abrafarma.

Esta é a avaliação do infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Márcio Nehab.

Ele afirmou à CNN Rádio, que há uma “conjunção de fatores” que explica a escalada de casos, que pode se transformar em uma nova onda.

“Existe um tempo que tivemos nossa última onda, há diminuição da imunidade, e também das vacinas, além da entrada de novas cepas.”

No último fim de semana, o Rio de Janeiro identificou a cepa BQ.1 por meio de sequenciamento genético.

Nehab explica que, mesmo com a vacina e em quem já tenha tido a doença, “essa nova cepa tem poder de transmissão maior do que a Ômicron.”

“Em termos de gravidade não tem a mesma da alfa, gama e delta, mas essa nova infecção pode levar a internações, óbitos, e a infecção pode levar à síndrome da Covid longa”, completou.

Segundo o infectologista, precisa existir uma atenção especial a respeito de qual é a população que está sendo internada neste momento.

“A maior parte é de pessoas que não tomaram a dose de reforço, ou crianças que não puderam se vacinar, somado a isso há a diminuição de restrições, como obrigatoriedade de máscaras.”

O infectologista reforçou que há a necessidade de que se busque a dose de reforço, em especial aqueles que são mais vulneráveis à doença.

Além disso, ele recomenda o uso de máscaras e o isolamento por 10 dias de quem tem sintomas.

*Com produção de Isabel Campos.

Saúde alerta para necessidade de reforço na vacinação contra a Covid-19 no Paraná

O Paraná registrou uma redução de 95% no número de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no intervalo de um ano. Em outubro de 2021, ainda na esteira da grande procura pelo imunizante, foram registradas 2.479.269 doses e em outubro deste ano, apenas 121.779. Os números são da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), disponíveis no Vacinômetro Nacional.

Diante desta queda, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância da retomada da vacinação, considerando a grande disponibilidade de imunizantes, a necessidade de prevenção da população, o número de faltosos e a circulação de novas variantes.

“Sabemos que nossa maior ferramenta contra o coronavírus é a vacina, porque ela reduz o agravamento da doença e diminui o risco de morte. Por isso essa redução expressiva no número de doses aplicadas, na quantidade de paranaenses que não fecharam o esquema vacinal contra a doença, é extremamente preocupante”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Segundo a RNDS, o Paraná é o 5º estado que mais vacinou no País, registrando ao todo a aplicação de 27.876.265 vacinas contra a Covid-19. Destas, 10.179.981 foram primeiras doses (D1), 9.378.983 segundas doses (D2), 338.346 doses únicas (DU), 6.115.097 primeiras doses de reforço (REF), 1.414.520 segundas doses de reforço (R2) e 449.338 doses adicionais (DA).

A cobertura vacinal do público acima de cinco anos para D1 e DU é de 97,86% e para D2 de 92,38%. Já para a REF, a porcentagem cai para quase 63% e para a R2 a cobertura é ainda menor, cerca de 23%. A R2 ou quarta dose é recomendada pelo Ministério da Saúde para pessoas a partir de 40 anos, mas as prefeituras que têm doses estão estimulando a vacinação de público mais jovem.

O número de não vacinados (nenhuma dose) é de 717.713 paranaenses. Os faltosos para D2 somam 1.406.201, para a REF, 5.289.405, e para a R2, 2.639.599 pessoas. Esses números consideram a estimativa populacional de 12 a 80 anos ou mais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020 e a estimativa do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) de 2016 da população vacinável no Paraná, de 10.747.880 pessoas.

“Nossa cobertura na primeira e segunda dose é ótima, mas precisamos nos atentar aos faltosos nas doses de reforço, que são os imunizantes atualizados para as variantes que foram surgindo com o passar do tempo e vão continuar aparecendo enquanto houver a circulação da Covid-19. Não podemos deixar que a falsa sensação de proteção com as primeiras doses nos impeça de reforçarmos essa imunização e aumentarmos a prevenção contra a doença”, disse Beto Preto.

Todas as pessoas que possuam doses em atraso ou que ainda não tenham se vacinado contra a doença devem procurar uma Unidade de Saúde próxima e agendar sua imunização. As vacinas estão disponíveis nos 399 municípios do Estado.

ESTOQUE – Em dezembro de 2021, quando o Brasil já vacinava com a dose de reforço, foi discutido e pactuado entre Estado e municípios na Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR) que o envio de vacinas contra a Covid-19 seria realizado mediante solicitação dos municípios, considerando a mudança na procura, a capacidade de armazenamento, condições de aplicação dentro do prazo de validade e o número de doses disponíveis nos pontos de vacinação.

Recentemente, segundo um levantamento preliminar da Sesa e das 22 Regionais de Saúde, além de mais de 500 mil vacinas aptas a alcançarem os paranaenses a qualquer momento, cerca de 1,5 milhão de vacinas contra a Covid-19 fora do prazo de validade estão armazenadas no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), nas regionais e nos municípios. Elas foram entregues ao Estado no primeiro semestre deste ano, com validade curta. A maioria é AstraZeneca.

Em agosto, o Ministério da Saúde estabeleceu um Termo de Cooperação Técnica com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para realização de um estudo quanto à ampliação da validade de vacinas da AstraZeneca com prazo expirado para aplicação, e orientou os Estados que mantivessem esses imunizantes armazenados até a finalização do relatório. Com isso, mesmo em grande volume, as vacinas não foram descartadas.

“Estamos aguardando uma posição oficial do Ministério da Saúde sobre esses imunizantes para que possamos dar encaminhamento a essas doses, seja devolvendo ao governo federal ou disponibilizando para a aplicação, inclusive possibilitando a inclusão de novos grupos na segunda dose de reforço, que ainda é recomendada apenas para maiores de 40 anos”, explicou o secretário.

PANORAMA – Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 2.742.740 casos confirmados e 45.209 mortes em decorrência da Covid-19. No último mês foram 2.835 casos e 29 óbitos – os números são os menores desde abril e março de 2020, respectivamente. Os daods têm registrado queda há pelo menos cinco meses e nessa primeira semana de novembro não houve nenhuma morte confirmada pela doença no Estado.

Dentre as mais de 4,5 mil amostras selecionadas para sequenciamento genômico pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – para analisar as modificações do vírus e quais delas estão circulando – 3.621 já foram analisadas, resultando na detecção de 96 linhagens e sublinhagens do vírus Sars-CoV-2 no Estado. Destes, as principais são as variantes da Ômicron (57,9%), seguida pela Delta (17,7%) e Gamma (17,1%).

Nas últimas semanas uma nova subvariante da Ômicron, nominada como “BQ.1”, foi identificada no Brasil e aumentou a preocupação sobre uma possível nova onda da doença. Embora essa nova linhagem seja pouco conhecida e ainda não tenha chegado no Paraná, estima-se que a cepa possua maior risco de reinfecção, reforçando a necessidade da imunização contra a doença.

“O Estado monitora o aparecimento de todas as variantes desde o início e ressalta que a melhor proteção é a vacina. Se hoje temos uma situação epidemiológica estável é graças a vacinação. Por isso precisamos do apoio da população e das equipes municipais para retomar esse processo de imunização e impedir que os números voltem a subir”, alertou Beto Preto.

As informações são da Agência Estadual de Notícias

Estudos apontam Covid Longa como doença que afeta o trabalho da maioria dos infectados

A copeira-chefe do Instituto Butantan Maria Laisse Gonçalves de Almeida, de 54 anos, foi infectada pelo SARS-CoV-2 em março de 2020, poucos dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decretado a pandemia de Covid-19.

Sem vacinas disponíveis à época, ela sobreviveu ao coronavírus após 11 dias de internação, parte destes na Unidade de Terapia Intensiva, mas até hoje vive com sequelas da Covid longa – sintomas que persistem ou surgem após meses da infecção pelo SARS-CoV-2. Fraqueza muscular, queda de cabelo, perda de memória e cansaço são algumas das manifestações que Laís, como é conhecida no Butantan, ainda sente e que afetaram sua qualidade de vida.

“Hoje em dia quando eu percebo que me esqueci de alguma coisa, sei que é questão de tempo para eu me lembrar. Mas por um bom tempo eu fiquei passando com vários profissionais para me tratar: pneumologista, fisioterapeuta, dermatologista, psiquiatra”, detalha.

Casos como o de Laís estão se tornando cada vez mais comuns, sobretudo pelo alto número de pessoas que foram infectadas pela Covid-19 e suas variantes ao longo dos mais de dois anos de pandemia no mundo. Um relatório da Sociedade de Medicina Ocupacional do Reino Unido (SMO, na sigla em inglês), afirma que a Covid longa deve ser considerada uma nova doença que afeta a saúde e o trabalho e que, por isso, precisa de uma resposta mais rápida das autoridades de saúde.

Efeitos duradouros da Covid

Um estudo escocês publicado recentemente na revista Nature Communications, com quase 100 mil participantes, reforça que a Covid longa pode deixar sequelas duradouras ou até permanentes em pessoas que se infectaram com o SARS-CoV-2. O artigo representa as primeiras descobertas de um estudo em andamento sobre a Covid longa – o Long-CISS (Covid in Scotland Study) feito pela Universidade de Glasgow.

Segundo a pesquisa, uma a cada 20 pessoas não se recuperou totalmente entre seis e 18 meses após a infecção, e 42% se recuperaram somente parcialmente. Por outro lado, os cientistas sugerem que os efeitos de longo prazo da Covid são praticamente improváveis em quem apresentou a doença de forma assintomática.

No estudo escocês, os sintomas mais comumente relatados incluíram falta de ar, palpitações, dor no peito e “névoa cerebral” ou acuidade mental reduzida.

Os sintomas se demonstraram piores entre as pessoas que chegaram a ser hospitalizadas durante a infecção aguda.

Impactos da Covid longa

No Reino Unido, ao menos 2 milhões de pessoas (3% da população) foram diagnosticadas com Covid longa e quase 800 mil relataram ter mantido este sintoma por ao menos um ano, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais citados no relatório da SMO. A prevalência do problema é maior entre adultos de 35 a 69 anos, faixa de idade economicamente ativa, o que reflete em um “potencial impacto econômico colossal”, segundo o relatório. “Apesar disso, a resposta do sistema de saúde tem sido lenta, variável e inadequada”, conclui o documento.

No caso de Laís, as muitas sessões de fisioterapia, o tratamento dermatológico para queda de cabelos, a atividade física moderada, entre as outras especialidades, foram necessárias para ela voltar a se sentir melhor e poder trabalhar. “Eu pude contar com meu plano de saúde para fazer tudo isso. Mas fico pensando em quem não pode, como que faz?”, questiona.

Porém, Laís continua a lidar com a perda de memória constante. “Sei que é importante me movimentar e trabalhar para ativar minha memória”, disse. Ainda segundo dados do governo britânico, a cada 1.250 pessoas infectadas pela Covid-19 no início 2020, apenas 8% voltaram a trabalhar da mesma forma de antes da doença.

Um estudo publicado na The Lancet em julho, que analisou dados de quase 4.000 pessoas com Covid-19 ou casos suspeitos de 56 países,relatou que 45,2% dos pacientes com Covid longativeram que reduzir sua jornada de trabalho em relação ao período anterior à doença. Além disso, 22,3% das pessoas analisadas não estavam trabalhando no momento do estudo por motivos que envolviam licença médica, demissão ou por não encontrarem um novo emprego.

Uma pesquisa online do The Belgian Health Care Knowledge Center relatou que 60% dos entrevistados que apresentaram sintomas com duração superior a quatro semanas, e estavam em um emprego remunerado antes da Covid-19,não estavam aptos para voltar ao trabalho. Mais de um terço (38%) ainda não estava trabalhando no momento da pesquisa, e26% trabalhando em período reduzido. Não foi observada diferença significativa entre hospitalizados e não hospitalizados.

Os sintomas com maior impacto no trabalho são fadiga, disfunção cognitiva, como dificuldade de concentração e perda de memória, ealterações no paladar e no olfato. Sendo assim, o retorno ao trabalho de um indivíduo com Covid longa geralmente requer o esforço combinado do próprio trabalhador e o cuidado do empregador e de profissionais de saúde, destaca o relatório da SMO, intitulado “Long COVID and Return to Work – What Works?”.

 

 

Vacinação ajuda a evitar a condição

Uma pesquisa recente publicada na The Lancet Infectious Diseases sugere que as chances de desenvolver a Covid longa foram reduzidas quase pela metade em pessoas vacinadas.

Outros dados publicados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido reforçam a ideia de que a vacinação diminui o risco de Covid longa – embora não o impeça totalmente. Segundo o documento, os adultos britânicos que receberam duas doses da vacina contra Covid-19, pelo menos duas semanas antes de contrair o vírus, tiveram um risco 41,1% menor de relatar sintomas atrelados à Covid longa semanas depois.

“Há evidências científicas que mostram que a vacinação pode prevenir sintomas graves e impedir que eles perdurem, o que poderia ter impacto nos casos de Covid longa”, explica a diretora de Ensaios Clínicos do Instituto Butantan, Fernanda Boulos.

Laisse percebeu o impacto da vacinação ao contrair Covid pela segunda vez, em 2022. “A segunda vez foi bem mais leve por causa da vacina”, explica ela. Ainda assim, o passar por uma bateria de exames, por precaução, ela descobriu uma alteração cardíaca que os médicos creditaram à Covid longa. “Se não fosse a vacina, e ainda com essa complicação cardíaca, não sei como seria”, diz.

Sintomas mais prevalentes

As cinco manifestações mais comuns da Covid longa são fadiga (58%), dor de cabeça (44%), distúrbio de atenção (27%), queda de cabelo (25%) e dispneia (24%). Dores articulares, perda de olfato, perda de paladar, acidente vascular cerebral e diabetes também foram relatados, segundo uma meta-análise veiculada em agosto na Nature, que analisou 15 estudos sobre os sintomas persistentes do coronavírus, com mais de 44 mil adultos que tiveram Covid-19 nas formas leve, moderada e grave.

A publicação trouxe os 55 sintomas mais prevalentes da Covid longa, e mostrou que ao menos 80% dos que contraíram o SARS-CoV-2, entre os analisados, relatam ao menos um sintoma de longa duração.

Outras manifestações relacionadas à Covid longa foram atreladas a doença pulmonar (tosse, desconforto torácico, redução da capacidade de difusão pulmonar, apneia do sono e fibrose pulmonar), cardiovascular (arritmias, miocardite), neurológica (demência, depressão, ansiedade, transtorno de atenção, transtorno obsessivo-compulsivo), além de sintomas inespecíficos, como queda de cabelo, zumbido e suor noturno. Alguns estudos relataram que a fadiga, assim como a polipneia (respiração ofegante) pós-atividade e a alopecia (queda de cabelos) foram mais comuns no sexo feminino.

A meta-análise aborda que, embora 80% das pessoas com Covid-19 confirmada apresentaram sintomas leves, 10% a 15% podem desenvolver sintomas mais graves, como pneumonia, desconforto respiratório agudo ou de órgãos multissistêmicos. Entre 5% e 36% das pessoas que se recuperam da Covid-19 podem ainda experimentar uma variedade de sintomas semanas ou meses após a infecção. Segundo os especialistas da SMO, a Covid longa, portanto, pode significar uma reviravolta negativa no combate à Covid-19.

As informações são do Instituto Butantan.